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A Conservação Preventiva e o
Plano Institucional de
Preservação
16º Curso Informativo de Preservação
de Acervos Bibliográficos e Documentais
BIBLIOTECA NACIONAL
Agosto 2012
Solange Sette G.de Zúñiga
Em que medida a adoção de atividades
preventivas foi responsável pela
racionalização de ações envolvendo a
instituição como um todo
Sobre o que vamos falar:
1. Da intervenção à prevenção: como chegou-
se à adoção de medidas preventivas
2. O que vem a ser Conservação Preventiva
3. Atividades de conservação-preservação no
Brasil: alguns destaques
4. Indicação do Plano Institucional de
Preservação como meio de operacionalizar
as estratégias necessárias para a melhoria
das condições de preservação das coleções
• Curso Informativo de Preservação
• Associação Brasileira de Conservadores-
Restauradores de Bens Culturais
• A Conservação Preventiva e o Plano
Institucional de Preservação.
Como se relacionam esses conceitos?
(o guarda-chuva de Lisa Fox)
Restauração Conservação Preventiva
Reprodução convencional e digital Fotografia, Microfilmagem e Digitalização
Atividade de forte cunho gerencial e
administrativo destinada a
• minimizar a deterioração química ou física
dos documentos e
• evitar a perda de conteúdo informacional.
PRESERVAÇÃO
CONSERVAÇÃO / RESTAURAÇÃO
• exame do documento
• proposta de tratamento
• registro do tratamento realizado
• A conservação trata de práticas específicas destinadas a diminuir o ritmo de deterioração e a prolongar a expectativa de vida de um objeto, através da intervenção direta na sua estrutura física e química.
• Aos conservadores cabe criar as condições de manuseio sem riscos à integridade física do documento.
• Resumindo: conservação / restauração
é o tratamento dispensado aos
documentos, visando
• possibilitar seu manuseio pelo usuário,
• sem representar qualquer risco à sua
integridade física.
• Aos poucos: aumentam as divergências entre
adeptos dos termos restaurar e conservar.
• Cisão encabeçada pelo grupo norte-americano
ligado a livros e documentos: não somente
abandona o termo restaurar, como passa a
repudiá-lo.
• Para seu lugar desloca-se, cada vez mais, a
atividade de conservação, no sentido não mais
de recompor, ou mesmo remediar, mas de
prevenir.
CAUSAS PRINCIPAIS:
1. Enchente de Florença (1966)
2. O problema dos papéis quebradiços
3. O crescimento descontrolado de grandes
massas documentais
4. Atualização da metodologia utilizada para
avaliar coleções: exigência da
multidisciplinaridade.
1. Enchente de Florença (1966)
• Rio Arno sobe mais de 5 metros, inundando a
cidade de Florença
• Biblioteca de Florença
• Mobilização internacional: mas procedimentos
habituais, visando itens individuais =
ineficazes
• Necessidade de planos de emergência e de
ação interdisciplinar (variedade de materiais)
2. O problema dos papéis quebradiços
• Anos 1950-60: período de rápido crescimento
de coleções nas bibliotecas de pesquisa norte
americanas.
• Fins década 1950: primeiro estudo sobre
deterioração de papéis nas bibliotecas:
W.Barrow conclui que apenas 3% dos volumes
publicados entre 1900 e 1949 durariam mais
de 50 anos.
• Seguem-se estudos em 1962 e nas décadas de
1970 e 80: veredito de Barrow confirmado.
• Até meados séc. 19 papel produzido a partir do
linho e do algodão – geralmente alcalino ou
com pH neutro, podendo durar séculos sem
tornar-se quebradiço.
• A partir de então: papel passa a ser fabricado a
partir das fibras de celulose oriundas da
madeira, de pouca resistência mecânica e que
se rasga com facilidade.
• Grande quantidade de substância resinosa – a
lignina – de difícil remoção e que, ao longo do
tempo, torna o papel quebradiço e amarelecido.
3. O crescimento descontrolado de
grandes massas documentais
• Conceito de documento passa a ter abrangência
até então inusitada: belga Paul Otlet.
• Documentos = todos os bens de valor cultural,
sendo eles arquitetônicos, artísticos,
arqueológicos ou “Sítios Naturais”
• São rompidas as fronteiras físicas de bibliotecas
e arquivos como instituições detentoras de
documentação.
