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 A Arca tomada pelos Fili steus Publicado em 17/05/2012 por  Blog Sétimo Dia Baseado em 1 Samuel 3-7. Outra advertência deveria ser dada à casa de Eli. Deus não podia comunicar-Se com o sumo sacerdote e seus filhos; os pecados deles, qual densa nuvem, haviam excludo a presen!a de Seu Esprito Santo. "as, em meio do mal, o menino Samuel permanecia fiel ao #$u, e dar a mensa%em de condena!ão à casa de Eli foi sua missão, como profeta do &ltssimo que era. '& pala vra do Senhor era de muita valia naqueles di as; não ha vi a vi são manifesta. E sucedeu naquele dia que, estando Eli deitado em seu lu%ar (e os seus olhos se come!avam )* a escurecer, que não podia ver+, e, estando tam$m Samuel )* deitado, antes que a lmpada de Deus se apa%asse no templo do Senhor, em que estava a arca de Deus, o Senhor chamou a Samuel. Supondo ser a vo/ de Eli, o menino foi apressadamente para )unto do leito do sacerdote, di/endo0 'Eis-me aqui, porque tu me chamaste. & resposta foi0 '1ão te chamei eu, filho meu, torna a deitar-te. 2 Samuel 302-4. 5rês ve/es Samuel foi chamado, e três ve/es respondeu de modo semelhant e. E então Eli se convenceu de que o mi st er ioso chamado era a vo/ de De us . O Se nh or pr eterir a o Se u servo escolhido, o homem de caelos rancos, para comunicar-Se com uma crian!a. 6sto em si mesmo era uma repreensão amar%a, por$m merecida, a Eli e sua casa. 1enhum sentimento de inve)a ou suspeita despertou-se no cora!ão de Eli. 7ecomendou a Samuel que respondesse, se de novo fosse chamado0 '8ala, Senhor, porque o 5eu servo ouve. "ais uma ve/ foi ouvida a vo/, e o menino respondeu0 '8ala, porque o 5eu servo ouve. 2 Samuel 309, 2:. 5ão aterrado

A Arca e Tomada Pelo

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A Arca tomada pelosFilisteusPublicado em17/05/2012porBlog Stimo DiaBaseado em 1 Samuel 3-7.Outra advertncia deveria ser dada casa de Eli. Deus no podia comunicar-Se com o sumo sacerdote e seus filhos; os pecados deles, qual densa nuvem, haviam excludo a presena de Seu Esprito Santo. Mas, em meio do mal, o menino Samuel permanecia fiel ao Cu, e dar a mensagem de condenao casa de Eli foi sua misso, como profeta do Altssimo que era.A palavra do Senhor era de muita valia naqueles dias; no havia viso manifesta. E sucedeu naquele dia que, estando Eli deitado em seu lugar (e os seus olhos se comeavam j a escurecer, que no podia ver), e, estando tambm Samuel j deitado, antes que a lmpada de Deus se apagasse no templo do Senhor, em que estava a arca de Deus, o Senhor chamou a Samuel. Supondo ser a voz de Eli, o menino foi apressadamente para junto do leito do sacerdote, dizendo: Eis-me aqui, porque tu me chamaste. A resposta foi: No te chamei eu, filho meu, torna a deitar-te. 1 Samuel 3:1-5. Trs vezes Samuel foi chamado, e trs vezes respondeu de modo semelhante. E ento Eli se convenceu de que o misterioso chamado era a voz de Deus. O Senhor preterira o Seu servo escolhido, o homem de cabelos brancos, para comunicar-Se com uma criana. Isto em si mesmo era uma repreenso amarga, porm merecida, a Eli e sua casa.Nenhum sentimento de inveja ou suspeita despertou-se no corao de Eli. Recomendou a Samuel que respondesse, se de novo fosse chamado: Fala, Senhor, porque o Teu servo ouve. Mais uma vez foi ouvida a voz, e o menino respondeu: Fala, porque o Teu servo ouve. 1 Samuel 3:9, 10. To aterrado ficou com o pensamento de que o grande Deus lhe falaria, que no pde lembrar-se das palavras exatas que Eli mandou dizer.E disse o Senhor a Samuel: Eis aqui vou Eu a fazer uma coisa em Israel, a qual todo o que ouvir lhe tiniro ambas as orelhas. Naquele mesmo dia suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado contra a sua casa; come-lo-ei e acab-lo-ei. Porque j Eu lhe fiz saber que julgarei a sua casa para sempre, pela iniqidade que ele bem conhecia, porque, fazendo-se os seus filhos abominveis, no os repreendeu. Portanto, jurei casa de Eli que nunca jamais ser expiada a iniqidade da casa de Eli com sacrifcio nem com oferta de manjares. 