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América Latina:Desafios e dilemas em uma historiografia em transformação 1 - IntroduçãoO objetivo deste ensaio é apontar algumas transformações nas análises históricas contemporâneas que tomaram como tema a América Latina, sobretudo a partir dos anos 1930 até os nossos dias. O trabalho procurará indicar a possibilidade de se explorar os ganhos e os principais desafios de alguns dos principais enfoques analíticos adotados com o fim de discutir os problemas estruturais pelos quais passavam (e ainda passam) o novo continente, sobretudo aqueles trabalhos que tiveram maior impacto no ambiente acadêmico brasileiro, não importando assim se são produções nacionais e estrangeiras.

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PorCARLOSHENRIQUEASSUNÇÃOPAIVA Historiador, doutorem SaúdeColetiva.Atualmente realizaPós-doutoramentoem Sociologia daSaúde noIMS/UERJ,financiado pelaFaperj

América Latina:Desafios e dilemas em uma historiografia em transformação

1 - IntroduçãoO objetivo deste ensaio é apontar algumas transformações nas análises históricas contemporâneasque tomaram como tema a América Latina, sobretudo a partir dos anos 1930 até os nossos dias.O trabalho procurará indicar a possibilidade de se explorar os ganhos e os principais desafios dealguns dos principais enfoques analíticos adotados com o fim de discutir os problemas estruturaispelos quais passavam (e ainda passam) o novo continente, sobretudo aqueles trabalhos quetiveram maior impacto no ambiente acadêmico brasileiro, não importando assim se são produçõesnacionais e estrangeiras.

Minha proposta, evidentemente, não é realizar julgamentos, sob uma confortável retrospectivahistórica, mas justamente colocar como pauta a importância do papel do pesquisador como um“agente neutro”, isto é, alguém que não abrace de maneira prévia e indiscriminadamentedeterminados modelos teórico-metodológicos, sob o risco de, contraditoriamente, obscurecer arealidade que se pretendia compreender. Isto porque não é incomum deformação dos dadosempíricos para que se “enquadrem” no modelo previamente proposto, numa atitude, pode-se dizer,dogmática. Aqui, grosseiramente, a ciência social passa longe.

Decerto que este problema não seja um dilema particular à arena dos estudos latino-americanos,tão disseminados em vários centros de pesquisa em todo o mundo. No entanto, não é muito suporque nesse setor determinados modelos de pensamento marcaram passo tão firme comoideologias, quanto como pensamento social propriamente dito, como foi o caso de algumasanálises inspiradas no marxismo, um marxismo vulgar, como muitos colegas o consideramatualmente.

Desta forma, este ensaio ou proposta de pesquisa esbarra também na história de como noscompreendemos cultural e socialmente, em teses, em livros e em debates acadêmicos, quepautaram, em outro terreno, a institucionalização das ciências sociais no Brasil.

2 - A América Latina como objeto do pensamento socialA discussão acerca do futuro do Brasil, seus desafios econômicos, seus dilemas em reformas

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sociais que se traduzissem em avanços nos campos da educação, da saúde, das leis e daadministração, levaram os estudiosos do século XX a enquadrarem muito cedo o país em umahistória que remonta à chegada dos colonizadores europeus. De antilusitanos de carteirinha, comoManoel Bonfim, até reformadores strictu sensu, como Francisco Oliveira Vianna, muito se chamoua atenção, de maneira marcadamente mítica, para o papel dos primeiros colonizadores comoelementos estruturantes na trajetória da jovem nação brasileira.

Desse momento, por exemplo, data o trabalho de Paulo Prado, Retrato do Brasil (1928). De fatoum extraordinário retrato da visão que se nutria acerca do país na época. A “tristeza brasileira”,objeto central da obra do escritor paulista, marca num só tempo a importância do passado comoelemento explicativo na trajetória do novo continente (pois se trata de uma tristeza fincada porcolonizadores a partir do século XVI), e também – característica da época – chama atenção paracategorias abstratas, como luxuria, egoísmo e outras, que o discurso levantado pelos materialistashistóricos iriam desautorizar nas décadas seguintes.

