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9 desenho arquitetônico

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SUMÁRIO

1. DESENHO ARQUITETÔNICO .................................................................................... 3

2. NORMALIZAÇÃO ....................................................................................................... 6

3. ELEMENTOS DO DESENHO ..................................................................................... 8

3.1.LINHAS .................................................................................................................. 9

3.2. CONVENÇÕES .................................................................................................. 10

3.3. HACHURAS ........................................................................................................ 11

3.4.FOLHAS ............................................................................................................... 11

3.5. LEGENDAS ........................................................................................................ 12

4. MATERIAIS DE DESENHO ...................................................................................... 14

5. O DESENHO EM CADA UMA DAS ETAPAS DE UM PROJETO ............................ 18

6. PROJETO ARQUITETÔNICO: REPRESENTAÇÃO E NOMENCLATURA ............. 21

6.1 – PLANTA ............................................................................................................ 22

6.2 - PLANTA DO PAVIMENTO ................................................................................ 22

6.3 - PLANTA DE LOCAÇÂO .................................................................................... 25

6.4- ELEVAÇÃO / FACHADA .................................................................................... 26

6.5- CORTES ............................................................................................................. 28

6.6 - PLANTA DE SITUAÇÃO .................................................................................... 31

6.7. COBERTURA ..................................................................................................... 31

6.8.TITULO ................................................................................................................ 31

6.9. PERSPECTIVA ................................................................................................... 31

6.10. ESTATÍSTICA DO PROJETO ........................................................................... 32

7. ESPECIFICAÇÕES DE MEDIDAS ........................................................................... 34

8. ESCALAS NUMÉRICAS E GRÁFICAS .................................................................... 37

9. COMPONENTES E ESPECIFICAÇÕES................................................................... 42

10. SÍMBOLOS GRÁFICOS .......................................................................................... 45

11. COBERTURAS ....................................................................................................... 54

12. CIRCULAÇÃO VERTICAL ...................................................................................... 69

12.1. ESCADAS ......................................................................................................... 70

12.2. RAMPAS ........................................................................................................... 77

12.3. ELEVADORES .................................................................................................. 79

ROTEIRO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO .................................... 88

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 101

1 DESENHO ARQUITETÔNICO

HISTÓRIA

O desenho arquitetônico é rigorosamente uma especialização do desenho técnico

normatizado voltada à execução e a representação de projetos de Arquitetura. Em

uma perspectiva mais ampla, porém, o desenho de arquitetura poderia ser encarado

como todo o conjunto de registros gráficos produzidos por arquitetos ou outros

profissionais durante ou não o processo de projeto arquitetônico. O desenho de

arquitetura, portanto, manifesta-se como um código para uma linguagem, estabelecida

entre o emissor (o desenhista ou projetista) e o receptor (o leitor do projeto). Dessa

forma, seu entendimento envolve um certo nível de treinamento. Por este motivo, este

tipo de desenho costuma ser uma disciplina importante nos primeiros períodos das

faculdades de arquitetura. Também costuma se constituir em uma profissão própria,

sendo os desenhistas técnicos comuns nos escritórios de projeto.

Com a Revolução Industrial, os projetos das máquinas passaram a demandar maior

rigor e precisão e consequentemente os diversos projetistas necessitavam agora de um

meio comum para se comunicar e com tal eficiência que evitasse erros grosseiros de

execução de seus produtos. Desta forma, instituíram-se a partir do século XIX as

primeiras normas técnicas de representação gráfica de projetos, as quais incorporavam

os estudos feitos durante o período de desenvolvimento da geometria descritiva, no

século anterior.

Imagem de uma prancheta de

desenho, método de trabalho tornado

obsoleto após a criação do CAD.

Detalhe de um projeto produzido no século

XIX

O desenho começou a ser usado como meio

preferencial de representação do projeto arquitetônico a

partir do Renascimento. Apesar disso, ainda não havia

conhecimentos sistematizados de geometria descritiva,

o que tornava o processo mais livre e sem nenhuma

normatização.

Por este motivo, o desenho técnico (e, portanto, o desenho de arquitetura) era naquele

momento considerado um recurso tecnológico imprescinível ao desenvolvimento

econômico e industrial.

A normatização hoje está mais avançada e completa, embora o desenho arquitetônico

tenha passado a ser executado predominantemente em ambiente CAD (ou seja, de

forma eletrônica). Por outro lado, para grande parte dos profissionais, o desenho à mão

ainda é a génese e o principal meio para a elaboração de um projeto.

2 NORMALIZAÇÃO

A representação gráfica do desenho em si corresponde a uma norma internacional (sob

a supervisão da ISO). Porém, geralmente, cada país costuma possuir suas próprias

versões das normas, adaptadas por diversos motivos.

No Brasil, as normas são editadas pela ABNT, sendo a: NBR-6492 -

Representação de projetos de arquitetura - a principal para o desenho

arquitetonico.

A Norma Brasileira de Desenho Técnico é a NB 8 R , que trata de

assuntos que serão estudados adiante como : Legendas , convenções de

traços , sistema de representação , cotas , escalas .

3 ELEMENTOS DO DESENHO

Para que a (futura) realidade do projeto seja bem representada, faz-se uso dos

diversos instrumentos disponíveis no desenho tradicional, na geometria euclidiana e na

geometria descritiva. Basicamente, o desenho arquitetônico manifesta-se

principalmente através de linhas e superfícies preenchidas (hachuras).

Costuma-se diferenciar no desenho duas entidades: uma é o próprio desenho (o objeto

representado, um edifício, por exemplo) e o outro é o conjunto de símbolos, signos,

cotas e textos que o complementam.

As principais categorias do desenho de arquitetura são: as plantas, os cortes e seções

e as elevações (ou alçados, eventualmente chamadas também como fachadas).

3.1.LINHAS

As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem

possuir constraste umas com as outras.

I . ESPESSURA

Linha grossa

Linha média (metade da anterior)

Linha fina (metade da anterior)

II .TIPOS DE LINHA

A-Linhas auxiliares (finas: cota, ladrilhos, etc.)

B- Linhas gerais (média)

C- Linhas principais (grossa)

D- Partes invisíveis _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

E- Eixos de simetria

F- Seções ou cortes

G- Interrupções

Pesos e categorias de linhas

Normalmente ocorre uma hierarquização das linhas, obtida através do diâmetro da

pena (ou do grafite) utilizados para executá-la. Tradicionalmente usam-se quatro pesos

de pena:

Linhas complementares - Pena 0,1. Usada basicamente para registrar

elementos complementares do desenho, como linhas de cota, setas,

linhas indicativas, linhas de projeção, etc.

Linha fina - Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em

vista.

Linha média - Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos

que se encontram imediatamente a frente da linha de corte.

Linha grossa - Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos

especiais, como as linhas indicativas de corte (eventualmente é usada

para representar também elementos em corte, como a pena anterior).

3.2. CONVENÇÕES

Caracterização no projeto, das partes a conservar, a demolir e a construir: na

representação de uma reforma é indispensável diferenciar muito bem o que existe e o

que será demolido ou acrescentado. Estas indicações podem ser feitas usando as

seguintes convenções:

obs. Essa pintura deve ser feita , na cópia heliográfica , contínua e em tom suave;

ou diretamente no desenho feito com o AUTOCAD .

3.3. HACHURAS

Os elementos que em um desenho projetivo estão sendo cortados aparecem com um

peso maior no desenho. Além da linha mais grossa, esses elementos costumam estar

preenchidos por uma determinada hachura. Cada material é representado por uma

hachura diversa.

3.4.FOLHAS

Normalmemente, as folhas mais usadas para o desenho técnico são do tipo sulfite.

Anteriormente à popularização do CAD, normalmente desenvolvia-se os desenhos em

papel manteiga (desenhados à grafite) e eles eram arte-finalizados em papel vegetal

(desenhados à nanquim).

Tamanho das folhas

Tamanhos de folhas (mm)

A4 210 X 297

A3 297 X 420

A2 420 X 594

A1 594 X 841

A0 841 X 1189

A

2

A

3

A

4

A

1

A

4

A0

Concreto

Concreto aparente

Madeira

Terra

As folhas devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico. No Brasil, a ABNT

adota o padrão ISO: usa-se um módulo de 1 m² (um metro quadrado) cujas dimensões

seguem uma proporção equivalente a raiz quadrada de 2 (841 x 1189 mm). Esta é a

chamada folha A0 (a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha

A1 corresponde à metade da A0, assim como a 2ª0 corresponde ao dobro daquela.

A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e A0, devido à

escala dos desenhos e à quantidade de informação. Os formatos menores em geral

são destinados a desenhos ilustrativos, catálogos, etc. Apesar da normatização

incentivas o uso das folhas padronizadas, é muito comum que os desenhistas

considerem que o módulo básico seja a folha A4 ao invés da A0. Isto costuma se dever

ao fato de que qualquer folha obtida a partir desde móculo pode ser dobrada e

encaixada em uma pasta neste tamanho, normalmente exigida pelos órgãos públicos

de aprovação de projetos.

3.5. LEGENDAS

A legenda ou identificação na gíria profissional chama-se Carimbo, que tem a

finalidade de uniformizar as informações que devem acompanhar os desenhos. Os

tamanhos e formatos dos carimbos obedecem à tabela dos formatos A. Recomenda-se

que o carimbo seja usado junto à margem, no canto inferior direito. Esta colocação é

necessária para que haja boa visibilidade quando os desenhos são arquivados. O

carimbo deve possuir as seguintes informações principais, ficando, no entanto, a

critério do escritório, o acréscimo ou a supressão de outros dados:

a- Nome do escritório , Companhia etc. ;

b- Título do projeto ;

c- Nome do arquiteto ou engenheiro ;

d- Nome do desenhista e data ;

e- Escalas ;

f- Número de folhas e número da folha ;

g- Assinatura do responsável técnico pelo projeto e execução da obra ;

h- Nome e assinatura do cliente ;

i- Local para nomenclatura necessária ao arquivamento do desenho;

j- Conteúdo da prancha

4 MATERIAIS DE DESENHO

Com a ampla difusão do desenho auxiliado pelo computador, a lista de materiais que

tradicionalmente se usava para executar desenhos de arquitetura tem se tornado cada

dia mais obsoleta. Alguns desses materiais, no entanto, ainda são eventualmente

usados para checar algum problema com os desenhos impressos, ou no processo de

treinamento de futuros desenhistas técnicos.