1 Samuel 3:11-14.Antes de receber de Deus esta mensagem, Samuel ainda no conhecia ao Senhor, e ainda no lhe tinha sido manifestada a palavra do Senhor; isto , ele no estava familiarizado com tais manifestaes diretas da presena de Deus conforme eram concedidas aos profetas. Foi o propsito do Senhor revelar-Se de uma maneira inesperada, para que Eli viesse ouvir a tal respeito por meio da surpresa e indagao do jovem.Samuel ficou cheio de temor e espanto, ante o pensamento de ter-lhe sido confiada uma mensagem to terrvel. Pela manh se dirigiu aos seus deveres como de costume, mas com um grande peso em seu corao juvenil. O Senhor no o havia mandado revelar a terrvel denncia, donde o permanecer ele em silncio, evitando, tanto quanto possvel, a presena de Eli. Tremia, receoso de que alguma pergunta o compelisse a declarar os juzos divinos contra aquele a quem amava e reverenciava. Eli estava certo de que a mensagem predizia alguma grande calamidade, a ele e sua casa. Chamou Samuel, e ordenou-lhe que relatasse fielmente o que o Senhor revelara. O jovem obedeceu, e o idoso homem prostrou-se em humilde submisso pavorosa sentena. O Senhor , disse ele; faa o que bem parecer aos Seus olhos. 1 Samuel 3:7, 18.Todavia, Eli no manifestou os frutos do verdadeiro arrependimento. Confessou sua falta, mas deixou de renunciar ao pecado. Ano aps ano o Senhor retardava os Seus ameaados juzos. Muito se poderia ter feito naqueles anos para remir as faltas do passado; mas o idoso sacerdote no adotou medidas eficazes para corrigir os males que estavam a poluir o santurio do Senhor, e levando em Israel milhares runa. A pacincia de Deus deu lugar a que Hofni e Finias endurecessem o corao, e se tornassem ainda mais audazes na transgresso. As mensagens de advertncia e reprovao sua casa foram por Eli dadas a conhecer nao toda. Por este meio ele esperava at certo ponto contrariar a m influncia de sua passada negligncia. Mas as advertncias foram desatendidas pelo povo, assim como haviam sido pelos sacerdotes. O povo das naes circunvizinhas tambm, o qual no ignorava as iniqidades abertamente praticadas em Israel, tornou-se ainda mais audaz em sua idolatria e crime. No experimentavam a intuio de culpa pelos seus pecados, como o teriam feito caso houvessem os israelitas preservado a sua integridade. Aproximava-se, porm, o dia da retribuio. A autoridade de Deus havia sido posta de lado e Seu culto negligenciado e desprezado; e tornou-se necessrio intervir Ele para que se mantivesse a honra de Seu nome.E Israel saiu ao encontro, peleja, aos filisteus, e se acamparam junto a Ebenzer; e os filisteus se acamparam junto a Afeque. Esta expedio foi empreendida pelos israelitas sem o conselho do Senhor, sem o apoio de sumo sacerdote ou profeta. E os filisteus se dispuseram em ordem de batalha, para sair ao encontro a Israel; e, estendendo-se a peleja, Israel foi ferido diante dos filisteus, porque feriram na batalha, no campo, uns quatro mil homens. Voltando para o acampamento a fora fragmentada e desalentada, disseram os ancios de Israel: Por que nos feriu o Senhor hoje diante dos filisteus? A nao estava madura para os juzos de Deus, e no entanto no viam que seus prprios pecados haviam sido a causa daquele terrvel revs. E disseram: Tragamos de Sil a arca do concerto do Senhor, e venha no meio de ns, para que nos livre da mo de nossos inimigos. O Senhor no dera ordem ou permisso para que a arca fosse ao exrcito; contudo os israelitas estavam confiantes em que deles seria a vitria, e proferiram uma grande aclamao quando ela foi, pelos filhos de Eli, levada ao arraial.Os filisteus consideravam a