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A teoria do Contrato Social em Kant Luana Marina dos Santos, Laura Antunes Carniel, Gustavo de Oliveir a Müller , Thaíse Fauth Muniz Direito Filosofia jurídica Josué Müller Canoas, 21 de junho de 2011

A concepção Liberal do Estado

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A teoria do Contrato

Social em KantLuana Marina dos Santos, Laura Antunes Carniel,

Gustavo de Oliveira Müller, Thaíse Fauth Muniz

Direito

Filosofia jurídica

Josué Müller

Canoas, 21 de junho de 2011

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� Kant inicialmente separa o conhecimento formal do conhecimento material;

� A filosofia do conhecimento formal é lógica, abordando a razão dos pensamentos emsí mesmos e não se apoia exclusivamente na experiência (empírico);

� O conhecimento material trata das leis a que estão submetidos. Estas leis se dividemem leis da natureza, tratadas pela física, e leis de liberdade, aquelas que tratam dasações livres dos homens;

� A física e a ética podem contar com elementos empíricos. A física tem como objeto de

experiência as leis da natureza e a ética tem por objeto a vontade do homem quandoafetada pela natureza;

É chamada de empírica toda filosofia baseada em princípios da experiência, é puraaquela filosofia que tem suas teorias fundamentadas exclusivamente em princípios, apriori, não extraídos da experiência, mas sim do uso da razão pura.

A filosofia kantiana da moral e do direito

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� A filosofia pura é chamada metafísica, logo existe uma metafísica da natureza euma metafísica dos costumes;

� Assim, a parte empírica da ética chama-se antropologia prática, enquanto a suaparte metafísica é a moral;

� Para Kant, deve existir uma filosofia moral totalmente desligada do que sejaempírico. Seus fundamentos devem ser obtidos a priori, exclusivamente nos

conceitos da razão pura;

� A ação moral não pode ser condicionada por qualquer estímulo externo. Avontade moral não pode ter nenhum fim além do comprimento do dever. Assim, odever da moral deve ser dado através do imperativo categórico. Este imperativocategórico apresenta uma ação necessária em si, impondo uma obrigação ou

dever incondicional;

� Kant estabelece uma distinção entre direito e moral.

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� As leis da liberdade, são consideradas às ações externas dos indivíduos, sempreocupação com os motivos que o levam a adequar suas ações à lei, sãoconsideradas leis jurídicas;

� As leis da liberdade enquanto leis morais exigem, além da adequação das açõesexternas com o seu ensinamento, que a lei em si seja o fator que determina aação;

� O preceito moral é dado pelo exercício individual da razão pura, não podendo serinfluenciado externamente.

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Partindo do direito, a filosofia kantiana é marcada pelo idealismo;

� Pensamento destinado a estabelecer teoria pura do direito;

� Somente através da razão pode haver uma distinção do que é justo e injusto;

� 3 características essenciais do direito :

1º - Deveria dizer respeito somente as relações práticas externas entre as pessoas;

2º- Se refere apenas às relações entre as vontades dos indivíduos;

3º- Em uma relação entre vontades, não pode ser considerado o que se propõem,apenas deve ser consideradas as escolhas livres;

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� Princípio Universal de Direito: Ação que possa coexistir com a liberdade de todos;

O direito para kant, busca promover o exercício máximo das liberdades individuais;

� O Estado passa a ser a garantia para que possa haver essas liberdades;

� O Direito surge para impedir, no momento em que as vontades individuais passem afrente da moral;

� Para cumprir sua função o direito precisa do uso da coerção;

� Liberdade relacionada com a autonomia da razão;

� A liberdade, entendida como independência do indivíduo de exercer sua vontadesem sofrer ingerências externas, mas de forma que possa coexistir com a vontadedos outros, é segundo kant, o único direito natural, onde cada um ganha esse direitodesde o momento de seu nascimento;

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Teoria do Contrato Originário

Kant reconhece o contrato originário como o único no qual pode ser fundamentadauma constituição civil universalmente jurídica entre os homens e constituída umacomunidade.

Esse contrato não é um fato histórico, mas sim uma idéia da razão, um princípio idealque deve servir para a justificação racional do Estado.

O contrato originário é para ele simplesmente um ideal do que se deve tirar a justificação da passagem do estado de natureza para o estado civil.

A realidade deste contrato consiste em derivar da vontade comum de todo um povoe em considerar que cada pessoa tivesse dado o seu consenso para uma tal vontade.Sendo o consenso é um ideal ao qual o estado deve visar.

