Upload
vuongdien
View
215
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
A Arte de Pregar
- 2 -
Índice
A HOMILÉTICA ....................................................................... 3
O PREGADOR – VOCAÇÃO .................................................. 9
O TEXTO BÁSICO DO SERMÃO......................................... 21
COMO ESTUDAR O TEXTO BÍBLICO ............................... 26
A ESTRUTURA DO SERMÃO - SUA IMPORTÂNCIA ...... 30
O CORPO DO SERMÃO ...................................................... 37
TIPOS DE SERMÕES ............................................................. 42
A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO ........................................ 61
EXEMPLOS DE SERMÃO..................................................... 68
A Arte de Pregar
- 3 -
A Homilética
Durante o Iluminismo, entre os séculos XVII e
XVIII, quando as principais doutrinas teológicas receberam
nomes gregos, como, por exemplo, dogmática, apologética e
hermenêutica, surgiu o termo Homilética.
O termo vem do grego (homiletike) que quer dizer
“ensino em tom familiar”, vindo então a palavra Homilia, do
verbo homileo, a pregação cristã, nos lares em forma de
conversa.
Entende-se por pregação o ato de pregar a palavra
de Deus e por pregador como aquele que prega. Pregador vem
do latim, “prae” e “dicare”: anunciar, publicar. A palavra grega
correspondente a pregador é “Keryx”, arauto, isto é, aquele que
A Arte de Pregar
- 4 -
tem uma mensagem (Kerygma) do reino de Deus, uma boa
notícia, uma boa-nova (“evangelion”– evangelho).
O pregador do evangelho precisa saber comunicar a
Palavra de Deus com eficiência e de maneira clara. Surge então,
a necessidade da homilética.
Homilética é a arte de pregar. Não deve ser algo
aprendido somente por pastores. Existe uma grande necessidade
do membro ter conhecimento desta arte já que é possível também
àqueles que não tiveram a oportunidade de estudar numa
instituição teológica. Todos aqueles que pregam a Palavra de
Deus tem condições de melhorar ainda mais suas mensagens.
Homilética é a Ciência e a Técnica de comunicar ou
expor a mensagem bíblica. HOMILIA também poder se definir
como persuasão, falar, etc. Assim sendo, muitos definem a
Homilética como "A arte de Pregar".
PORQUE O USO DA HOMILÉTICA
A homilética ajuda na confecção de sermões para
uma pregação mais eficiente. Isto porque beneficia o pregador,
tornando mais fácil a pregação do sermão e porque beneficia os
ouvintes, pois um sermão bem preparado é melhor
compreendido.
Muitos sermões falham por ser absolutamente sem
ordem. As idéias são confusas e a pregação perde o sentido, por
completo.
Apesar de muito importante, a homilética não é
substituta da vida espiritual, nem pode, em tempo algum, ser
considerada como substituta do Espírito Santo.
A Arte de Pregar
- 5 -
Ela também não é uma garantia de ministério
eficiente. Se o grande pregador, por maior e mais renomado que
seja não se dedicar ao jejum e à oração, certamente a sua
pregação deixará a desejar.
A homilética é sempre um auxilio no estudo e análise
do texto, na exposição de idéias. É uma compreensão de que um
sermão tem tudo a ver com o pregador. Já dizia um certo pastor:
“O pregador é o sermão”.
Deus colocou no mundo recursos que podemos
aproveitar. A ciência da comunicação verbal é uma delas.
Juntos com a homilética estão os termos eloqüência,
oratória e retórica:
Eloqüência – é o dom natural de falar bem, de modo
ordenado e fluente. A eloqüência pode ser desenvolvida através
da oratória.
Oratória – é o falar em público de maneira elegante
e atrativa, com precisão. Muitos homens de Deus são profundos
conhecedores das Escrituras, grandes estudiosos e pesquisadores
das Escrituras, dos mapas, das dispensações, além do que,
homens de oração, mas, quando tentam expressar o seu
conhecimento, falham na oratória.
Retórica – são as regras que desenvolvem e
aperfeiçoam o talento natural da palavra, desenvolvendo de
maneira organizada, lógica e espontânea.
A PREGAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA
A Arte de Pregar
- 6 -
A pregação na igreja primitiva era bem diferente da
dos dias de hoje, pois os tempos eram outros. O estilo de
pregação era explicativo ou descritivo, visto que aos novos
convertidos era necessário explicar o Antigo Testamento, as
profecias cumpridas em Jesus e os milagres de seu ministério.
Também eram feitas em estilo narrativo, quando se queriam
passar as palavras de Jesus aos novos convertidos.
A grande perseguição por Roma também fazia com
que a igreja se escondesse em casas e cavernas para cultuar a
Deus e ouvir os ensinamentos de Jesus. Isso demonstra que as
pregações eram menos eloqüentes que nos nossos dias, pois
ninguém poderia pregar em um tom de voz elevado.
ARTE DA EXPRESSÃO, RACIOCÍNIO E VIDA
EXPIRITUAL
Existem muitas definições a cerca da pregação.
Brook declarou que a pregação "É a comunicação da
verdade por um homem a outros homens.".
Já Pattison disse que "É a comunicação verbal da
verdade divina com o propósito de persuadir."
Uma boa mensagem é objetiva desde o começo até
o fim, ou seja, um bom sermão obedece a um tema desde a
introdução até a conclusão.
Uma das partes principais para o sucesso na
pregação é o jejum, a oração, a santificação e o estudo constante
da Palavra. Porém a boa comunicação é essencial, logo, todo
pregador deve persistir em sempre estar se aperfeiçoando,
melhorando a sua capacidade em transmitir a Palavra.
A Arte de Pregar
- 7 -
Você já deve ter visto muitos pregadores subindo no
púlpito com um pedaço de papel com suas anotações para serem
lembradas no momento certo. Neste papel constam todas as
divisões do sermão, ao qual chamamos de esboço.
Quanto ao raciocínio, isto é essencial ao pregador,
pois a Bíblia nos diz:
“Persiste em ler, exortar e ensinar...” (1 Timóteo 4.13)
O pregador não deve apenas viver de sua memória
ou de suas emoções. A pregação é algo muito sério, pois está
intimamente ligada aos pensamentos de Deus aos homens.
Quando os pregadores pregam pelos sentimentos do coração,
correm o risco de falarem aquilo que Deus não está falando e,
assim, pecam contra Deus, pois pregam em nome de Deus.
Querido aluno do C_BET, a pregação é algo muito
mais sério do que muitos pensam. Quando alguém está pregando
ele não está apenas falando a homens, mas está sendo o
representante de Deus aqui na terra. O peso da responsabilidade
é por demais de grande.
Imagine que em uma reunião estão centenas de
pessoas que vieram para ouvir Deus falar através de você.
O CONHECIMENTO
“Adquire a sabedoria, adquire a inteligência e não te
esqueças nem te apartes das palavras da minha boca.
Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a,
e ela te conservará. A sabedoria é a coisa principal;
adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis,
adquire o conhecimento.” (Provérbios 4.5-7)
A Arte de Pregar
- 8 -
Alguns pregadores acreditam que se buscarem
conhecimento de fatos, história, geografia, costumes da época,
que ao aperfeiçoarem o seu português, que ao buscarem
respostas em um dicionário bíblico, que ao lerem um livro de
biografias, arqueologia, manuais de doutrina, estão deixando de
serem espirituais. Isto é um grande erro. Veja que até mesmo
Jesus pregou sobre coisas peculiares da época e de conhecimento
humano.
A Arte de Pregar
- 9 -
O Pregador – Vocação
A pregação também está ligada aos dons espirituais
(Rm 12.6-8, 1 Co 12.4-7, Ef 4.11-13), nos quais podemos
destacar o de profetizar (1 Co 14.3), ligando diretamente ao
Ministério da Palavra.
Jesus falou por parábolas (Mt 13.34), explicou as
Escrituras (Lc 4.16-21), repreendeu o pecado (Jo 8.43-47),
transformou a palavra em ação, com poder (Mc 2.9-12),
profetizou sobre si mesmo (Jo 2.19) e profetizou sobre o fim dos
tempos (Mt 24.4-13). Ele é o maior exemplo do bom pregador.
As Escrituras Sagradas afirmam que cada cristão
deve ser um pregador, pois o anúncio do Evangelho é missão de
todos que se comprometem com Jesus Cristo (Mt 28.18-20, Mc
16.15).
A Arte de Pregar
- 10 -
O pregador é acima de tudo uma testemunha (At
1.8). Antes de sair para pregar a outros é necessário poder dizer
como o apóstolo Paulo: Eu sei em quem tenho crido, e estou
certo de que ele é poderoso ... (2 Tm 1.12).
O pregador deve ser uma testemunha da Palavra e da
conduta:
1. da Palavra - a Bíblia, como único livro de regra de fé e prática
daquele que tenciona pregar a Palavra de Deus, deve ser vivida
pelo pregador
2. da conduta – O mundo precisa ver que nascemos de novo, que
houve mudanças reais após o nosso encontro pessoal com Cristo
(1 Co 6.9-11, 2 Co 5.17).
A pregação (ou proclamação do evangelho), é trazer
as Boas Novas da Salvação; apresentar aos ouvintes Jesus Cristo,
seus ensinamentos e seu propósito.
Para isso, é preciso que o mensageiro tenha uma
identificação completa com Cristo. Conhecer a Cristo de forma
especial é além de ser convertido: é ter certeza de uma chamada
(missão) específica para o Ministério da Palavra.