arca como o deus de Israel. Todas as grandes obras que Jeov fizera em prol de Seu povo, eram por eles atribudas ao poder da mesma. Ao ouvirem as aclamaes de jbilo pela sua aproximao, disseram: Que voz de to grande jbilo, esta no arraial dos hebreus? Ento souberam que a arca do Senhor era vinda ao arraial. Pelo que os filisteus se atemorizaram; porque diziam: Deus veio ao arraial. E diziam mais: Ai de ns! que tal nunca jamais sucedeu antes. Ai de ns! quem nos livrar da mo destes grandiosos deuses? Estes so os deuses que feriram aos egpcios com todas as pragas junto ao deserto. Esforai-vos, e sede homens, filisteus, para que porventura no venhais a servir aos hebreus, como eles serviram a vs; sede pois homens, e pelejai. 1 Samuel 4:2, 3, 6-9.Os filisteus deram um encarniado assalto, de que resultou a derrota de Israel, com grande morticnio. Trinta mil homens jaziam mortos em campo, e a arca de Deus foi tomada, tendo os dois filhos de Eli tombado enquanto combatiam para defend-la. Deixou-se assim, novamente, nas pginas da Histria um testemunho para todos os sculos futuros, de que a iniqidade do povo professo de Deus no ficar impune. Quanto maior for o conhecimento da vontade de Deus, tanto maior o pecado daqueles que a desatendem. A mais espantosa calamidade que poderia ocorrer, recara a Israel. A arca de Deus fora apreendida, e estava em poder do inimigo. A glria havia verdadeiramente se afastado de Israel quando o smbolo da presena e poder contnuos de Jeov foi removido do meio deles. Com aquele escrnio sagrado associavam-se as mais maravilhosas revelaes da verdade e poder de Deus. Em tempos anteriores, vitrias miraculosas haviam sido conseguidas quando quer que o mesmo aparecia. Faziam-lhe sombras as asas dos querubins de ouro, e a glria indescritvel do shekinah, smbolo visvel do altssimo Deus, repousara sobre ela no lugar santssimo. Mas agora no trouxera vitria alguma. No se mostrara ser uma defesa nesta ocasio, e havia pranto por todo o Israel.No se haviam compenetrado de que sua f era simplesmente uma f nominal, e perderam o poder da mesma para prevalecerem com Deus. A lei de Deus, contida na arca, era tambm um smbolo de Sua presena; mas haviam lanado o desprezo aos mandamentos, desdenharam suas reivindicaes e contristaram o Esprito do Senhor de modo que Se retirou do meio deles. Quando o povo obedecia aos santos preceitos, o Senhor estava com eles, para agir em prol deles, com Seu poder infinito; mas, quando olharam para a arca, e no a puseram em relao com Deus, e tampouco honraram Sua vontade revelada pela obedincia Sua lei, serviu-lhes ela de pouco mais que uma caixa comum. Olhavam para a arca como as naes idlatras olhavam para os seus deuses, como se ela possusse em si os elementos de poder e salvao. Transgrediam a lei que nela se continha; pois o seu mesmo culto arca determinou a formalidade, a hipocrisia e a idolatria. Seu pecado os separara de Deus, e Ele no lhes poderia dar a vitria antes que se arrependessem e abandonassem sua iniqidade.No bastava que a arca e o santurio estivessem no meio de Israel. No bastava que os sacerdotes oferecessem sacrifcios, e que o povo fosse chamado filhos de Deus. O Senhor no toma em considerao o pedido daqueles que acariciam a iniqidade no corao; est escrito que o que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, at a sua orao ser abominvel. Provrbios 28:9.Quando o exrcito saiu para a batalha, Eli, cego e velho, havia ficado em Sil. Foi com inquietadores pressentimentos que ele aguardou o resultado do conflito, porquanto o seu corao estava tremendo pela arca de Deus. Tomando lugar fora da porta do tabernculo, assentava-se todos os dias ao lado do caminho, esperando ansiosamente a chegada de um mensageiro do campo de batalha.Finalmente, um benjamita do exrcito, com os vestidos rotos e com terra sobre a cabea, veio