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A ÁFRICA COMO BERÇO DA HUMANIDADE; A África é considerada o berço da humanidade e da civilização porque podemos verificar que passando por ancestrais pertencentes a várias espécies do gênero Australopitecos, e às espécies primitivas do gênero Homo (desde o Homo habílis até o Neandertal e seus pares) - que o caminho evolutivo conduz o Homo sapiens ao homem moderno. O Homo erectus, autor de importantes avanços na manufatura de implementos como o machado, teria saído da África há quase dois milhões de anos, em ondas migratórias rumo à Ásia e à Europa, iniciando o povoamento do mundo. E, segundo a autora, Elisa Larkin, o consenso científico sustenta ainda que o homem moderno (Homo sapiens) também evoluiu na África e de lá saiu, há mais ou menos 150 mil anos, em uma segunda fase de ondas migratórias através da Eurásia. Tudo isso pode ser comprovado pelas ossadas fósseis, pelos indícios da manufatura e da arte primitiva encontrada no continente africano. As transformações de formas arcaicas do Homo Sapiens em formas modernas teriam ocorrido primeiramente na África, o que nos levaria a concluir que todos os humanos de hoje são descendentes de africanos. Estes se espalharam pela Eurásia dando início a um processo de intercâmbios genéticos, que se processa até hoje. A GEOGRAFIA DA SOCIEDADE AFRICANA; A África é o terceiro continente mais extenso ficando atrás somente da Ásia e da América, com cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3 % da área total da terra firme do planeta. É o segundo continente mais populoso da Terra ficando atrás somente da Ásia, com cerca de mil milhões de pessoas, a áfrica representa cerca de um sétimo da população do mundo, e 54 países independentes, os idiomas falados são línguas africanas, árabe, inglês, francês e português. Existe uma grande diversidade étnica, cultural, social e política, a África está na lista dos trinta paises mais pobres do mundo, Apesar disso existem alguns países com um padrão de vida razoável, cinco de seus países foram colónias portuguesas e usam o português como língua oficial: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe; em Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e

A África Como Berço Da Humanidade

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Panorama histórico e geográfico da africa, berço da sociedade contemporânea.

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A ÁFRICA COMO BERÇO DA HUMANIDADE;

A África é considerada o berço da humanidade e da civilização porque podemos verificar que passando por ancestrais pertencentes a várias espécies do gênero Australopitecos, e às espécies primitivas do gênero Homo (desde o Homo habílis até o Neandertal e seus pares) - que o caminho evolutivo conduz o Homo sapiens ao homem moderno. O Homo erectus, autor de importantes avanços na manufatura de implementos como o machado, teria saído da África há quase dois milhões de anos, em ondas migratórias rumo à Ásia e à Europa, iniciando o povoamento do mundo. E, segundo a autora, Elisa Larkin, o consenso científico sustenta ainda que o homem moderno (Homo sapiens) também evoluiu na África e de lá saiu, há mais ou menos 150 mil anos, em uma segunda fase de ondas migratórias através da Eurásia. Tudo isso pode ser comprovado pelas ossadas fósseis, pelos indícios da manufatura e da arte primitiva encontrada no continente africano. As transformações de formas arcaicas do Homo Sapiens em formas modernas teriam ocorrido primeiramente na África, o que nos levaria a concluir que todos os humanos de hoje são descendentes de africanos. Estes se espalharam pela Eurásia dando início a um processo de intercâmbios genéticos, que se processa até hoje.

A GEOGRAFIA DA SOCIEDADE AFRICANA;

A África é o terceiro continente mais extenso ficando atrás somente da Ásia e da América, com cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3 % da área total da terra firme do planeta. É o segundo continente mais populoso da Terra ficando atrás somente da Ásia, com cerca de mil milhões de pessoas, a áfrica representa cerca de um sétimo da população do mundo, e 54 países independentes, os idiomas falados são línguas africanas, árabe, inglês, francês e português. Existe uma grande diversidade étnica, cultural, social e política, a África está na lista dos trinta paises mais pobres do mundo, Apesar disso existem alguns países com um padrão de vida razoável, cinco de seus países foram colónias portuguesas e usam o português como língua oficial: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe; em Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe são ainda falados crioulos de base portuguesa. Não obstante um quarto do território africano é coberto por florestas, uma grande parte da madeira só tem valor como combustível. Gabão é o maior produtor de okoumé, um derivado da madeira usado na elaboração de compensado (madeira em chapa). Já pesca marítima, é muito utilizada e voltada para o consumo local, e ainda adquiriu uma importância comercial no Marrocos, na África do Sul, entre outros. A mineração representa a maior receita dentre os produtos exportados. As indústrias de extração mineral são o setor mais desenvolvido em boa parte da economia africana. No continente a nação mais industrializada é a África do Sul, Contudo, já foram inseridos centros industriais em outras partes deste continente como, por exemplo, em Zimbábue, Argélia dentre diversos.

