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MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE – SAS
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA – SAS
Coordenação-Geral de Média e Alta Complexidade
Maria Inez Pordeus Gadelha
A COMPRA CENTRALIZADA DO GLIVEC
e
A PORTARIA SAS 90 DE 16/MARÇO/2011
Brasília– DF – 17 de março de 2011
CONFLITO DE INTERESSES
Declaro-me sem conflito de
interesses de qualquer tipo ou
natureza.
AS DOENÇAS
Tumor do Estroma Gastrointestinal – GIST
c-KIT positivo
Finalidade: paliação
Linha única
Leucemia Mielóide Crônica – LMC
Cromossoma Philadelphia positivo ou bcr-abl positivo
Fase crônica – LMC-C
Fase de transformação (acelerada) – LMC-T
Fase blástica (aguda) – LMC-B
Finalidade: controle temporário de doença
Três linhas por fase
O MEDICAMENTO
E
SUAS INDICAÇÕES
Mesilato de Imatinibe (Glivec)
Indicações
GIST – procedimento 03.04.02.031-1
LMC – primeira linha
LMC-C – procedimento 03.04.03.011-2
LMC-T – procedimento 03.04.03.015-5
LMC-B – procedimento 03.04.03.009-0
RETROSPECTIVA
2001 – Portaria SAS 431 – PCDT – LMC
LMC-C – 2ª linha
LMC-T e LMC-B – 1ª linha
2001 – Portaria SAS 432 – Procedimentos - LMC
2002 – Portaria GM 1.655 – PCDT e procedimento - GIST
2008 – Portaria SAS 347 – LMC-C – 1ª linha
2008 – Portaria SAS 649 – Dasatinibe (2ª linha nas três fases da LMC)
2010 – Acordo no 1 – MS/Novartis – redução escalonada do $-Glivec
Portaria SAS 282 – 1ª redução do valor (GIST e 1ª linha-LMC) – 2010
Portaria SAS 706 – 2ª redução do valor (GIST e 1ª linha-LMC) – 2011-12
Portaria SAS 90 – 3ª redução do valor - compra centralizada -
fornecimento pelas SES.
POR QUÊ?
Pressão contínua para o MS aumentar do valor dos procedimentos.
Desvio de codificação de procedimentos:
LMC-C codificada como LMC-T ou LMC-B– 2ª linha
Com a redução do valor pela Portaria SAS 282/2010:
LMC 1ª linha codificada como segunda linha
Auditorias operativas de secretarias de saúde confirmatórias.
Auditorias analíticas e operativas do DENASUS confirmatórias.
Inobservância do PCDT da LMC.
LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA – FASES - 2010
Fases Evolutivas Crônica Transformação Blástica
BRASIL* 63% 26% 11%
NORMA >75% <20% Até 5%
DOENÇA TRATADA ≥88% <10% Até 2%
Fontes: APAC-SIA-SUS 2009 e 2010; e Portaria SAS 649/2008.
O DISCURSO VERSUS A PRÁTICA (I)
* Em 2009: 63%, 27% e 10%, respectivamente.
LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA – LINHAS – 2010
Linhas Quimioterápicas 1ª 2ª 3ª
BRASIL * 85% 12% 3%
NORMA >85% <10% Até 5%
DOENÇA TRATADA ≥90% <10% Até 2%
O DISCURSO VERSUS A PRÁTICA (II)
* Em 2009: 89%, 5% e 6%, respectivamente.
Fontes: APAC-SIA-SUS 2009 e janeiro a agosto de 2010.
CÓDIGO PROCEDI-
MENTO
DOSE/
DIA
VALOR DO
PROCEDIMENTO PT SAS 282 PT SAS 706 PT SAS 90
03.04.02.031-1 GIST 400 mg R$ 4.067,00 R$ 3.175,40 R$ 2.489,40 17,00
03.04.03.011-2 LMC-C
1ª linha 400 mg R$ 4.067,00 R$ 3.175,40 R$ 2.489,40 17,00
03.04.03.015-5 LMC-T
1ª linha 600 mg R$ 6.092,00 R$ 4.754,60 R$ 3.725,00 17,00
03.04.03.009-0 LMC-B
1ª linha 600 mg R$ 6.678,50 R$ 4.754,60 R$ 3.725,00 17,00
Mesilato de Imatinibe - base de 100 mg
Ano
No.
