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A Aprendizagem da Geografia no Ensino Médio: encontrando motivações no cotidiano do aluno. Enoque Foro de Oliveira 1 Resumo Este artigo foi condicionado pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do Instituto Federal do Pará (IFPA), que, entre outras atribuições, exige a produção desse tipo de trabalho, e para tanto proporciona as condições para que a pesquisa de campo seja realizada, ao enviar seus bolsistas para escolas da rede pública de ensino. Antes de se iniciar a produção deste artigo, foi elaborado um projeto de pesquisa, com orientação da coordenadora do PIBID-GEOGRAFIA do IFPA, aprofessora doutora em Geografia Humana Cátia Oliveira Macedo-. Este está sendo submetido ao II ENCONTRO DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA DO PIBID/IFPA, tendo sido escolhido o tema “Propostas de Ensino para a educação Básica nas Escolas Públicas”. Apesar de a abordagem ser direcionada especificamente a disciplina geografia, acaba servindo em alguns momentos para outras disciplinas, pois aponta para a necessidade de se repensar o modo como os professores tem preparado e ministrados suas aulas, e procura mostrar através da argumentação teórica e de relatos de professores e alunos, que o atual processo de aprendizagem está defasado. E o texto trás a falta de motivação dos alunos como a principal causa do insucesso do processo de aprendizagem da geografia no ensino médio nas escolas públicas. Para a elaboração deste, foi realizada uma pesquisa que teve como sujeitos alunos de três turmas de ensino médio e seu professor de geografia em uma escola pública de Belém. Ametodologiaaplicada foi a observação do cotidiano dos sujeitos na escola, a aplicação de questionários e entrevistas com os sujeitos, além do acesso as notas dos alunos. A construção teórica se deu através da leitura de artigos encontrados na internet. E este trabalho não se limita apenas apontar a causa de uma aprendizagem que não acontece, mas apresenta também inovadoras propostas para que professores possam desvendar o universo de seus alunos, e assim descobrir o que pode motivar seus alunos a estudarem e assimilarem o conteúdo, o que inclusive melhora a tão conflitiva relação que se tornou a relação professor-aluno. Palavras-chaves: Processo de aprendizagem. Motivação. Professor. Aluno. Abstract This article has been conditioned by the Institutional Scholarship Program Initiation to Teaching (Pibid) of the Federal Institute of Para (IFPA), which, among other things, requires the production of this type of work, and provides both the conditions for research field is carried out, to send their scholars to schools in the public school system. Before starting the production of this article, it was designed a research project with the guidance of coordinator Pibid GEOGRAPHY- IFPA, Professor PhD in Human Geography - Cátia Oliveira Macedo -. This is being submitted to II MEETING OF INITIATION OF TEACHING Pibid / IFPA, having been chosen the theme "Teaching Proposals for Basic Education in Public Schools." Although the approach is specifically targeted geography discipline, serving in just a few moments to other disciplines, because it points to the need to rethink how teachers are prepared and taught their classes, and tries to show through theoretical arguments and reports teachers and students, that the current learning process is outdated. And the text brings the lack of student motivation as the main cause of failure of the learning process geography in secondary education in public schools. To prepare this, a survey was conducted as subjects who had students from three classes of high school and their geography teacher in a public school in Belem. The methodology was applied to observe the daily life of the school subjects, the questionnaires and interviews with the subjects, in addition to access students' grades. The theoretical construction was through reading articles found on the internet. And this work is not limited to just point the cause of learning not be happing, but also presents innovative proposals so that teachers can unravel the universe of their students, and thus find out what can motivate their students to study and assimilate the content, improves so that even conflictual relationship that became the teacher-student relationship. Keywords: Learning process. Motivation. Professor. Student. 1 Bolsista do PIBID-Geografia no Instituto Federal do Pará-IFPA e-mail: [email protected]

A aprendizagem da geografia no ensino médio

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Page 1: A aprendizagem da geografia no ensino médio

A Aprendizagem da Geografia no Ensino Médio: encontrando

motivações no cotidiano do aluno.