A PRESENÇA MULÇUMANA E EUROPEIA NO CONTINENTE AFRICANO;

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O número de muçulmanos na África é na atualidade estimado em mais de 300 milhões, cerca de 30% do total dos seguidores da religião criada pelo profeta Maomé. Depois do Oriente Médio, da Índia e da Ásia, a África se constitui a quarta região que, apesar de ter sido menos importante no passado muçulmano, vem adquirindo cada vez mais importância na conjunção mundo islâmica. O islamismo teve inicio no continente a partir da África do Norte, do Egito ao Marrocos, sendo uma das primeiras regiões a ser conquistadas pela expansão inicial árabe-islâmica (séculos VII e VIII). Dos séculos X a XVI, os mercadores muçulmanos contribuíram para o surgimento de importantes reinos na África Ocidental, que floresceram graças ao comércio feito por caravanas que, cruzando o Saara, pegavam em contato o mundo mediterrâneo ao das estepes e savanas do Sudão Ocidental e África centro-ocidental. O convertimento de certos monarcas africanos fez não só o islamismo progredir como criou uma cultura. Uma nova fase da islamização no continente iniciou-se no século XVIII, acontecimento que coincidiu com o auge da época escravista. Embora a servidão já existisse em várias sociedades da África, a captura de seres humanos apressou-se, a ponto de surgirem, no litoral do Golfo da Guiné, novos "Estados", como o Daomé (atual Benin) e Ashanti (atual Gana), como resposta à crescente procura por escravos que eram enviados, em sua maioria, para servir como mão-de-obra nas plantations da América tropical. As armas de fogo que os comerciantes de escravos embolsavam em troca dos seres humanos facilitavam as novas capturas que contribuíram para dizimar populações inteiras. Ao mesmo tempo, esse malvado processo transformou os grupos caçadores e mercadores em uma nova elite. E parte dos escravos vendidos era muçulmano e foi através deles que surgiram os primeiros núcleos islâmicos nas Américas. Na África Oriental, os escravos capturados eram, em sua maioria, “direcionados” para o Oriente Médio.

EDUCAÇÃO PARA RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS;

O ensino da história e cultura afro-brasileiras e africanas nas escolas públicas e privadas do ensino fundamental e médio é obrigatoriedade e foram estabelecidas pela Lei n° 10.639/03, Ela se insere em um processo de luta pela superação do racismo na sociedade brasileira e tem como protagonistas o Movimento Negro e os demais grupos e organizações partícipes da luta antirracista. Ao introduzir essa discussão das relações étnico-raciais e da história e cultura africanas e afro-brasileiras, essa legislação impulsiona mudanças significativas na escola básica, articulando o respeito e o reconhecimento à diversidade étnico-racial com a qualidade social da educação. Mas o que queremos dizer com os conceitos raça e etnia quando os introduzimos na reflexão sobre as relações étnico-raciais? Primeiro a concepção de raça, quando usam o conceito de raça, não o fazem alicerçados na ideia de raças superiores e inferiores como originalmente foi usado pela ciência no século XIX. Pelo contrário, usam-no com uma nova interpretação que se baseia na dimensão social e política dele. A forma como a raça opera em nossa sociedade possibilita, que militantes do Movimento Negro e um grupo de intelectuais não abandonem o conceito de raça para falar sobre a realidade do negro, mas o adotem de maneira que tenha um novo significado. Agora a concepção sobre etnia que diz respeito a um grupo que possui algum grau de coerência e solidariedade, composto de pessoas conscientes, pelo menos de forma oculta, que tem origens e interesses comuns. Sendo assim, um grupo étnico não é mero agrupamento de pessoas ou de um setor da população, mas uma associação consciente de pessoas unidas ou relacionadas por experiência

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partilhada. Pode ser também que a etnia refere-se a um grupo social cuja identidade se define pela cultura, tradições, territórios entre outros. Para podermos entender melhor as relações dos sujeitos negros na sociedade brasileira, a forma como se veem e são vistos pelo Outro, de experiências compartilhadas nas quais a descendência africana e negra se apresenta como uma forte marca, alguns teóricos indagam o alcance do conceito de etnia para se referir ao negro. Segundo estes, o conceito de etnia traz elementos importantes, porém, ao ser adotado de maneira desarticulada da interpretação ressignificação de raça, acaba se presentando insuficiente para compreender os efeitos do racismo na vida das pessoas negras e nos seus processos indenitários.

