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Amadeo de Souza-Cardoso O Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, vai recriar a única exposição de Amadeo de Souza-Cardoso, no Porto, que decorreu em 1916, no Jardim Passos Manuel (posteriormente demolido, tendo dado lugar ao Coliseu do Porto). Das 114 obras expostas no Porto há 100 anos, vão estar “aproximadamente 70% das obras idenficadas a parr dos catálogos originais”. A exposição é inau- gurada no dia 1 de novembro e fica na cidade até 1 de janeiro de 2017. A expo- sição original “angiu, em 12 dias, um número impressionante de visitantes [30.000, relatou Amadeo ao críco americano Walter Pach] e agitou a cidade”, desencadeando, por vezes, reações agressivas e despertando a atenção da im- prensa. Foi neste contexto que Almada Negreiros escreveu, num manifesto de apoio à mostra de 1916, que “a Descoberta do Caminho Marímo p’rá Índia é menos importante do que a Exposição de Amadeo de Souza-Cardoso na Liga Naval de Lisboa”. A exposição, assim como o catálogo, foi organizada, feita e realizada pelo pró- prio Amadeo. Esta exposição marcou a entrada do Porto no modernismo no século XIX. [90] novembro 2016 Amadeo de Souza-Cardoso O Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, vai recriar a única exposição de Amadeo de Souza-Cardoso, no Porto, que decorreu em 1916, no Jardim Passos Manuel (posteriormente demolido, tendo dado lugar ao Coliseu do Porto). Das 114 obras expostas no Porto há 100 anos, vão estar “aproximadamente 70% das obras idenficadas a parr dos catálogos originais”. A exposição é inau- gurada no dia 1 de novembro e fica na cidade até 1 de janeiro de 2017. A expo- sição original “angiu, em 12 dias, um número impressionante de visitantes [30.000, relatou Amadeo ao críco americano Walter Pach] e agitou a cidade”, desencadeando, por vezes, reações agressivas e despertando a atenção da im- prensa. Foi neste contexto que Almada Negreiros escreveu, num manifesto de apoio à mostra de 1916, que “a Descoberta do Caminho Marímo p’rá Índia é menos importante do que a Exposição de Amadeo de Souza-Cardoso na Liga Naval de Lisboa”. A exposição, assim como o catálogo, foi organizada, feita e realizada pelo pró- prio Amadeo. Esta exposição marcou a entrada do Porto no modernismo no século XIX. [90] novembro 2016

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Amadeo de

Souza-Cardoso

O Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, vai recriar a única exposição de

Amadeo de Souza-Cardoso, no Porto, que decorreu em 1916, no Jardim Passos

Manuel (posteriormente demolido, tendo dado lugar ao Coliseu do Porto).

Das 114 obras expostas no Porto há 100 anos, vão estar “aproximadamente

70% das obras identificadas a partir dos catálogos originais”. A exposição é inau-

gurada no dia 1 de novembro e fica na cidade até 1 de janeiro de 2017. A expo-

sição original “atingiu, em 12 dias, um número impressionante de visitantes

[30.000, relatou Amadeo ao crítico americano Walter Pach] e agitou a cidade”,

desencadeando, por vezes, reações agressivas e despertando a atenção da im-

prensa. Foi neste contexto que Almada Negreiros escreveu, num manifesto de

apoio à mostra de 1916, que “a Descoberta do Caminho Marítimo p’rá Índia é

menos importante do que a Exposição de Amadeo de Souza-Cardoso na Liga

Naval de Lisboa”.

A exposição, assim como o catálogo, foi organizada, feita e realizada pelo pró-

prio Amadeo. Esta exposição marcou a entrada do Porto no modernismo no

século XIX.

[90] novembro 2016

Amadeo de

Souza-Cardoso

O Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, vai recriar a única exposição de

Amadeo de Souza-Cardoso, no Porto, que decorreu em 1916, no Jardim Passos

Manuel (posteriormente demolido, tendo dado lugar ao Coliseu do Porto).

Das 114 obras expostas no Porto há 100 anos, vão estar “aproximadamente

70% das obras identificadas a partir dos catálogos originais”. A exposição é inau-

gurada no dia 1 de novembro e fica na cidade até 1 de janeiro de 2017. A expo-

sição original “atingiu, em 12 dias, um número impressionante de visitantes

[30.000, relatou Amadeo ao crítico americano Walter Pach] e agitou a cidade”,

desencadeando, por vezes, reações agressivas e despertando a atenção da im-

prensa. Foi neste contexto que Almada Negreiros escreveu, num manifesto de

apoio à mostra de 1916, que “a Descoberta do Caminho Marítimo p’rá Índia é

menos importante do que a Exposição de Amadeo de Souza-Cardoso na Liga

Naval de Lisboa”.

A exposição, assim como o catálogo, foi organizada, feita e realizada pelo pró-

prio Amadeo. Esta exposição marcou a entrada do Porto no modernismo no

século XIX.

[90] novembro 2016

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