Enoque Foro de Oliveira

1

Resumo

Este artigo foi condicionado pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do Instituto Federal do Pará (IFPA), que,

entre outras atribuições, exige a produção desse tipo de trabalho, e para tanto proporciona as condições para que a pesquisa de campo seja

realizada, ao enviar seus bolsistas para escolas da rede pública de ensino. Antes de se iniciar a produção deste artigo, foi elaborado um

projeto de pesquisa, com orientação da coordenadora do PIBID-GEOGRAFIA do IFPA, aprofessora doutora em Geografia Humana – Cátia

Oliveira Macedo-. Este está sendo submetido ao II ENCONTRO DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA DO PIBID/IFPA, tendo sido escolhido o

tema “Propostas de Ensino para a educação Básica nas Escolas Públicas”. Apesar de a abordagem ser direcionada especificamente a

disciplina geografia, acaba servindo em alguns momentos para outras disciplinas, pois aponta para a necessidade de se repensar o modo

como os professores tem preparado e ministrados suas aulas, e procura mostrar através da argumentação teórica e de relatos de professores e

alunos, que o atual processo de aprendizagem está defasado. E o texto trás a falta de motivação dos alunos como a principal causa do

insucesso do processo de aprendizagem da geografia no ensino médio nas escolas públicas. Para a elaboração deste, foi realizada uma

pesquisa que teve como sujeitos alunos de três turmas de ensino médio e seu professor de geografia em uma escola pública de Belém.

Ametodologiaaplicada foi a observação do cotidiano dos sujeitos na escola, a aplicação de questionários e entrevistas com os sujeitos, além

do acesso as notas dos alunos. A construção teórica se deu através da leitura de artigos encontrados na internet. E este trabalho não se limita

apenas apontar a causa de uma aprendizagem que não acontece, mas apresenta também inovadoras propostas para que professores possam

desvendar o universo de seus alunos, e assim descobrir o que pode motivar seus alunos a estudarem e assimilarem o conteúdo, o que

inclusive melhora a tão conflitiva relação que se tornou a relação professor-aluno.

Palavras-chaves: Processo de aprendizagem. Motivação. Professor. Aluno.

Abstract

This article has been conditioned by the Institutional Scholarship Program Initiation to Teaching (Pibid) of the Federal Institute of Para

(IFPA), which, among other things, requires the production of this type of work, and provides both the conditions for research field is carried

out, to send their scholars to schools in the public school system. Before starting the production of this article, it was designed a research

project with the guidance of coordinator Pibid GEOGRAPHY- IFPA, Professor PhD in Human Geography - Cátia Oliveira Macedo -. This is

being submitted to II MEETING OF INITIATION OF TEACHING Pibid / IFPA, having been chosen the theme "Teaching Proposals for

Basic Education in Public Schools." Although the approach is specifically targeted geography discipline, serving in just a few moments to

other disciplines, because it points to the need to rethink how teachers are prepared and taught their classes, and tries to show through

theoretical arguments and reports teachers and students, that the current learning process is outdated. And the text brings the lack of student

motivation as the main cause of failure of the learning process geography in secondary education in public schools. To prepare this, a survey

was conducted as subjects who had students from three classes of high school and their geography teacher in a public school in Belem. The

methodology was applied to observe the daily life of the school subjects, the questionnaires and interviews with the subjects, in addition to

access students' grades. The theoretical construction was through reading articles found on the internet. And this work is not limited to just

point the cause of learning not be happing, but also presents innovative proposals so that teachers can unravel the universe of their students,

and thus find out what can motivate their students to study and assimilate the content, improves so that even conflictual relationship that

became the teacher-student relationship.

Keywords: Learning process. Motivation. Professor. Student.

1 Bolsista do PIBID-Geografia no Instituto Federal do Pará-IFPA

e-mail: [email protected]

Page 2: A aprendizagem da geografia no ensino médio

INTRODUÇÃO

Existem duas maneiras de se fazer algo, forçadamente ou espontaneamente, e os

resultados desses dois tipos de ação são visivelmente diferentes. Na verdade, há um grande

abismo entre esses dois resultados, pois uma ação forçada resulta em algo mal feito, ou

incompleto, ou até inútil para o fim que foi designado. Já uma ação espontânea resulta em

algo caprichado, rico em seu conteúdo, apreciável. Isso porque uma pessoa que age

forçadamente, não tem prazer no que está fazendo, não se importa com o resultado, apenas

quer terminar algo que é obrigatório, pois sofrerá algum dano se não o fizer, mas não é por ser

obrigatório que vai se empenhar intensamente em fazê-lo. E uma pessoa que está agindo

espontaneamente é crítica consigo mesmo, deseja apresentar algo bem feito, porém antes de

parecer bem feito aos outros, precisa parecê-lo para si próprio, pois ela já se encontrava

predisposta a fazer esse algo por razões particulares. E diante da visualização desses dois

processos, inevitavelmente, surge uma questão: o que gera a espontaneidade em uma pessoa?