Comprimidos Preço Total Diferença
base 2010 8.500.000 R$ 42,50 R$ 361.250.000,00 0
2010 8.500.000 R$ 26,32 R$ 223.720.000,00 R$ 68.765.000,00
2011 9.350.000 R$ 20,60 R$ 192.610.000,00 R$ 168.640.000,00
2012 10.285.000 R$ 20,60 R$ 211.871.000,00 R$ 149.379.000,00
TOTAL R$ 386.784.000,00
A economia será de cerca de R$ 400 milhões para 2,5 anos.
A CRÍTICA
no
SIA-SUS
CRÍTICA - LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA
FASE Crônica Transformação Blástica
CrítIca Até 20% Até 5%
LINHA Primeira Segunda Terceira
Crítica Até 15%
Total de Estabelecimentos de Saúde 164 Estabelecimentos
FISICO FINANCEIRO
Produção Total em LMC 59.991 261.004.943,20
Glosa sem ponto de corte 12.868 84.469.578,03
Percentual de Glosa 21% 32%
PONTO DE CORTE (PC) 20 procedimentos/mês PRODUÇÃO
QNT PERCENTUAL FISICA PERC.
Unidades dentro do Ponto de Corte 73 45% 52.046 87%
Unidades fora do Ponto de Corte 91 55% 7.945 13%
Estabelecimentos de Saúde no PC 73 Estabelecimentos
FISICO FINANCEIRO
Produção Relativa ao Ponto de Corte 52.046 225.648.104,20
Glosa com Ponto de Corte 10.203 68.148.691,56
Percentual de Glosa 20% 30%
Estabelecimentos de Saúde fora do PC 91 Estabelecimentos
FISICO FINANCEIRO
Produção Relativa fora da Crítica 7.945 35.356.839,00
Glosa não realizada 2.665 16.320.886,47
Análise da produção em 2010 e aplicação dos parâmetros
OPERACIONALIZAÇÃO
Número de comprimidos estimados pelo DAE/SAS.
Compra centralizada pelo MS (DAF/SCTIE e DLOG/SE).
Entrega às SES pela Novartis (previsão máxima: 18 de março).
Distribuição pelas SES aos hospitais conforme a respectiva
grade de referência encaminhada pelo MS.
Primeira entrega correspondente a 2,5 meses.
Segunda entrega em 04 de maio.
Manutenção de estoque estratégico nas SES e no MS.
Os procedimentos em pauta continuarão a ser registrados através
de Autorização de Procedimentos Ambulatoriais (APAC) pelos hospitais
credenciados no SUS e habilitados em Oncologia.
A crítica aos procedimentos de LMC entrará em vigor, para fins de
advertência, na competência Abril/2011 e, para fins de GLOSA, a partir da
competência Julho/2011.
Todas as APAC dos procedimentos de quimioterapia da LMC em
pauta serão encerradas automaticamente pelo SIA/SUS na competência
Março/2011, independentemente de serem APAC inicial ou de continuidade,
devendo ter novas APAC iniciais abertas na competência Abril/2011, nelas
constando os procedimentos compatíveis com as reais fases evolutivas da
LMC e linha quimioterápica, bem como os números de meses programados e
os já cumpridos do planejamento terapêutico global da informada
quimioterapia de LMC .
As APAC referentes às competências Janeiro/2011, Fevereiro/2011 e
Março/2011, mesmo apresentadas no SIA/SUS a partir da competência
Abril/2011, terão seus valores de referência da competência mantidos,
respeitando a regra de apresentação de produção retroativa no SIA/SUS.
OS RECURSOS
FEDERAIS
EM 2011:
PARA A COMPRA CENTRALIZADA DO GLIVEC:
R$ 191.271.556,00.
DO FAEC PARA O MAC:
R$ 18. 538.615,00
UMA ÚLTIMA PALAVRA
O QUE ORGANIZA AS SOCIEDADES
• Ética
• Lógica
• Etiqueta
Estes pilares suportam a observância às leis e a
discricionariedade dos poderes.
O dinheiro, como meio, é invencível na Lógica (que é
única), mas pode servir, em seus fins, para o bem ou para o mal
e para o bom ou para o mau, dependendo de qual Ética ou
Etiqueta se adote ou se quebre.
CONFLITOS
Ao se fazer da medicina um bem de mercado
e da saúde um bem de consumo, perde-se o
norte moral que deve reger as ações e
interações humanas; e o dinheiro, como
símbolo e como posse material, passa a valer
mais como um fim do que como um meio.
A associação de quem presta o serviço com
quem vende os insumos, na lógica de quanto
maior o custo nominal maior será o lucro, é a
expressão dessa perda do norte moral.
OBRIGADA!