A execução de desenhos de arquitetura no computador em geral exige a operação

programas gráficos do tipo CAD que normalmente demandam equipamentos potentes

em termos de capacidade de processamento, memória e hardware em geral. Hoje, o

principal programa para lidar com estes tipos de desenho é o AutoCad, um software

produzido pela empresa americana Autodesk. Seu formato de arquivos, o .dwg, é

considerado o padrão “de facto” no mercado da construção civil para troca de

informações de projeto. Existem diversos softwares de CAD para arquitetura. Além de

programas CAD destinados ao desenho técnico de uma forma geral, como o AutoCAD

e o Microstation, também existem softwares designados especificamente para o

trabalho de projeto arquitetônico, como o ArchiCAD, o Autodesk Architectural Desktop,

entre outros.

CAD

Desenho gerado em um programa do tipo CAD

Desenho à mão

A seguinte lista apresenta os materiais mais tradicionais no que concerne o desenho

instrumentado à mão. Ressalta-se, porém, que muitos destes materiais estão se

tornando raros nos escritórios de arquitetura, dada a sua informatização.

Prancheta de desenho. Uma mesa, normalmente inclinável, na qual seja

possível manter pranchas de desenho em formatos grandes (como o A0) e onde se

possam instalar reguas T ou paralelas.

Regua T ou Regua paralela. Instrumentos para traçado de retas

parelelas e perpendiculares, a serem usadas juntamente de um par de esquadros.

Par de esquadros. Elementos para auxiliar o traçado de retas em

ângulos pré-desenhados, como 30º, 45º, 60º e 90º.

Escalímetro. Um tipo especial de regua, normalmente com seção

triangular, com a qual podem ser medidas diversas escalas diferentes.

Lapiseiras ou lápis. Adequados às espessuras desejadas.

canetas nanquim. Para execução do desenho final.

Mata-gato. Instrumento que auxilia o uso da borracha em locais

determinados do desenho.

Borracha. Podendo ser a comum ou a elétrica.

Conjunto de normógrafo e reguas caligráficas. Auxiliam a escrita de

blocos de texto padronizados e com caligrafia técnica.

Lâmina e borracha de areia. Permitem a correção de desenhos errados

efetuados à nanquim.

Gabaritos. Pequenas placas plásticas que possuem elementos pré-

desenhados vazados e auxiliam seu traçado, como instalações sanitárias,

circunferências, etc.

Curva francesa. Um tipo especial de gabarito composto apenas por

curvas.

Um par de esquadros

Curvas francesas em

tamanhos diversos

Exemplos de

gabaritos

Gabaritos

caligráficos

Diversos materiais de

traçado

Exemplo de um compasso

5 O DESENHO EM CADA UMA DAS

ETAPAS DE UM PROJETO

Normalmente a complexidade e quantidade de informações de um desenho variam de

acordo com a etapa do projeto. Apesar de existirem etapas intermediárias de projeto,

as apresentadas a seguir normalmente são as mais comuns, pelas quais passam

praticamente todos os grandes projetos.

. Estudo Preliminar

Cabe ao cliente dizer os objetivos que pretende atingir com sua construção, fornecer

um programa ou lista de necessidades, fixar o tempo que gastará para construir e o

custo máximo para a obra.

No diálogo cliente - engenheiro vão surgindo problemas e soluções. Ao mesmo tempo

o engenheiro estará fazendo suas pesquisas e anotações de modo a orientar suas

primeiras idéias (croquis).

A partir da localização do terreno (lote, quadra e bairro), faz-se a consulta prévia na

prefeitura, que é um documento obrigatório para aprovação de projetos. Este

documento fornece os parâmetros mínimos recomendados pela prefeitura, como:

recuos, altura máxima da edificação, taxa de ocupação, coeficiente de

aproveitamento...

Logo depois o projeto vai tomando forma em esboços. O estudo preliminar, que

envolve a análise das várias condicionantes do projeto, normalmente materializa-se em

uma série de croquis e esboços que não precisam necessariamente seguir as regras

tradicionais do desenho arquitetônico. É um desenho mais livre, constituído por um

traço sem a rigidez dos desenhos típicos das etapas posteriores.

.Anteprojeto.

Do esboço passado a limpo surge o anteprojeto. Nesta etapa, com as várias

características do projeto já definidas, (implantação, estrutura, elementos construtivos,

organização funcional, partido, etc), o desenho já abrange um nível maior de rigor e

detalhamento. No entanto, não costuma ser necessário informar uma quantidade muito

grande, nem muito trabalhada, de detalhes da construção. Em um projeto residencial,

por exemplo, costuma-se trabalhar nas escalas 1:100 ou 1:200.Nesta etapa ainda são

anexadas perspectivas internas e externas feitas à mão ou produzidas em ambiente

gráfico-computacional, em cores ou preto e branco, com localização de mobílias, para

permitir melhor compreensão do projeto.

.Projeto legal.

Discutido o anteprojeto junto com o cliente, e feito as modificações necessárias, parte-

se para o desenho definitivo o projeto, que corresponde ao conjunto de desenhos que

é encaminhado aos órgãos públicos de fiscalização de edifícios.

Por este motivo, possui algumas regras próprias de apresentação, variando de cidade

em cidade. Costuma-se trabalhar nas mesmas escalas do anteprojeto.

.Projeto executivo.

Esta etapa corresponde à confecção dos desenhos que são encaminhados à obra,

sendo, portanto, a mais trabalhada. Devem ser desenhados todos os detalhes do

edifício, com um nível de complexidade adequado à realização da construção. O

projeto básico costuma ser trabalhado em escalas como 1:50 ou 1:100, assim como

seu detalhamento é elaborado em escalas como 1:20, 1:10, 1:5 e eventualmente, 1:1.

O projeto completo deve ser acompanhado de detalhes construtivos (portas, janelas,

balcões, armários, e outros) e de especificações de materiais ( piso , parede , forros ,

peças sanitárias , coberturas, ferragens ,etc. ) . Com estes dados preparam-se o

orçamento de materiais, e os projetos complementares como: projetos estrutural,

elétrico, telefônico, hidro-sanitário, prevenção contra incêndio e outros.

Todos estes projetos, chamados de originais, chegam à construção sob forma de

cópias, em geral feitas em papel heliográfico ou sulfite (AUTOCAD). O papel

heliográfico (tipo azul ou preto) é o resultado da ação química do amoníaco em

presença da luz ou vice-versa.

6 PROJETO ARQUITETÔNICO:

REPRESENTAÇÃO E

NOMENCLATURA

O PROJETO ARQUITETÔNICO é a solução de um problema de edificação,

equacionando com arte e técnica, os elementos fixos e variáveis existentes, visando a

obtenção do objetivo desejado, determinado por um programa estabelecido.

Elementos fixos: terrenos / programa / verba / exigências institucionais.

Elementos variáveis: programa / partido arquitetônico / funcionabilidade / estética /

volumetria.

De acordo com a LEI COMPLEMENTAR Nº 84 DE 06 DE JULHO DE 1993, toda

construção, reforma, ampliação de edifícios, bem como demolição parcial ou total,

efetuados por particulares ou entidade pública, a qualquer título, é regulada pela

presente lei complementar, obedecidas, no que couberem, as disposições federais e

estaduais relativas à matéria e as normas vigentes da ABNT.

Um projeto arquitetônico completo é composto por

6.1 – PLANTA

É o desenho do objeto visto na sua projeção sobre o plano horizontal.

6.2 - PLANTA DO PAVIMENTO

é o corte horizontal feito acima do piso, a distância variável, a fim de mostrar no

desenho, todos os componentes do pavimento, como paredes, vãos de portas e

janelas, equipamentos fixos e móveis (opcionais), de modo a dar uma perfeita

compreensão das divisões, circulação, iluminação e ventilação do pavimento, na escala

adequada, devidamente cotada, com as dimensões dos ambientes, sua destinação e

área, além da indicação dos níveis dos pisos.

Para representação da planta devemos observar os seguintes itens:

a). Representação das paredes ( altas com traço grosso contínuo , e paredes baixas

com traço médio continuo com a altura correspondente ) ;

b). Colocar todas as cotas necessárias a cada pavimento, telhado, dependências a

construir, modificar ou sofrer acréscimo. As cotas constantes dos projetos deverão

ser escritas em caracteres claros e facilmente legíveis. Essas medidas

prevalecerão no caso de divergência com as medidas tomadas no desenho;

c). Indicar os destinos e as áreas correspondentes de cada compartimento em m2;

d). Colocar o tipo de piso de cada compartimento ;

e). Indicar as portas e janelas com suas medidas correspondentes ( base x altura X

peitoril) de acordo com a simbologia adotada ;

f). Representar piso cerâmico ou similar com quadrículas ( linha fina ) ;

g). Indicar desníveis se houver ;

h). Representar todas as peças sanitárias , tanque , pia de cozinha (obrigatório );

i). Com linha pontilhada , indicar o beiral ( linha invisível );

j). Indicar a posição de todas as divisas do lote;

l). Indicar onde passam os cortes longitudinal e transversal ( traço e ponto com linha

grossa ) e o sentido de observação , colocando letras ou números que correspondem

aos cortes.

Para o exercício seguinte, utilize as seguintes medidas:

Muro e paredes internas = 0.15m

Paredes externas = 0,20m

Muro alinhamento = 0,30 m

Jl = 2,00 x 1,20 X 0,90 m

J2 = 1,50 X 1,20 X 0,90 m

J3 = 0,60 X 0,60 X 1,50 m

J4=1,60 X 1,00m X1,10 m

muro h=1.60m 10.00

mu

ro h

=1

.60

m

20,0

0

mu

ro h

=1

.60

m

20,0

0

+.20

+.32 +.33

6.00

1.50

J3

proj. da cobertura

J4

+.33

+.35

+.30

+.20

muro h=1.60m 10.00

Alinhamento

principal

Portão de correr

Ram

pa

So

be

calçada

Planta Baixa

5.0

0

5.0

0

Jj2j2J2

J1

P1 5.9

0

2.5

0

1.2

0

4.5

5

2.5

0

1.2

0

2.65

2.80

2.80

2.65

1.00

1.50

8.9

5

2.50

0.50

P2

P2

P3

abrigo

dormitório

12.05m2

sala

16.52m2

cozinha

7.00m2

a.serv.

4.48m2

banho.