– a motivação –“aquilo que move uma pessoa ou que a põe em ação ou que a faz mudar de

curso”, segundo Bzuneck (2000, p.9 apud MORAES, 2007, p.3). Quando uma pessoa está

motivada a fazer algo, ela deseja iniciar o mais rápido possível o trabalho necessário para

aquela realização, daí surge à espontaneidade e/ou pró-atividade.

Pode até parecer utopia imaginar uma sala de aula em que os alunos demostrem

predisposição a todos os assuntos apresentados, ou que tomem a iniciativa própria de estudá-

los, e de modo que não seja primeiramente para atingirem a média necessária para a

aprovação, mas simplesmente por desejarem dominar aquele conteúdo, pois necessitam

daquele conhecimento para aplicar em atividades do dia-a-dia. No entanto, se isso não ocorre

é pela falta da motivação (KNÜPPE, 2006, p. 281), ao aluno só interessa fazer algo, se isto for

lhe proporcionar algum divertimento, entretenimento, como ouvir música ou assistir a um

vídeo ou clipe musical, ou a oportunidade de participar de uma determinada atividade, como

brincar com um jogo eletrônico, ou ainda praticar um esporte, como futebol, vôlei ou tênis de

mesa, por exemplo; e então quando o aluno chega à sala de aula, e o que tem para se fazer é

ficar sentado por vários minutos copiando imensos textos e depois ouvir longos e cansativos

comentários sobre assuntos que não fazem o menor sentido no seu cotidiano (MORAES,

2007, p.7), esse aluno simplesmente não despertará espontaneidade alguma para se estudar

aquele conteúdo, pois se torna chato e enfadonho o que tem para se fazer na escola, como se

percebe na fala de uma professora entrevistada para artigo de Knüppe (2000, p.281) ‘A escola

não é mais um lugar legal. As crianças preferem ficar em casaassistindo um vídeo ou

Page 3: A aprendizagem da geografia no ensino médio

brincando napraça, porque aqui eles ficam copiando do quadro e sentados a tarde toda. Que

graça tem?’.

Os alunos obtêm médias baixas nas disciplinas porque não dedicam tempo para

estudá-las, e quando as estudam, nãos as entendem (pelo menos a maioria dos alunos).

Entretanto se não estudam, não é porque são definitivamente preguiçosos ou indispostos a

isso, mas se são caracterizados como esse tipo de aluno, é porque não tem motivos (ou

motivação) para estudar. Tem a prova, mas esta se apresenta como motivo de forma

obrigatória (e hoje em dia os jovens e adolescentes parecem ter criado uma aversão a tudo que

é imposto ou que é colocado de forma obrigatória), e quando o motivo é ter condições de

formarem-se em uma profissão, os alunos não conseguem perceber ou não creem que as

disciplinas estudadas na escola lhes terão alguma utilidade na profissão que escolheram (isso

quando já escolheram alguma), ou seja, os motivos precisam vir do próprio aluno, pois os

motivos que existem não tem alcançado o objetivo de levarem os alunos a estudar. E quando

estudam, mas não compreendem os conteúdos, é porque para se aprender algo é necessário

praticar aquilo. Um mecânico não aprende a concertar carros apenas olhando outro mecânico,

mais experiente, fazendo o serviço, mas precisa ir a pratica para consumar a aprendizagem do

ofício. Com o aluno não é diferente, ele precisa conseguir aplicar os conteúdos para assimilá-

los, e isto pode ser através de uma atividade de campo, ou no seu próprio cotidiano. Porém

quando essa aplicação não acontece, o processo de aprendizagem é prejudicado, acarretando

na incompreensão dos conteúdos por parte dos alunos.

Diante desta realidade é inegável que, da maneira que está o sistema de ensino das

escolas não pode continuar, é necessária uma urgente revolução nesse sistema, pois é ele, e

não os alunos ou o professor, especificamente, quem principalmente tem gerado os problemas

que atrapalham o processo de aprendizagem.

EM CADAALUNO UM UNIVERSO DE POSSIBILIDADES

Para este artigo foi realizada uma pesquisa com alunos do ensino médio (um 1º ano,

um 2º ano e um 3º ano) de uma escola pública do bairro do Guamá em Belém. Em um total de

80 alunos, 52 (65%) foram alcançados através de um questionário e entrevistas, que

possibilitaram um conhecimento sobre a visão dos alunos a respeito do processo de

aprendizagem nas aulas de geografia: interesse e aplicabilidade da disciplina, metodologia do

professor, possíveis causas das baixas médias, etc. E também foi realizada uma entrevista com

o professor de geografia das três turmas, a respeito de como ele avaliava a situação do

Page 4: A aprendizagem da geografia no ensino médio

processo de aprendizagem da geografia: dificuldades, notas baixas, principais problemas

apresentados pelos alunos, etc.