Na pregação existe uma tríplice ligação: o pregador,
o ouvinte e Deus.
O pregador dirigi-se a Deus e lhe pede uma
mensagem. Deus dá a mensagem e ele a transmite ao ouvinte.
Esta mensagem leva o ouvinte até Deus.
A Arte de Pregar
- 11 -
CARACTERÍSTICAS DE UM PREGADOR
Vamos ver as características de um pregador sob
pontos de vistas diferentes:
Sob o ponto de vista espiritual, o pregador precisa ter
um chamado para obra (Mt 28.19). Precisa conhecer a Deus
(Atos 4.13) e ter uma mensagem de vida (Atos 5.20). É
indispensável ter unção de Deus (2 Reis 2.9) e autoridade
espiritual (ousadia) (Mc 1.21).
Sob o ponto de vista teórico, o pregador precisa ter o
dom da palavra (Rm 12.6-8), mas também precisa ter
conhecimento da palavra (2 Tm 2.15), saber manejá-la (2 Tm
2.15) e guardá-la no coração (Sl 119). O pregador precisa ser um
instrumento na mão de Deus (2 Tm 2.15)
“De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de
Deus.” (Romanos 10.17 )- Versão Corrigida).
“E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela
palavra de Cristo.” (Romanos 10.17 - Versão
Atualizada).
A palavra de Deus afirma que a fé vem pela pregação
da palavra e a pregação pela palavra de Cristo. Entretanto, alguns
fatos sempre trazem algumas dificuldades na proclamação da
palavra:
a. falta de preparo adequado do pregador
A Arte de Pregar
- 12 -
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro
que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a
palavra da verdade.” (2 Timóteo 2:15)
“instruidor dos néscios, mestre de crianças, que tens a
forma da ciência pe da verdade na lei; tu, pois, que
ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que
pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que
não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os
ídolos, cometes sacrilégio? Tu, que te glorias na lei,
desonras a Deus pela transgressão da lei? Porque, como
está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os
gentios por causa de vós.” (Romanos 2.20-24)
b. falta de intimidade no sermão
“Aplica à disciplina o teu coração e os teus ouvidos, às
palavras do conhecimento.” (Provérbios 23:12)
“pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo,
redarguas, repreendas, exortes, com toda a
longanimidade e doutrina.” (2 Timóteo 4.2)
c. falta de vivência real do pregador na fé cristã
“... sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na
caridade, no espírito, na fé, na pureza. Persiste em ler,
exortar e ensinar...” (1 Timóteo 4.12 e 13).
“Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido
de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro,
apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador,
não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não
contencioso, não avarento; que governe bem a sua
própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a
A Arte de Pregar
- 13 -
modéstia (porque, se alguém não sabe governar a sua
própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?); não
neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na
condenação do diabo. Convém, também, que tenha bom
testemunho dos que estão de fora, para que não caia em
afronta e no laço do diabo.” (1 Timóteo 3.2-7)
d. falta de aplicação prática às necessidades da
igreja
“Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu
coração sobre o gado.” (Provérbios 27:23)
e. falta de equilíbrio na seleção de textos bíblicos
“não ensinem outra doutrina, nem se dêem a fábulas dou
a genealogias intermináveis, que mais produzem
questões do que edificação de Deus, que consiste na fé.”
(1 Tm 1.3 e 4)
f. falta de um bom planejamento ministerial
“Inclina o teu ouvido, e ouve as palavras dos sábios, e
aplica o teu coração à minha ciência.” (Provérbios
22:17)
“Aplicai o vosso coração a todas as palavras que hoje
testifico entre vós, para que as recomendeis a vossos
filhos, para que tenham cuidado de cumprir todas as
palavras desta lei.” (Deuteronômio 32:46)
“Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o
primeiro dia, em que aplicaste o teu coração a
compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são
A Arte de Pregar
- 14 -
ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas
palavras.” (Daniel 10:12)
BONS HÁBITOS DO PREGADOR
A pregação não é apenas o sermão: é também o
pregador. Alguns maus hábitos podem comprometer o sermão.
O pregador deve tomar cuidado para evitar tais costumes e
maneirismo.
Uma coisa importante é a postura do pregador,
sempre ereta. Não se deve deitar sobre o púlpito.
O pregador também deve ter cuidado com a
aparência: O pregador se apresentando descabelado, com barba
por fazer, colarinho virado, sapatos enlameados é realmente
triste
Lembre-se que homilética é a arte de falar bem.
Pregação é comunicação oral. Conheça pelo menos o básico.
Cuidado com certas palavras: mucidade, cruis de Jesuis, dolze,
irrael, etc...
O pregador precisa aprender a ler: Pratique a
pontuação correta, dê entonação, viva os diálogos do texto.
Outra coisa importante ao pregador é ele usar seu
estilo próprio: seja você mesmo. Aprenda com outros
pregadores, porém não os copie. Veja bem: uniforme de Saul não
coube em Davi.
Quando o pregador estiver falando, deve falar às
pessoas, olhando para elas. Paredes, bancos, teto e chão não se
A Arte de Pregar
- 15 -
convertem nem aprendem. Lembre-se também que você não está
pregando para uma única pessoa, mas sim para uma platéia.
Fale com o corpo, expresse o que você diz. Se
preciso, use ambas as mãos. Porém, não fique balançando o
corpo e evite o dedo indicador apontando para o ouvinte.
Uma das coisas que o pregador deve evitar são os
vícios de linguagem: "né", "intão", "aí", etc
PRECIOSOS PERTINENTES A PREGADORES
1. Descanse bem todas as noites e barbeie-se todas as manhãs.
2. Crie um coração puro e renove o colarinho limpo.
3. Em sua vida brilhe a luz do evangelho e em seus pés sempre
brilhe os sapatos.
4. Não deixe passar as oportunidades, mas mande passar seu
terno.
5. O mar Cáspio fica bem entre a Europa e Ásia, mas a caspa
fica não fica bem na gola do seu paletó.
6. Seja pobre de espírito, mas não de vocabulário.
7. Procure a casa dos homens para que os homens procurem a
casa de Deus.
8. Contente-se com o que tem, mas não com o que é.
A Arte de Pregar
- 16 -
9. Perdoe as dívidas dos seus devedores, mas não se endivide
e ganhe os seus credores.
10. Unhas esmaltadas devem ser criticadas, mas sujas são
sempre apontadas.
11. Ir à frente é melhor do que empurrar para frente.
12. A consistência é mais forte do que a eloqüência.
13. Busque a Deus antes, para estar vivo diante dos homens.
NOTA: Os primeiros sete preceitos foram traduzidos e
adaptados pelo Pr. Alberto Blanco de Oliveira da publicação
"word and way", de Missouri, EUA. Os demais são de sua
autoria, publicado em "O jornal de oração" de março de 1881.
ÉTICA NO PÚLPITO
Existe um velho ditado que diz: “A primeira
impressão é a que fica”.
Muitos pregadores e obreiros se tornam
desqualificados diante do rebanho, ou quando pregam, ou antes
mesmo de pregarem. Seu omportamento, imagem e exemplo é
atributo influente na transmissão da mensagem como um todo.
Quando o ouvinte já rejeita o pregador por uma
atitude errada que ele cometeu antes de pregar, maior será sua
resistência ao conteúdo da mensagem.
Uma forma correta de se apresentar, aos homens, é o
uso do “terno e gravata”, que são adequados a quase todos os
A Arte de Pregar
- 17 -
locais e ocasiões. Devemos estar de acordo com o local e a
ocasião, desde que estes não fujam dos padrões bíblicos de
conduta moral.
Veja alguns aspectos errados que devem ser
considerados pelo pregador:
• Fazer uma Segunda e auto-apresentação;
• Manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo;
• Molhar o dedo na língua para virar as páginas da bíblia;
• Limpar as narinas,
• cocar-se,
• exibir lenços sujos,
• arrumar o cabelo ou a roupa;
• Usar roupas extravagantes;
• Fazer gestos impróprios;.
• Não fazer a leitura do texto (Ética e espiritualmente, a leitura
deve ser em pé)
Quando convidado para pregar em outras igrejas, o
pregador deve considerar as normas doutrinárias, litúrgicas e
teológicas da igreja em questão. Caso elas entrem em conflito
com aquilo que o pregador crê e ensina, melhor é negar ao
convite do que ficar omitindo a verdade de Deus ou entrando em
conflito com a igreja que lhe convidou.
Alguns fatos devem ser observados:
1 – Evite abordar questões teológicas muito complexas;
2 – Não peça que a congregação faça algo que não esteja de
acordo com os preceitos;
3 – Procure estar dentro dos padrões da denominação;
4 – Procure dar conotações evangelísticas a mensagem;
5 – Respeite o horário (mesmo que seja pouco tempo);
A Arte de Pregar
- 18 -
6 – Converse sempre com o Pastor antes do início do culto.
Obs.: Caso o pregador acreditar ter recebido uma
mensagem de Deus para aquela igreja, o nosso conselho é que:
a. ou entregue ao Pastor a mensagem, pois cabe a ele doutrinar
ou mudar a igreja (ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o
Filho de Deus – Ap 2.18)
b. ou aceite o convite, se limitando a fazer apenas o que Deus
mandou fazer.
Um famoso pregador alemão chamado Helmut
Thielicke disse:
"Onde quer que encontremos, hoje em dia, uma
congregação cheia de vida, encontraremos no centro uma
pregação cheia de vida".