É o momento em que as histórias nacionais se situavam umbilicalmente ligadas à história daAmérica Latina, pois a compreensão de uma dependia do desenvolvimento da outra, e vice-versa.Trata-se de um momento bastante fértil, pois demarca uma consciência mais que espacial, isto é,geograficamente definida pelos contornos do continente em que se habitava, mas também tem aver com a cunhagem de noções e conceitos acerca da nossa maneira de viver e se relacionarsocialmente, que tinham, como já se dizia na época, ampla relação com o funcionamento deinstituições políticas decisivas para o progresso da nação, como era o caso do Estado, dospartidos políticos e outras agremiações e movimentos políticos.

Pode-se dizer que a capacidade de abstração era diametralmente oposta justamente à capacidadede definição dos conceitos e argumento que se operava. Assim, noções centrais em muitasanálises (como era a de “raça”) tinham freqüentemente significados distintos, o que apontava para obaixo refinamento conceitual de alguns pensadores, o que caracterizava, por sua vez, o relativograu de institucionalização das ciências sociais no país.

Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda, publicado pela primeira vez em 1933, é outrotrabalho que não se livra totalmente do conteúdo antilusitano que marcou o país desde o final doséculo XIX. O próprio título da obra já aponta, de uma maneira bem contundente, para a importânciado colonizador no quadro do desenvolvimento das nações ibéricas. Assim, o refinamento conceitualque marca a obra de Holanda, muito desenvolvido, em parte, graças à sua passagem pelaAlemanha, e que faz dela leitura obrigatória para a compreensão da nossa história, vem se aliar àperspectiva do país dentro de um quadro cultural mais amplo, então denominado América Latina[1].

A fundação da primeira escola de sociologia, em São Paulo, no ano de 1933, marca um momentode inflexão importante na história da institucionalização das ciências sociais no Brasil, como

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apontou Simon Schwartzman (1979). A presença de professores estrangeiros hoje ilustres, entãoem início de carreira, imprimiu novo ritmo às pesquisas e ao pensamento social brasileiro. Dalisaíram nomes importantes, como Caio Prado Junior, que marca o surgimento de pesquisasfundadas em análises marxistas no país.

Essa data também marca o início de certo refinamento nas análises sociológicas acerca do Brasil.Categorias marcadas pelos debates do século XIX, como raça, degeneração e outras,definitivamente começam a ser abandonadas. Interessava saber o que havia estruturalmente emnossa sociedade que emperrava o avanço econômico e a modernização. É a tônica de pensadores,por exemplo, como Florestan Fernandes.

Florestan Fernandes dispensa maiores apresentações, nascido em 1920 foi personagem atuanteno meio intelectual brasileiro até a sua morte prematura em 1995. Em sua trajetória como professorfoi diretamente responsável pela formação de sociólogos de peso como Octávio Ianni e FernandoHenrique Cardoso. Autor com mais de cinqüenta obras publicadas, pode-se dizer que Fernandesmilitou intelectualmente em pelo menos dois grandes eixos temáticos. Um dos mais conhecidos éa sua produção acerca das relações de raça e do racismo no Brasil, trabalhos como O negro nomundo dos brancos (1972), seja talvez neste campo bastante representativo. Além disso, há umaoutra frente de batalha marcada pelos trabalhos de interpretação sobre o atraso e odesenvolvimento econômico e social latino-americano. Em ambos os eixos, segundo seusanalistas, Fernandes teria combinado, originalmente, pensamento marxista com noçõesweberianas[2].

O resultado é, por exemplo, a construção de um panorama latino-americano próprio e singular queseria responsável pelos atrasos nacionais. Não interessa ao autor explicar o subdesenvolvimentocomo um estado imposto pelo imperialismo, seja norte-americano ou inglês, mas antes perceberno nosso continente os elementos estruturantes que permitiram tal relação de dependência com asnações estrangeiras. É o que se observa na passagem a seguir:

“a docilidade dos interesses privados latino-americanos em relação ao controle externonão constitui tão somente uma estratagema econômico. Trata-se de um componentedinâmico de uma tradição colonial de subserviência, baseada em fins econômicos,mas também na cegueira nacional, até certo ponto estimulada e controlada a partir defora” (1975:12)