São notáveis as transformações que veem sofrendo várias instituições presentes no

cotidiano das pessoas. Bancosutilizam os mais modernos sistemas de comunicação para tornar

as transações de seus clientes, as mais rápidas e seguras possíveis; hospitais também são

modernizados com os mais avançados aparelhos para realização de exames e cirurgias (sem

falar nas inúmeras descobertas de tratamentos que a medicina veem realizando); até as igrejas,

independentemente da denominação religiosa, tem incrementado as mais variadas estratégias

para segurar seus fiéis. Enfim, todas estas organizações que há séculos tem feito parte da vida

do homem evoluíram, entretanto a escola apresenta-se nos mesmos moldes de quando surgiu:

Até o momento atual, a própria escola não mudou, os modelos didáticos evoluíram,

porém a maneira como o aluno era impulsionado para um novo estágio continuou a

mesma (...). BETTIO e MARTINS (2003, apud VERRI, 2010, p.1).

A escola continua sendo um local onde o aluno encontra uma sala de aula com

carteiras enfileiradas, onde os que não conseguem sentar na primeira fila são obrigados a

passarem todo o período, olhando para a costa de seus colegas, o que dificulta uma relação de

olho-no-olho, mais próxima, igualitária e integradora entre os próprios alunos. Encontram

ainda paredes “mortas”, sem nenhum mapa ou pintura, ou mensagem educativa, ou ainda uma

representação de algum conteúdo através de uma maquete, por exemplo. O único recurso

didático preenchendo as paredes é o quadro, onde o professor escreve longos textos que

cansam os alunos. A forma de avaliação também é sempre a mesma: uma prova na qual o

aluno precisa obter uma determinada nota para que fique comprovado que ele domina aquele

conteúdo. Ou seja, o layout e as relações que o aluno vive dentro da escola continuam se

dando da mesma forma, porém vivemos na contemporaneidade, a escola não pode se

apresentar da mesma maneira em que se apresentava no século XIX.

Contudo, uma das principais mudanças que precisa acontecer é no modo como o

professor enxerga cada aluno. Preparar uma aula levando em consideração as peculiaridades

de cada aluno é fundamental para que o professor seja bem sucedido na missão de fazer com

que o aluno assimile o conteúdo (MORAES, 2007, p.1). Porém em uma sala de aula com 30,

ou até 40 alunos ás vezes (algo que se encontra com facilidade nas escolas), ou mesmo com

26 alunos (que é a média de alunos nas turmas de ensino médio na escola onde foi realizada a

pesquisa), a tarefa de alcançar cada aluno é tão difícil, que a maioria dos professores

Page 5: A aprendizagem da geografia no ensino médio

simplesmente nem tentam executá-la:

Compreender a diversidade de ideias e entender que cada um de teus alunos possui

uma vida própria e consequentemente um objetivo diferente é nossa obrigação. Não

é nada fácil, ou quase impossível conseguir atingir a todos em uma sala de aula,

geralmente com 30/40 alunos, mas levar o conteúdo de forma mais aprazível e

instigante deve ser nossa meta. (VIEIRA, p.7).

Entretanto, o professor não pode sucumbir diante deste desafio, mas deve enfrentá-lo

com todo o empenho possível, pois se ele se deixar ser desmotivado por isso, o processo de

aprendizagem estará fadado ao completo fracasso. Pois um professor desmotivado contamina

a sala toda:

As professoras relataram que nem sempre estão motivadas para o trabalho. Muitas

vezes vão trabalhar cansadas. Elas acreditam que essa atitude, de alguma maneira, é

percebida pelos alunos, o que faz com que se comportem desmotivados. “Noto que

quando estou empolgada, meus alunos também estão. E quando estou baixo astral,

eles também ficam. “Parecem que captam o humor da gente. (KNÜPPE, 2006,

p.282).

Além de uma metodologia personalizada para cada aluno, os professores do século

XXI devem reinventar também sua forma de avaliar esse aluno, “como evidencia Perrenoud

(1999) é importante criar um novo modelo deavaliação que seja mais formativa do que

seletiva e, consequentemente, criar um novomodelo de escola” (VERRI, 2010, pg. 2). Mesmo

que ainda seja aparentemente impossível se desvencilhar da avaliação no formato de prova,

mesmo essa ferramenta pode ser aplicada de forma personalizada. Um professor que conhece

as características da personalidade de cada aluno, seus gostos, passatempos preferidos, sua

rotina fora da escola, tem plenas condições de elaborar uma prova diferente para cada aluno,

que apresente questões contextualizadas exatamente no universo particular de cada aluno. É

forçoso reconhecer todo o trabalho e mão-de-obra para a realização dessa – por que não dizer

– façanha, porém é justamente desse tipo de inovação que a escola, e mais ainda os alunos,

estão necessitando. E assim como é existem professores que com certeza achariam graça

dessa proposta, felizmente também existem aqueles que ficariam fascinados pela proposta e

pelos resultados que ela geraria.