correndo pela subida que dava para a cidade. Passando descuidadamente pelo ancio, ao lado do caminho, arremessou-se cidade, e referiu s multides ansiosas as notcias da derrota e das perdas.O rudo de choro e lamentao chegou quele que ao lado do tabernculo vigiava. O mensageiro foi-lhe trazido. E o homem disse a Eli: Israel fugiu de diante dos filisteus, e houve tambm grande destroo entre o povo; e, demais disto, tambm teus dois filhos, Hofni e Finias, morreram. Eli pde suportar tudo isto, por terrvel que fosse, pois ele o esperava. Mas quando o mensageiro acrescentou: A arca de Deus tomada, uma expresso de indizvel angstia lhe passou pelo semblante. O pensamento de que seu pecado de tal maneira desonrara a Deus, e fizera com que Ele retirasse Sua presena de Israel, era mais do que podia suportar; deixaram-no suas foras, ele caiu, e quebrou-se-lhe o pescoo, e morreu.A mulher de Finias, apesar da impiedade de seu marido, temia ao Senhor. A morte de seu sogro e de seu esposo, e, acima de tudo, a terrvel notcia de que a arca de Deus fora tomada, causaram-lhe a morte. Compenetrou-se de que a ltima esperana de Israel havia desaparecido; e deu criana nascida nesta hora de adversidade o nome de Icabode, ou Inglrio, dizendo, chorosa, com sua respirao moribunda, as palavras: Foi-se a glria de Israel. Porquanto a arca de Deus foi levada presa. 1 Samuel 4:12, 11, 17-22.Mas o Senhor no havia rejeitado o Seu povo inteiramente, tampouco toleraria por muito tempo a exultao dos gentios. Usara os filisteus como instrumento para punir Israel, e empregou a arca para castigar os filisteus. Nos tempos passados a presena divina a acompanhara, a fim de ser ela a fora e glria de Seu povo obediente. Aquela Presena invisvel ainda a acompanharia para levar o terror e a destruio aos transgressores de Sua santa lei. O Senhor muitas vezes emprega Seus piores inimigos para punir a infidelidade de Seu povo professo. Os mpios podem triunfar por algum tempo, vendo Israel sofrer o castigo; mas vir o tempo em que eles tambm devero defrontar-se com a sentena de um Deus santo, que odeia o pecado. Onde quer que a iniqidade seja acalentada, seguir-se-o, rpidos e infalveis, os juzos de Deus.Os filisteus levaram a arca, triunfalmente, para Asdode, uma de suas cinco cidades principais, e a colocaram na casa de seu deus Dagom. Pensaram que o poder que at ali havia acompanhado a arca seria deles, e que este, unido com o poder de Dagom, torn-los-ia invencveis. Mas, ao entrar no templo no dia seguinte, viram um quadro que os encheu de consternao. Dagom tinha cado sobre seu rosto em terra, diante da arca de Jeov. Os sacerdotes reverentemente ergueram o dolo, e o repuseram em seu lugar. Mas, na manh seguinte, encontraram-no mutilado de maneira singular, jazendo de novo sobre a terra, diante da arca. A parte superior deste dolo era semelhante de um homem, e a inferior tinha a semelhana de peixe. Todas as partes que se assemelhavam forma humana tinham sido agora separadas, e apenas permanecia o corpo de peixe. Sacerdotes e povo ficaram tomados de terror; consideraram este misterioso acontecimento como um mau agouro, anunciando destruio para eles e seus dolos, diante do Deus dos hebreus. Mudaram ento a arca de seu templo, e a colocaram em um edifcio parte.Os habitantes de Asdode foram feridos de uma doena aflitiva e fatal. Lembrando-se das pragas que foram infligidas ao Egito pelo Deus de Israel, o povo atribuiu suas aflies presena da arca entre eles. Foi resolvido transport-la a Gate. Mas a praga seguiu de perto a sua mudana, e os homens daquela cidade a enviaram para Ecrom. Ali o povo a recebeu aterrorizado, exclamando: Transportaram para mim a arca do Deus de Israel, para me matarem, a mim e ao meu povo. Volveram aos seus deuses em busca de proteo, como o povo de Gate e Asdode haviam feito; porm a obra do destruidor