4.48m2

A A’

J3

J3

P1

P2

Sem escala

6.3 - PLANTA DE LOCAÇÂO

Indica a posição da construção dentro do terreno. Pode-se fazer um desenho único

com a locação e a planta de cobertura. A planta de locação não se limita a casa ou

construção. Para locar uma obra é necessário representar o local exato que ocupará no

lote. Para isso necessita - se da obtenção de todos os dados que caracterizam o

terreno, na prefeitura, suas dimensões, recuos de todos os elementos salientes,

reentrantes, áreas e poços, além de todo elemento existente no passeio fronteiriço; Ela

deve mostrar os muros, portões, postes, árvores existentes ou a plantar, a calçada ou

passeio e, se necessário às construções vizinhas.

a- Representa-se a projeção da obra sem contar com os beirais, do muro até a

parede, Não seria correto indicar o afastamento entre o muro e a extremidade

da cobertura;

b- Representar todas as cotas necessárias.

c- É necessário a representação da calçada ( tipo de material ) ;

O nome da rua que passa na frente da obra ;

Indicação do norte magnético ;

locação de fossas , caixas de gordura , caixas de inspeção , ou saída

para o esgoto publico, localização da entrada de energia elétrica e água;

Cotas de nível (meio fio, calçada, obra...);

Indicação da localização do lixo.

As escalas indicadas para a planta de locação são as 1:100 ou 1:200.

6.4- ELEVAÇÃO / FACHADA

É o desenho do objeto visto na sua projeção sobre um plano vertical. Um objeto pode

ficar claramente representado por uma só vista ou projeção (ex. lâmpada

incandescente). Outros ficarão bem mais representados por meio de 3 projeções ou

vistas. Haverá casas ou objetos que somente serão definidos com o uso de maior

numero de vistas. Num lote de meio de quadra é obrigatória a representação de pelo

menos uma fachada. No caso de lote de esquina é obrigatória a representação de pelo

menos duas fachadas com a respectiva indicação dos materiais a serem utilizados.

Recuo lateral esquerdo Recuo lateral direito

DIVISA DE FUNDO

FRENTE DO LOTE

DIV

ISA

LA

TE

RA

L E

SQ

UE

RD

A

DIV

ISA

LA

TE

RA

L D

IRE

ITA

Recuo d

o fundo

Recuo d

e fre

nte

calçada ou passeio

meio fio ou guia

RUA

PROJEÇÃO DA

EDIFICAÇÃO

alinhamento

Obs.: as projeções ortogonais da Geometria Descritiva são usadas no desenho

arquitetônico apenas mudando os termos técnicos.

Para a representação da fachada é necessário observar :

a. A fachada não deve constar cotas como no corte , somente em alguns casos

excepcionais;

b. Indicar através de setas o tipo de material a ser empregado no revestimento , pintura

...

c. Desenhar as paredes mais próximas ao observador com traço grosso contínuo;

d. Desenhar as paredes ou partes mais distantes ao observador com traço médio e

fino;

e. Ao contrário do corte , na fachada é representada detalhes das portas e janelas com

traço fino.

Damos a seguir, a disposição das quatro fachadas de uma construção, relacionando-as

com a planta. Notar a aplicação da convenção para os traços nas fachadas. As partes

mais próximas do observador são desenhadas com traço grosso.

Reduzir a espessura dos traços na medida em que eles estão mais distantes

a.

serviço

cozinha

living dormitório

FACHADA PRINCIPAL

FA

CH

AD

A L

AT

ER

AL

ES

QU

ER

DA

FA

CH

AD

A L

AD

ER

AL

DIR

EIT

A

abrigo

para

auto

banho

6.5- CORTES

São obtidos por planos verticais que interceptam as paredes, janelas, portas e lajes,

com a finalidade de permitir esclarecimentos que venham facilitar a execução da obra.

As linhas indicando onde devem ser feitos os cortes são traçadas SEMPRE nas plantas

do projeto.

Se desenharmos a vista do edifício secionado em um plano vertical, teremos um

desenho demonstrativo das diferentes alturas de peitoris, janelas, portas, vergas e das

espessuras das lajes do piso, do forro, dos detalhes de cobertura e dos alicerces.

O corte vertical corta a edificação desde a sua fundação até a sua cobertura, como

mostra a figura:

Quase sempre uma única seção não é suficiente para demonstrar todos os detalhes do

interior de um edifício, sendo necessários, no mínimo dois cortes. Por esse motivo,

sempre que se apresenta um projeto, representamos duas seções: LONGITUDINAL E

TRANSVERSAL.

Deve-se sempre passar um dos cortes por um dos compartimentos ladrilhados, cujas

paredes sejam revestidas por azulejos. Indicamos as seções nas plantas por traços

grossos interrompidos por pontos e terminados por setas que indicam a situação do

observador em relação ao plano da seção. Assinalamos os cortes por letras

maiúsculas. As paredes secionadas devem ser representadas tal como aparecem nas

plantas.

Para a representação do corte é necessário observar os seguintes itens :

a. Representação das paredes em que o plano vertical está cortando com traço

grosso ;

b. Representação das paredes em que o plano vertical não corta , com traço fino;

c. Representação de portas e janelas conforme a simbologia adotada , com as

devidas medidas ( altura );

d. Indicação somente das cotas verticais , indicando alturas de peitoris , janelas,

portas , pé direito , forro ...

e. Representação da cobertura (esquemática );

f. Representação e indicação do forro . Se for laje a espessura é de 10 cm;

g. Representação esquemática da fundação com o lastro de 10 cm;

h. Indicação de desníveis se houver ( verificar simbologia );

i. Indicar revestimento ( azulejos ) com a altura correspondente;

j. Indicar os compartimentos que o plano vertical está cortando ( geralmente indica-

se um pouco acima do piso );

k. Indicar o desvio do corte , quando houver ,através de traço e ponto com linha

média;

l. Indicar o beiral , platibandas , marquises , rufos e calhas se houver necessidade;

m. Indicar o tipo de telha e a inclinação correspondente

VISTA EM CORTE PERSPECTIVADO

DA RESIDÊNCIA (sem escala)

CO

RTE

AA

CO

ZI

NH

A

A.S

ER

VIÇ

O

6.6 - PLANTA DE SITUAÇÃO

É a representação do lote dentro da quadra.

a- É necessário indicar e numerar todos os lotes da quadra, ressaltando-se o lote em

questão, assim como o seu numero e o numero da quadra.

b- Colocar os nomes de todas as ruas que circundam a quadra,

c- Indicar também o norte magnético.

obs. É cotado somente o lote em questão .

6.7. COBERTURA

A planta de cobertura é uma vista superior da obra necessitando assim a

representação de todos os detalhes relativos à coberta, como:

a - tipo de telha;

b - inclinação correspondente ao tipo de telha,

c - se houver, indicar beiral, platibanda, rufos, marquises...

d - Determinar as cotas parciais e totais da edificação.

6.8.TITULO

O título do projeto geralmente é a finalidade da obra, ou seja, se a construção é para

fins residenciais, comerciais, assistências, religiosos..., seguido da localização da

obra (lote / quadra / bairro / cidade /estado).

Ex.: Projeto destinado a construção de uma residência em alvenaria, situado sobre

o lote X, quadra Y, bairro W, Cidade/Estado.

6.9. PERSPECTIVA

É o desenho do objeto visto bi-dimensionalmente, isto é, em projeções sobre dois

planos verticais ortogonais. No mínimo representa-se 2 cortes , passando

principalmente onde proporcione maiores detalhes ao executor da obra ou dos projetos

complementares.

6.10. ESTATÍSTICA DO PROJETO

Segundo a LEI COMPLEMENTAR Nº 387 DE 13 DE ABRIL DE 2.000 a ocupação do

solo fica condicionada a índices urbanísticos definidos a partir do estabelecimento

de:

I. lote mínimo (Área do lote em m2) para efeito de parcelamento;a metragem

quadrada do terreno, constante do título de propriedade, deve ser verificada com

levantamento topográfico que mostrará a geometria do lote.

II. Taxa de ocupação máxima do lote, representada pelo percentual da área do

lote que pode receber edificação ( área da construção térrea : área do lote ) x

100 %

III. coeficiente de aproveitamento máximo do lote representado pelo número de

vezes que sua área pode ser reproduzida em área construída (área da

construção total : área do lote)

IV. recuos mínimos que a edificação deve obedecer em relação aos limites do lote

e entre edificações no mesmo lote.

Obs.: Caso haja construções existentes, indicar também a área correspondente com o

respectivo número do protocolo de aprovação.

Além de constar estes índices, a legenda deve informar também:

- Área da construção (térreo, superiores..., todos em separado) em m2;

- Área total da construção em m2

Orientações para o projeto:

PÉ-DIREITO: é a altura livre entre o piso e o teto de um compartimento.

ALINHAMENTO: é a linha projetada, marcada ou indicada pela Prefeitura Municipal,

para fixar o limite do lote do terreno em relação ao logradouro público.

RECUO: é a distância da construção a divisa considerada (recuo de frente, recuo de

fundo e recuos laterais direito e esquerdo ou como costuma ser denominado

“afastamento lateral direito ou esquerdo”).

NIVEL: o sinal gráfico da indicação de nível pode ser:

um círculo dividido em quatro setores iguais (quadrantes), com cheios e vazios

alternados, comumente usado em plantas

um triângulo com um vértice apontando a indicação do nível de referência

escolhido, comumente usado em cortes.

0.0

0

0.0

0

7 ESPECIFICAÇÕES DE MEDIDAS

COTAS: Representam sempre dimensões reais do objeto e não dependem,

portanto, da escala em que o desenho está executado. São os números que

correspondem às medidas.

Obs. As cotas devem ser escritas na posição horizontal, de modo que sejam lidas

com o desenho em posição normal, colocando-se o leitor do lado direito da prancha.

Para localizar exatamente uma cota e indicar qual a parte ou elemento do objeto a

que ela se refere é necessário recorrer a dois tipos de linhas que são:

a) linhas de chamada (ou de extensão ou, ainda linha de referencia)

b) linhas de cota (ou de medida).

As setas podem ser substituídas por:

PRINCÍPIOS GERAIS:

1. Tanto as linhas de chamada como as linhas de cota se desenham com traço

contínuo fino. As linhas de chamada devem, em princípio, ser perpendiculares ao

elemento a cotar, mas em casos excepcionais, pode haver conveniências em que

sejam desenhadas obliquamente, preferindo-se nesses casos inclinações de 60

ou 75;

2. As linhas de cota não devem ser escritas muito próximas das linhas de contorno,

dependendo a distancia a que se colocam as dimensões do desenho e do

tamanho do algarismo das cotas.

3. Os ângulos serão medidos em graus, exceto em coberturas e rampas que se

indicam em porcentagem (%).