Portanto, um professor que conhece não a vida pessoal de cada aluno, mais o jeito de

ser, as tendências, anseios e objetivos que permeiam o universo de cada um, tem em mãos os

ingredientes para descobrir como motivar seus alunos, pois conhecendo tudo isto sobre o

aluno, ele poderá propor tarefas que façam com que esse último não precise deixar de fazer

algo que gosta quando está fora da escola, para ter que ir fazer algum trabalho, ou estudar para

Page 6: A aprendizagem da geografia no ensino médio

a prova, mas que façam com que aprenda e domine o conteúdo justamente na prática da

atividade que tem fora da escola, seja através da visualização do conteúdo em algum local

aonde ele (o aluno) vai com frequência, ou através da execução da tarefa exatamente em uma

prática costumeira do aluno, quando este está fora da escola.

ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS

A geografia é uma disciplina que possuí conteúdos que abordam desde a formação

geológica da terra, até a dinâmica dos sistemas econômicos globais, ou seja, assuntos que em

algum momento tornam-se interessantes para os alunos; ou por ficarem maravilhados com as

imagens de um vídeo que mostra a deriva continental, e o surgimento das cadeias

montanhosas, e etc; ou por identificarem em suas vidas uma determinada consequência do

processo da globalização: o aluno que se comunica com um amigo no exterior através da

internet, por exemplo. E na escola que serviu de campo para a pesquisa, essa realidade não se

mostrou diferente como mostra o gráfico 1 abaixo:

Em um questionário (APÊNDICE A) aplicado para alunos das três séries do ensino

médio (total de 52 alunos), observou-se que a maioria deles (74%) considera a geografia

como uma disciplina interessante e fácil entendimento. E também através do questionário se

pode perceber a visão dos alunos com relação à metodologia de seu professor de geografia

(que é o mesmo nas três turmas), que pode ser visualizada no gráfico 2, a seguir:

Gráfico 1: A opinião dos alunos a respeito da disciplina de geografia.

INTERESSANTE/INTELIGÍVEL

38 74%

LEGAL/POUCO INTELIGÍVEL

9 18%

CHATA/ININTELIGÍVEL

4 8%

A GEOGRAFIA É:

TOTAL: 52

Page 7: A aprendizagem da geografia no ensino médio

Gráfico 2: Conceituação dos próprios alunos com relação à metodologia do professor de geografia.

Como se pôde verificar 83% dos alunos consideram a metodologia do professor de

geografia, no mínimo, boa. Ou seja, em termos gerais: um professor que explica bem e que é

paciente com a turma, segundo resposta dos alunos a outra pergunta do questionário aplicado.

Contudo, ao se ter acesso às notas dos alunos na 1ª avaliação (a única que já havia ocorrido),

foram verificadas médias extremamente baixas – 3,6 no 1º ano; 4,5 no 2º ano, e 3,3 no 3º ano

-, contrastando com o fato de a geografia ser considerada uma matéria interessante, e a

metodologia do professor ser considerada boa. Diante dessa situação, surge uma questão

clara: se a maioria dos alunos considera a geografia uma disciplina interessante, e a maioria

deles também considera boa a metodologia do professor, porque as notas são tão baixas?

Na busca de uma resposta para esse questionamento, realizou-se entrevistas com esses

alunos e com o professor da turma, e da maioria das repostas dos alunos foi que surgiu a ideia

para o tema desse trabalho.

POR QUE NÃO SE ESTUDAR GEOGRAFIA?

Apesar de a geografia ser uma matéria interessante para a maioria dos alunos, e de

compreenderem as explicações do professor, estes não tiram boas notas nas provas, e a causa

disso encontra-se na falta de motivação para estudar. Embora os assuntos dentro da geografia

sejam de prender a atenção do aluno, isto é apenas por alguns minutos (o tempo que dura

uma, ou duas aulas), após isso o aluno não mantem mais nenhum contato com aquele

MUITO BOA/ÓTIMA

21 41%

BOA 22

42%

RAZOÁVEL 8

15%

CHATA/RUIM 1

2%

METODOLOGIA DO PROFESSOR

TOTAL: 52 ALUNOS

Page 8: A aprendizagem da geografia no ensino médio

conteúdo, não por isto ser impossível, mas porque simplesmente não vai gastar o tempo que

tem fora da escola para se divertir passear, acessar uma rede social, ou fazer uma outa

atividade qualquer, para estudar algo que (no seu entender) só serve para ser usado na escola,

no momento em que for fazer a prova, não é algo que vá lhe servir no dia-a-dia, como é

percebido na fala de uma aluna entrevistada: “A geografia é legal, mas eu não sinto vontade

de estudar. É tipo astronomia, tem umas coisas que acho muito interessante, mas eu não vou

perder tempo estudando astronomia, não vai me servir de nada”.