continuou at que em sua angstia o clamor da cidade subia at o Cu. 1 Samuel 5:10, 12. Receando conservar por mais tempo a arca entre as casas dos homens, o povo em seguida colocou-a em pleno campo. Seguiu-se ento uma praga de ratos, que infestou a terra, destruindo os produtos do solo, tanto nos celeiros como no campo. Completa destruio, pela doena e pela fome, ameaava agora a nao.Durante sete meses, a arca permaneceu na Filstia, e durante este tempo os israelitas no fizeram esforos para a recuperarem. Mas estavam agora os filisteus to ansiosos para se livrarem de sua presena como haviam estado para a obterem. Em vez de ser uma fonte de fora para eles, foi um grande peso e grave maldio. Contudo no sabiam o que fazer; pois aonde quer que ela ia, seguiam-se os juzos de Deus. O povo chamou os prncipes da nao, juntamente com os sacerdotes e adivinhos, e ansiosamente indagou: Que faremos ns da arca do Senhor? Fazei-nos saber como a tornaremos a enviar ao seu lugar. Foram aconselhados a devolv-la com uma valiosa oferta para expiao da culpa. Ento, disseram os sacerdotes, sereis curados, e se vos far saber porque a Sua mo se no tira de vs.Para desviar ou remover uma praga, era antigamente costume entre os gentios fazer-se uma imagem de ouro, prata, ou outro material, daquilo que causava destruio, ou do objeto ou parte do corpo especialmente atacada. Isso era colocado sobre alguma coluna, ou em algum ponto bem visvel, e supunha-se ser uma proteo eficaz contra os males assim representados. Costume semelhante ainda existe entre alguns povos gentlicos. Quando uma pessoa que sofre de alguma doena vai ao templo de seu dolo em busca de cura, leva consigo uma figura da parte atacada, que apresenta como uma oferta ao seu deus.Foi de acordo com esta superstio dominante, que os principais dos filisteus recomendaram ao povo fazer representaes das pragas pelas quais tinham sido afligidos: cinco hemorridas de ouro e cinco ratos de ouro, segundo o nmero dos prncipes dos filisteus; porquanto, disseram eles, a praga uma mesma sobre todos vs e sobre todos os vossos prncipes. 1 Samuel 6:2-4.Aqueles magos reconheciam que um poder misterioso acompanhava a arca, poder este que eles no tinham sabedoria para enfrentar. Contudo no aconselhavam o povo a desviar-se de sua idolatria para servirem ao Senhor. Odiavam ainda ao Deus de Israel, embora compelidos pelos juzos esmagadores a submeter-se Sua autoridade. Assim os pecadores podem convencer-se pelos juzos de Deus de que intil contender contra Ele. Podem ser obrigados a sujeitar-se ao Seu poder, enquanto no corao se rebelam contra o Seu domnio. Tal submisso no pode salvar o pecador. O corao deve render-se a Deus deve ser subjugado pela graa divina antes que o arrependimento do homem possa ser aceito.Quo grande a longanimidade de Deus para com os mpios! Os filisteus idlatras e o relapso Israel haviam semelhantemente desfrutado dos dons de Sua providncia. Dez milhares de bnos, sem que fossem notadas, estiveram a cair silenciosamente no caminho de homens ingratos e rebeldes. Cada bno lhes falava do Doador, mas eles eram indiferentes ao Seu amor. A pacincia de Deus era muito grande para com os filhos dos homens; mas, quando persistiam contumazes em sua impenitncia, Ele removia deles Sua mo protetora. Recusaram-se a escutar a voz de Deus nas obras criadas, e nas advertncias, conselhos e reprovaes de Sua Palavra; e assim Ele foi obrigado a falar-lhes por meio de juzos.Alguns houve entre os filisteus que estavam prontos a opor-se volta da arca sua prpria terra. Tal reconhecimento do poder do Deus de Israel seria humilhante ao orgulho da Filstia. Mas os sacerdotes e os adivinhadores (1 Samuel 6:2) aconselharam o povo a no imitar a teimosia de Fara e dos egpcios, e assim trazer sobre si ainda maiores aflies. Propuseram ento um plano que ganhou o assentimento de