A passagem é reveladora a respeito do pensamento de Florestan Fernandes não só porque nelaestão expostas as suas mais importantes categorias, seja a idéia de que o atraso não pode serreduzido à dimensão econômica, assim como a economia não é o vilão natural do processo, mas,sobretudo pela visão de que o dilema latino-americano, para usar sua terminologia, antes se tratade um processo de longa data, instalado nos primórdios das relações metrópole-colônia, quando

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toda a base que nos encarcera é implementada não só economicamente, mas principalmentesocial e politicamente. Assim, o atraso constitui-se, em última análise, em um dilema continental,antes que nacional.

Além disto, temos também, a partir de meados do século passado, a institucionalização de umtipo de pensador: o brasilianista, historiador ou cientista social de formação, especialista em certoscontornos de nosso continente ou países. Ele marca, por sua vez, uma certa preocupação políticade governos estrangeiros em nos compreender para melhor, talvez, prever as possibilidades demudanças políticas que impliquem em risco ao desenvolvimento do capitalismo internacional. Tudo,como diria o velho Florestan Fernandes, no intuito de manter a antiga estrutura do “capitalismodependente”.

Nesse campo um dos americanistas ou brasilianistas mais renomados e de grande impacto naprodução intelectual brasileira é Thomaz Skidmore, autor de um estudo seminal a respeito dasrelações de raça no Brasil. Skidmore foi um dos primeiros intelectuais a perceber que todo odebate brasileiro do início do século XX, a respeito da construção da nação estava pautado nanoção de raça. Desta maneira, o estudo do historiador norte-americano deu seqüência a inúmerasteses e livros sobre a relação entre o pensamento social brasileiro e o racismo, em trabalhosimportantes de brasileiros, como o de Marisa Côrrea (1998) a respeito do médico maranhenseRaimundo Nina Rodrigues[3].

Além de Skidmore, poderíamos também apontar a obra de seus compatriotas, Stanley e BárbaraStein, da Universidade de Princeton, autores de um trabalho extraordinário que ressalta toda aestrutura política, econômica e social que viabilizou ou viabiliza um certo continuum histórico naAmérica Latina, como já sugere o título do trabalho A Herança Colonial na América Latina, obrapublicada originalmente em 1970.

A herança a que se refere o autor, em sua obra, marca a permanência histórica não só de umarelação extremamente assimétrica dos países latino-americanos com países europeus e osEstados Unidos, mas também a ausência de uma burguesia orgânica atuante e responsável pelosurgimento de estados nacionais socialmente coesos no nosso continente. Assim, de acordo como autor, “a herança colonial retardou, efetivamente, a formação do que hoje denominamossociedades modernizadas” (1976:106). Poderíamos dizer, de acordo com a visão dos Stein, quetemos um passado que nos persegue. Um passado que não está presente apenas em estruturaseconômicas ou políticas, algo com certa imagem metafísica, mas vivo em sua gente, em nossasestruturas mentais, como diria o Georg Simmel, pois presente na maneira como diariamente nosrelacionamos socialmente, como marcamos nossa presença e nos constituímos como indivíduos,antes que como cidadãos.

Em todo caso a idéia de uma continuidade histórica na América Latina, um vínculo entre o passado

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colonial e as estruturas que nascem após a formação dos estados nacionais independentes é o eloque une, aliás, diversas gerações de intelectuais que se debruçaram acerca da realidade destecontinente, como tento demonstrar. Essa categoria é, inclusive, o elemento que marca a veiahistórica strictu sensu destes diversos estudiosos, desde aqueles marcadamente historiadores atéos mais sociologizantes.

De lá pra cá, uma ênfase na dimensão econômica, tônica justamente dos estudos mais marxistas,vem sendo substituída por trabalhos mais voltados aos aspectos culturais ou, genericamente,conhecidos como sociais. Trata-se de um avanço, se levarmos em consideração a tônica muitasvezes desmedida na dimensão econômica, que marca um economicismo que apenas vê os atoressociais sob a lógica do homo economicus[4].

