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A COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS: MENTIRA PIEDOSA OU SINCERIDADE CUIDADOSA Janete A. Araujo 1 Elizabeth Maria Pini Leitão 2 1. Psicóloga; Especialista em Psicologia Médica; Núcleo de Cuidados Paliativos - HUPE. 2. Professora da Disciplina de Saúde Mental e Psicologia Médica da FCM/UERJ; Chefe da Unidade Docente Assistencial; UDA de Saúde Mental e Psicologia Médica - HUPE/FCM/UERJ. Janete A. Araujo Rua Albano, 244 apto.101 bl.1, Praça Seca Rio de Janeiro - RJ. CEP 22733-010 Telefone:(21)9673-6917 E-mail: [email protected] Resumo A comunicação constitui um dos quatro pilares fundamentais em Cuidados Paliativos (saber comunicar-se adequadamente com o doente e sua família; saber controlar os vários sintomas que os doentes apresentam; prestar apoio à família; e saber trabalhar em equipe interdisciplinar). No contexto da saúde, uma comunicação de qualidade estabelecida entre paciente-família-equipe de saúde é uma ferramenta terapêutica vital que garante benefícios e tem poder de fortalecer as relações, possibilitando ao paciente desenvolver autonomia e maior confiança no profissional, redução do nível de ansiedade e melhora na adesão ao tratamento, permitindo-lhe viver melhor com sua doença. A transmissão de más notícias é encarada com alguma dificuldade por grande parte dos profissionais de saúde pela complexidade dos aspectos emocionais a ela associados, é tarefa complexa, complicada e requer treino: exige que o pro-fissional desenvolva técnicas e competências. Ressalte-se ainda que, tanto comportamentos verbais como não verbais emitidos na interação entre profissional-pacientes-familiares, fazem parte do que denominamos comunicação. Este artigo aborda a problemática da transmissão de más notícias, e os aspectos ligados a várias situações no âmbito da relação profissional-desaúde/paciente. Descritores: Comunicação; Más notícias; Cuidados Paliativos; Profissional de saúde. Abstract Communication is one of four pillars in Palliative Care (proper communication with the patient and his family, control of the various

A Comunicação de Más Notícias

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Apresenta técnica sobre a comunicação de más notícias na relação profissional de saúde-cliente.

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  • A COMUNICAO DE MS NOTCIAS: MENTIRA PIEDOSA OU SINCERIDADE CUIDADOSA

    Janete A. Araujo1 Elizabeth Maria Pini Leito2

    1. Psicloga; Especialista em Psicologia Mdica; Ncleo de Cuidados Paliativos - HUPE. 2. Professora da Disciplina de Sade Mental e Psicologia Mdica da FCM/UERJ; Chefe da Unidade Docente Assistencial; UDA de Sade Mental e Psicologia Mdica - HUPE/FCM/UERJ.

    Janete A. Araujo

    Rua Albano, 244 apto.101 bl.1, Praa Seca Rio de Janeiro - RJ. CEP 22733-010

    Telefone:(21)9673-6917 E-mail: [email protected]

    Resumo

    A comunicao constitui um dos quatro pilares fundamentais em

    Cuidados Paliativos (saber comunicar-se adequadamente com o doente e sua famlia; saber controlar os vrios sintomas que os doentes

    apresentam; prestar apoio famlia; e saber trabalhar em equipe interdisciplinar). No contexto da sade, uma comunicao de qualidade estabelecida entre paciente-famlia-equipe de sade uma ferramenta

    teraputica vital que garante benefcios e tem poder de fortalecer as relaes, possibilitando ao paciente desenvolver autonomia e maior

    confiana no profissional, reduo do nvel de ansiedade e melhora na adeso ao tratamento, permitindo-lhe viver melhor com sua doena. A

    transmisso de ms notcias encarada com alguma dificuldade por grande parte dos profissionais de sade pela complexidade dos aspectos

    emocionais a ela associados, tarefa complexa, complicada e requer treino: exige que o pro-fissional desenvolva tcnicas e competncias.

    Ressalte-se ainda que, tanto comportamentos verbais como no verbais emitidos na interao entre profissional-pacientes-familiares, fazem

    parte do que denominamos comunicao. Este artigo aborda a problemtica da transmisso de ms notcias, e os aspectos ligados a

    vrias situaes no mbito da relao profissional-desade/paciente.