todos, e imediatamente foi posto em execuo. A arca, juntamente com a oferta feita de ouro, para a expiao da culpa, foi posta em um carro novo, prevenindo assim todo o perigo de contaminao; a este carro foram ligadas duas vacas sobre cujo pescoo nunca havia sido posto jugo. Seus bezerros foram presos em casa, e as vacas foram deixadas livres para irem onde quisessem. Se a arca fosse assim devolvida aos israelitas pelo caminho de Bete-Semes, a cidade mais prxima dos levitas, os filisteus aceitariam isto como prova de que o Deus de Israel lhes fizera aquele grande mal; e, se no, disseram eles, saberemos que no nos tocou a Sua mo, e que isto nos sucedeu por acaso.Sendo deixadas vontade, as vacas afastaram-se de seus bezerros, e, mugindo enquanto iam, tomaram a estrada direta para Bete-Semes. Sem serem guiados por mo humana, os pacientes animais se conservaram a caminho. A presena divina acompanhou a arca, e ela passou em segurana exatamente para o lugar designado.Era ento o tempo da ceifa do trigo, e os homens de Bete-Semes estavam a fazer a colheita no vale. E, levantando os seus olhos, viram a arca, e vendo-a, se alegraram. E o carro veio ao campo de Josu, o bete-semita, e parou ali; e ali estava uma grande pedra; e fenderam a madeira do carro, e ofereceram as vacas ao Senhor em holocausto. Os prncipes dos filisteus, que haviam acompanhado a arca at o termo de Bete-Semes (1 Samuel 6:9, 13, 14, 12), e foram testemunhas da recepo mesma, voltaram ento a Ecrom. A praga cessou, e ficaram convencidos de que suas calamidades foram um juzo do Deus de Israel.Os homens de Bete-Semes rapidamente espalharam a notcia de que a arca estava em seu poder, e o povo do territrio circunvizinho reuniu-se para festejar a sua volta. A arca fora posta sobre a pedra que a princpio servira de altar, e diante dela sacrifcios adicionais foram oferecidos ao Senhor. Houvessem os adoradores se arrependido de seus pecados, e a bno de Deus os teria acompanhado. Mas no estavam a obedecer fielmente Sua lei; e, ao mesmo tempo que se regozijavam com a volta da arca como um precursor do bem, no tinham uma intuio verdadeira de sua santidade. Em vez de prepararem um local conveniente para sua recepo, permitiram que ela ficasse no campo da ceifa. Como continuassem a olhar para o receptculo sagrado, e falar acerca da maneira maravilhosa por que havia sido recuperado, comearam a conjeturar sobre onde jazia o seu poder peculiar. Finalmente, vencidos pela curiosidade, removeram a cobertura, e arriscaram-se a abri-la.Todo o Israel havia sido ensinado a olhar para a arca com temor e reverncia. Quando se exigia mud-la de um lugar para outro, os levitas nem sequer deveriam olhar para ela. Apenas uma vez ao ano permitia-se ao sumo sacerdote ver a arca de Deus. Mesmo os filisteus gentios no haviam ousado remover a sua cobertura. Anjos do Cu, invisveis, sempre a acompanhavam em todas as suas viagens. A irreverente ousadia do povo de Bete-Semes foi prontamente punida. Muitos foram feridos de morte instantnea.Os sobreviventes no foram levados por este juzo a arrepender-se de seu pecado, mas apenas a olhar para a arca com um temor supersticioso. Ansiosos por se livrarem de sua presena, e no ousando contudo afast-la, os bete-semitas enviaram uma mensagem aos habitantes de Quiriate-Jearim, convidando-os a lev-la. Com grande alegria os homens deste lugar receberam o sagrado receptculo. Sabiam que ele era o penhor do favor divino aos obedientes e fiis. Com solene alegria levaram-na sua cidade, e a colocaram na casa de Abinadabe, levita. Este homem designou seu filho Eleazar para cuidar da mesma, e ela ali ficou durante muitos anos.Durante os anos que se passaram desde que o Senhor Se manifestara pela primeira vez ao filho de Ana, viera a vocao de Samuel ao ofcio proftico a ser reconhecida por toda a nao. Transmitindo fielmente