POLITICA NACIONA DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA;

Analisando a proposta de diminuir as iniquidades por meio do desempenho de políticas de inclusão social, a maneira inclinada das ações de saúde da população negra, foi obtida em 13 de agosto de 2004 a portaria n° 1.678/GM que tem como finalidade solicitar a igualdade racial voltada para o acesso e à qualidade nos serviços de saúde, à produção de conhecimento e da participação da população negra nos interesses de controle social no SUS (Sistema Único de Saúde). Avaliando o programa Brasil Quilombola criado em 20 de Novembro de 2003 que tem como objetivo garantir o desenvolvimento social, político, econômico e cultural, Melhorando as condições de vida e fortalecer a organização das comunidades remanescentes de quilombos por meio da promoção do acesso aos bens e serviços sociais necessários ao desenvolvimento, considerando os princípios socioculturais dessas comunidades, podemos ver que alguns projetos já foram feitos e executados no Brasil. Já na constituição de 1988 temos um caráter de Constituição Cidadã, em benefício de seu compromisso com a criação de uma nova ordem social. Essa nova ordem tem a seguridade social como "um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social". Retornando ao SUS, podemos dizer que ele é como um sistema em constante processo de aprimoramento, por exemplo, na implantação do Pacto pela Saúde, que se compromete com o combate às iniquidades de ordem socioeconômica e cultural que atingem a população negra brasileira. Podemos dizer ainda que o fato de que esta Política apresenta como meio organizativo a transversalidade, caracterizada pelo complemento e pelo reforço mútuo de diferentes políticas de saúde. Assim, observa estratégias que resgatam a visão integral do sujeito, analisando a sua participação no processo de construção das respostas para as suas necessidades, bem como apresenta fundamentos nos quais estão incluídas as várias fases do ciclo de vida, as demandas de gênero e as questões relativas à orientação sexual, à vida com patologia e ao porte de deficiência temporária ou permanente.

PLANO NACIONAL DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFROBRASILEIRA E AFRICANA;

As exigências e propostas do Movimento Negro ao longo do século XX distinguem para a necessidade de diretrizes que dirijam a formulação de projetos comprometidos na valorização da história e cultura dos afro-brasileiros e dos africanos, próprios e a todos os cidadãos

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comprometidos na educação dos brasileiros, devemos buscar orientações, para podermos falar com os sistemas de ensino, escolas e educadores, no que diz respeito às relações étnico-raciais, ao reconhecimento e valorização da história e cultura dos afro-brasileiros, à diversidade da nação brasileira, ao igual direito à educação de qualidade, isto é, não apenas direito ao estudo, mas também à formação para a cidadania responsável pela construção de uma sociedade justa e democrática. A educação básica é fortemente apontada pela desigualdade no ponto em que falamos na qualidade e é notável verificar que o direito de aprender ainda não está seguro para todas as nossas

crianças, adolescentes, jovens e mesmo para os adultos que regressaram as escolas. Uma das mais importantes marcas dessa desigualdade está expressa na aparência racial.

Estudos comprovaram que a população afrodescendente está entre as que mais enfrentam em seu cotidiano os diferentes pontos de vista do preconceito, do racismo e da discriminação que na maioria das vezes não são silenciosos. O ingresso às séries iniciais do Ensino Fundamental, praticamente universalizado no país, não se consolida, para negros e negros, nas séries finais da educação básica. Há ênfases de que métodos discriminatórios atuam nos sistemas de ensino, penalizando crianças, adolescentes, jovens e adultos negros, levando-os à evasão e ao fracasso, resultando no reduzido número de negros e negras que chegam ao ensino superior, cerca de 10% da população universitária do país. Sabe-se hoje que há conexão entre pertencimento étnico racial e sucesso escolar, lembrando, portanto que é necessária firme determinação para que a diversidade cultural brasileira passe a integrar a opinião educacional não como um problema, mas como um rico acervo de valores, posturas e práticas que devem acarretar o melhor amparo e maior valorização dessa diversidade no ambiente escolar. A Lei 10639 é um marco histórico. E simboliza, simultaneamente, um ponto de chegada das lutas antirracistas no Brasil e um ponto de partida para a renovação da qualidade social da educação brasileira. O conselho Nacional de Educação aplicar-se ao tema e, em conversa com reivindicações históricas dos movimentos sociais, em