Com isto podemos entender que a pregação é a
principal tarefa do pastor.
O CULTIVO FÍSICO DO PREGADOR
“Levantai-vos e andai, porque não será aqui o vosso
descanso...” (Miquéias 2.10)
Será que o pregador tem direito de descansar? Se não
tem, porque Jesus descansou?
Vamos ler novamente o versículo:
A Arte de Pregar
- 19 -
“Levantai-vos e andai, porque não será aqui o vosso
descanso; por causa da corrupção que destrói, sim, que
destrói grandemente.”
Quando Deus usou o profeta Miquéias para falar, ele
estava dizendo que a corrupção de Israel era tanta que ali naquela
terra (que Deus lhes deu para descanso), não haveria mais
descanso. E Deus cumpriu a sua palavra, levando todos como
cativos em Babilônia.
Deus se preocupa com a nossa boa alimentação:
“E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que,
então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come. E
olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido
sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu,
e tornou a deitar-se. E o anjo do SENHOR tornou
segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come,
porque mui comprido te será o caminho. Levantou-se,
pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida,
caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o
monte de Deus.” (1 Rs 19.5-8)
Deus se preocupa com a nossa saúde:
“Eis que eu farei vir sobre ela saúde e cura, e os sararei,
e lhes manifestarei abundância de paz e de verdade.”
(Jeremias 33.6)
“E Jesus lhe disse: Eu irei e lhe darei saúde” (Mateus
8.7)
Deus se preocupa com o nosso bem estar:
A Arte de Pregar
- 20 -
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina” (1 Timóteo
4.16)
A Arte de Pregar
- 21 -
O Texto Básico do Sermão
A Bíblia é o Manual do Pregador. O pregador deve
amar a Palavra de Deus e saber que ela é a verdadeira espada do
Espírito.
“Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em
todo o dia!” (Salmos 119.97)
“Tomai também o capacete da salvação e a espada do
Espírito, que é a palavra de Deus” (Efésios 6.17)
Foi usando a Palavra que Jesus venceu o tentador
(Mt 4.1-11). É a Palavra de Deus que garante a prosperidade em
todas as coisas (Sl 1.2,3).
Muitas pessoas dizem ter dificuldades em ler a
Bíblia. Recomendamos algumas dicas para conseguir ter vitória
nesta área:
A Arte de Pregar
- 22 -
Leia sempre alguma coisa todos os dias. Assim você
vai estar se exercitando à prática da leitura e em breve estará
sendo um leitor assíduo da Palavra de Deus.
É muito importante ter um plano de leitura. Leia de
maneira ordenada. Muitos gostam de tirar apenas um versículo
de manhã para a sua vida. O importante é ter uma leitura
completa de cada livro, para poder entender o que Deus está
realmente falando.
Consideramos muito importante marcar os
versículos bíblicos para poder localizá-los quando necessário.
Alguns condenam esta prática. Nós respeitamos.
Procure memorizar pelo menos um versículo daquilo
que leu. Em breve terá um grande número de versículos
memorizados.
Ore sempre. A oração é a chave da vitória.
O texto bíblico é a passagem bíblica que serve de
base para o sermão.
Esse texto deverá fornecer a idéia ou verdade central
do sermão. Nunca se deve tomar um texto somente por pretexto,
e logo se esquecer dele.
O por que do uso de um texto bíblico:
1 - O texto dá ao sermão a autoridade da palavra de Deus.
2 - O texto constitui a base e alma do sermão;
3 - Através da pregação por texto o pregador ensina a palavra de
Deus;
A Arte de Pregar
- 23 -
4 - O uso do texto ajuda os ouvintes a reter a idéia principal do
sermão;
5 - O texto limita e unifica o sermão;
6 - Permite uma maior variedade nas mensagens;
7 - O texto é um meio para a atuação do Espírito Santo.
A ESCOLHA DOS TEXTOS BÍBLICOS
O assunto do sermão deverá ser baseado em um texto
bíblico. O texto é a passagem bíblica que serve de base para o
sermão. O uso do texto bíblico está de acordo com a natureza da
pregação: ensinar a palavra. A Bíblia ensina que a fé vem pelo
ouvir a palavra.
Quando o pregador fala da Bíblia, ele tem autoridade
emanada dela. O texto bíblico valoriza o pregador, mostrando
que ele é conhecedor da Bíblia.
Outra vantagem do uso das sagradas letras é que elas
são um estoque inesgotável de assuntos.
A Bíblia auxilia na determinação da estrutura do
sermão e leva o povo a crescer no conhecimento da Palavra.
Existem algumas regras a serem observadas na
escolha do texto bíblico a ser pregado:
Uma delas é evitar o uso de texto de interpretação
duvidosa, textos que não temos certeza do que ele realmente está
falando. Escolha um texto que tenha falado ao coração do
pregador.
A Arte de Pregar
- 24 -
Cuidado com textos obscuros ou controvertidos (Por
exemplo: Rm 7.10-11, I Pe 3.18-20). Devemos escolher textos
claros sobre os quais temos certeza que poderemos falar.
Se usar texto obscuro e controvertido, estude-o
muito e fale claramente. Explique e aplique. Sua função é
esclarecer e não obscurecer. Devemos ter em mente as
necessidades dos ouvintes.
Devemos tomar cuidado com textos repugnantes
como Jz 3.24 (versão atualizada). Outro cuidado deve ser com
textos cuja tradução seja disputada: Jo 5.39, no caso de usar o
verbo no imperativo.
A INTERPRETAÇÃO DOS TEXTOS BÍBLICOS
Existem certas regras básicas para a interpretação de
um texto como, por exemplo, interpretar de maneira fiel e correta
o texto. Muitos pregadores têm o costume de forçar o texto
bíblico a dizer aquilo que Deus não está querendo dizer, para
achar um pretexto para as suas teses ou os seus pensamentos.
É importante que o pregador analise o contexto e
explique as Escrituras pelas Escrituras. O fiel pregador não usa
textos isolados para se justificar. Por exemplo:
justificar o adultério:
“o caminho da águia no céu, o caminho da cobra na
penha, o caminho do navio no meio do mar e o caminho
do homem com uma virgem.” (Provérbios 30:19)
“Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias de
vida da tua vaidade” (Eclesiastes 9.9)
A Arte de Pregar
- 25 -
Justificar o vício do álcool ou fumo:
“o que contamina o homem não é o que entra na boca,
mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem”
(Mateus 15:11)
A Arte de Pregar
- 26 -
Como Estudar o Texto Bíblico
Algumas perguntas são muito importantes para se
entender um texto bíblico. Sempre queria saber POR QUEM,
QUANDO, A QUEM, PORQUÊ, ONDE E COMO foi escrito o
texto.
Depois procure entender o que Deus quis falar na
época e o que Deus quer falar nos dias atuais.
O QUE FALAR QUANDO CONVIDADO PARA PREGAR
EM CONGRESSOS E CONFRATERNIZAÇÕES
A Arte de Pregar
- 27 -
Neste caso os assuntos são apresentados pelos
organizadores do evento. Para o pregador, o desafio está em
desenvolvê-lo. Tenha intimidade com Deus para transmitir
exatamente o que Ele quer falar.
Embora exista um tema, normalmente, este é geral,
podendo o pregador ser mais específico.
Exemplo:
TEMA DO CONGRESSO:
“A videira verdadeira” João 15: 1 a 8
Você pode falar sobre:
• “Como o cristão pode ser uma vida frutífera”,
• “Por que o cristão deve ser uma vida
frutífera”
• “Os frutos da videira na vida do cristão”
Poderá pregar utilizando outros textos ou, até
mesmo, inserindo um sub-tema.
EM DATAS COMEMORATIVAS / CULTOS ESPECIAIS
Situações onde o assunto é uma explicação do
momento. São cultos realizados em virtude de acontecimentos
específicos na igreja local.
Dentre os cultos especiais podemos destacar:
• Casamento
A Arte de Pregar
- 28 -
• Natal
• Aniversários
• Dízimos
• Batismo
• Consagração
• Aniversário da Igreja
• Posse
• Cultos dos departamentos (Juventude, irmãs, crianças, etc.)
• Nascimento e apresentação de bebês
• Funeral
• Doutrinário
• Evangelístico
É muito importante que os pregadores conheçam e
dominem os textos bíblicos destes temas para explorar estes
assuntos mais facilmente.
O pregador deve procurar harmonizar o assunto do
sermão com um texto da palavra de Deus.
O QUE É TEMA
Se nós escolhermos um texto bíblico para pregar
como, por exemplo, Jo 14.1, leremos isso:
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede
também em mim.”
Qual seria o nome desta pregação? Talvez seria “A
Confiança em Deus”. Isto é o tema. Tema é o assunto principal
do sermão, a verdade e idéia central dele.
Há diferença entre assunto e tema e nós não devemos
confundi-los. Assunto é o objetivo que você deseja alcançar por
A Arte de Pregar
- 29 -
inspiração de Deus. Tema é como você vai dizer para o público
qual é o seu objetivo.
O tema do sermão contém a idéia principal e o
objetivo da mensagem. Deve ser estimulante e despertar o
interesse, a curiosidade e a atenção do ouvinte. Deve ser claro,
simples e preciso bem como, oportuno e obedecer ao texto.
TIPOS DE TEMAS:
• Interrogativo: Uma pergunta, que deve ser respondida no
sermão.