A teoria do contrato originário é o meio pelo qual o contato social foi sublimado.

 

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� O contrato social foi difundido a partir do início do século XVII;

� Neste período Thomas Hobbes foi o grande expoente em sua fase inicial;

� O contrato social explica a origem do poder através de um ato de vontadedaqueles a eles subordinados;

� No contrato existe um estado de natureza anterior ao estabelecimento do

contrato;

� Kant, em sua teoria, contraria a maioria dos pensadores e percebe o contratosocial como uma relação entre pessoas igualitárias;

O Contrato Social

 

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- Rousseau afirma que o que o homem perde com o contrato social é a liberdade

natural, e o que ganha é a liberdade civil.

- Kant concorda, dizendo que o homem não conserva a liberdade natural, queabandonou a liberdade desenfreada e selvagem para encontrar uma liberdadebaseada em uma dependência legal.

- A liberdade civil, consiste em uma dependência de uma vontade coletiva.

- Kant atribui ao Estado não somente a tarefa de atuar a autonomia das vontades,mas também a de garantir a cada cidadão uma esfera de liberdade para agir semencontrar obstáculos nos outros.

 

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A concepção Liberal do Estado

Q ual é o fim do Estado? A liberdade Individual

O fim do estado coincide aos fins múltiplos dos indivíduos.

Dar uma esfera para que cada pessoa possa atingir a partir de suas capacidades os seusobjetivos.

Essa concepção foi chamada de negativa, pois sua tarefa não era fazer algo para afelicidade das pessoas, mas sim, remover os obstáculos que se colocam a que cada um

alcance seu fim individual a partir de seus próprios meios.

O Estado Liberal pode ser comparado à um guarda de trânsito.

 

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Q ual é o bem público do Estado? A constituição legal.

Kant acredita que cada homem tem sua própria felicidade, por isso não é possívelhaver uma regra geral para a mesma.

Kant afirma que não é possível formular princípio algum válido universalmente para

fazer leis.

Cada pessoa, deve buscar a sua felicidade, sem deixar de cumprir as leis universaisestabelecidas da constituição legal.

Ou seja, cada indivíduo tem o direito de ir em busca da felicidade, desde que não violea liberdade geral em conformidade com a lei.

 

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O estado kantiano pode ser definido como um estado de direito, ou seja, o

Estado não tem uma ideologia própria (religiosa, moral, econômica) mas sim, umaordem externa que permite uma expressão livre de ideologias e valores de cadaum de seus membros.

O estado kantiano, também pode ser denominado de formal. Segundo Kant,o Estado não se preocupa tanto com que coisa os cidadãos devem fazer, mas simcomo devem fazer, pois o que mais importa é o fato de que o que as pessoasfazem seria feito por elas de maneira que não prejudicasse os outros.

 

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Passagem do Estado de Natureza para o Estado Civil

O Estado de Natureza pode ser entendido como a ausência de sociedade, onde cadaum pode fazer o papel de juiz e aplicar a pena que considerar justa ao infrator.

O Estado Civil é uma sociedade organizada que possui leis jurídicas, organizaçãopolítica, normas de moral e propriedade privada.

Para Kant, o Estado de Natureza deve ser compreendido como um estado provisórioque levará ao Estado Civil, sua passagem não deve representar uma anulação dodireito natural, mas sim a possibilidade de seu exercício ser garantido através dacoação.

No Estado de Natureza não havia um juiz a quem se podia reclamar os direitos, aposse era algo provisório e as liberdades eram desenfreadas, já no estado civil a possetorna-se peremptória, assim como é o próprio estado, há presença de um podersoberano que faz com que se realize o direito natural dos homens e as liberdadescoexistem.

 

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O Estado de Natureza é juridicamente provisório, ao contrário do Civil, que é juridicamente peremptório, e por este motivo há um direito por parte do indivíduo deobrigar os outros a entrarem no estado civil.

Para Kant, o homem deve sair do estado de natureza, no qual cada um segue oscaprichos da própria fantasia, e unir-se aos outros, submetendo-se a uma coaçãoexterna. A constituição do Estado Civil não é apenas um verdadeiro dever para o

homem e sim uma exigência moral.

Ele afirma que esta passagem deve ser realizada visando a obediência a lei moral. Odever de constituir o estado civil diz respeito a uma união que constitua o primeirodever incondicional, o dever em si mesmo, que decorre de um imperativo categórico.

Assim o fato de entrar no estado civil para que a própria liberdade possa coexistircom a dos outros, é um dever moral, é no estado civil que cada individuo será o únicoárbitro de sua própria felicidade.