    Descritores: Comunicao; Ms notcias; Cuidados Paliativos; Profissional de sade.

    Abstract

    Communication is one of four pillars in Palliative Care (proper

    communication with the patient and his family, control of the various

  • symptoms that patients present, assistance to the family, and work well

    in an interdisciplinary team). In the context of health, communication of quality settled between patient-family-health team is a vital therapeutic

    tool that guarantees benefits and has the power to strengthen up relationships, enabling the patient to develop autonomy and greater

    confidence in the professional, to reduce anxiety level and to improve adherence to the treatment, allowing him/her to live better with the

    disease. The transmission of bad news is met with some difficulty by most health professionals because of the complex emotional aspects

    associated with it, which is a complex and complicated job that needs training: requires that the professional develop techniques and skills. It

    should be noted that, both verbal and nonverbal behaviors set in the interaction between professional-patient-family, are part of what we call

    communication. This article discusses the communication of bad news problem, and the aspects related to various situations in the relationship between health professional/patient.

    Keywords: Communications, Bad News, Palliative Care, Health Care

    Professionals.

    INTRODUO

    Comunicao:

    Processo que envolve a transmisso e a recepo de mensagens, elemento fundamental na relao humana.1 A comunicao interpessoal

    mais que uma troca de mensagens, um processo complexo e subjetivo que envolve crenas e valores, experincias, expectativas,

    percepo e compreenso.

    O objetivo da comunicao o bom entendimento entre as pessoas; no entanto, nem sempre este entendimento alcanado, devido

    influncia de fatores como nvel de instruo, cognio, cultura e idade que podem comprometer a qualidade da comunicao nas relaes

    humanas.

    No processo de comunicao so utilizados dois tipos de linguagens: a verbal e a no verbal. O comportamento verbal, de acordo com Skinner,2 caracteristicamente dinmico, e independe de seu tamanho

    ou complexidade. No comportamento do ouvinte, os estmulos verbais evocam respostas apropriadas a algumas das variveis que afetaram o

    falante. Alm disso, o comportamento verbal reforado por meio de outra pessoa, mas no requer a participao da mesma para a sua

    execuo. Por exemplo, as recomendaes sobre o tratamento de uma doena so esclarecidas e reforadas pelo mdico, mas depende da

    modificao e/ou incorporao de comportamentos pelo paciente.

    A linguagem no verbal produzida pela expresso corporal, permite a compreenso e expresso dos sentimentos e pode indicar "aprovao" -

  • como um sorriso, ou preocupao - ao "franzir a testa". Apresenta maior

    dificuldade para ser controlada, sendo necessrio esforo e ateno no momento da comunicao.

    Ms notcias:

    M notcia tem sido definida como qualquer informao que envolva uma

    mudana drstica na perspectiva de futuro em um sentido negativo,3 por exemplo a necessidade de fazer uma gastrostomia, a indicao de

    uma medicao controlada (morfina), a impossibilidade de alimentao oral ou qualquer informao que tenha um sentido negativo para o

    paciente em termos de mudanas ou adaptaes.

    A Comunicao na relao profissional de sade-paciente-familiar:

    Na literatura atual, muitos estudos mencionam problemas frequentes relacionados comunicao deficitria entre pacientes e a equipe de

    sade.4 Quando h uma comunicao de qualidade entre profissional de sade e paciente, este se sente mais motivado e encorajado a fazer

    perguntas, reduzindo seu sofrimento e ansiedade gerados pelo tratamento, alm de se sentir mais satisfeito.5

    Para Suarez-Almazor,6 o mdico que procura fornecer instrues mais

    detalhadas ao seu paciente tem maior sensibilidade s questes trazidas por ele, oferecendo-lhe compreenso sobre sua sade, e tornando-o

    mais colaborativo com o tratamento.

    importante ressaltar que a qualidade da comunicao no contexto da sade no direcionada somente para a dade "assistente e assistido', mas deve envolver todos os profissionais que compem a equipe

    interdisciplinar; dessa forma, o vnculo do paciente se d tambm com toda a rede de profissionais que a integram.