• procedimentos habituais, visando itens
individuais = ineficazes: necessidade de
mudança dos tratamentos, de individuais para
coletivos.
• Hoje em dia agravado com o surgimento do
documento digital.
4. Atualização da metodologia
utilizada para avaliar coleções
• A complexidade de materiais que compunham
as coleções exigia multiplicidade de soluções.
• Uma vez mais, procedimentos habituais
focados em itens individuais = ineficazes.
• Necessidade de atualização da metodologia
utilizada para avaliar as coleções:
interdisciplinaridade.
CONSERVAÇÃO PREVENTIVA
• Ações PREVENTIVAS destinadas a aumentar a esperança de vida dos documentos
• Através das ações de Conservação Preventiva: necessidade de tratamentos individuais deverá ser reduzida, a médio prazo, para níveis administráveis.
• Ênfase em ações NÃO INTERVENTIVAS: prevenir, planejar, evitar: pensar na conservação não somente de determinados documentos, mas desenvolver estratégias de preservação para as coleções e acervos como um todo.
Características da CP:
• Deslocamento do foco: do individual para o coletivo
• Interdisciplinaridade:”para que o profissional da preservação possa atuar em suportes tão díspares quanto fotografias, discos de acetato, fitas magnéticas e uma infinidade de outros suportes, ele será obrigado a considerar novos campos de saber como suas interfaces” (Japiassu).
• Fortemente apoiada pela pesquisa científica.
CONSERVAÇÃO PREVENTIVA: uma
profunda mudança de mentalidade
(Gael deGuichen/ICCROM)
• Objetos COLEÇÕES
• Salas EDIFÍCIOS
• Semanas ANOS
• Pessoa EQUIPE
• Curto prazo LONGO PRAZO
• Dia-a-dia PROGRAMAS E PRIORIDADES
va em objetos, agora deve pensar em coleções
Quem pensava em salas, deve pensar em
• CONSERVAÇÃO/
RESTAURAÇÃO
impacto sobre ITENS INDIVIDUAIS
CONSERVAÇÃO /
PREVENTIVA
impacto sobre a
COLEÇÃO
Conceito provoca divergências. O mais conhecido:
• acadêmico espanhol Muñoz Viñas:
por definição não poderia haver uma
conservação não-preventiva.
Exemplo de ações de conservação
preventiva
• Promove análise/gerenciamento de risco
• Melhora o meio ambiente e sistemas de armazenagem
• Monitora condições ambientais
• Melhora manuseio, contribui para o acesso
• Estabelece programa integrado de pragas e plano de prevenção e resposta a emergências
• Treina profissionais
• ...
1810 - chega 1ª leva da Biblioteca Real e Livraria do
Infantado: determinação de abri-la aos “estudiosos”.
Capela da Ordem Terceira do Carmo, que abrigou a biblioteca real.
1838 - criado o Arquivo Público do Império (em
1893 passa a denominar-se Arquivo Público
Nacional).
Segunda sede, situada na Praça do Comércio, na rua Direita, hoje Primeiro de Março.
1930: criado Ministério da Educação e Saúde
1934: Constituição define que cabe à União e aos
Estados “...proteger os objetos de interesse
histórico e o patrimônio artístico do país...”
IPHAN
1988: Constituição Brasileira. No e artístico
nacional”, mas
1936 - Mário de Andrade: anteprojeto de criação
do Serviço do Patrimônio Artístico Nacional –
SPAN
1988: Constituição Brasileira. Não mais
Conceito amplo de patrimônio: “todas as obras
de arte pura ou de arte aplicada, popular ou
erudita, nacional ou estrangeira, pertencentes
aos poderes públicos, a organismos sociais e a
particulares nacionais a particulares
estrangeiros residentes no Brasil” (Andrade)
1937: Decreto-Lei nº 25 organiza a proteção do
patrimônio HISTÓRICO e artístico nacional.
(Rodrigo Melo Franco de Andrade).
“... mais restritivo na concepção de patrimônio,
mais adequado, porém, às circunstâncias do
momento”. (Fonseca) FONSECA, Maria Cecília
Londres. O Patrimônio em Processo: trajetória
da política federal de preservação no Brasil. Rio
de Janeiro: UFRJ/IP
De 1937 a 1967: Rodrigo Melo Franco de Andrade
e a “fase heróica”.