4. As linhas de cota paralelas devem ser espaçadas igualmente.

5. Colocar as linhas de referencia de preferência fora da figura.

6. Evitar repetições de cota.

7. Todas as cotas necessárias serão indicadas.

8. Não traçar linha de cota como continuação de linha da figura.

9. As cotas prevalecem sobre as medidas calculadas no desenho.

10. As cotas de um desenho devem ser expressas na mesma unidade.

11. A altura dos algarismos é uniforme dentro do mesmo desenho. Em geral usa-se

2.5 a 3mm .

12. No caso de divergência entre cotas de desenhos diferentes, prevalece a cota do

desenho feito na escala maior .

13. As linhas de cota são desenhadas paralelas à direção de medida.

8 ESCALAS NUMÉRICAS E

GRÁFICAS

ESCALA: é a relação entre cada medida do desenho e a sua dimensão real no

objeto.

A escala é uma razão: ____Medida do desenho___

Medida real correspondente

A necessidade do emprego de uma escala na representação gráfica, surgiu da

impossibilidade de representarmos, em muitos casos, em verdadeira grandeza; certos

objetos cujas dimensões não permitem o uso dos tamanhos de papel recomendados

pelas Normas Técnicas. Nesses casos empregamos escalas de redução; quando

necessitamos obter representações gráficas maiores que os objetos utilizamos escalas

de ampliação.

No desenho de arquitetura geralmente só se usam escalas de redução, a não ser em

detalhes, onde aparece algumas vezes a escala real.

A escolha de uma escala deve ter em vista:

1. O tamanho do objeto a representar

2. As dimensões do papel

3. A clareza do desenho

As escalas devem ser lidas 1:50 (um por cinqüenta), 1:10 (um por dez), 1:25 (um por

vinte e cinco), 10:1 (dez por um), etc.

ESCALA GRÁFICA: é a representação da escala numérica. A escala gráfica

correspondente a 1:50 é representada por segmentos iguais a 2 cm, pois 1 metro

dividido por 50 é igual a 0,02 m. Escalas utilizadas para desenhos arquitetônicos:

1:200 ou 1:100 = rascunhos / estudos (papel manteiga)

1:100 = anteprojeto – plantas, fachadas, cortes perspectivas

1:100 = projeto legal - plantas, fachadas, cortes, perspectivas

1:50 = projeto executivo (desenhos bem cotados), fundações, estrutura,

instalações, etc

1:10, 1:20 e 1:25 = detalhes

1:200/ 1:500 = planta de Localização

1:1000 e 1:2000 = planta de Situação

obs: A escala não dispensará a indicação de cotas .

Para solucionarmos problemas de escalas, as medidas devem estar na mesma

unidade. Transforme-as, se necessário!

Exp.: Um canteiro de 2 metros foi desenhado com 4 cm. Qual é a escala do desenho?

Transforme: 2 m = 200 cm

Efetue a operação: 4 cm = 1 / 4x = 200 / x = 50 /

200 cm x

A escala do desenho é de = 1: 50.

EXERCÍCIOS

ATENÇÃO

1 – exercício que não apresente cálculo, quando solicitado, não será considerado.

2 – exercícios iguais, ambos terão nota ZERO.

3 – projeto final igual (mesmo de outro semestre, pois temos os projetos

catalogados), os alunos envolvidos serão reprovados.

1º. A seção transversal recomendada para o leito carroçável de uma Via Principal é

de 10,50 m. Qual a sua dimensão num projeto que foi desenhado na escala 1:50?

RESP.:_______

2º. Num projeto de execução foi desenhado o detalhe de uma janela de correr na

escala 1:20, cuja altura mede 9,0 cm e largura 14,0 cm . Qual a verdadeira medida

da janela?RESP.: __________

3º. Um objeto foi desenhado no formato A3 (420 mm x 297 mm) em escala 1:50. Foi

reduzido proporcionalmente para o formato A4 (210 mm x 297 mm)

Qual a nova escala do desenho?

RESP.: __________

Qual o comprimento do objeto no novo formato se mede 8,40 m em sua verdadeira

grandeza?

RESP.: __________

4º. A largura recomendável de um banheiro é de 1,20 m. Num desenho feito na

escala 1:25, qual será essa medida? RESP.: __________________

5º. Um edifício de 50m de altura por 15 m de largura foi desenhado com as

seguintes medidas: 12,5 cm de altura e 3,75 cm de largura. Qual é a escala do

desenho?

6º. A prancha de uma carteira escolar é um retângulo que mede 70 cm por 50 cm.

Desenhe-a na escala 1:25:

7º. Uma geladeira que mede 1,50 m de altura por 0,60 m de largura foi desenhada

com 15 cm e 10 cm respectivamente.

Qual foi a escala utilizada no desenho?_______________.

O que ocorreu?__________________________________.

Qual a conseqüência disso?________________________.

Agora, desenhe corretamente a geladeira na escala 1:50.

8º. A planta acima, pg. 13, foi desenhada SEM ESCALA, copiar TODOS os detalhes da

planta na escala 1:50. Depois representar a planta de locação, o CORTE AA’ e a

elevação principal, na mesma escala.

9º. Representar as perspectivas correspondentes dos seguintes dados:

PLANTA PLANTA PLANTA PLANTA PLANTA PLANTA

PLANTA

EL.FRONTAL EL.FRONTAL EL.FRONTAL EL.FRONTAL EL.FRONTAL EL.FRONTAL

EL.FRONTAL

EXEMPLO DE RESPOSTA PARA:

EL.FRONTAL EL.FRONTAL EL.FRONTAL

PLANTA PLANTA PLANTA

a. ou

a. b. c. d. e. f.

g.

9 COMPONENTES E ESPECIFICAÇÕES

LEVANTAMENTO: topográfico / planialtimétrico

FUNDAÇÕES: exame do terreno / sondagem

Diretas: sapatas / baldrame

corrido Concreto armado, bloco armado pedra

Indiretas ou profundas: estacas Madeira, mista, concreto armado, concreto

centrifugado, perfis de aço, Strauss, Franki, tubulões

ESTRUTURAS

Rígidas Concreto armado, aço

Semi-rígidas Elevações, blocos armados, pré-moldados, alvenaria auto

portante, tijolos, blocos

COBERTURAS

Estrutura Madeira, aço, alumínio, concreto armado pré-moldado

Telhados

Telha cerâmica: francesa, colonial, escama, esmaltada, mista,

plan ou capa canal

Fibrocimento, alumínio, concreto pré-moldado, pvc, translúcida,

ardósia

IMPERMEABILIZAÇÃO

Fria Líquida, polímeros, películas, mantas

Quente Asfáltica, mantas

FORROS

Madeira, lambris, treliça, gesso, estuque, alumínio, chapa, pvc

VEDOS

Alvenarias estruturais Pedras, tijolos cozidos, bloco de concreto, adobes,

taipas, pau à pique

Alvenarias auto-portantes:

divisórias / painéis

Madeira, metal, concreto, papel, fibrocimento, vidro,

tecidos, plásticos, blocos

PISOS

Frios

Ladrilho cerâmico, mosaico, cimentado, polímeros, granitine,

cerâmica esmaltada, borracha, plástico, fórmica, pedras naturais,

mármore, granito, arenito, ardósia, basalto

Quentes Tacos (acabamento para madeira: raspagem, calafetar, cera,

sinteko), assoalhos, carpetes, forrações, carpete de madeira

REVESTIMENTOS / MAMPOSTERIA

Chapisco, emboço (massa grossa), reboco (massa fina), massa corrida (acabamento)

Cozida, esmaltada, vitrificada, azulejos (lisos ou decorados) – com junta à prumo ou

amarrada

Naturais, mármore, granito, ardósia, basalto

Madeira, compensado, laminados, fórmica, fibrocimento, chapa metálica, alumínio,

vidro, fibra

Caiação, látex, acrílica, pva, especiais, resinas, vernizes

Tecidos / Vidros / Carpetes / Forrações

INSTALAÇÕES

Hidráulicas

Água fria: pvc marrom, galvanizado, ferro

Água quente: cobre, pvc especial

Esgoto: pvc branco, ferro

Proteção contra incêndio: tubo galvanizado, hidrantes, detectores de

fumaça, splinkers

Água pluvial: pvc branco, ferro, fibrocimento, chapa galvanizada

Elétricas

Iluminação / Tomadas / Ar condicionado / chuveiro elétrico

Telefonia / Intercomunicadores / Lógica / Som / Vídeo / Rádio / Pára-

raios

ESQUADRIAS DE MADEIRA

Batentes

Portas Maciças, almofadadas, relhadas, lisas, folhadas, revestidas, especiais

Janelas Vidro, veneziana, persiana

CAIXILHOS METÁLICOS

Contramarcos / Alumínio

Portas e

Janelas

Alumínio anodizado, ferro e chapa galvanizada, vidro / veneziana,

persiana / metálica

Sistema de

abertura

De abrir, de correr, basculante, guilhotina, max-ar, pivotante,

sanfonada, pantográfica, de enrolar

PINTURA

Caiação, látex, pva, acrílico, óleo, têmpera, epoxi, borracha clorada

VIDROS

Lisos, pontilhados, comuns, cristais, temperados, laminados (acabamento: incolor ou

transparente, colorido, espelhado)

LIMPEZA GERAL DA OBRA / PAISAGISMO

Jardim, jardineira, vasos, floreiras

10 SÍMBOLOS GRÁFICOS

O desenho arquitetônico, por ser feito em escala reduzida e por abranger áreas

relativamente grandes, é obrigado a recorrer a símbolos gráficos. Assim utilizaremos

as simbologias para definir, como por exemplo, as paredes, portas, janelas, louças

sanitárias, telhas, concreto...

I . PAREDES

Normalmente as paredes internas são representadas com espessura de 15 cm, mesmo

que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes externas o uso de

paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não obrigatório. É, no entanto

obrigatório o uso de paredes de 20 cm de espessura quando esta se situa entre dois

vizinhos (de apartamento, salas comerciais...).

Convenciona-se para paredes altas (que vão do piso ao teto) traço grosso contínuo, e

para paredes a meia altura, com traço médio contínuo, indicando a altura

correspondente.

II. PORTAS

II.1. Porta interna - Geralmente a comunicação entre dois ambientes não há

diferença de nível, ou seja, estão no mesmo plano, ou ainda, possuem a

mesma cota.

II.2. Porta externa - A comunicação entre os dois ambientes ( externo e

interno ) possuem cotas diferentes , ou seja o piso externo é mais baixo .

Nos banheiros a água alcança a parte inferior da porta ou passa para o ambiente

vizinho; os dois inconvenientes são evitados quando há uma diferença de cota nos

pisos de 1 a 2 cm pelo menos . Por esta razão as portas de sanitários desenham se

como as externas .