Ex.: Onde estás? Que farei de Jesus? Tenho uma
arma, o que fazer com ela?
• Lógico: Explicativo.
Ex.: O que o homem semear, ceifará; Quem
encontra Jesus volta por outro caminho.
• Imperativos: Mandamento, uma ordem; Caracteriza-se pelo
verbo no modo imperativo.
Ex.: Enchei-vos do espírito; Não seja incrédulo;
Não adores a um Deus morto.
• Enfáticos; Realçar um aspecto específico;
Ex.: Só Jesus salva; Dois tipos de cristãos;
• Geral: Abrangente, aborda um assunto de forma geral sem
especificá-lo. Ex.: Amor; fé, esperança
A Arte de Pregar
- 30 -
A Estrutura do Sermão - Sua
Importância
Tudo que é feito de maneira desestruturada não tem
bom resultados. Você já pensou começar uma casa construindo
o teto? Ou colocar as torneiras para depois pensar nos
encanamentos. Imagine que você construiu uma casa e lhe deu
um fino acabamento, com materiais de primeira qualidade, desde
portas azulejos, torneiras e interruptores. Quando o mestre de
obras estiver quase terminando, ele lhe diz: “Agora só falta por
os canos de água e de fiação elétrica”.
O preparo do sermão de maneira estruturada é muito
bom para o pregador, pois dessa maneira o pregador coloca todos
os pensamentos nos devidos lugares. A falta de estrutura na
mensagem pode, muitas vezes, levar à digressão (rodeios,
desculpas, escapatórias), a repetição e à falta de clareza.
A Arte de Pregar
- 31 -
Uma boa estrutura também ajuda os ouvintes a
compreenderem melhor o que foi dito. Você já deve ter ouvido
esta pergunta: “o que foi mesmo que o pastor pregou?”
A aceitação da palavra pregada é muito mais
convincente e a retenção das palavras no seu coração é maior,
pois é mais fácil de se lembrar.
A mensagem bem estruturada precisa ter:
a) Unidade: Um bom sermão deve ter apenas um
tema. Deve se pregar uma só mensagem de cada vez, que tenha
começo, meio e fim.
b) Ordem: As idéias devem ter uma seqüência
c) Equilíbrio: Deve haver proporção entre as partes.
Se algumas partes da mensagem forem muito extensas, será
comum não ter tempo para concluir.
INTRODUÇÃO
Começar bem é provocar interesse e despertar
atenção, aproximar o ouvinte do sermão e dar a ele uma noção
ou explicação do que vai ser falado.
A introdução também é parte importante do sermão.
È tão importante quanto a decolagem de um avião. Quando ele
decola perfeitamente, o vôo tem grande chance de ser
estabilizado.
A introdução deve envolver o ouvinte, despertar o
interesse e curiosidade e, também, ser um meio de conduzir os
ouvintes ao assunto que está sendo tratado no sermão. Uma boa
A Arte de Pregar
- 32 -
introdução sempre garante ao pregador mais segurança,
tranqüilidade, firmeza e liberdade para pregar.
A grande maioria dos escritores escreve a introdução
quando terminam o livro, porque daí ele já sabe sobre o que vai
falar na introdução.
Existe uma frase que diz sobre uma grande
introdução e um fraco sermão:
“O pregador começou por fazer um alicerce para um
arranha-céu, mas acabou construindo apenas um galinheiro”.
TIPOS DE INTRODUÇÃO
Vamos ver agora alguns tipos de introduções para se
iniciar um sermão:
• Ilustrativa – Usando uma ilustração na introdução.
Pode se começar com uma ilustração quando o
assunto a ser abordado é bem complexo e de difícil assimilação.
A ilustração ajudará a esclarecer o assunto.
• Por Definição – Explicando detalhadamente um
determinado conceito.
Por exemplo: Num sermão onde o assunto é a PAZ
(como: João 14:27 - Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou), na
introdução por definição, pode se explica o que é a paz, seus
significados no velho e novo testamento, evolução lingüística
do termo paz e a aplicação termo hoje.
A Arte de Pregar
- 33 -
• Com Divisão – Quando se fala de características opostas.
Mostra-se os dois lados do assunto.
Por exemplo: Romanos 8:1-17: é possível observar
como Paulo trata de dois assuntos opostos, vida através do
espírito e vida através da carne.
A introdução por divisão é aquela em que se fala ou
compara assuntos como, “paz e guerra”, “amor e ódio”,
“salvação e perdição” , “vida cristã e vida mundana”, etc.
• Com Convite – Convida-se o ouvinte para participar e agir.
Leva o ouvinte à ação, usando os verbos no imperativo.
Por exemplo: Isaías 55: podemos observar que há um
predomínio de verbos no IMPERATIVO (vinde, inclinai, vede,
buscai, deixe, invocai ...), que caracterizam um convite e ao
mesmo tempo uma ordem.
Dessa forma o ouvinte está sendo estimulado a agir,
fazer ou participar.
• Interrogativa – Inicia-se o sermão com uma pergunta que
deverá ser respondida no corpo do sermão.
Para sermões onde o tema é uma pergunta é
interessante que esta seja bem explorada na introdução.
Por exemplo: se estamos falando sobre morte ou
salvação cabe aqui uma pergunta como “Para onde iremos nós?”,
que deve levar o ouvinte a uma reflexão profunda, usando textos
como o de Lucas 12:20.
A Arte de Pregar
- 34 -
“Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te [pedirão] a
tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”
As perguntas da introdução devem ser respondidas
no corpo do sermão.
• Suspense – A mensagem principal está oculta e será
esclarecida no corpo do sermão.
Por exemplo: de que lado está o seu coração? Esta
pergunta se estenderá por todo o sermão até que será revelado
em uma parte dele: Eclesiastes 10.2
• Alusão Histórica – Explicar o contexto histórico.
Explique o contexto do texto em que será aplicada a
mensagem (época, país, costumes, tradição, etc)
Por exemplo: João 4:1-19. Convém iniciar com uma
explicação detalhada das relações entre os Judeus e os
Samaritanos, as relações entre os homens e as mulheres, a lei
acerca do casamento, a origem do poço de Jacó, etc.
Uma boa introdução deve ter algumas características
como: clareza e simplicidade, deve ser um elo de ligação com o
corpo do sermão e uma ordenação de pensamentos e não deve
prometer mais do que se pode dar.
É preciso estar atento para o tempo de duração da
introdução que, deve ser breve e proporcional ao sermão.
Tudo neste mundo tem uma introdução: entrada,
pórtico em casa, peça musical, o prefácio de um livro.
A Arte de Pregar
- 35 -
Um dos objetivos da introdução é preparar o ouvinte
para receber a mensagem, uma vez que os ouvintes estão
despreparados para entender a mensagem.
A introdução prepara o ouvinte para entender o
assunto e o propósito do sermão. A introdução, como o próprio
nome já diz, “introduz” o assunto do sermão.
Uma boa introdução deve ser, antes de tudo,
interessante, porém não estapafúrdia (extravagante, esquisita),
nem sensacional, nem exagerada; breve, porém não abrupta;
apropriada à ocasião, à mensagem. Deve ter estreita relação com
o texto e o tema do sermão.
Ela deve ser cordial, porém não bajuladora; clara,
sem antecipar os fatos (não dizer demais logo no início);
modesta, não prometer demais. Não adornar demais
Segue algumas orientações práticas com respeito a
introdução:
a) Ao iniciar, não peça desculpas;
b) Não procure ser engraçado. "Sabem porque Pedro traiu a
Jesus?";
c) Não "rasgue ceda" Agradecimentos e salamaleques à parte;
d) Não comece com tom fortíssimo;
e) Não comece sempre da mesma forma. Gaste tempo no preparo
de uma boa introdução. Seja caprichoso. Fuja das frases feitas;
f) Seja breve ao referir-se "ao prazer de estar aqui";
A Arte de Pregar
- 36 -
g) Evite a introdução "tamanho único" (serve para qualquer
sermão);
h) Cuide bem das primeiras frases. Ou se ganha ou se perde a
atenção aqui;
i) Não discuta, na introdução, o assunto do sermão. Introduza o
assunto.
j) Deixe a forma final da introdução para a parte final da
preparação do sermão.
A Arte de Pregar
- 37 -
O Corpo do Sermão
Essa é a principal parte. Onde deverá está o conteúdo
de toda mensagem, ordenado de forma lógica e precisa.
Neste ponto também deverão ser abordadas algumas
aplicações utilizadas durante o sermão como: Ilustrações,
Figuras de Linguagem, Material de Preparação.
Devemos sempre lembra que o sermão ou mensagem
vem de Deus, é Deus quem dá.
Mas por que há níveis diferentes de sermões? Por
que há pregadores melhores que outros? Todos os sermões e
A Arte de Pregar
- 38 -
todos os pregadores deveriam seguir uma regra de nível de
espiritualidade.
Mas, infelizmente, há muitos cultos narcisismos (de
auto-admiração, soberba) nos púlpitos.
Muitos pregadores (mas não todos) se acham tão
bons e infalíveis em suas mensagens que não gostam de ser
corrigidos. Isto é falta de humildade, pois corrigir um pregador
não significa duvidar de sua vocação, nem de sua capacidade de
pregar.
Existem também pregadores que não aceitam
preparar uma mensagem antes de pregar, pois encaram o preparo
do sermão como descrença no poder espiritual deles.