O IPHAN torna-se reconhecido e respeitado
Arquitetos são os responsáveis por todas as
decisões.
“Opção inequívoca pelos bens de ‘pedra e cal’
em detrimento de outras modalidades de
acervo, a começar pelos materiais impressos
passíveis de serem processados em arquivos e
bibliotecas” (Miceli)
1975: Aloísio Magalhães e o início das atividades
do Centro Nacional de Referência Cultural –
CNRC
Concepção de patrimônio mais abrangente do que
a que predominava desde a criação do IPHAN
em1937, opondo-se à forma como os órgãos
oficiais representavam a cultura brasileira
(matrizes lusas, valores eurocêntricos)
Noção de BEM PATRIMONIAL é ampliada
para a de BEM CULTURAL: conceito
estendido a vasta categoria de bens –
procedentes sobretudo do fazer popular.
Plano Nacional de Microfilmagem de Periódicos
Brasileiros - PLANO
Criado em 1978: primeira tentativa de
estabelecimento de política para
preservação do acervo documental
brasileiro (associação entre a Biblioteca
Nacional e Fundação Casa de Rui
Barbosa)
Objetivo: preservação e divulgação
da documentação histórica brasileira.
Atuou em todo o país, por meio de
convênios
Associação Brasileira de Conservadores-
Restauradores de bens culturais - ABRACOR
Criada em 1980 no Museu Nacional de
Belas Artes com a participação de 53
profissionais.
Entre seus objetivos:
• Apresentação de esboço de estatuto
• Discussão sobre formação profissional
• Reconhecimento da profissão através da
criação de associação de classe
• Elaboração código de ética
PROPRESERV
Programa Nacional de Preservação e Pesquisa da Fotografia
Criado em 1982 (Instituto Nacional de Fotografia
da FUNARTE)
Propôs a criação de um Centro Técnico e
minicentros regionais
Atuou em todo o país, através de convênios
PRÓ-DOCUMENTO Programa Nacional de Preservação
da Documentação Histórica
Criado em 1984 (Fundação Nacional Pró-
Memória): eficiente e precursor.
Finalidade: preservação da documentação privada
de valor permanente.
Iniciou atividades em 1986
Foi desmobilizado em 1988
Causas da desmobilização
Segundo Aloísio Arnaldo Nunes de Castro em sua
dissertação sobre o histórico da conservação-
restauração de acervos em papel no Brasil:
• década de 1980: é caracterizada pela
implantação de laboratórios de conservação e
restauração de papel voltados, notadamente,
para o emprego de metodologias de aplicação
de técnicas curativas de restauro
• década de 1990: é demarcada pela inserção do
conceito de conservação preventiva. EGUNDO
Castro, se a década de 1980 foi caracterizada
1995: Conselho Internacional de Museus ICOM
divulga do texto “A Conservação Preventiva:
uma profunda mudança de mentalidade”, de
autoria de Gael de Guichen, do ICCROM.
Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos - CPBA
Constituição de bibliografia básica em CP:
tradução, publicação e distribuição de 52 (hoje
53) Cadernos Técnicos.
Projeto cooperativo: inúmeras instituições
brasileiras e Comission on Preservation and
Access. Suporte financeiro de Fundação Andrew
Mellow e de Vitae
1997: distribuição a mais de 3.000 instituições
brasileiras através de seminários realizados em
todas as regiões.
Temas abordados:
• Armazenagem e manuseio
• Conservação de livros e documentos
• Controle ambiental (Meio ambiente)
• Planejamento de emergências
• Planejamento e administração de programas de
Conservação Preventiva
• Construção e reforma de bibliotecas: planejamento
para preservação
• Conservação de Fotografias, Filmes, Registros Sonoros
e Fitas Magnéticas
• Reformatação: digitalização, microfilmagem.
Considerado por Castro como um divisor de águas
no cenário preservacionista brasileiro, “o Projeto
CPBA imprimiu uma linha de trabalho conceitual
tipicamente americana em razão da prevalência
de autores norte-americanos nas publicações
traduzidas “
4º tópico:
• Elaboração de Plano Institucional de
Preservação como meio de operacionalizar as
estratégias necessárias para a melhoria das
condições de preservação das coleções.o Plano
Institucional de Preservação como meio de
operacionalizar as estratégias necessárias para
a melhoria das condições de preservação das
coleções
Elaboração de Plano Institucional de Preservação:
entre os elementos fundamentais em uma
metodologia de Conservação Preventiva está o
gerenciamento de coleções
GGerenciar é:
Planejar
Implantar
Coordenar
GeçaGeões que possibilitem à instituição atingir
seus objetivos = INSTRUMENTO DE
MUDANÇA
Planejamento
• Técnica gerencial que especifica os objetivos a
serem atingidos e decide antecipadamente as
ações que devem ser executadas para atingi-
los.