O que se percebe é uma total falta de motivação para se estudar geografia (e talvez

muitas outras matérias), porém não se pode mais ter a visão de que o aluno tem o ato de

estudar como obrigação, e que deva ter predisposição para isso quando entra na escola, e

quando está em casa também. É comum ouvir dos pais que a única obrigação de seus filhos é

estudar, por não possuírem outra ocupação em suas vidas, com ter filhos para criar, contas a

pagar, ter que trabalhar, enfim, coisas que adultos fazem. Essa visão termina por

desconsiderar a vida particular do aluno, não levando em conta que ele gosta de preencher seu

tempo com atividades dinâmicas, com seus amigos, saindo para conhecer e aproveitar vários

lugares. Um aluno é um ser humano normal, se ele não perceber a aplicabilidade, ou o sentido

que determinada coisa tem em sua vida, não haverá motivação para fazê-la. É como um

colaborador de uma empresa que está em uma função na qual não tem afinidade, mesmo que

seu salário dependa de um bom desempenho, sem a devida motivação para aquela tarefa, sua

produtividade sempre será baixa, pois não haverá satisfação na realização da mesma.

Se nossos alunos não veem o estudo como algo que gere satisfação, e por isso não o

tem como hábito, é porque falta motivação para isso, “a motivação é a energia para a

aprendizagem” (MORAES, 2007, pg. 9), e não por serem biologicamente preguiçosos ou

desinteressados, e este trabalho é fundamentalmente baseado na crença de que compete ao

professor mais este desafio, além de trabalhar com uma remuneração indigna, hoje em dia,

correndo risco de vida e destituído de autoridade e autonomia na escola, cabe ao professor

também ser o descobridor dos elementos que são potenciais geradores da motivação em seus

alunos.

CAMINHOS PARA A MOTIVAÇÃO

Como esperar que os alunos desenvolvam o hábito de estudar fora da escola (quando

estão em casa), ou que aproveitem uma situação corriqueira do seu dia-a-dia para aplicarem

algum conteúdo visto na sala de aula, se o único local onde é exigido um contato dele com

Page 9: A aprendizagem da geografia no ensino médio

aquele assunto, é na escola? Se o professor tem a intenção de fazer com que o aluno estude

quando não estiver na escola, que leia textos, busque notícias, enfim, traga alguma

contribuição para a aula, este deve passar para o aluno tarefas, que tenham que ser feitas

quando não estiverem na escola (extraescolares), não aquele dever de casa que a professora da

alfabetização passava, mas fala-se aqui de uma atividade que “obrigue” o aluno a ter outro

contato com o conteúdo, mas não de maneira objetiva, repetitiva, decorativa, fazendo com que

ele entre na internet, copie e cole um texto no trabalho e termine, mas de forma subjetiva,

inovadora, produtiva, fazendo com que o aluno se desloque de sua casa para um determinado

local para observar a paisagem, as relações sociais, a organização espacial, ou que se sinta

desafiado a produzir um texto, não copiado, mas com suas próprias palavras e ideias.

Partindo dessa concepção de se motivar o aluno a estudar usando o próprio cotidiano

dele, várias ferramentas apresentam-se como auxiliadoras nesse processo.

Questionário de Preferências do Aluno

Segundo MORAES (2007, pg. 2) “O professor deve fundamentar seutrabalho

conforme as necessidades de seus alunos, considerando sempre omomento emocional e as

ansiedades que permeiam a vida do aluno naquele momento”, portanto há a necessidade do

professor estreitar a sua relação com os alunos. Como o professor poderá passar uma

atividade que implique na integração da mesma com uma atividade da vida cotidiana do

aluno, se o professor não possui uma mínima ideia sobre esse cotidiano? Uma forma bem

prática e simples de se resolver esse problema é a aplicação de um questionário com

perguntas como, por exemplo: Qual seu esporte preferido? Qual seu passatempo nas horas

vagas? Se você tem acesso à internet, o que mais gosta de fazer quando está navegando? O

objetivo desses questionamentos é fornecer ao professor um conhecimento sobre o universo

particular de cada aluno: suas preferências, pretensões para o futuro, insatisfações,

dificuldades, estresses, gosto musical, lugares que frequenta etc, e assim munir o professor de

informações que serão cruciais para proposição de atividades que motivem os alunos a

cultivarem o hábito de estudar.