II.3.Outros tipos de porta :

- De correr ou corrediça

- Porta pantográfica

- Porta pivotante

- Porta basculante

- Porta de enrolar

III . JANELAS

O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1.50m , sendo

estas representadas conforme a figura abaixo , sempre tendo como a primeira

dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente . Para janelas

em que o plano horizontal não o corta , a representação é feita com linhas invisíveis.

V. MÓVEIS - SALA/QUARTO/COZINHA

VI. NA ÁREA DE SERVIÇO

11 COBERTURAS

A proteção zenital é detalhe importante num projeto. A escolha de solução para a

cobertura, determina o equilíbrio no conjunto, economia de material e de mão-de-obra.

Quanto ao sistema construtivo classifica-se em:

1. cobertura por elementos apoiados – telhas e similares;

2. cobertura por elementos estruturados – laje (convenientemente impermeabilizado)

Quanto a forma as coberturas podem possuir:

1. um só declividade (uma água ou pano), dois, três, quatro (a mais comum);

2. forma poligonal;

3. forma especial.

TELHADOS USUAIS

TIPO DA TELHA

N.º / m²

PESO COM

MADEIRAMENTO (kg / m²)

INCLINAÇÃO

(graus)

DECLIVIDADE

(%)

Francesa

13 a 15

40 / 50

16 a 25

30 a 45

Colonial

18 a 25

50 / 70

13 a 16

25 a 30

Ondulada

(fibrocimento)

07 a 10

13 a 16

Em telhados de duas declividades, de igual comprimento, o cálculo da porcentagem

da mesma deve ser feito considerando a metade do vão total.

Exemplo : p = h / m

30% = h/ 700

h = 2.10 m

h

m

Maiores informações quanto às coberturas, devem ser obtidas nos catálogos dos

fabricantes.

Os elementos de cobertura (telhas) se apóiam em estruturas de madeira (as mais

usuais), de ferro, de alumínio ou de concreto.

As tesouras comuns são as peças principais das estruturas de madeira e que irão

suportar o peso dos elementos da cobertura (telhas) que serão fixados nas ripas, e

estas nos caibros que se apóiam nas terças que por sua vez são apoiadas nas pernas

(ou empenas) da tesoura.

cumeeira

pendural

escora tirante

terça

empena

caibro 5 x 16 cm

ripa 1 x 5 cm

frechal linha ou tensor estribo

C/8

C/4 C/4

C/4

1

2 3

4

1/4 1/4 1/4 1/4

Ripas...............................peças de madeira pregadas sobre os caibros, atuando

como apoios das telhas de cerâmica;

Caibros............................peças de madeira, apoiadas sobre as terças atuando por

sua vez como suporte das ripas;

Terças.............................peças de madeira, apoiadas sobre as tesouras, sobre

pontaletes ou ainda sobre paredes, funcionando como sustentação dos caibros;

Frechal............................viga de madeira colocada no topo das paredes, com a

função de distribuir as cargas concentradas provenientes de tesouras, vigas

principais ou outras peças de madeira da estrutura; costuma-se chamar também de

frechal a terça da extremidade inferior do telhado;

Terça de cumeeira.........terça da parte mais alta do telhado;

Pontaletes......................peças de madeira dispostas verticalmente, constituindo

pilares curtos sobre os quais apoiam-se as vigas principais ou as terças;

Tesoura.........................treliça de madeira que ser de apoio para a trama.

ESFORÇOS QUE ATUAM NOS ELEMENTOS DE UMA TESOURA DE MADEIRA

Esquematicamente a figura abaixo mostra esses esforços. Sendo as peças:

1. Empena

2. Escora

3. Linha ou tensor

4. Pendural

Temos que as peças 1 e 2 (empena e escora) trabalham em compressão (flexo-

pressão) e que as peças 3 e 4 (tensor e pendural) trabalham em tração.

Os esforços que atuam em cada peça de uma tesoura, podem ser determinados com o

uso do Diagrama de Cremona (da Grafostática) e da fórmula de Euler.

A pressão do vento, considerando-se a direção do mesmo inclinada de 10 º em relação

a horizontal, pode ser admitida como carga adicional a carga permanente, o que é

permitido para pequenas inclinações e uma vez que as águas do telhado, nos casos

das telhas francesas e coloniais, têm pequenas inclinações.

Peso Próprio Vento Água da Chuva Total

Telhas Francesas

= 25 (inclinação) e p

= 45% (declividade)

45 kg / m²

62 kg / m²

13 kg / m²

120 kg / m²

Telhas Coloniais

= 15 (inclinação) e

p = 25% (declividade)

90 kg / m²

45 kg / m²

15 kg / m²

150 kg / m²

TRAÇADO USUAL DOS TELHADOS

As águas, panos, sendo de igual inclinação, a solução baseia-se no seguinte

teorema:

“A interseção de dois planos de igual inclinação é a bissetriz do ângulo formado

pelas horizontais de mesma cota dos planos”.

FORMAS USUAIS DOS TELHADOS

As linhas principais de um telhado são:

Água:...............................................superfície plana inclinada de um telhado;

Beiral:..............................................projeção do telhado para fora do alinhamento da

parede;

Cumeeira.........................................aresta horizontal delimitada pelo encontro entre

duas águas, geralmente localizada na parte mais alta do telhado, divisor da água

horizontal;

Espigão............................................aresta inclinada delimitada pelo encontro entre

duas águas que formam um ângulo saliente, isto é, o espigão é um divisor de águas

inclinado;

Água-furtada (ou rincão)..................aresta inclinada delimitada pelo encontro entre

duas águas que formam um ângulo reentrante, isto é, o rincão é um captador de

águas;

Rufo....................peça complementar de arremate entre o telhado e uma parede.

O telhado de duas águas tem duas empenas ou oitões, isto é, a superfície de apoio

(que faz a vez da tesoura) no final da cobertura e formando parte da fachada.

cumeeira

cumeeira

água-furtada

espigão

espigão

Ao projetarmos um telhado devemos nos lembrar de algumas regras práticas:

1. As águas-furtadas (ou rincões) formam ângulos de 45º com as projeções das

paredes e saem dos cantos internos. São o encontro de dois planos (águas);

2. Os espigões formam ângulos de 45º com as projeções das paredes e saem dos

cantos externos;

3. As cumeeiras são linhas paralelas a uma direção das paredes e perpendiculares

a outra direção;

Tendo em atenção as 3 regras práticas a, pode-se traçar qualquer projeto de telhado

por mais recortado e complicado que seja.

A seguir, vários exemplos de traçados (a seta indica o sentido do caimento da água).

oitão

OITÃO

caimento

Telhado com 3

águas

ELEVAÇÃO 1

EL

EV

ÃO

2

ELEVAÇÃO 3

ELEVAÇÃO 1 ELEVAÇÃO 2 ELEVAÇÃO 3

PLANTA

COBERTURA DE SUPERFÍCIES TRIANGULARES

As três bissetrizes indicadas na figura abaixo são as interseções, denominadas

“espigões”, dos planos, com igual declividade e contendo os lados horizontais AB, BC e

CA do triângulo ABC.

Analogicamente, na figura abaixo temos uma cobertura irregular onde as bissetrizes

dos ângulos das horizontais são os cinco espigões do telhado.

COBERTURA DE SUPERFÍCIES QUADRADAS

Para cobertura dessas superfícies com telhado clássico, há quatro soluções para

uma certa declividade: tipo duas águas, tipo quatro espigões ou as outras duas

indicadas abaixo:

SUPERFÍCIE COM PÁTIO INTERNO OU JARDINS

pátio

interno

PEÇAS COMPLEMENTARES

TIPO DESCRIÇÃO FUNÇÃO

Beiral

É a distância entre a parte

externa da parede e a

extremidade do telhado

Evita o excesso de umidade

nas paredes

Platibanda Parede de pouca altura e

acima da cobertura

Destinada a encobrir o

telhado

Rufo Peça de arremate entre as

telhas ou calhas e a parede

Vedação, evitar infiltração de

água

Calha

Cano que lembra um sulco

Recebe as águas pluviais,

especialmente as do telhado

Condutor Cano que sai da calha até o

solo

Escoar as águas pluviais

que vêm do telhado

platibanda

rufo

calha pluvial

CORTE ESQUEMÁTICO

DETALHE B

telha

platiband

aaa

calha pluvial

PLANTA DO TELHADO COM

PLATIBANDA

DET.B

A seguir são apresentados exemplos ilustrados dessas peças para melhor

compreensão.

CORTE ESQUEMÁTICO DETALHE A

calha pluvial

cachorro

condutor

pluvial

beiral

telha

Beiral

PLANTA DO TELHADO COM

BEIRAL

proj. edif.

DET. A

EXEMPLO DE FECHAMENTO DE TELHADO

EXERCÍCIOS

Resolver a planta dos telhados abaixo e representar suas 4 elevações.

12 CIRCULAÇÃO VERTICAL

Escadas / Rampas / Elevadores

A concentração das construções nas grandes cidades criou exigências de

aproveitamento cada vez maior dos terrenos. Assim expandiu-se a construção de

edifícios com pavimentos superpostos servidos por uma circulação vertical.

12.1 - ESCADAS

1. Piso é a parte horizontal do degrau (p)

2. Espelho é a parte vertical do degrau, perpendicular ao piso (h)

3. Bocel é a saliência (balanço) do piso sobre o espelho (b)

4. Banzo é a peça ou viga lateral de uma escada.

Dados experimentais fizeram concluir que:

A altura recomendável para o espelho de uma escada deve ser no máximo de

0,18 m (dezoito centímetros).

A profundidade recomendável deve ser no mínimo de 0,25 m (vinte e cinco

centímetros).

Blondell, arquiteto francês, estabeleceu uma fórmula empírica que permite calcular a

largura do piso em função da altura do espelho e vice-versa. Esta fórmula é a seguinte:

2h + p = 0,64 m

Onde:

h = espelho P = piso a ser determinado 0,64 = constante

CÁLCULO DE UMA ESCADA

Deve-se considerar:

Altura do pé-direito;

Espessura do piso superior (laje).

Soma-se a altura do pé-direito + a espessura da laje do piso superior = pé-

esquerdo

Divide-se o resultado encontrado por 0,18 m (altura máxima permitida para espelho)

Por exemplo, considerando:

Altura do pé-direito = 2,70 m

Espessura da laje do piso superior = 0,15 m

Temos: 2,70 m + 0,15 m = 2,85 m (pé-esquerdo)

2,85 m : 0,18 m (máximo permitido para h) = 15,83 (arredondar SEMPRE para mais) =

16 degraus

Logo:

2,85 m (pé-esquerdo) : 16 degraus = 0,178m (NUNCA arredondar esse valor) = h

(altura do espelho)

Isto é, o número de degraus é igual a altura do pé-direito mais a espessura do piso

superior, dividido pela altura do espelho.

