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1 A contribuição da iluminação no aprendizado infantil estudo de caso das escolas de Ensino Infantil na cidade de João Pessoa, PB dezembro/2014 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014 A contribuição da iluminação no aprendizado infantil estudo de caso das escolas de Ensino Infantil na cidade de João Pessoa, PB Helena de Cássia Pessoa Nogueira Serrão [email protected] Iluminação e Design de Interiores Instituto de Pós-Graduação e Graduação IPOG João Pessoa, PB, 25 de abril de 2014 Resumo As escolas de ensino infantil da rede particular, na cidade de João Pessoa, tiveram um grande crescimento tanto quantitativo quanto qualitativo nos últimos cinco anos, nas quais foram incrementadas as atividades lúdico pedagógicas, aperfeiçoados os serviços de nutrição, psicopedagogia e as atividades recreativas. Frequentemente, essas escolas são instaladas em edificações originadas da adaptação de antigas residências de alto padrão, onde se pode observar o grande investimento realizados em elementos de apelo visual e equipamentos que auxiliem nas suas propostas lúdico-pedagógicas. Apesar disso, muitas apresentam defici~encias na área de iluminação. É perceptível a falta de preocupação com esse componente de projeto, tanto de ordem natural quanto artificial, nesses estabelecimentos. A presente pesquisa consiste na verificação e na análise da iluminância encontrada em uma amostragem das escolas de ensino infantil na cidade de João Pessoa. Para isso, foi empregada como metodologia a pesquisa in loco em três estabelecimentos, nos quais se coletou dados, também, sobre o grau de conhecimento dos professores sobre a temática. As medições apresentaram as deficiências lumínicas, em relação à ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013, na maioria dos ambientes pesquisados, e, as entrevistas comprovaram que os conceitos de iluminação e os seus efeitos na saúde precisam ser mais divulgados, tanto entre os seus usuários, como no meio profissional, de arquitetos a designeres, que projetam espaços nos quais a iluminação é um componente tão determinante. Palavras-chave: Iluminação. Educação Infantil, Verificação de Iluminância, Arquitetura de Escolas. 1. Introdução O número de escolas voltadas à educação infantil, na cidade de João Pessoa, aumentou bastante, nos últimos cinco anos. Isso se deveu à diversos fatores, como as modificações intensas nas relações de trabalho doméstico, o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho com jornada dupla, o aumento do número de divórcios, entre outros. Cada vez mais as crianças têm passado a frequentar escolas mais cedo outrora, as crianças ingressavam nas escolas aos 03 anos de idade, agora estão passando a frequentar creches e berçários a partir dos 04 meses de idade. Nos últimos cinco anos houve um aumento de 35% a 40%, na quantidade de pedidos de abertura de novos estabelecimentos de ensino, segundo a Secretaria Estadual de Educação da Paraíba, que é o órgão responsável pela autorização das escolas particulares em todo o estado. A modalidade de ensino conhecida como Ensino Infantil foi a que mais cresceu; essa tipologia recebe crianças a partir de 01 ano de idade e a

A contribuição da iluminação no aprendizado infantil estudo de … · que os conceitos de iluminação e os seus efeitos na saúde precisam ser mais divulgados, tanto entre os

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A contribuição da iluminação no aprendizado infantil – estudo de caso das escolas de Ensino Infantil na

cidade de João Pessoa, PB dezembro/2014

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014

A contribuição da iluminação no aprendizado infantil – estudo de

caso das escolas de Ensino Infantil na cidade de João Pessoa, PB

Helena de Cássia Pessoa Nogueira Serrão – [email protected]

Iluminação e Design de Interiores

Instituto de Pós-Graduação e Graduação – IPOG

João Pessoa, PB, 25 de abril de 2014

Resumo

As escolas de ensino infantil da rede particular, na cidade de João Pessoa, tiveram um

grande crescimento tanto quantitativo quanto qualitativo nos últimos cinco anos, nas quais

foram incrementadas as atividades lúdico pedagógicas, aperfeiçoados os serviços de

nutrição, psicopedagogia e as atividades recreativas. Frequentemente, essas escolas são

instaladas em edificações originadas da adaptação de antigas residências de alto padrão,

onde se pode observar o grande investimento realizados em elementos de apelo visual e

equipamentos que auxiliem nas suas propostas lúdico-pedagógicas. Apesar disso, muitas

apresentam defici~encias na área de iluminação. É perceptível a falta de preocupação com

esse componente de projeto, tanto de ordem natural quanto artificial, nesses

estabelecimentos. A presente pesquisa consiste na verificação e na análise da iluminância

encontrada em uma amostragem das escolas de ensino infantil na cidade de João Pessoa.

Para isso, foi empregada como metodologia a pesquisa in loco em três estabelecimentos, nos

quais se coletou dados, também, sobre o grau de conhecimento dos professores sobre a

temática. As medições apresentaram as deficiências lumínicas, em relação à ABNT NBR

ISO/CIE 8995-1:2013, na maioria dos ambientes pesquisados, e, as entrevistas comprovaram

que os conceitos de iluminação e os seus efeitos na saúde precisam ser mais divulgados, tanto

entre os seus usuários, como no meio profissional, de arquitetos a designeres, que projetam

espaços nos quais a iluminação é um componente tão determinante.