    Um dos fatores predominantes que afetam a qualidade da comunicao

    a rapidez e urgncia de tempo do profissional. E, em funo da grande demanda, principalmente em instituio pblica, comum que o

    paciente no esclarea suas dvidas. De acordo com Straub,7 geralmente os pacientes apresentam queixas aps as consultas mdicas,

    referentes escassez de informaes recebidas.

    Outro fator que impede uma boa comunicao o uso de jarges tcnicos ou a adoo de uma linguagem infantilizada, que no permite

    uma compreenso plena pelo paciente e/ou familiares.

    A qualidade da comunicao entre profissional de sade e paciente percebida tambm pela postura do profissional quando vai revelar uma m notcia. A maneira como estas informaes so passadas pode

    influenciar na forma de enfrentamento do paciente e sua famlia diante do processo de adoecimento. Aps o recebimento da m notcia, os

  • pacientes tendem a buscar informaes sobre sua doena e tratamento

    e abordar o mdico para esclarecer dvidas e expressar suas emoes.

    Comunicao de ms notcias

    Receber informaes de boa qualidade (honestas, claras e compassivas) um desejo universal dos pacientes em estado avanado da doena,

    conforme evidencia a literatura.8-11 Em estudo realizado no Brasil com 363 pacientes, identificou-se que mais de 90% dos entrevistados

    desejam ser informados sobre suas condies de sade, incluindo eventuais diagnsticos de doenas graves.12

    A informao negativa referente ao diagnstico, prognstico e

    progresso da doena difcil porque, para os mdicos, pode estar faltando um mtodo para faz-lo, e tambm porque este tipo de informao pode trazer reaes emocionais ou comportamentais por

    parte do paciente, que so incmodas para ambos.13 A apreenso em relao reao do paciente pode levar o profissional a adotar

    estratgias para adiar as ms notcias.

    A comunicao de notcias difceis pode envolver no somente a revelao do diagnstico, como tambm a progresso da doena e a

    necessidade de encaminhamentos. Jacobsen e Jackson14 ressaltam que o enfrentamento do paciente diante da doena marcado por oscilaes,

    ora com esperana irreal de longevidade e ora com planos funerrios, como um acontecimento natural ao longo da trajetria do paciente.

    O sofrimento causado por uma m notcia de algum modo reduzido se

    o mdico/profissional de sade mostrar considerao pelos sentimentos do doente, se tiver tempo para responder a perguntas (como desejvel), garantindo ao doente um apoio contnuo, mesmo quando a

    cura no for mais possvel.

    A forma como se comunica ao doente o diagnstico e a teraputica, mesmo que tecnicamente estes estejam corretos, influencia de uma

    forma muito importante a maneira como o doente vai reagir, e, por isso, os profissionais devem levar em considerao alguns fatores:

    Prepare a si mesmo, recapitule pontos chave e observe suas reaes

    pessoais;

    Lembre-se que os pacientes e familiares podem ficar satisfeitos

    mesmo com a expresso "no sei";

    Use sempre de sinceridade;

    Demonstre empatia e confiana;

    Aja com segurana e assertividade;

    Tenha uma escuta atenta (observe a linguagem verbal e no verbal);

    Permita a expresso das emoes (deixe chorar);

    Quando faltam as palavras, "o toque" pode ser a melhor alternativa;

    Respeite os valores e crenas dos pacientes.

  • No se trata, pois, de informar a todo o custo, mas tambm no se deve

    pressupor - como frequentemente ocorre - que o doente nunca quer saber.

    Buckman3 criou um protocolo, chamado SPIKES (Setting Up the

    Interview; Perception; Invitation;Knowledge; Emotions; Strategy and Summary), composto por seis passos expressos pelas iniciais da

    proposta, configurando estratgias para uma comunicao eficaz. O objetivo habilitar o mdico a preencher os quatro objetivos mais

    importantes da entrevista de transmisso de ms notcias: recolher informaes dos pacientes, transmitir as informaes mdicas,

    proporcionar suporte ao paciente e induzir a sua colaborao no desenvolvimento de uma estratgia ou plano de tratamento para o futuro. Os seis passos so:

    1-Planejar a situao de comunicao(S - Setting Up the Interview)

    Identificar um ambiente privado; considerar a trajetria do paciente, inteirando-se da sua histria; envolver amigos e parentes no processo.

    2-Sondar a percepo do paciente sobre a doena(P - Perception)

    Identificar as informaes (o que o paciente ou familiar sabe), corrigi-las

    ou ajust-las com informaes mais precisas.