Assim:

2,85 m : 0,178 m = 16 degraus

Calcula-se em seguida, pela fórmula de Blondell, a largura do piso do degrau (p).

2h (altura do espelho) + p (piso do degrau) = 0,64 (constante)

2 x 0,178 m + p = 0,64 0,356 m + p = 0,64 p = 0,64 – 0,356 m p =

0,284 m

Finalizando temos uma escada com:

16 degraus, espelho (h) =0,178 m e piso (p) = 0,284 m

Para completar o cálculo da escada devemos determinar a distância em projeção

horizontal, entre o primeiro e o último degrau.

Ora, uma escada de n degraus possui n – 1 pisos; logo a distância d será igual ao

produto da largura do piso encontrado pelo número de degraus menos 1.

Segundo a LEI COMPLEMENTAR Nº 387 DE 13 DE ABRIL DE 2.000 das normas

técnicas das edificações em geral, fica estabelecido que:

piso

superior

7

piso

inferior

d

4

3

2

1

6

5

Tem-se: d = (n - 1)p

Na figura: d = 6p

As escadas ou rampas devem ter largura mínima de 90 cm (noventa centímetros) e

passagem com altura mínima nunca inferior a 2,00 m (dois metros), salvo

disposição contrária existente em norma técnica.

As escadas e rampas de uso comum ou coletivo e as escadas de incêndio devem

ser dotadas de corrimão e obedecer às exigências contidas na NBR 9077.

Em caso de uso secundário ou eventual, será permitida a redução de sua largura

até o mínimo de 60 cm (sessenta centímetros).

A instalação de elevador em uma edificação não dispensa a construção de escada

ou rampa.

Algumas recomendações:

nas escadas com mais de 19 (dezenove) degraus, será obrigatório intercalar um

patamar, com a profundidade mínima igual a largura da escada.

as escadas deverão ter as seguintes larguras mínimas úteis:

0,90 m em edifícios residenciais unifamiliares

1,20 m em edifícios residenciais com até três pavimentos

1,50 m em edifícios de mais de três pavimentos, destinados a locais de reunião com

capacidade de até 150 (cento e cinqüenta) pessoas

as escadas deverão ter as seguintes alturas de espelho:

0,18 m em escadas internas

0,15 m em escadas externas

Obs.: consultar o Código de Edificações e de Posturas do Município de Montes

Claros.

ALTURA LIVRE

Nos projetos de escada é necessário examinar a altura livre de passagem. Trata-se

da distância, medida na vertical, entre o piso do degrau e o teto. Ou seja, a laje

intermediária entre um pavimento e o outro. Esta Altura nunca deve ser inferior a 2,00

CAIXA DE ESCADA

É o compartimento em que a escada é colocada. As suas dimensões dependem do

desenvolvimento da escada e, por conseguinte, do pé-direito do edifício. Deve ser

amplamente iluminada com luz direta do exterior através de janelas em plano vertical.

Piso superior

Piso

inferior

2,2

0

Planta

esquemática

Sem escala

sob

e

REPRESENTAÇÃO

As escadas são obrigatoriamente representadas nos cortes e na planta de cada um

dos pavimentos. Indicar sempre na planta com uma seta a direção de subida da

escada. Representar também, na planta do pavimento de onde parte a escada, apenas

quatro ou cinco degraus com traço cheio, pois se obtém a planta por uma seção feita a

mais ou menos um metro do piso. Os degraus acima da seção devem ser tracejados.

TIPOS DE ESCADA

A seguir, algumas plantas de escadas de tipos diferentes.

LINHA DE CORTE PARA A PLANTA DO PAVIMENTO SUPERIOR

LINHA DE CORTE PARA A

PLANTA DO PAVIMENTO

TÉRREO

1 2

3 4

5 6

7 8

9 10

11 12

13 14

15 16

DESCE

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

PAVIMENTO SUPERIOR

CORREMÃO

SOBE

PAVIMENTO TÉRREO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

CORTE ESQUEMÁTICO DE ESCADA

ESCADAS ENCLAUSURADAS OU DE SEGURANÇA

Essas escadas devem ser projetadas em edifícios residenciais e comerciais que

tenham mais de 5 andares, respeitando o Código de Obras de cada município e devem

ser aprovadas pelo Corpo de Bombeiros previamente.

À seguir, dois exemplos de escada enclausurada:

ESCADA COM ILUMINAÇÃO NATURAL

0,15 1,20

1,20

8

7

6

5

4

3

2

1

9

10

11

12

13

14

15

16

p

p

Blo

nde

l:

2h

+p

=0

,64

1,2

0

1,2

0

1,20

1,20

circulação

elevador

elevador

sem escala

S D

ESCADA INTERNA

Blo

nde

l: 2

h+

p=

0,6

4

p

p

1,2

0

1,2

0

0,15 1,20

1,20

8

7

6

5

4

3

2

1

9

1,8

0

1,20

1,20

1,2

0

ante

câmara

Hall de serviço

elevador

S D

sem escala

10

11

12

13

15

16

14

12.2. RAMPAS

Declive. Superfície inclinada que constitui, dentro ou fora dos edifícios, elemento de

circulação vertical. Substituindo a escada tradicional, exige, no entanto, muito maior

espaço para seu desenvolvimento. Para pedestres, sua inclinação máxima tolerável é

de 15%. Inclinações maiores são possíveis nos acessos a garagens.

Segundo a LEI COMPLEMENTAR Nº 387 DE 13 DE ABRIL DE 2.000 das normas

técnicas das edificações em geral, fica estabelecido que:

As escadas ou rampas devem ter largura mínima de 90 cm (noventa

centímetros) e passagem com altura mínima nunca inferior a 2,00 m (dois

metros), salvo disposição contrária existente em norma técnica.

As escadas e rampas de uso comum ou coletivo e as escadas de incêndio

devem ser dotadas de corrimão e obedecer às exigências contidas na NBR

9077.

Em caso de uso secundário ou eventual, será permitida a redução de sua

largura até o mínimo de 60 cm (sessenta centímetros).

O elevador em uma edificação não dispensa a construção de escada ou rampa.

O piso das rampas deve ser revestido com material antiderrapante e obedecer

às seguintes declividades máximas:

I - 12% (doze por cento) se o uso for destinado a pedestres;

II - 25% (vinte e cinco por cento) se o uso for exclusivo de veículos automotores.

As rampas de acordo com a sua inclinação, classificam-se em:

1. Rampas de pouca inclinação, de até 6º, que não requerem um pavimento

especial contra o deslizamento;

2. Rampas de média inclinação, de 6º a 12º, que requerem um pavimento rugoso

que evita o deslizamento;

3. Rampas inclinadas, de 12º a 25º, que exigem um pavimento com ressaltos

transversais ou a subdivisão do plano da rampa em largos degraus de pouca

inclinação. A separação entre os ressaltos transversais deve ser constante ao longo

da rampa e igual ao comprimento do passo normal.

EXEMPLO: ao calcularmos uma rampa para automóveis, a declividade aconselhada é

de 20%, se precisarmos vencer uma altura de + 1,40 m tendo como referência o nível

0,00 da rua:

Teoricamente: Sen = B onde Sen 12º = 1,40 0,20 = 1,40

A A A

Na prática:

Regra de 3: 1,40m = 20% x = 14,00m : 20% x = 7,00m

x 100%

Temos ainda: 100% : 20% = 5 multiplicar esse valor pela altura a

ser vencida, ou seja: 1,40 m x 5 = 7,00 m

12.3. ELEVADORES

Segundo a LEI COMPLEMENTAR Nº 387 DE 13 DE ABRIL DE 2.000 das normas

técnicas das edificações em geral, fica estabelecido que:

É obrigatória a instalação de, no mínimo, um elevador nas edificações de mais de

três pavimentos acima do térreo, e de, no mínimo, dois elevadores, no caso de

mais de sete pavimentos acima do térreo.

0.00

+ 1.40 m 7,00 m

A B = 1,40

= 12º

A = 7,00 m

Na contagem do número de pavimentos não é computado o último, quando de uso

exclusivo do penúltimo, ou destinado a dependências de uso comum do condomínio

ou, ainda, dependências de zelador.

Os espaços de acesso ou circulação fronteiriços às portas dos elevadores devem

ter dimensão não inferior a 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros).

Além destas exigências deve ser apresentado projeto de instalação e cálculo de

tráfego, compatíveis com as normas da ABNT.

Para o projeto da caixa de elevadores e das casas de máquinas é necessário antes

de tudo, definir a capacidade (lotação da cabina) e a velocidade dos elevadores.

Esse cálculo de tráfego deve obedecer a Norma NB-596 da ABNT (Associação

Brasileira de Normas Técnicas).

Devem ser consultadas também as empresas fornecedoras dos elevadores.

Dimensões mínimas para caixa de elevador para um edifício residencial:

1,7

0

0,80

1,70

0,2

3

PLANTA DO POÇO DO ELEVADOR

Escala 1:25

Dimensões mínimas para casa de máquinas referente a um elevador para edifício

residencial

PLANTA DA CASA DE MÁQUINAS PARA 01 ELEVADOR

Escala 1:50

Dimensões mínimas para casa de máquinas referente a dois elevadores para edifício

residencial.

PLANTA DA CASA DE MÁQUINAS PARA 02 ELEVADORES

Escala 1:50

1,50

m

P

0,80m x 2,10m

0,9

0

m

1,00m

1,00m 1,00m

1,00m

proj. do poço do elevador

1,50

m

P

0,80m x 2,10m

1,5

0m

1,00m

1,00m 1,00m

1,00m proj. do poço do elevador

Exemplos de dimensões mínimas verticais para o poço do elevador e casa de

máquinas

VELOCIDADE

MIN.

MIN.

MIN.

m / min.

m / s

P (mm)

Q (mm)

H (mm)

60

1,00

1.500

4.500

2.500

75

1,25

1.500

4.500

2.500

90

1,50

1.500

4.500

2.500

105

1,75

1.900

4.500

2.500

120

2,00

1.900

4.500

2.500

PÉ DIREITO MÍNIMO:

Espaço Técnico = 1,50 m

Casa de Máquinas = 2,50 m

ÚLTIMA PARADA

Casa de

Máquinas

Q (

do p

iso d

a ú

ltim

a p

ara

da a

o p

iso d

a c

asa d

e m

áquin

as m

ín.=

4,5

0)

2,1

0m

T =

pe

rcurs

o

P

Espaço

Técnico

H (

pd m

ínim

o 2

,50 m

)

Para informações detalhadas, projetos

definitivos ou cálculos de tráfego é

necessário consultar técnicos de

empresas especializadas.