A Bíblia diz:
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro
que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a
palavra da verdade.” (2 Timóteo 2.15)
“Persiste em ler, exortar e ensinar... Não desprezes o
dom que há em ti, ... Medita estas coisas, ocupa-te nelas,
para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.”
(1 Timóteo 4.13-15)
CONCLUSÃO
“Uma conclusão desanimada, deixará os ouvintes
desanimados”. Baseados no objetivo específico do sermão a
conclusão é uma síntese do mesmo e deve ser uma aplicação
final à vida do ouvinte. É o clímax da aplicação do sermão.
A Arte de Pregar
- 39 -
“Para terminar!”, “Concluindo”, “Só para
encerrar”, “Já estamos terminando”.
Você já ouviu estas frases? Muitas pessoas não
sabem terminar uma conversa, ficam dando voltas ou se
envolvem em outros assuntos, sem ao menos perceber que o
tempo está passando e o ouvinte já está angustiado com a
demora.
Assim, muitos pregadores não sabem ou não
conseguem concluir um sermão. Isso acontece por que estes não
preparam um esboço e suas idéias estão desordenadas, logo, não
conseguem encontrar uma linha condutora da conclusão do
sermão.
Como deve ser a conclusão ?
1 – Apontar o objetivo específico da mensagem;
2 – Clara e específica;
3 – Resumo do sermão (o sermão em poucas
palavras)
4 – Aplicação direta a vida dos ouvintes;
5 – Pequena;
6 – Faça um desfecho inesperado.
Uma boa conclusão deve proporcionar aos ouvintes
satisfação, no sentido de haver esclarecido completamente o
objetivo da mensagem. É preciso ter um ponto final para que o
pregador não fique perdido.
OBS.: NÃO DEVE PREGAR UM SEGUNDO
SERMÃO
A Arte de Pregar
- 40 -
Sua importância é por demais de grande. Ela põe
abaixo ou salva o sermão. É onde se chega a uma decisão. Muitas
vezes o auditório vê o sermão se esfumaçar no fim. Não deve ser
um amontoado de frases, mas o clímax do sermão. O ponto alto.
Veja alguns cuidados que devemos tomar:
1 - Prepare-se, não negligencie. Já vimos esboço
assim: "Conclusão: O que vier na hora". O que se pode esperar
de um pregador preguiçoso?
2 - Fuja do medo de levar os ouvintes à decisão
3 - Evite a "conclusão de afogado": "batendo no ar",
para todos os lados
4 – Observe o tempo: Não mais de 10% do sermão
5 - Não acrescente matérias novas, idéias diferentes
6 - Não peça desculpas. É ruim no início e pior no
fim
7 - Não conte piadas. É o momento mais sério do
sermão
8 - Cuidado com gestos que distraem: olhar o
relógio, fechar a Bíblia, recolher o esboço, falar enquanto folheia
o hinário, buscar um hino a ser cantado, etc
A conclusão precisa ter unidade, deve ser clara e
breve. Deve ser também pessoal, algo próprio de cada pregador.
Cada ouvinte deve saber que está se falando para ele. Deve o
ouvinte se perguntar: "Muito bem, à luz disto, que devo fazer?".
Deve ser positiva. Ela pode ser até vigorosa, mas não
violenta ou agressiva. Deve ter vida, mas deve ser amorosa.
A conclusão, normalmente, deve conter um dos três
elementos, como estrutura: recapitulação, aplicação, apelo.
A Arte de Pregar
- 41 -
Recapitulação – A introdução mostra "aonde
vamos". A conclusão "onde fomos". É um sumário das divisões
do sermão.
Aplicação – Outra maneira de se elaborar a estrutura
da conclusão é aplicando a mensagem ao ouvinte. O sermão deve
vir todo ele, em seu desenvolvimento sendo aplicado. Aqui a
aplicação estaria fortemente colocada na mensagem.
Apelo – Para decisão íntima ou pública. Toda a
conclusão giraria ao redor do apelo, que pode ser para decisões,
santificação, prática das virtudes cristãs, dedicação à obra, etc.
A Arte de Pregar
- 42 -
Tipos de Sermões
O objetivo da homilética, de uma forma geral, é a
conversão, a comunhão, a motivação e a santificação para
vida cristã.
O objetivo geral é o propósito geral do sermão, a
categoria a que ele se encaixa em termos de fim último. O que se
pretende com um sermão? Ocupar o espaço no culto? Dar algum
material para o povo pensar? Os ouvintes de um pregador ou são
salvos ou são perdidos. A quem se destina o sermão? A ênfase
no seu conteúdo se para os salvos, se para os perdidos, é o que
determina o seu objetivo geral.
Vamos ver agora alguns tipos de sermões:
TEMÁTICO
A Arte de Pregar
- 43 -
O que caracteriza o sermão temático é o seu tema
derivado do texto.
Exemplo 1: "A palavra divina é a verdade" (João 17.17).
Na introdução o pregador mostrou como podemos crer na bíblia.
Ela tem sido comprovada pelos séculos. A argumentação seguiu
a partir daqui: A palavra de Deus é a verdade e isto está provado.
Surgiram as três divisões:
I – pela história humana
II – pela ciência
III – pelo seu poder
O ponto mais forte do sermão deve sempre ser o
último. Grave bem isto.
No sermão temático, as divisões nada têm a ver com
o texto, mas com o tema. É aquele em que toda a argumentação
está amarrada em um tema, divide-se o tema e não o texto, o que
permite a utilização de vários textos bíblicos.
Veja outro exemplo:
Exemplo 2: "Coisas que vou esquecer" (Filipenses 3.13)
I - DERROTAS
II - PECADOS
III - RIXAS
IV - SOFRIMENTOS.
Exemplo 3: “A PAZ QUE SÓ JESUS PODE DAR...”.
A Arte de Pregar
- 44 -
1 –...ilumina nosso caminho Lucas 1:79
2 –...liberta a nossa mente de pensamento perturbador João 14:27
3 –...retira sentimento de medo João 20:19 e 20
4 –...salva João 3:16
Repare que cada tópico (divisão) apresenta uma
característica da “Paz” proposta pelo tema, mas, para cada ponto
há um texto diferente, ou seja, a base do sermão é a “Paz de
Jesus” que é abordada em diversos textos bíblicos.
É necessário aplicar um texto bíblico em cada
divisão do tema para não atrair muito a atenção para o pregador
em detrimento da palavra de Deus.
O sermão temático exige do pregador mais cultura
teológica, criatividade e estilo apurado, contudo, o sermão
temático conserva melhor a unidade.
VANTAGENS DO SERMÃO TEMÁTICO
O sermão temático possibilita o aperfeiçoamento da
retórica. É o sermão típico dos grandes oradores.
Contudo é um sermão fácil de se elaborar, porque a
unidade é construída conforme o desejo do pregador. Ele não
exige muito esforço mental dos ouvintes, porque não exige
reflexão. O sermão temático possibilita que se esgote o assunto
ou que se encerre de modo completo. Ele também permite a
discussão de qualquer assunto, pois as idéias vêm de fora do
texto.
Exemplo 4: O Jovem nos Dias de Hoje. (Ec 12:1)
I. É influenciado pela Tecnologia Moderna.
A Arte de Pregar
- 45 -
II. É influenciado pelas Filosofias Modernas.
III. É influenciado pela Religiosidade Moderna.
Tema: ...Orai sem cessar (1 Ts 5: 17).
I. O significado da Oração
a) É dependência do Homem para com Deus
b) É sintonia entre o Homem para com Deus.
c) É adoração do Homem a Deus.
II. Os motivos da oração
a) A oração por si mesmo.
b) A oração pelas necessidades espirituais da Igreja.
c) A oração pelos enfermos.
d) A oração pelos incrédulos.
III. As possibilidades da Oração.
a) É possível em qualquer lugar
b) É possível a qualquer hora
c) É possível a qualquer pessoa.
COMO RETIRAR IDÉIAS E ARGUMENTOS
(DIVISÕES) DO TEMA
• Escolher o tema – (Criar frases, retirar de textos bíblicos ou
de outras fontes);
• Analisar o tema – (repetir e refletir várias vezes);
• Pergunte-se, o que deve falar sobre o tema;
• Extrair a principal palavra ou frase do tema – (Ela pode se
repetir nos argumentos);
• Separe no mínimo 3 argumentos ligados ao tema;
• Pesquisar passagens bíblicas que se refiram aos argumentos;
As divisões são explicação ou respostas do tema.
TEXTUAIS
A Arte de Pregar
- 46 -
Trata do desenvolvimento de um texto bíblico, um
ou dois versículos. As divisões derivam-se do texto.
É aquele em que toda a argumentação está amarrada
no texto principal que, será dividido em tópicos. No sermão
textual as idéias são retiradas de um texto escolhido pelo
pregador.
As divisões do sermão textual podem ser feitas de
acordo com as declarações originais do texto ou se utilizar uma
análise mais apurada baseando-se em perguntas como: Onde?
Que? Quem? Por que? Que deverão ser respondidas pelas
declarações ou frases do texto.
Enquanto o sermão temático tem as suas divisões
voltadas para o tema, o sermão textual tem tanto o tema quanto
as suas divisões voltadas para o texto. No sermão temático
divide-se o tema , no sermão textual divide-se o texto.
TIRANDO PONTOS DO TEXTO
1 – Leia todo o texto.