    3-Convidar o paciente a expor suas dvidas (I - Invitation)

    Pode ser essencial entender o grau de detalhe que o prprio paciente quer obter sobre seu caso, colocando-se sempre disponvel para maiores esclarecimentos.

    4-Buscar a clareza de forma delicada / dando Conhecimento e

    Informao ao Paciente(K - Knowledge)

    Ser claro e preciso, mas dar tempo ao paciente, evitando detalhes dispensveis e excesso de informao por vez.

    5-Ser emocionalmente solidrio / abordar as emoes dos

    pacientes com respostas afetivas(E - Emotions)

    Estimular a expresso emocional do paciente e seus parentes, acolhendo as reaes negativas notcia.

    6-Apontar os prximos passos / estratgia e resumo(S - Strategy

    and Summary) Repassar o que foi dito; verificar se a pessoa se sente pronta para

  • discutir o que ser feito; apresentar as possibilidades de cuidados e

    tratamentos.

    Aps um choque inicial, o doente precisa clarificar o significado da

    informao que lhe foi dada, expondo os seus receios, em relao a experincias prvias que tenha vivido ou com as quais tenha tido

    contato (histria familiar de neoplasias, por exemplo). Por mais explcita que tenha sido a informao, preciso lembrar que, no momento de

    receber uma m notcia, ningum consegue reter toda a informao que lhe dada.

    importante, segundo Santos15:

    "(...) que o profissional mostre ateno, empatia e carinho com o comportamento e sinais no verbais. A expresso facial, o contato visual, a distncia adequada e o toque nas mos, braos ou ombros

    ajudam a demonstrar empatia oferecer apoio e conforto. O paciente precisa sentir que por pior que seja sua situao, ali se encontra algum

    que no o ir abandon-lo prpria sorte (...)"

    Comunicao com os familiares

    Embora as necessidades dos pacientes que vivenciam o processo de

    morrer sejam classificadas como prioritrias, a ateno aos familiares tambm deve ser considerada importante devido ao grande impacto

    emocional que estes sofrem. A famlia fornece proteo psicossocial ao paciente, sendo seu principal apoio durante o processo de adoecimento.

    Frequentemente os familiares no entendem o que est acontecendo, no sabem para quem perguntar ou como devem se comportar.

    Os familiares precisam ser mantidos informados sobre o que acontece; uma das necessidades mais proeminentes da famlia o estabelecimento

    de uma comunicao clara, honesta e frequente com os membros da equipe que cuidam do paciente15.

    CONCLUSES

    A comunicao entre profissional de sade, paciente e familiar um dos temas relevantes em pesquisas na rea da sade, pois gera benefcios

    para o paciente, ao aderir ao tratamento e melhorar sua qualidade de vida. O profissional, ao adotar uma comunicao mais adequada,

    identifica as necessidades de seu paciente para que, juntos, discutam formas de promover a sade, reduzindo ansiedade e angstia de todos

    os sujeitos envolvidos no processo de adoecimento. Verificamos que as "ms notcias' em sade incluem situaes que

    constituem uma ameaa vida, ao bem estar pessoal, familiar e social,

  • pelas repercusses fsicas, sociais e emocionais que acarretam.

    O teor deste artigo diz respeito a conceitos sobre a comunicao em

    cuidados paliativos, que uma rea cujo conhecimento to importante como a prescrio de frmacos ou realizao de outras intervenes

    tcnicas. Est largamente demonstrado que a aquisio destas estratgias no se faz por acumulao da experincia, mas pelo treino e

    aquisio de conhecimento, bem como uma constante reflexo do profissional de sade sobre seus prprios recursos emocionais para lidar

    com situaes de perdas e frustraes.

    A verdade como um remdio: h dose, via e hora para ser administrada. Uma dose baixa no eficaz, mas uma dose alta demais

    ou administrada de forma errada pode tambm fazer mal. E para saber qual a dose necessria preciso perceber o paciente como uma pessoa que tem medos, gostos e histria. O dilogo o caminho para o

    entendimento15.

    A comunicao , cada vez mais, entendida como uma habilidade especfica que pode ser estudada e melhorada. Mostra-se urgente que as

    instituies formadoras de profissionais de sade invistam na capacitao de seus alunos.

    REFERNCIAS

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