No entanto, é preciso ter bom senso nesta matéria e considerar que a guinada não pode ter umtom radical, ao se considerar que a economia seja uma arena de discussão aquém da realidade dohistoriador, quando ela deverá sofrer, por parte do pesquisador, maior destaque dependendo doobjeto de estudo e dos dados empíricos que dispomos para a pesquisa. O certo é que a priorinenhuma dimensão deverá ser ressaltada sem que alguma razão de cunho teórico-metodológicaseja pertinente. Afinal, a teoria deverá sempre servir aos dados, não o contrário.

De qualquer modo, de acordo com os interesses deste ensaio, penso que a historiografia a respeitoda América Latina no Brasil poderá ser periodizada da seguinte forma:

(1) temos no início do século XX (até meados dos anos 1930), trabalhos marcados extremamentepela veia ensaística, como é o caso evidente de Paulo Prado. Aqui, trabalha-se com dados demaneira bastante aleatória e, assim, sem um refinamento teórico-metodológico importante. Sãopensadores, digamos, não profissionais, pois marca o período em que as ciências sociais seencontravam em um período de baixa institucionalização.

As análises, ainda nesta primeira fase, eram marcadas por um alto grau de generalização. E muitofreqüentemente os trabalhos não privilegiavam uma arena da vida social, seja a economia ou apolítica, a pretexto de que as demais sejam encaradas como epifenômenos das primeiras. Sãoanálises carregadas de um sentido nacionalista, pois procuravam examinar nas histórias nacionaise continental os modelos e estruturas responsáveis pelo atraso a ser banido.

Desta forma, a carência de material empírico, aliada, como disse, ao baixo refinamento teórico,constitui elemento que enfraquece, do ponto de vista dos padrões científicos conservadores, asanálises, mas seu teor de engajamento não é de todo um elemento a ser reprovado, pois constitui,ao meu ver, uma das características mais fascinantes destes escritores. Isto porque estamos numcontexto em que o que estava em pauta era o “todo”, isto é, as realidades nacionais. De maneiraque, naquele quadro, estudos que tomavam como objeto determinada classe ou gênero sexual não

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estavam ainda na agenda dos pensadores, o que, por sua vez, é marca da nossa época.

(2) A guinada dos anos 1930, como já apontei, marca o início da institucionalização das ciênciassociais no Brasil. Neste momento, as pesquisas e pesquisadores começaram a ganhar novo tom,é o que se poderia chamar, de acordo com o critério que adoto neste ensaio, de fase dois dahistoriografia brasileira a respeito da América Latina. São trabalhos mais refinados teórica emetodologicamente, como vimos, temos o início da produção de Florestan Fernandes e muitosoutros, tocados pelas idéias de Karl Marx e Max Weber. Notemos que o primeiro dos pensadoresteria certa hegemonia no pensamento social brasileiro até pelo menos os anos 1970, quando novasanálises, encapsuladas na arena da História Social, começam a mudar novamente o quadro deprodução de teses e livros.

O boom da História Social em nossos dias é algo relativamente novo, mas suas propostas eteorizações, como se sabe, nem tanto. Muitos escritores surgiram sob a esfera de influência dachamada Escola francesa dos Annales, e a respeito disto temos grande produção intelectual, oque dentro dos limites de espaço deste trabalho não poderemos discutir. No entanto, fiel ao quedesenvolvi no início deste ensaio, poderíamos tomar como parâmetro de uma história social avantla lettre o trabalho de Paulo Prado.

(3) Em alguma medida, o que se poderia chamar de fase três se trata de um retorno à utilização decategorias antes não legitimadas pelo marxismo dominante. Trabalhos que tomam como objeto omedo ou trauma no quadro da colonização da América, como interessante artigo produzido pelohistoriador chileno Héctor H. Bruit (1994), voltam à agenda de discussões, sem prejuízo para asabordagens, penso que ainda relativamente dominantes, a respeito dos aspectos econômicosestruturais do nosso continente.