2 – Procure a idéia principal do texto. (Observe o título do texto
bíblico, o contexto, e a situação).
3 – Procure os principais verbos e seus complementos. Lembre-
se verbo é ação.
4 – Procure os sentidos expressos nas representações simbólicas,
metáforas e figuras.
5 – Com base nos verbos e significados retirados crie frases
(divisões) que os complemente e que, passem uma idéia ou
estejam ligadas com a mensagem a ser pregada.
5 – Organize as frases dentro da idéia principal.– Leia todo o
texto. Ex.:
A Arte de Pregar
- 47 -
Exemplo 1: Salmo 40:1-4
Tema: Nem antes, nem depois, no tempo de Deus.
Introdução: (Definição) Esperança significa expectação em
receber um bem. O mundo é imediatista.
Corpo: O que acontece quando você espera no Senhor?
a) Ele te retira da condição atual. (Qual é o seu lago terrível?).
b) Ele te coloca em segurança, na rocha. (Te dá visão para
solucionar o problema)
c) Ele requer a sua adoração, um novo cântico. (Adorar em
Espírito e verdade)
d) Ele te faz testemunha, muitos o verão. (ser-me-eis
testemunha)
Repare que cada tópico (divisão) apresenta um
termo ou uma passagem do texto. De tal forma que o texto pode
ser bem explorado pelo preletor.
O sermão textual exige do pregador conhecimento
do texto, contexto e cultura bíblica.
TEXTUAL LITERAL.
É quando as divisões são literalmente as palavras do
texto, podendo haver ligeira variação dos termos.
Exemplo 1: "Às graças permanentes" (I Coríntios 13.13)
I - A FÉ
II - A ESPERANÇA
III – O AMOR
A Arte de Pregar
- 48 -
Exemplo 2: "Às expressões do mundanismo" (I João 2.16)
I - A CONCUPSCÊNCIA DA CARNE
II - A CONCUPSCÊNCIA DOS OLHOS
III – A SOBERBA DA VIDA
Na confecção do sermão pode se fazer perguntas ao
texto: Quem? Que? Como? Por que? Para que?
Exemplo 1: "A busca do reino de Deus" (Mateus 6.33)
O que? (buscar) I – O REINO E A SUA JUSTIÇA
Quem? (deve buscar) II - VÓS, OS CRENTES
Quando? (buscar) III – EM PRIMEIRO LUGAR
Por que? (buscar) IV - TODAS AS COISAS VOS SERÃO
ACRESCENTADAS.
Exemplo 2: "Dai graças" (Efésios 5.20)
A quem? I - A DEUS, O PAI
Como? II - EM NOME DE NOSSO SENHOR JESUS
Quando? III - SEMPRE
Em que circunstâncias? IV - POR TUDO
TEXTUAL LIVRE
É quando as divisões expressam os sentidos das
palavras do texto em termos diferentes.
Exemplo 1: "A purificação dos pecados" (I João 1.7)
I - É OBRA DIVINA (de Jesus Cristo)
A Arte de Pregar
- 49 -
II - É OBRA PRESENTE (nos purifica)
III - É OBRA PERFEITA (de todo o pecado)
EXPOSITIVOS
Trata do desenvolvimento de um texto bíblico,
geralmente longo. As divisões também se derivam do texto. É
aquele que explora os argumentos principais da exegese,
hermenêutica e faz uma exposição completa de um trecho mais
ou menos extenso. O sermão expositivo é uma aula, uma análise
pormenorizada e lógica do texto sagrado. Este tipo do sermão
requer do pregador cultura teológica e poder espiritual.
O sermão expositivo é o método mais difícil,
apreciado pelos que se dedicam à leitura e ao estudo diário e
contínuo da Bíblia.
O sermão expositivo consiste na explicação ou
explanação de um trecho das Escrituras.
CARACTERÍSTICAS DO SERMÃO EXPOSITIVO
• Planejamento
• Poder abordar um grande texto ou uma passagem curta;
• Interpretação mais fiel;
• Análise profunda do texto;
• Unidade, idéias subsidiárias devem ser agrupadas com base
em uma idéia principal;
• Não é suficiente apresentar só tópicos ou divisões;
• Tempo de estudo dos pontos difíceis;
• Pode ser abordado em série.
A Arte de Pregar
- 50 -
É muito comum o uso do sermão expositivo em
pregações seriadas como conferências e estudo bíblico.
O Sermão expositivo tem suas limitações. Nele fica
difícil manter a unidade e a concatenação das idéias e os assuntos
não são tratados de um modo lógico e completo, mas sim. Na
exposição de cada parte de um texto.
Esse foi o método dos tempos apostólicos. Um
método que exige estudo sério da palavra de Deus (é benção para
o pregador e é bênção para a igreja – é a melhor maneira de
edificar a igreja) e que obriga-se a tratar de assuntos que de outra
forma ficariam esquecidos.
Para se pregar usando o método expositivo é
necessário determinar o texto. Ao contrário de um sermão
temático, aqui o texto precede o sermão. É necessário também
uma análise minuciosa do texto (a isto chamamos de exegese), e
isso dá mais trabalho.
Como toda pregação, é preciso descobrir o assunto
principal ou a lição principal e quando o pregador fizer as
divisões, elas devem se relacionar com o tema principal.
Exemplo: "O remédio para a condição humana" - (Ef 2.1-10)
I - A condição espiritual do homem natural está descrita em
nosso texto sob três figuras:
1. O homem natural está morto - "morto em delitos e
pecados"
2. O homem natural está preso por uma trindade infernal:
a) Segue o curso deste mundo
b) Vive nos desejos da carne
c) Obedece ao príncipe das potestades do ar
A Arte de Pregar
- 51 -
3. O homem natural é um réu condenado - "filho da ira"
II - Para esta terrível condição Deus proveu um remédio
adequado que nosso texto descreve em três maneiras:
1. É um remédio de amor – "pelo seu muito amor com
que nos amou."
2. É um remédio de poder – "nos ressuscitou juntamente
com Ele."
3. É um remédio de graça – "porque pela graça sois
salvos."
Conclusão
a) Este remédio nos é oferecido somente em Cristo
b) Este remédio pode ser nosso pela fé.
c) Os resultados da aplicação deste remédio serão motivo
de contemplação e de louvor a Deus por toda a eternidade
(Veja v. 7)
d) Deve por isso, ser aceito agora mesmo.
Observe:
a) Bom título (que pode ser melhorado)
b) Nas sub-divisões, as palavras chaves.
c) A boa estrutura da conclusão
Para podermos distinguir a diferença entre o sermão
textual e o expositivo temos que primeiro saber defini-los: O
sermão textual é aquele em que as divisões derivam de uma
breve porção bíblica, enquanto que o sermão expositivo provém
de uma porção mais extensa da Bíblia. É uma exposição
completa de um trecho bíblico.
A Arte de Pregar
- 52 -
DIVISÕES DO SERMÃO
As divisões retiradas do texto devem se apresentar
de forma ordenada no sermão para que não haja uma confusão
de idéias. O ouvinte precisa acompanhar o seu desenvolvimento
. “Cada divisão, subdivisão, e até ilustrações e explicação, tem
que apontar na direção do alvo e em ordem de interesse”. Cada
ponto deve discutir um aspecto diferente para que não haja
repetição.
As frases devem ser breves e claras. As divisões
servem para indicar a linha de pensamento a serem seguidas ao
apresentar o sermão. Entretanto, deve-se fazer uma discussão
que é o descobrimento das idéias contidas nas divisões.
Como pudemos ver, podemos dividir o sermão em
muitas partes, segundo a necessidade do momento, ou a
inspiração divina.
Porém, a divisão básica do sermão é:
• Tema
• Texto bíblico
• Introdução
• 3 ou 4 pontos principais, podendo ser subdivididos
• E conclusão
A Arte de Pregar
- 53 -
Veja um exemplo de esboço abaixo:
Tema
(sempre centralizado)
Texto bíblico
Introdução:
I. Primeiro ponto principal
a. Primeira subdivisão
b. Segunda divisão
II. Segundo ponto principal
a. Primeira subdivisão
b. Segunda divisão
III. Terceiro ponto principal
a. Primeira subdivisão
b. Segunda divisão
Conclusão
Cada pregador divide o seu sermão à sua maneira. O
mais recomendado seria que o corpo do sermão fosse dividido
em 3 a, no máximo, 5 partes e que, em cada parte, se subdividisse
em, no máximo, 3 partes, para que o ouvinte possa ter noção do
que se está pregando. Queremos lembra que o que faz uma boa
preparação de sermão não é o número de divisões e subdivisões,
mas sim a organização delas.
As subdivisões são os detalhes de uma divisão, por
exemplo:
A Arte de Pregar
- 54 -
Tema: Fé (Hebreus 11.1)
Introdução: ....................
I . Primeiro ponto: Que é fé?
a) firme fundamento das coisas que se esperam
b) prova daquilo que não se vê
II. Segundo ponto: O fato da fé
a) a obra expiatória de Jesus Cristo
b) a operação do Espírito Santo
Conclusão
É muito bom e até importante que o pregador
anuncie as divisões do sermão. O ouvinte fica inteirado do que
está acontecendo no sermão. O pregador pode anunciar
previamente as divisões ou ir anunciando ao momento em que
ela vai acontecendo.