Page 10: A aprendizagem da geografia no ensino médio

A Utilização do Facebook na Aula

As redes sociais são bastante acessadas por crianças e adolescentes em idade escolar, é

o que diz uma pesquisa2 do Núcleo de Informação e Coordenação do ponto BR (Nic.br), que

implementa as decisões e projetos do CGI do Brasil (Comitê Gestor da Internet) realizada

com 1.580 crianças e adolescentes, segundo a qual 42% das crianças entre 9 e 11 anos tem

perfil nas redes sociais, e entre 11 e 16 essa taxa sobe para 70%. E complementando esta, a

EBC (Empresa Brasil de Comunicação) divulgou em seu site3, os dados de uma pesquisa

sobre as redes sócias mais utilizadas no Brasil, na qual o facebook aparece em primeiro lugar.

Baseando-se nesses dados, pode-se presumir que uma grande parte das crianças e

adolescentes entre 9 e 16 anos, possuem um perfil no facebook.

Esta rede social recebe destaque nesse trabalho e, é indicada para ser utilizada nas

aulas (sejam de geografia, ou mesmo de outra matéria), por acreditar-se que uma esmagadora

maioria de alunos dentro de uma sala de aula acesse-a com bastante frequência, mais do que a

qualquer outra página, pelo menos essa realidade se apresentou nas três turmas que foram

pesquisadas. E nesse fato reside uma oportunidade impar de se motivar o aluno a estudar, a

realizar as atividades extraclasse com afinco, e efetuar a aprendizagem dos conteúdos, pois,

solicitando a este aluno que ele resolva uma determinada atividade tendo que encontrar as

informações necessárias para isso, exclusivamente, na rede social, além de ele descobrir uma

nova forma de utilizar a rede social, este não precisará deixar de fazer algo que gera

entretenimento, para cumprir uma atividade da escola. Ou seja, não faltará motivação para

que o aluno estude, pois além de encontrar algum divertimento ao efetuar a atividade (por

estar fazendo isso usando as ações e ferramentas da rede social), ele estará, enfim,

conseguindo aplicar os conteúdos em seu dia-a-dia.

O que não faltam são maneiras de se utilizar o facebook na aula, a seguir, apenas

algumas dessas: a) solicitar ao aluno que encontre na rede uma postagem que exemplifique o

conteúdo ministrado na aula, e ao encontrar, marcar o nome do professor (para que se saiba

que a postagem foi encontrada na rede), e trazê-la para a próxima aula para que o aluno

comente e argumente, explicando o porquê de aquela postagem exemplificar o conteúdo; b)

com uma questionamento, ou com uma breve explanação, o professor pode levantar um

debate relâmpago com os alunos que estiverem online, pedindo que eles se manifestem

2 Endereço eletrônico da pesquisa: http://www.nic.br/imprensa/clipping/2012/midia1347.htm

3 Endereço eletrônico: http://www.ebc.com.br/tecnologia/2012/09/saiba-quais-sao-as-cinco-redes-sociais-mais-

acessadas-do-brasil

Page 11: A aprendizagem da geografia no ensino médio

através da opção “comentar”, e o professor pode realizar o feedback (dar o retorno ao aluno)

através da opção “curtir”; c) o professor pode postar vídeos, documentários, filmes curtos, que

abordem algum conteúdo ministrado em sala de aula, e pedir, além de resumos para serem

entregues na sala, comentário breves dos alunos sobre o vídeo, na própria rede.

O facebook deve ser usado pelo professor apenas como uma ferramenta para

motivação do aluno, para que este chegue ao ponto de despertar tanta vontade pelo estudo,

que não seja necessária a obrigatoriedade da utilização da rede social, mas que ele estude por

amor ao conhecimento.

Alunos que não possuírem perfil na página podem receber a orientação de como fazer

isso, inclusive dos próprios colegas para que haja uma integração entre a turma, ou se não

desejarem fazê-lo – através do questionário de preferências – o professor deve preparar outra

atividade para esses alunos, envolvendo elementos e/ou atividades de seus cotidianos.

Enfim, o facebook recebe ênfase, apenas por se tratar de um elemento fortemente

presente na realidade da maioria dos alunos, porém como tem acontecido com todas as redes

sociais que um dia lideraram o ranking das mais utilizadas, o facebook pode perder sua

popularidade, dando lugar a uma nova rede social, mas que com certeza também será presente

no cotidiano das crianças e adolescentes, o professor apenas adequará as atividades à

dinâmica dessa eventual nova rede social.