especial do movimento negro, elaborou parecer, homologado pelo Ministro da Educação em 2004, na definição de orientar os sistemas de ensino e as instituições dedicadas à educação, para que dediquem atenção à incorporação da diversidade etnicorracial da sociedade brasileira nas práticas escolares, como propõe a Lei 10639.

Portanto, as normas enunciadas trouxeram para o Ministério da educação o desafio de formar uma parceria com os sistemas de ensino, para todos os níveis e modalidades, uma Educação para as Relações Etnicorraciais, dirigida para a revelação e produção de informações, bem como atitudes, posturas e valores que possa educar os cidadãos quanto à maioria etnicorracial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos seus direitos e a valorização de identificação, na busca da concretização da democracia brasileira. Tudo isso esta expressado no Plano Nacional.

LIGUAGENS ESCOLARES E REPRODUÇÃO DE PRECONCEITO;

AFRICANIDADE E RELIGIOSIDADE;

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Na África a religião é diferenciada, os africanos em sua maioria são aderentes do pintão e Kid Begala. Mas Muitos praticam as religiões tradicionais africanas. Estas religiões são habituadas aos contextos culturais indígenas e sistemas de crença ou fazem sincretismo paralelamente cristianismo e islamismo.

Hinduísmo; o hinduismo é o mais recente, em comparação com o Islão, o Cristianismo ou Judaísmo. No entanto, a presença na África de seus participantes é muito grande aos tempos da época medieval.

Islamismo;

Islã tem aderentes em toda a África. É dominante na África do Norte, África Ocidental, no Nordeste de África e ao longo da costa da África Oriental. Com a conquista pelas armas, os mercadores árabes incidiram a atingir regiões onde caçavam fortuna em feitio de marfim, ouro e, principalmente, escravos. Assim induziram sua religião: e o africano não tinha qualquer alternativa; ou se tornava um crente ou era xingado de infiel. O conceito muçulmano da vivência de um Deus único, não era ignorado dos africanos. A lei do Alcorão não conflitava, os costumes das tribos. As crenças e práticas religiosas dos nativos da Nigéria oferece uma ilustração clara da união concentrada que diferencia as tradições dos múltiplos grupos étnicos do país.

Sem imprecisão nenhuma o islamismo é uma religião sincrética, na mesma medida em que na própria Arábia a prática islâmica estaria permeada de usos avaliados crendeiros. O uso mágico dos textos do Corão está publicadíssimo, já que para boa parte dos fiéis os textos do livro sagrado não têm nenhum sentido, não é fácil precisar onde acaba o uso religioso do mesmo e começa o uso mágico; mas à segunda categoria pertence, certamente, a prática de usar passagens do alcorão ou engolir tais textos escritos em papel.

Cristianismo; O cristianismo foi estabelecido na áfrica, que foi o segundo continente que foi estabelecida esta religião. Como uma religião organizada, a apresentação do Cristianismo na África começou no final do século I no Egito, e até o fim do século II na região em torno de Cartago. Uns dos importantes

africanos influenciaram o desenvolvimento precoce do cristianismo, como por exemplo, o Tertuliano, Orígenes, Atanásio de Alexandria e Agostinho de Hipona, entre outros. O Cristianismo é adotado pela maioria da população principalmente nas nações africanas do sul, central e oriente, e, também no oeste africano. A história do Cristianismo na África iniciasse no primeiro século quando Marcos o Evangelista começou a Igreja Ortodoxa de Alexandria. Na primeira Igreja em Alexandria foi principalmente de língua grega, mas até o final do século II, as escrituras e a Liturgia foram traduzidas em três línguas locais. O Cristianismo também foi instalado no noroeste da África, mas as igrejas haviam se ligado à Igreja de Roma.