a advertncia divina casa de Eli, por penoso e probante que tivesse sido este dever, Samuel dera prova de sua fidelidade como mensageiro de Jeov; e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra. E todo o Israel, desde D at Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado por profeta do Senhor.Os israelitas, como uma nao, continuavam ainda em estado de irreligio e idolatria, e como castigo permaneceram sujeitos aos filisteus. Durante este tempo Samuel visitou as cidades e aldeias por todo o pas, procurando volver o corao do povo ao Deus de seus pais; e seus esforos no ficaram sem bons resultados. Depois de sofrerem a opresso de seus inimigos durante vinte anos, os israelitas lamentavam aps o Senhor. Aconselhou-os Samuel: Se com todo o vosso corao vos converterdes ao Senhor, tirai dentre vs os deuses estranhos e os astarotes, e preparai o vosso corao ao Senhor, e servi a Ele s (1 Samuel 7:3); aqui vemos que a piedade prtica, a religio do corao, era ensinada nos dias de Samuel como o foi por Cristo quando Ele esteve na Terra. Sem a graa de Cristo, as formas exteriores da religio eram destitudas de valor para o antigo Israel. Elas so o mesmo para o Israel moderno.H hoje necessidade de um tal reavivamento da verdadeira religio do corao como o que foi experimentado pelo antigo Israel. O arrependimento o primeiro passo que deve ser dado por todos os que desejam voltar a Deus. Ningum pode efetuar isto por outrem. Devemos individualmente humilhar nossa alma perante Deus, e lanar fora nossos dolos. Quando houvermos feito tudo o que pudermos, o Senhor nos manifestar a Sua salvao.Com a cooperao dos cabeas das tribos, reuniu-se uma grande assemblia em Mispa. Ali teve lugar um jejum solene. Com profunda humilhao o povo confessou os seus pecados; e, como prova de sua resoluo de obedecer s instrues que tinham ouvido, investiram a Samuel com a autoridade de juiz.Os filisteus interpretaram essa reunio como um conselho de guerra, e com uma grande fora saram para dispersar os israelitas, antes que chegassem seus planos maturidade. A notcia de sua aproximao causou grande terror em Israel. O povo rogou a Samuel: No cesses de clamar ao Senhor nosso Deus por ns, para que nos livre da mo dos filisteus. 1 Samuel 7:2, 3, 8.Quando Samuel estava no ato de apresentar um cordeiro como holocausto, os filisteus se aproximaram para a batalha. Ento o Ser poderoso que descera sobre o Sinai por entre fogo, fumo e troves; que dividira o Mar Vermelho, e abrira caminho atravs do Jordo para os filhos de Israel, manifestou novamente o Seu poder. Uma terrvel tempestade irrompeu sobre a hoste que avanava, e a terra ficou juncada dos cadveres dos grandes guerreiros.Os israelitas tinham ficado em silencioso pavor, a tremer, com esperana e medo. Quando viram a matana de seus inimigos, souberam que Deus havia aceito o seu arrependimento. Embora no estivessem preparados para a batalha, tomaram as armas dos filisteus mortos e perseguiram o exrcito fugitivo a Bete-Car. Esta assinalada vitria foi ganha no mesmo campo em que, vinte anos antes, Israel fora ferido diante dos filisteus, tendo sido mortos os sacerdotes, e tomada a arca de Deus. Para as naes bem como para os indivduos, o caminho da obedincia a Deus o caminho da segurana e da felicidade, enquanto o da transgresso apenas leva ao revs e derrota. Os filisteus foram agora subjugados de maneira to completa que entregaram as fortalezas que haviam tomado a Israel, e abstiveram-se de atos de hostilidade por muitos anos. Outras naes seguiram este exemplo, e os israelitas desfrutaram paz at o fim da administrao unipessoal de Samuel.A fim de que essa ocasio no fosse jamais esquecida, Samuel ergueu, entre Mispa e Sem, uma grande pedra como memorial. Chamou o seu nome Ebenzer, a pedra da ajuda, dizendo ao povo: At aqui nos ajudou o Senhor. 1 Samuel 7:12.