• Planejamento de preservação é um processo
que organiza as atividades de preservação em
uma sequência lógica.erencial que especifica os
objetivos a processo que organiza as atividades
de preservação em uma
Estratégia de Preservação:
viabilizando as transformações
desejadas ELABORAR E IMPLEMENTAR O PROGRAMA DE
Planejar e implementar o Plano Institucional
de Preservação
• Planejamento de preservação: processo
pelo qual a instituição determina suas
necessidades de preservação; revê
ações em curso; identifica recursos para
implementação e desenvolve programa
específico para ação em preservação
Plano de preservação
Plano escrito que organiza as atividades de
preservação realizadas rotineiramente em
sequência lógica, a curto, médio e longo prazos,
através de trabalho coletivo e baseado nas
políticas institucionais e em prioridades
definidas em conjunto.
Objetivo
Aumentar a expectativa de vida das coleções controlando as condições:
ambientais
de segurança
de guarda
de uso e manuseio
• Envolve todo o corpo institucional – dirigentes e
servidores em geral - e deve ser integrado aos
demais planos e atividades institucionais
• Define responsabilidades (de todos os envolvidos)
• Racionaliza custos;
• Possibilita continuidade
Do que consta o Plano:
1. Conhecimento do universo que queremos
transformar (métodos para elaboração de
diagnóstico)
2. Conhecimento das causas de deterioração dos
bens culturais
3. Identificação das causas de degradação
4. Avaliação e gerenciamento do risco (previsão
para o futuro)
5. Determinação do valor das coleções
6. Estabelecimento de prioridades: tomada
de decisão de preservação
7. Definição de políticas e rotinas
8. Criação e implementação de programa de
prevenção e resposta a situações de
emergência
9. Criação e implementação programa de
treinamento
1. Conhecimento do universo que queremos
transformar (métodos para elaboração de
diagnóstico)
• Segundo Merril-Oldham, os métodos para coleta
de dados podem ser agrupados em quatro
categorias:
• observação
• leitura
• entrevistas
• levantamentos
Como aplicar um questionário Como
aplicarComoComo aplicar um questionárioar
um questionário um questionário
• Começar definindo equipe de trabalho: atenção
para que participem várias áreas institucionais.
• Definir claramente os parâmetros do
levantamento: abrangência, itens levantados,
método a ser utilizado etc.
• Elaborar os questionários
• Treinar quem vai aplicá-los: para conhecerem o
tema da pesquisa, para habilitá-los a preencher
os questionários de forma homogênea e para
realizar um simulacro de preenchimento. (Beck )
2. Conhecimento das causas de
deterioração dos bens culturais (Gael de
Guichen)
EFEITOS IMEDIATOS E CATASTRÓFICOS:
– causas naturais (tempestade, incêndio,
inundação)
– causas humanas
• Público (vandalismo, roubos, guerra)
• Profissional (falta de formação ou
segurança)
EFEITOS LENTOS E CUMULATIVOS:
– causas naturais (temperatura e UR
inadequadas, poluição, luz, insetos,
vegetação)
– causas humanas
• Público (afluência de visitantes, grafitis)
• Profissional (erros de manipulação,
exposição)
3. Como identificar as causas de
degradação e consequentes riscosi
ESTUDO DE COLEÇÕES:
• Tipos de materiais
• Condições físicas: estado em que se encontram
• Elementos de proteção: acondicionamento/
invólucros/ mobiliário
• Volume (quantidade)
• Tipo e freqüência de uso
• Procedimentos e rotinas: manuseio/ catalogação/
circulação/ empréstimo/ exposições
ESTUDOS AMBIENTAIS:
– A Edificação: o edifício como elemento de
preservação/ localização/ obras e reformas/
eletricidade e hidráulica
– Temperatura/ UR
– Luz
– Poluição
– Infestações
CONDIÇÕES DE SEGURANÇA:
– Sinistros
– Roubos
Conhecimento de políticas e procedimentos ligados à
gestão das coleções e do edifício/ recursos humanos.