DESENHO ESQUEMÁTICO DAS PLANTAS DO ÁTICO (sem escala)

11

9

5

10

14

6

circulação

casa de máquinas

A A’

caixa d’água

Capacidade

= _______

Ático – pav. superior sem escala

d

1

2

3

4

7

8

15

13

12

16

barrilete espaço técnico

s A A’

circulação

Ático – pav. inferior sem escala

8

7

6

2

4

1

3

5

10

15

13

12

9

11

16

14

DESENHO ESQUEMÁTICO DO CORTE DO ÁTICO (sem escala)

Primeira parada do elevador

Po

ço

do

ele

vad

or

barrilete espaço técnico circ.

casa de máquinas Caixa d’água

telhado telhado

circulação

Corte AA’

sem escala

ÚLTIMA PARADA DO

ELEVADOR

1,5

0

EXERCÍCIOS

APRESENTAR OS CÁLCULOS EM TODAS AS QUESTÕES

1º. Calcular a extensão das seguintes rampas:

a. Para acesso de deficiente físico ao piso do pavimento térreo que está no

nível +1.20m em relação a rua (0.00 m) com inclinação de 10%.

Cálculo

b. Para acesso de automóvel ao piso do subsolo que está no nível -1.40m

em relação a rua (0.00 m) com inclinação de 20 %.

Cálculo

2º. Calcular as escadas de uma loja comercial de três pavimentos,

considerando:

espessura da laje = 0,18 m

* pé-direito do segundo pavimento

= 3.00 m

Resposta

Resposta

Cálculo

Resposta:

Do térreo ao 1º pavimento

Nº de

degraus:

Espelho do

degrau (e):

Piso do

degrau (p):

Do 1º ao 2º pavimento

Nº de

degraus:

Espelho do

degrau (e):

Piso do

degrau (p):

3º. Abaixo estão representadas as plantas dos pavimentos térreo e superior de uma residência unifamiliar, projetar uma escada na sala e fazer o que se pede:

a. Calcular a escada considerando: Pé-direito = 2,85 m

Espessura da laje = 0.15 m

Cálculo

7.36

4.18

0.00 * pé-direito do primeiro pavimento

= 4.00 m

Resposta:

Nº de

degraus:

Espelho do

degrau (e):

Piso do

degrau (p):

b. Projetar a escada no lugar onde você considera o ideal representando-a no

pavimento térreo e no pavimento superior na escala 1:100.

Elementos mínimos da escada: degraus, corrimão, sentido de subida e descida,

numeração dos degraus, cotas, indicação de corte horiz. (térreo), guarda corpo

(superior).

c. Traçar uma linha de corte (AA’) passando somente pela escada em ambas as

plantas.

d. Desenhar a nova planta e o corte AA’ em outra folha de papel na escala 1:50.

PAVIMENTO TÉRREO

PAVIMENTO SUPERIOR

4,4

5

13 ROTEIRO PARA O

DESENVOLVIMENTO DE UM

PROJETO

LEIA ATENTAMENTE ESTE ROTEIRO ANTES DE INICIAR SEU PROJETO

CÁLCULO DA ÁREA DO TERRENO (m2)

Divida seu terreno em formas que facilitem o cálculo da metragem quadrada

ou = lado x lado

= base x altura

2

= base maior + base menor x h

2

1. DEFINIR OS RECUOS MÍNIMOS PERMITIDOS

Depois de escolher o número de pavimentos do seu projeto, ver os recuos

mínimos permitidos por lei.

Marcando esses recuos no lote, você estará definindo a LÂMINA do seu projeto.

Ou seja o espaço onde será projetado o pavimento tipo.

2. TAXA DE OCUPAÇÃO MÁXIMA DO LOTE

Ou seja: a área calculada do seu lote x a porcentagem de ocupação máxima permitida

de acordo com a zona onde o lote está situado = o máximo permitido a ocupar do lote.

ATENÇÃO: esse valor de ocupação máxima do lote deve ser igual ou menor que a

LAMINA definida anteriormente.

Área do lote x % permitida = ocupação máxima permitida do lote

3. COEDICIENTE DE APROVEITAMENTO MÁXIMO DO LOTE

Ou seja: a área calculada do seu lote x o coeficiente de aproveitamento máximo

permitido de acordo com a zona onde o lote está situado = o máximo permitido de

área total construída

ATENÇÃO: esse valor de aproveitamento máximo do lote deve ser igual ou menor a

LAMINA definida anteriormente (itens 2 e 3) multiplicada pelo número de andares do

seu projeto

4. PAVIMENTO TIPO

unidade(s) habitacionais;

hall social com elevador social e corredor a sua frente de no mínimo 1,50 m

hall de serviço com elevador de serviço e corredor a sua frente de no mínimo

1,50m, compartimento para lixo e caixa de escada (enclausurada ou não, de

acordo com o partido do projeto)

Estando definida a LÂMINA do seu projeto, é necessário marcar a área de circulação

vertical (escada e elevador).

Agora determine quantos apartamentos serão por andar e projete-os.

CONDIÇÕES MÍNIMAS DOS COMPARTIMENTOS

Iluminação Ventilação Pé

direito

Inscrição de

círculo

Área mínima

Área total do lote x índice de ocupação = total de área construída permitida

UTILIZAÇÃO

PROLONGADA

dormitórios e

salas em geral

Voltada para

o exterior

Voltada para

o exterior 2,70 m 2,00 m

sala + dormitório,

quando juntos ou

separados

20,00 m2

UTILIZAÇÃO

TRANSITÓRIA

vestíbulos

corredores

caixas de escada

salas de espera

gabinetes sanitários

áreas de serviço e

cozinhas

natural 2,50 m

Cozinhas 1,60 m2

Demais 0,90 m2

ou 1,40 m2

quando utilizado

por deficiente

físico

Cozinha 4,00 m2

Área de serviço 2,50 m2

Bacia 1,20 m2

Lavatório, chuveiro e

mictório

0,81 m2

por peça

Bacia e lavatório 1,50 m2

Bacia, lavatório e

chuveiro 2,00 m

2

Bacia p/ uso de

deficiente físico 2,24 m

2

UTILIZAÇÃO

ESPECIAL

Adegas

Câmaras escuras

Caixas fortes

câmaras frigoríficas,

saunas, garagens e

congêneres.

Devem obedecer às normas técnicas vigentes, especificamente, para o uso pretendido

ATENÇÃO: SEMPRE consultar o Plano Diretor Físico, Código de Edificações,

Código de Posturas do Município de Montes Claros.

5. PAVIMENTO TÉRREO

hall social com elevador social e corredor a sua frente de no mínimo 1,50 m;

hall de serviço com elevador de serviço e corredor a sua frente de no mínimo

1,50m, caixa de escada (enclausurada ou não, de acordo com o partido do

projeto);

entrada social do prédio (guarita, acessos, jardim, etc.);

rampa de acesso ao térreo para deficiente físico com inclinação de 10% e largura

mínima = 1,20 m ;

rampa de acesso ao térreo e subsolo para automóveis com inclinação de 20% e

largura mínima de 3,00 m ;

apartamento para zelador com aproximadamente 40 m2 composto no mínimo de

sala, quarto, cozinha e banheiro (pode ser projetado também no mezanino ou junto

com o ático – conforme partido arquitetônico);

depósito de lixo (mínimo 4 m2 );

centro de medições distante do recuo frontal até 15 m (mínimo 6,00 m²);

depósito para material de limpeza (mínimo 2,00 m²);

vestiário/sanitário para funcionários (mínimo 6,00 m²);

abrigo para botijões de gás com abertura frontal FORA da projeção do edifício

(min3,00 m²) (pode ser locado no recuo frontal);

salão(ões) de festas e jogos (opcional);

play-ground / área de lazer de 2,00 m2 por unidade habitacional

01 vaga de automóvel por apartamento (mínimo) = 2,50 m por 4,80);

projeção no recuo frontal da caixa d’água subterrânea .

6. SUBSOLO

Subsolo poderá ocupar o espaço total do terreno com exceção do recuo frontal

(no caso do terreno ser de esquina, é necessário respeitar os dois recuos)

elevador social e corredor a sua frente de no mínimo 1,50 m (OPCIONAL);

elevador de serviço e corredor a sua frente de no mínimo 1,50m;

caixa de escada;

01 vaga de automóvel por apartamento (mínimo) = 2,50 m por 4,80 m ;

caixa d’água inferior.

7. MEZANINO (opcional)

hall social com elevador social e corredor a sua frente de no mínimo 1,50 m

hall de serviço com elevador de serviço e corredor a sua frente de no mínimo

1,50m, caixa de escada ;

rampa de acesso vindo do térreo para automóveis com inclinação de 20% e

largura mínima de 3,00 m ;

01 vaga de automóvel por apartamento (mínimo) = 2,50 m por 4,80 m

apartamento para zelador com aproximadamente 40 m2 composto no mínimo de

sala, quarto, cozinha e banheiro (pode ser projetado na cobertura ou junto com

o ático – conforme partido arquitetônico);

salão(ões) de festas e jogos (opcional);

play-ground/área de lazer de 2,00 m2 por unidade habitacional.

8. ÁTICO

É a parte técnica do edifício composta de:

1º pavimento com:

caixa de escada (enclausurada ou não);

cobertura social particular ou coletiva (OPCIONAL);

apartamento para zelador com aproximadamente 40 m2 composto no mínimo de

sala, quarto, cozinha e banheiro (OPCIONAL);

espaço técnico - local imediatamente abaixo da casa de máquinas onde o

técnico faz a manutenção do(s) carro(s) do elevador(es);

barrilete - local imediatamente abaixo da caixa d’água onde existe o

encanamento de distribuição da água para as unidades habitacionais;

fechamento do telhado do último pavimento tipo.

2º pavimento com:

caixa de escada (enclausurada ou não, de acordo com o partido do projeto)

casa de máquinas - local onde fica o motor e guincho de sustentação do(s)

carro(s) do(s) elevador(es), deve ter iluminação e ventilação diretas;

caixa d’água – deve ser dividida em duas partes para a limpeza periódica e

seus cantos chanfrados para que não aconteça o acúmulo de impurezas .