A Realização de Jogos

Outro elemento que também é encontrado bastante presente na vida de uma criança

e/ou adolescente, é o jogo. Seja de tabuleiro, de cartas, ou um videogame, enfim, este acaba

constituindo-se como uma forma de entretenimento de grande aceitação. O principal fator

estimulante em um jogo é o teste de habilidades, seja individualmente, ou contra adversários.

Considerando o potencial motivador de um jogo, a realização de gincanas sobre os conteúdos

geográficos, nas quais os alunos teriam a oportunidade de mostrarem seus potenciais, é uma

ótima proposta, pois os alunos sentiriam-se empolgados pelo clima de competição e sentiriam

também que o conhecimento que adquiriram possui algum valor, não somente porque os

ajudou a ganhar pontuação para suas avaliações e porque obtiveram premiações nas

competições, mas principalmente porque serviu para que tivessem conteúdo base para

argumentação sobre determinados assuntos relacionados ao mundo de maneira geral.

O jogo vem como um estímulo tanto para melhor compreensão do conteúdo, quanto

para o crescimento e o desenvolvimento intelectual do aluno – fundamental,

Page 12: A aprendizagem da geografia no ensino médio

também, para atingir a responsabilidade e a maturidade. É mais uma forma de levar

o conteúdo aos alunos motivando-os a estudar de maneira envolvente. (VERRI,

2010, pg. 2)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em qualquer atividade que se possa imaginar, se a motivação não estiver presente

naqueles que foram designados para executá-la, ou ela simplesmente não será feita, ou será,

porém de forma bem descompromissada, e consequentemente deixará a desejar. Em se

tratando de estudar não é diferente. Para que o processo de aprendizagem possa ser bem

sucedido, resultando na formação de conhecimento no intelecto do aluno, além de uma boa

explanação do professor, é necessária uma apropriação desse conhecimento, por parte do

aluno, porém com o seu próprio olhar para o tema em questão, ou seja, é preciso que o aluno

estude por si só, que também estude quando não estiver na escola, e quando estiver, que

preste atenção na aula. Entretanto o aluno não se prestará gratuitamente para isso, e quando

não se prestar, é errado determiná-lo como alguém preguiçoso e desleixado, e abandoná-lo no

fundo da sala de aula. Um olhar atento para esta situação irá identificar a falta de motivação

como causa desta postura danosa do aluno ao processo de aprendizagem. E cabe ao professor,

mais esta missão, de descobrir como motivar seu aluno para que este passe a contribuir

positivamente neste processo. Entretanto, conhecer não só a turma, mas a cada aluno

especificamente, é fundamental para que o professor encontre a motivação para eles. E no

enfrentamento desse desafio, ferramentas como questionários para o conhecimento do perfil

do aluno, utilização de redes sociais na aula, realização de jogos, além de simples observações

ao jeito de ser de seus alunos e conversas com os pais destes, apresentam-se como fortes

aliadas.

Page 13: A aprendizagem da geografia no ensino médio

APÊNDICE A - Questionário para Projeto de Pesquisa

*QUAL A SUA SÉRIE?

( ) 1º ANO ( )2º ANO ( )3º ANO

1- O QUE VOCÊ ACHA DA DISCIPLINA “GEOGRAFIA”? POR QUÊ?

R=

2- COM QUAL ASSUNTO DA DISCIPLINA “GEOGRAFIA” VOCÊ MAIS SE

IDENTIFICA? POR QUÊ?

R=

3- O QUE VOCÊ ACHA DA METODOLOGIA (A MANEIRA DE ENSINAR)

DO PROFESSOR?

R=

4- O QUE É UM BOM PROFESSOR PARA VOCÊ?

R=

5- VOCÊ CONSEGUE APLICAR OS CONTEÚDOS VISTOS EM

GEOGRAFIA NO SEU DIA-A-DIA?

R=

6- QUE RECURSO VOCÊ GOSTA QUE SEJA USADO NAS AULAS DE

GEOGRAFIA?

R=

7- QUANDO A AULA DE GEOGRAFIA SE TORNA ATRAENTE?

R=

8- DÊ UMA SUGESTÃO PARA TORNAR A AULA MAIS ATRAENTE?

R=

9- VOCÊ É UM ALUNO QUE FICA MUITO FORA DE SALA? POR QUÊ?

R=

Page 14: A aprendizagem da geografia no ensino médio

REFERÊNCIAS

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