Trata-se do período de consolidação da História Social, embora muitas vezes não se saiba comrazoável exatidão o que vem representar o termo “social”. Normalmente sua definição passa pelaexclusão da “economia” como variável de análise, como se esta não tivesse vínculo com asociedade ou com o “social”. Em todo caso, será nesse cenário que se avançará no processo deinstitucionalização da história social com a reprodução e disseminação de diversos programas dehistória social no país, embora, por outro lado, em boa parte deles a América não seja um objetoprivilegiado de análise.

3 – Considerações finaisNão foi um vôo rasante este trabalho. Ao contrário, pela visão distante, demasiado distantecertamente, procurei demonstrar somente alguns poucos dos principais dilemas desta nossahistoriografia acerca da Latino-América. É, como tentei rapidamente demonstrar, uma historiografiarepleta de qualidades e refinamento teóricos, bem como, pela diversidade de matizes, problemas e

[1] Embora, comose sabe, o autorfaça uma distinçãoqualitativa entre osdois padrões decolonização ecolonizadores quese estabeleceramna Américaportuguesa eespanhola a partirdos primeirosmomentos daconquista.

[2] Este é tambémo cenário político-institucional fértildoDesenvolvimentismona América Latina,quandoorganismos comoa ComissãoEconômica para oProgresso daAmérica Latina edo Caribe (CEPAL)muito contribuiu naelaboração de um

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limitações.

Desta aparente postura de juiz acerca do que foi dito, pretende-se compreender um pouco mais arespeito da nossa própria história. Afinal, o mundo intelectual jamais foi uma arena com radicalautonomia com relação à sociedade em que está imerso. Há uma sintonia entre ambos que é, nãode hoje, alvo de investigação.

4 – Referências bibliográfica

BRUIT, Héctor H. “O trauma de uma conquista anunciada”. In: Philomena Gebran e Maria TeresaBrittes Lemos (org.) América Latina: cultura, estado e sociedade. Rio de Janeiro: ANPHLAC,1994.

CARDOSO, Fernando H. & FALLETO, Enzo. Dependência e desenvolvimento na América Latina. Ensaio deinterpretação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

CORRÊA, Mariza. As ilusões da liberdade. A Escola Nina Rodrigues e a antropologia no Brasil. BragançaPaulista, BP: EDUSF, 1998.

FERNANDES, Florestan. Capitalismo dependente e as classes sociais na América Latina. Rio de Janeiro:Zahar Editor, 1975.

____________________. O negro no mundo dos brancos. (Coleção Corpo e Alma do Livro, nº 36) SãoPaulo: Difusão Européia do Livro, 1972.

HOLANDA. Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

PAIVA, Carlos Henrique A. “Nina Rodrigues: um antropólogo avant la lettre”. Manguinhos: história,ciências e saúde, vol. 8, nº 3. Rio de Janeiro: COC/FIOCRUZ, set-dez, 2001.

PRADO, Paulo. Retrato do Brasil: ensaio sobre a tristeza brasileira. São Paulo: IBRASA/Brasília:INL,1981.

REIS, Elisa. “Reflexões sobre o homo sociologicus”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, nº 11, vol.4. Outubro. Rio de Janeiro, 1989.

SCHWARTZMAN, Simon. A Formação da comunidade científica no Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, Riode Janeiro: Financiadora de Estudos e Projetos, 1979.

SKIDMORE, Tomaz E. Preto no Branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro. Tradução de Raulde Sá Barbosa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

STEIN, Stanley & STEIN, Barbara. A Herança Colonial da América Latina; ensaios de dependênciaeconômica. Tradução José Fernandes Dias. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

elaboração de umarranjo teóricoque, num sótempo, explicassee superasse oatraso históricodos latino-americanos, secomparados aosnorte-americanose europeus.

[3] A respeito daobra de Côrrea verCarlos HenriqueAssunção Paiva.“Nina Rodrigues:um antropólogoavant la lettre”. In:Manguinhos:História, Ciências eSaúde, vol. 4, nº3. Rio de Janeiro:COC/FIOCRUZ,set-dez,2001.

[4] A respeito davisão do homoeconomicus nopensamento socialver excelenteartigo de ElisaReis, “Reflexõessobre o homosociologicus”.Revista Brasileirade CiênciasSociais, nº 11, vol.4. Outubro. Rio deJaneiro, 1989.

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