CONDIÇÕES DE SEGURANÇA
Sinistros
Roubos
Conhecimento de políticas e procedimentos ligados à
4. Avaliação e gerenciamento do risco
(Hollos,Pedersoli)
HOLLOHOLLÓS, Adriana Cox e
PEDERSOLI JRHOLLÓS, Adriana Cox e
PEDERSOLI JR
• Probabilidade de que o perigo cause
dano, em condições específicas e em um
tempo determinado.
• AVALIAÇÃO DE RISCO: identificação do
que pode causar dano à sua coleção,
possibilitando que seja avaliado se foi
tomado cuidado suficiente, ou se a
coleção deveria ter sido mais cuidada,
para evitar o dano.
Como avaliar os riscos
• busque os perigos existentes
• identifique o que poderá ser danificado, e qual
a razão
• decida se as precauções atuais são
adequadas ou se deveria ser feito mais.
• registre o que for decidido
• faça revisão da avaliação, se necessário
Gerenciamento/Tratamento
• Qual ou quais as prioridades?
Maior risco+ maior perda de valor =
prioridade
• O que fazer?
• Quais os recursos necessários?
• Pessoal
• Etapas do trabalho
Importante!! Tratar o RISCO
5. Determinação de valor
• Valor: propriedade usada para descrever objetos
e ações em determinado contexto social
• Determinar o valor da coleção nos contextos da
instituição, do estado, do país.
– Probatório
– Informacional
– Estético
– Pesquisa
– Intrínseco
– Econômico
– Cultural
– Emocional
• Considerar:
– Idade
– Raridade
– Uso
– Complexidade
– História
– Identidade
– Contexto
– Potencial
Determinando o Valor
(Margaret Child)
• qual a importância do tema documentado
por essa coleção ou essa publicação? Seu
significado principal é local, estadual,
regional, nacional ou internacional?
• como essa coleção ou essa publicação se
relaciona a outros materiais do seu acervo,
que documentam o mesmo tema?
• como a coleção se relaciona aos materiais
sobre o mesmo tema pertencentes a outras
instituições?
• a informação nela contida é única ou repete informações contidas em documentos, publicações ou outras fontes pertencentes a outras instituições?
• a instituição está comprometida a continuar documentando esse tema?
• por que seria melhor gastar recursos com a preservação desse material do que adquirir material novo?
• qual o impacto que a destruição desse material teria na documentação e compreensão do tema?
Qualidades e características de
registros com valor intrínseco
(Margaret Child)
Todos os documentos que possuem valor intrínseco possuem pelo menos uma das qualidades ou características específicas abaixo:
• forma física que pode ser objeto de estudo se os registros proporcionam documentação significativa ou exemplos importantes da forma.
• qualidade estética ou artística
• características físicas únicas ou curiosas
• idade que confira a qualidade de único
• valor para uso em exposições
• autenticidade, data, autor, ou outras
características questionáveis que sejam
importantes e verificáveis pelo exame físico.
• interesse público geral e substancial devido à
associação direta com pessoas, locais,
coisas, assuntos ou eventos famosos ou
historicamente importantes.
• importância como documentação das bases
legais do estabelecimento ou continuidade
de uma agência ou instituição
Escalas de valor x uso
(Clive Smith)
Escala de valor
• A – Informação vital ou essencial: documentos de conteúdo essencial a nível probatório e de pesquisa histórico científica
• B – Documentos com informação significativa, geralmente de natureza única
• C – Documentos com informação útil ou complementar – informação que apenas suplementa outras informações.
Escala de Uso
• A – Documentos de consulta frequente
• B – Documentos de consulta relativamente frequente
• C – Documentos de consulta ocasional
Graus de urgência ou prioridade
(exemplo) • AA – necessitam de atenção imediata; prioridade
para microfilmagem e reacondicionamento (prioridade 1)
• AB – necessitam de atenção para prevenir deterioração; reacondicionamento (prioridade 2)
• AC – idem (prioridade 2)
• BA – necessitam ser microfilmados (prioridade 2)
• BB – embalagem de proteção a médio prazo (prioridade a ser definida)
• BC – idem (prioridade 3)