Vamos fazer um exemplo disso. Vamos tomar um
texto e desenvolver um tema e colocar algumas palavras de
introdução e achar suas divisões. Vamos anunciá-las
previamente, usando as palavras: “O Tema a ser abordado neste
dia é...” e “vamos ver que, em primeiro lugar..., em segundo
lugar..., em terceiro lugar....”
Devemos sempre lembrar que o objetivo de
anunciarmos o tema e as divisões não é padronizar o método de
estudo, mas sim, colocar o ouvinte a par do que está
acontecendo. Lembre-se, o motivo de todo o sermão é o
ouvinte dele.
A Arte de Pregar
- 55 -
MÉTODO AUXILIAR PARA O ENTENDIMENTO
Nem sempre o ouvinte guarda tudo o que se foi
falado num culto. Você se lembra da pregação da última ceia? E
do último domingo?
Numa pesquisa comprovada cientificamente vemos
que conseguimos memorizar muito mais aquilo que vemos, do
que aquilo que ouvimos. Veja como é a memorização pelos
nossos sentidos naturais:
• por VISTA: 85%
• por AUDIÇÃO: 10%
• por TATO: 2%
• por OLFATO: 1,5%
• por PALADAR: 1,5%
Jesus, a sabedoria de Deus encarnada, usou o método
de visualização em grande maioria de suas pregações. Ele
sempre tinha uma boa história para iluminar as verdades que
ensinava ao povo.
Ele falou muitas vezes por parábolas que levam o
homem a visualizar em sua mente, por exemplo, um homem
saindo a semear; a semente caindo em terreno rochoso, em
terreno espinhoso, à beira do caminho e em terra fértil.
Este método se chama ilustração.
ILUSTRAÇÕES
São recursos usados para o enriquecimento, e o
esclarecimento de uma mensagem, quando devidamente
aplicada.
A Arte de Pregar
- 56 -
O significado do termo ilustrar é tornar claro,
iluminar, esclarecer mediante um exemplo, ajudando o ouvinte a
compreender a mensagem proclamada. O bom uso da ilustração
desperta o interesse, enriquece, convence, comove, desafia e
estimula o ouvinte, valoriza e vivifica a mensagem, além de
relaxar o pregador.
A ilustração não substitui o texto bíblico. Apenas
tem uma função psicológica e didática, para tornar mais claro
aquilo que o texto revela.
As ilustrações devem ser simples, estarem
correlacionadas com a mensagem, devem fornecer fatos de
interesses humanos e devem ter um ponto alto ou clímax.
Podemos extrair ilustrações da História, Ciência,
experiências do cotidiano, etc. Entretanto, o pregador não deve
transformar-se um mero contador de estórias.
As ilustrações não devem de maneira nenhuma, por
mais interessantes que sejam, substituir a Palavra de Deus. Não
se deve, em hipótese nenhuma, ocupar o tempo todo da
mensagem com ilustrações. Se o pregador vai dividir o seu
sermão em três tópicos, e costuma usar uma média de meia hora
para a sua pregação, possivelmente usará uma ilustração rápida
para cada tópico.
As ilustrações podem ser:
Histórica E Contextual: Quando se aplica um
conhecimento histórico ou explicação do contexto em que o
texto está inserido. Exemplos:
A Arte de Pregar
- 57 -
Fundo da agulha – Porta estreita na cidade de
Jerusalém onde, os mercadores tinham dificuldades de passar
com os camelos. Mateus 19:24.
Conhecimento Intelectual: Envolve o
conhecimento científico, psicológico, técnico e cultural.
Exemplos:
Técnico Científico – A antena da TV recebe todas as
freqüências ao mesmo tempo entretanto, quando escolhemos um
canal, através da sintonia, estamos selecionando uma
determinada freqüência.
Metafórica Ou Alegórica: Quando são empregadas
figuras metafóricas como histórias e estórias. Exemplos
Ao se aproximar da cidade do Rio de Janeiro um
indivíduo reparou que o Cristo redentor não era tão grande como
pensava, parecia até mesmo ser menor do que seu dedo. No
centro da cidade observou que estátua teria aumentado e já
estava praticamente do seu tamanho, resolveu então ir até o
monumento. No pé do corcovado ficou admirado com as
proporções maiores do símbolo da cidade. Chegando então aos
pés do Cristo Redentor ele pode perceber, como lhe disseram,
que aquele era bem maior do que ele.
Experiência Pessoal: Testemunhos. Exemplos
Neste tipo de ilustração o pregador relata fatos
verídicos que demonstram a atuação de Deus, através de
milagres, em sua vida ou de outras pessoas. Todos as respostas
que Deus atendeu realizando curas, transformações, salvação,
livramentos, libertação, etc.
A Arte de Pregar
- 58 -
Use no máximo duas ilustrações por sermão. Toda
ilustração deve ter uma aplicação e devem ser comentadas com
simplicidade e naturalidade.
POR QUE DAS ILUSTRAÇÕES
Elas são um meio pedagógico eficiente. Auxiliam a
memória. O povo se lembra mais das ilustrações do que das
argumentações. Um pastor pediu a vinte pessoas que
escrevessem sobre o que se lembravam do sermão que pregara.
Um ou dois se lembraram do esboço; quase todos se lembraram
da história final.
Foi o método usado por Jesus para ensinar. A
projeção da parábola do filho pródigo fica cravada em nossa
mente. Elas ajudam a convencer e despertam reações emotivas.
FONTES DE ILUSTRAÇÕES
A maior fonte de ilustrações é a Bíblia. É um
material abundante, familiar, de autoridade e de valor
permanente.
Outro material usado como fonte de ilustração é:
literaturas, biografias, ficções, drama, poesia, fábula, mitos e
lendas.
Também pode ser usada uma experiência pessoal do
pregador
A história secular, a eclesiástica, a história da
teologia, a contemporânea, os jornais e as revistas também são
fontes, bem como a ciência e as artes. Histórias de hinos, citações
de livros, versos, estrofes, pinturas, etc
A Arte de Pregar
- 59 -
Alguns pregadores mais ousados usam a sua própria
imaginação e outros já tem o seu arquivo de ilustrações.
CÓDIGO DE ÉTICA PARA ILUSTRAÇÃO
Robert Butler, em "Administração Eclesiástica", V
10, nº 10, nº 2, pág. 19,20 escreveu:
"Eu resolvi nunca usar uma ilustração do gabinete de
aconselhamento.
Resolvi usar ilustrações que envolvam minha família
com muita cautela e consideração.
Resolvi evitar a ilustração muito usada.
Resolvi evitar piadas e histórias que são irreais.
Resolvi fugir de engrandecer a mim mesmo nas
minhas pregações.
Resolvi nunca pregar muitas ilustrações.
Resolvi apresentar ilustrações honestas.
Resolvi me esforçar para dar o devido crédito a uma
ilustração"
QUALIDADES DE UMA BOA ILUSTRAÇÃO
Uma boa ilustração é facilmente entendida, é bem
compreensível. É pertinente ou apropriada. Veja se ilumina o
ponto em questão ou não.
A Arte de Pregar
- 60 -
Deve ser, de preferência, mais atual possível, digna
de crédito e breve.
SUGESTÕES PRÁTICAS
1 - Não usar número excessivo de ilustrações. Qualidade, não
quantidade
2 - Variar a natureza das ilustrações
3 - Cultivar a arte de contar histórias (sem se tornar apenas um
contador de estórias)
4 - Ser preciso. Cuidado com nomes, fatos e datas
5 - Não exagerar. Não "aumentar" a ilustração
6 - Preparar a ilustração com cuidado
7 - Não abusar das ilustrações do Toninho, da Mariazinha, da
Menininha, etc
A Arte de Pregar
- 61 -
A Interpretação do Texto
Definição: "Interpretação é o esforço de uma mente
em seguir os processos mentais de outra mente por meio de
símbolos que nós chamamos linguagem".
Quando vamos interpretar um texto bíblico, temos
que nos esforçar para entender a mente do Autor da Bíblia, para
podermos compreender o que Ele quer falar. Isto é algo divino,
pela ação do Espírito Santo.
“Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que
possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (1
Coríntios 2:16)
Há certos passos a serem observados na
interpretação do texto, como:
A Arte de Pregar
- 62 -
a) Conhecer o autor e sua situação – (Ex.: Salmos 32 e 51, de
Davi.)
b) Usar dicionário bíblico.
c) Os leitores e o meio ambiente – (Ex.: Apocalipse - Cartas às
igrejas da Ásia, o gnosticismo).
d) A ocasião e o propósito do autor – (Ex.: Tiago e Pedro - sobre
Abraão).
e) As condições geográficas, políticas, econômicas e sociais.
Outra condição importante na interpretação do texto
é o texto e seu contexto. Ao analisarmos um capítulo, por
exemplo, devemos ler os capítulos próximos dele, o imediato,
antes ou depois.
Devemos sempre fazer uma análise do texto:
a) É preciso conhecer os sentidos das palavras. É
poesia? Linguagem figurada? O uso de dicionários é importante.
Felipe perguntou ao eunuco:
“E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e
disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei
entender, se alguém me não ensinar?” (Atos 8.30 e 31)
b) É preciso recriar, tanto quanto possível, a vivência
da passagem. Conhecer aquela cultura.
c) É preciso entender a relação entre as palavras.
Graça e fé, por exemplo.
O texto bíblico sempre trás uma verdade. Devemos
enunciar a verdade central em uma proposição clara e correta. É
sempre bom fazer uma lista das verdades significativas do texto
para aplicar essas verdades às necessidades dos ouvintes.