CÁLCULO DAS CAIXAS D’ÁGUA

É necessário definir o número de pessoas que um edifício plurihabitacional pode

abrigar, considerando-se o número de dormitórios de cada apartamento inclusive o

dormitório de empregada e apartamento do zelador:

1 dormitório = duas pessoas

2 dormitórios = três pessoas

3 dormitórios = cinco pessoas

4 dormitórios = sete pessoas

5 dormitórios = nove pessoas etc.

Para uso comercial adota-se:

sala de área = 14,00 m² será equiparada a um dormitório

sala de área superior a 14,00 m², terá seus índices calculados na base de um

habitante por 7,00 m² ou fração.

CÁLCULO DA CAPACIDADE DAS CAIXAS D´ÁGUA

1º. n.º de habitantes por aptº x n.º de aptos por andar x n.º andares + 2 habitantes

zeladoria = USUÁRIOS

2º. USUÁRIOS x 200 litros x 2 dias (sem água) = CAPACIDADE TOTAL DAS

CAIXAS D’ÁGUA

3º. Caixa d’água superior = 40% da capacidade total + 10.000 de segurança

(incêndio)

Caix

a

d’água

inferior

= 60%

da capacidade total

DENSIDADE DEMOGRÁFICA

N.º de habitantes do edifício : área total do lote = habitantes por metro

quadrado

9. ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO

Todo compartimento deve ter, em plano vertical, ao menos uma abertura para o

exterior. Essas aberturas devem ser dotadas de persianas ou dispositivos que

permitam a renovação do ar. Nos compartimentos destinados a dormitórios, não

será permitido o uso de material translúcido, pois é necessário assegurar nesse

compartimento sombra e ventilação simultaneamente.

As áreas dessas aberturas serão proporcionais às áreas dos compartimentos a

iluminar e ventilar, e variáveis conforme o destino dos cômodos.

As frações que representam as relações entre áreas de piso e de esquadrias que

apresentaremos, são as mínimas. Por isso sempre que houver disponibilidade

econômica, os vãos devem ter as maiores áreas possíveis.

Os vãos de janelas deverão ter:

I. DORMITÓRIOS (local de permanência prolongada, noturna)

A área das aberturas não deverá ser inferior a 1/5 da área do piso,quando derem

para áreas abertas ou diretamente para o exterior.

Pôr exemplo: uma sala de 2,50 m x 4,80 m, tem 12,00 m², logo não poderá ter

janelas cuja área seja menor que 1/5 de 12,00 m², ou seja 2,40 m².

II. SALAS DE ESTAR, REFEITÓRIOS, COPA, COZINHA, BANHEIRO, WC etc. (

local de permanência transitória diurna )

A área das aberturas não deverá ser inferior a 1/6 da área do piso de cada

compartimento quando derem para áreas abertas ou diretamente para o exterior.

Pôr exemplo: uma cozinha de 2,00 m x 3,00 m, tem 6,00 m², logo não poderá ter

janelas cuja área seja menor que 1/6 de 6,00 m², ou seja 1,00 m².

Essas relações serão de 1/5 e 1/7, respectivamente, quando os vãos abrirem para

áreas cobertas ou varandas e não houver parede oposta a esses vãos a menos de

1.50 m do limite da cobertura dessas áreas.

Estas relações só se aplicam às varandas, alpendres e marquises, cujas coberturas

excedam a 1.00 m e desde que não exista parede nas condições indicadas:

a. A relação passará para ¼ e 1/5 respectivamente , quando houver a referida

parede a menos de 1.50 m do limite da cobertura .

b. As aberturas nos dormitórios que derem para áreas cobertas são consideradas

de valor nulo para efeito de iluminação e ventilação .

c. Em hipótese alguma serão permitidas aberturas destinadas a ventilar e iluminar

compartimentos com menos de

1,20 m2 para áreas de utilização prolongada

0,60 m2 para áreas de utilização transitória

d. Também não serão considerados como iluminados e ventilados os pontos que

distarem mais de 2 vezes o valor do pé direito , quando o vão abrir para área

fechada , e 2 vezes e meia para os demais casos.

- As janelas devem, se possível, ficar situadas no centro das paredes, por uma questão

de equilíbrio na composição interior.

- Quando houver mais de uma janela em uma mesma parede, a distância

recomendável entre elas deve ser menor ou igual a ¼ (um quarto) da largura da janela,

a fim de que a iluminação se torne uniforme.

- Com janelas altas consegue-se iluminar melhor as partes mais afastadas da abertura.

- A iluminação e ventilação por meio de clarabóias serão toleradas em compartimentos

destinados a escadas, copa, despensa, oficina, e armazém para depósito, desde que a

área de iluminação e ventilação efetiva seja igual à metade da área total do

compartimento.

- Quando a iluminação do compartimento se verificar por uma só de suas faces, não

deverá existir nessa face pano de parede que tenha largura maior que 2 vezes e meia

a largura da abertura ou a soma das aberturas .

- As escadas serão iluminadas em cada pavimento por meio de janelas ou de vitrais os

mais alto possível e que podem ser parcialmente fixos.

- As oficinas bem iluminadas geralmente possuem janelas altas , de pequena altura de

verga e de grande altura de peitoril .

TABELA DE DIMENSIONAMENTO MÍNIMO PARA VÃOS DE PORTAS

Altura mínima livre 2,00 m

Uso privativo para acesso a unidade 0,80 m

Uso comum/coletivo ou de acordo com norma da ABNT 1,20 m

Acesso a gabinetes sanitários, banheiros e armários

privativos

0,60 m

0,90 m p/ def. físico

Demais 0,70 m

Quanto à iluminação e à ventilação, e iluminação artificial e indireta, SEMPRE consultar

o Plano Diretor Físico, Código de Edificações, Código de Posturas do Município de

Montes Claros.

Para detalhes consultar NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura

Exemplo de legenda para dimensionamento de esquadrias:

TABELA DE VÃOS

PORTAS JANELAS

DESCR. QT. LARG. (m) ALT.(m) DESCR. QT. LARG. (m) ALT.(m) PEITORIL(m)

P1 J1

P2 J2

P3 J3

P4 J4

Exercícios :

1.Um quarto tem ( 3.00 x 4.00 ) m , possui pé direito de 2.80 m . Calcular a área de

iluminação e ventilação mínima, sabendo - se que a altura máxima da janela deverá ser

a mesma da altura da porta ( 0.80 x 2.10 )m.

2.Qual o coeficiente de iluminação e ventilação de uma sala com (4.20 x5.30) m e 2

janelas de ( 1.00 x 1.80 ) m cada uma ?

3. Calcular uma janela com formato circular para um banheiro de (2.50 x 1.20)m,

sabendo se que o coeficiente de iluminação e ventilação é de 1/8.

10. ESTATÍSTICA

A estatística do projeto geralmente é colocada pouco acima da legenda, se possível.

Nela colocamos :

a. Área do lote em m2

b. Área da construção ( térreo , superiores ... , todos em separado ) em m2;

c. Área total da construção em m2

d. coeficiente de aproveitamento = área da construção total : área do lote

e. Taxa de ocupação = ( área da construção térrea : área do lote ) x 100 %

Obs.: Caso haja construções existentes, indicar também a área correspondente

com o respectivo número do protocolo de aprovação.

EXERCÍCIOS

1.Relacionar as colunas:

( 1) Elevações

( 2) Corte

( 3) Ático

( 4) Subsolo

( 5) Tipo

( 6) Mezanino

( 7) Térreo

( 8) Cobertura

( ) barrilete

( ) telhado

( ) garagens

( ) fachadas

( ) salão de jogos

( ) guarita

( ) caixa d’água

( ) demarcação de

recuos

( ) apartamentos

( ) centro de

medição

( ) salão de festas

( ) apto. zelador

( ) casa de

máquinas

( ) depósito de lixo

( )salão de

ginástica

( )vestiário p/

funcionários

( ) depósito de gás

( ) sauna

( ) play ground

( ) piscina

( ) área de lazer

( ) espaço técnico

( ) cotas verticais

( ) rampa para

deficiente físico

3. A planta a seguir foi desenhada SEM ESCALA, copiar TODOS os detalhes da

planta na escala 1:50. Depois calcular a área de cada compartimento e representar

o CORTE AA’ na escala 1:50, não é necessário desenhar o telhado.

Considerar:

Paredes externas e internas = 0,20 m Portas = 0,60m x 2,10m (banheiro)

Muro = 0,15 m (larg.) e 1,80 (altura) 0,80m x 2,10m (demais)

Pé-direito = 3,00 m Janelas = 3,00m x 1,20m x 1,20m (sala)

Espessura da laje = 0,15 m 1,60m x 1,20m x 1,20m (coz.)

Beiral do telhado = 0,60 m 1,50m x 1,20m x 1,20m(dorm.)

1,50m x 0,90m x 1,50m (banh.)

LE CORBUSIER

Notre Dame du Haut, Ronchamp, France

CORRER

10.50

15.1

0

1.50 2.50

5.0

0

3.0

0

0.00

+0.20

+0.25

A’

A

3.20

1.50

2.70

ARMÁRIO

1.00

0.8

0

2.0

0

4.5

0

SALA

DORMITÓRIO

COZINHA BANH.

0.6

0

3.0

0

+0.30

+0.30

+0.25 +0.25

3.20

5.0

0

ALINHAMENTO

MEIO FIO

PROJEÇÃO TELHADO

ABRIGO

RS

PLANTA

sem escalas

Referência Bibliográfica

MONTENEGRO, Gildo A.; Desenho arquitetônico; São Paulo: Edgar

Blucher, 2001; ISBN 8521202911

CHING; Francis D. K.; Representação gráfica em arquitetura; Porto

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CHING; Francis D. K.; Técnicas de Construção Ilustradas; Porto

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BORGES, Alberto Campos, MONTEFUSO, Elizabeth e LEITE,

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Blucher, 1996.

NEIZEL, Ernest Desenho Técnico para a Construção Civil - São Paulo

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OBERG, L.Desenho Arquitetônico - Rio de Janeiro - Editora Ao Livro

Técnico, 1976.

CORONA, Eduardo, LEMOS, Carlos Alberto Cerqueira. Dicionário da

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NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura

NBR 8196 - Emprego de escalas em desenho técnico

NBR 8402 - Execução de caractere para escrita em desenho técnico

NBR 8403 - Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas - Larguras das

linhas

NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico

NBR 10068 - Folha de desenho - leiaute e dimensões

NBR 10647 - Desenho técnico

NBR 12298 - Representação de área de corte por meio de hachuras em

desenho técnico

NBR 13142 – Dobramento de cópia de desenho técnico.