A Arte de Pregar
- 63 -
Quanto ao estudo do texto, é importante estudar o
texto em várias traduções em português, como Linguagem de
hoje, atualizada, corrigida, revisada, e outras mais...
Bom seria examinar o texto grego ou hebraico, mas
essa não é uma facilidade da grande maioria da igreja de hoje.
Deve o pregador com muita cautela dar sua própria
interpretação e relacionar o texto com a vida nos dias de hoje.
ASSUNTO
Neste momento do sermão, no assunto, o pregador
deverá ser inspirado por Deus. É exatamente aqui que ele recebe
a mensagem que tem a pregar e a partir deste ponto deve
estruturá-la para levar a igreja.
Se você não tem nada para falar, não fale nada. Se o
Espírito Santo lhe der algo a falar, fale, mas fale direito.
FONTES PARA O ASSUNTO DO SERMÃO
O assunto de uma mensagem é algo particular entre
o pregador e Deus. Para ter assunto é preciso viver em comunhão
e oração para que o Espírito Santo possa falar em seu coração.
A grande questão é: como Deus fala conosco? A
forma de Deus falar é individual e peculiar.
Algumas pessoas acreditam que Deus fala somente
de forma sobrenatural. Entretanto, Deus pode falar com você de
todas as formas possíveis. Fique atento, inclusive naquelas
formas que você menos imagina. No ônibus, em casa, no
trabalho, no banho, lendo a bíblia, olhando a paisagem, ouvindo
A Arte de Pregar
- 64 -
uma mensagem, conversando, pensando, através de pessoas ou
coisas, em sonho, em revelação, no meio de uma crise, ouvindo
testemunhos, através de crianças, ouvindo uma música, em seu
lazer, em um acidente, uma lição de vida, viajando, etc.
Veja algumas fontes:
a) As Escrituras - Durante o estudo pessoal ou assunto
devocional, textos procurados para servir de base a assuntos
previamente escolhidos.
b) A experiência do povo e do pregador. Problemas humanos
concretos.
c) Calendário da igreja, da denominação, do país.
d) Momento histórico: - Fatos relevantes acontecidos no mundo.
"Em quem votar?" (Js 24.15). "A eleição do rei" (Dt. 17.14-20).
A ORDEM DOS ASSUNTOS
Uma boa ordem no corpo do sermão depende de
quatro coisas:
Por exemplo, em um sermão com quatro divisões, os
itens devem estar arrumados de tal maneira que correspondam às
expectativas do pregador. Se for um sermão evangelístico, a
divisão que fala mais profundamente à vontade dos ouvintes
deve estar em último lugar. Exemplo:
1. O amor de Deus é universal
2. O amor de Deus é singular
3. O amor de Deus é sacrificial
4. O amor de Deus exige uma entrega
A Arte de Pregar
- 65 -
De uma divisão a outra deve haver uma boa
transição. Não se deve usar, por exemplo, em um sermão, três ou
quatro divisões nas quais uma nada tenha a ver com a outra. Isso
é possível, mas não é aconselhável. Um exemplo errado:
1. A bênção da Palavra de Deus
2. A vida de Sansão
3. O milênio
Outro fato importante é o uso do tempo verbal no
presente. Isso garante a atualidade da mensagem e faz com que
os ouvintes de identifiquem melhor com o texto.
Tema : O Amor de Deus
1. O amor de Deus é singular
2. O amor de Deus é universal
3. O amor de Deus é sacrificial
Devemos buscar em Deus a habilidade de selecionar
bem o assunto do sermão de forma a eliminar o que não é tão
importante. Isso evita sermões cansativos e quilométricos. Não é
pelo muito falar que seremos ouvidos.
Qualquer explicação requer:
• organização,
• ordenação,
• lógica e
• clareza.
A Arte de Pregar
- 66 -
Sendo o sermão uma explicação da palavra e vontade
de Deus, esse deve ser didático (explicativo, como uma aula).
COMO TIRAR PONTOS DO TEXTO
1 – Leia todo o texto. Ex.: Atos 2: 37 a 47
2 – Procure a idéia principal do texto. (Observe o
tema, o contexto, e a situação)
3 – Procure os principais verbos e seus
complementos
4 – Com base nos verbos retirados crie frases
(divisões) que os complemente e que, passem uma idéia ou
estejam ligadas com a mensagem a ser pregada.
5 – Organize as frases dentro da idéia principal.
Faça o mesmo para Salmos 1:1 e 2 e desenvolva
divisões para o seguinte sermão:
“As quatro maneiras de ser bem-aventurado”.
A DINÂMICA DA COMUNICAÇÃO DO PREGADOR
A expressão facial do pregador é algo muito
importante. Quando alguém vê um pregador de cara “amarrada”,
ele não espera receber deste uma palavra de estímulo. A Bíblia
se preocupa até com a nossa expressão facial:
“O coração alegre aformoseia o rosto, mas, pela dor do
coração, o espírito se abate.” (Provérbios 15:13)
“O coração alegre serve de bom remédio, mas o espírito
abatido virá a secar os ossos.” (Provérbios 17:22)
A Arte de Pregar
- 67 -
Outra parte importante são os olhos do pregador. Um
grande perigo é pregar de olhos fechados. Isso demonstra
insegurança e você pode começar a falar de frente aos ouvintes
e terminar de costas.
A voz é o principal veículo de comunicação do
pregador. Sem ela não tem pregação. É um instrumento delicado
que deve ser muito bem cuidado.
Deus tem dado a igreja do presente século acesso a
tecnologia eletrônica, como caixas de som e microfones
potentes. Logo, não é preciso estragarmos as nossas gargantas na
pregação. A voz deve fluir livremente do pregador. Lembre-se:
eloqüência não é gritaria e não é o nosso timbre de voz que vai
convencer o pecador, mas sim, a unção de Deus na transmissão
da Palavra de Deus.
A Arte de Pregar
- 68 -
Exemplos de Sermão
"O que a incredulidade ocasiona?" Nm 14. 1-11
1 - A incredulidade denigre o caráter de Deus
2 - A incredulidade envilece o caráter do homem
3 - A incredulidade prejudica a obra de Deus
.4 - A incredulidade provoca a ira de Deus
Somos Ricos
1 - Porque recebemos o perdão de nossos pecados
2 - Porque os recursos de Deus estão a nosso favor
3 - Porque as glórias dos céus nos estão reservadas
A Arte de Pregar
- 69 -
"Os requisitos do crescimento espiritual" – II Pe 3.18
1 - Uma alimentação adequada.
2 - Uma atividade apropriada.
"Uma vida digna do evangelho" Fp 1.27-30
1 - Uma vida digna do evangelho é uma vida de paz
2 - Uma vida digna do evangelho é uma vida de
combate
3 - Uma vida digna do evangelho é uma vida de fé
4 - Uma vida digna do evangelho é uma vida de
amor.
Sermão com pergunta: Que, Quem, Como, Quando,
Onde, Por que?
"Nossa ordem de marchar" Ex 14.15
1 - Por que devemos marchar?
2 - Como devemos marchar?
3 – O que nos espera em nossa marcha?
"Uma pergunta importante e uma resposta certa" At
16. 25-34
1 - A pergunta importante foi "que devo fazer para
ser salvo?"
2 - A resposta certa foi: "crê no Senhor Jesus Cristo
e serás salvo"
"Ao fato central da história do mundo" Gl 4. 4-5
A Arte de Pregar
- 70 -
1 - o tempo escolhido por Deus para enviar Seu Filho
ao mundo foi um tempo propício.
2 - o método adotado por Deus para enviar Seu Filho
ao mundo foi um método apropriado.
3 - o propósito com que Deus enviou Seu Filho ao
mundo foi um propósito adequado.
"Deus, o nosso libertador" Rm 11.26.
1 - No passado
2 - No presente
3 - No futuro.
Problemas = Solução. Uma divisão é a resposta da
outra
"A busca humana por Deus" Jo 6.68.
1 - Para quem iremos nós?
2 - Tu tens palavra de vida eterna.
A Arte de Pregar
- 71 -
Bibliografia
• Homilética Prática - Thomas Hawkins -Juerp
• Esboços Bíblicos - Adelson D. Santos
• Manual para Pregadores - Equipe Sean - Vida Nova
• Manual da Escola Dominical - Antonio Gilberto -
CPAD
• Dicionário de Teologia - Vida Nova
• Bíblia Sagrada - Várias versões
A Arte de Pregar
- 72 -
• ADQUIRA OUTROS LIVROS DO PR.
VALDINEI PEREIRA:
1. Seguir a Cristo
2. Ao Deus Desconhecido
3. Quando Deus Escolhe Alguém
4. Quando o Impossível Torna-se Possível
5. Conflitos da Juventude
6. Juventude sem Crise
7. Guardando Meu Coração
8. Filhos, Herança de Deus
9. Como Ser Feliz no Amor
10. 21 Dicas Para Abençoar seu Casamento
11. Teológico – Jesus Cristo, Vida e Obra
12. Teológico – Pecado, o Perigo de Envolver-se
com ele
13. Teológico – Salvação, o Maravilhoso Presente
de Deus
14. Teológico – A Arte de Pregar
15. Teológico – A Bíblia
16. Teológico – História da Igreja
17. Teológico – Escatologia
18. Teológico – Espírito Santo
19. Teológico – Missões
A Arte de Pregar
- 73 -
prvaldinei.blogspot.com