Palavras-chave: Iluminação. Educação Infantil, Verificação de Iluminância, Arquitetura de

Escolas.

1. Introdução

O número de escolas voltadas à educação infantil, na cidade de João Pessoa, aumentou

bastante, nos últimos cinco anos. Isso se deveu à diversos fatores, como as modificações

intensas nas relações de trabalho doméstico, o aumento da participação da mulher no mercado

de trabalho com jornada dupla, o aumento do número de divórcios, entre outros. Cada vez

mais as crianças têm passado a frequentar escolas mais cedo – outrora, as crianças

ingressavam nas escolas aos 03 anos de idade, agora estão passando a frequentar creches e

berçários a partir dos 04 meses de idade. Nos últimos cinco anos houve um aumento de 35% a

40%, na quantidade de pedidos de abertura de novos estabelecimentos de ensino, segundo a

Secretaria Estadual de Educação da Paraíba, que é o órgão responsável pela autorização das

escolas particulares em todo o estado. A modalidade de ensino conhecida como Ensino

Infantil foi a que mais cresceu; essa tipologia recebe crianças a partir de 01 ano de idade e a

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introduz em um universo de aprendizado assistido por pedagogas e auxiliares. Muitas dessas

escolas possuem berçários, também, reduzindo, assim, a faixa etária de ingresso dos alunos.

O ensino infantil é uma das etapas mais importantes na educação de um indivíduo; é nessa

fase que a criança passa a ter contado com uma série de experiências sensoriais, de forma

lúdica, porém, com finalidades educativas, que lhes estimularão para etapas mais complexas

no futuro. Segundo Arnheim (2007), “A vida mental das crianças está intimamente ligada à

sua experiência sensória.”

Para isso, é necessário que os espaços voltados à essa modalidade de ensino sejam dotados de

estrutura física capaz de permitir o pleno aproveitamento de todas as atividades propostas pela

equipe pedagógica, a todos os seus usuários. O ambiente deverá influir e auxiliar a dirimir

diferenças de desempenho, promovendo, também, um saudável aprendizado, que incentive e

estimule a autoestima das crianças que o frequentam. A iluminação funcional é um dos itens

fundamentais para que uma pessoa possa usufruir plenamente de um espaço cujas

experiências visuais são predominantes. Caso ela não seja devidamente planejada, pode-se ter

déficits de aprendizagens diversos, bem como alguns prejuízos à saúde. A iluminação de um

ambiente poderá ser natural, artificial ou mista, distribuída uniformemente, em quantidade

proporcional às atividades que serão realizadas e ao perfil de seus usuários.

A luz natural é um dos elementos de maior relevância no deselvolvimento de crianças, sendo

ela determinante para que diversas reações químicas e hormonais ocorram, contribuindo para

o seu completo desenvolvimento. É na presença da luz natural que o Ciclo Circadiano do

corpo humano se orienta - identifica as passagens das horas do dia e as estações do ano,

percebe as horas em que o seu corpo necessita descansar e despertar. A presença de luz

natural nos ambientes de ensino propicia às crianças uma melhor percepção do espaço. A luz

do sol é a que detém o melhor IRC (Indice de Reprodução das Cores), não sendo totalmente

substituída, em qualidade e precisão, por nenhuma fonte de luz artificial; assim, é muito

importante que ambientes de ensino sejam providos de luz natural.

Figura 1 – Diferença entre um objeto iluminado pela luz artificial e pela luz natural

Fonte: Arquitetura e Urbanismo UFSC (2014)

Como nessa fase as crianças estão formando o seu banco de dados visual, as informações

visuais que elas recebem devem ser o mais precisas possível. Arnheim (2007:300) cita que a

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identificação das formas é proporcionada pelos gradientes de claridade que criam

profundidade, através de sombras, que auxiliam nesse processo de percepção.

Uma vez que a claridade da iluminação significa que uma dada superfície está

voltada para a fonte de luz , enquanto a obscuridade significa que está afastada, a

distribuição da claridade ajuda a definir a orientação dos objetos no espaço.

Essa pesquisa buscou apresentar um panorama geral das escolas particulares de ensino infantil

na cidade de João Pessoa, no que diz respeito à iluminação, coletando dados e comparando-os

com a ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013, bem como verificar o grau de conhecimento dos

professores e das pessoas que cuidam das crianças sobre a importãncia desse componente

projetual tanto no aprendizado, como no comportamento dos alunos. Para isso, foram

coletados dados de uma amostragem de três escolas localizadas em bairros de classe média,

nas quais mediu-se a iluminãncia média dos principais setores de aprendizagem e atividades

lúdico-educativas e, realizadas entrevistas com os seus professores sobre a temática da

iluminação. Pôde-se perceber, através da análise dos dados coletados e das respostas nas

entrevistas, que a maioria dos espaços encontram-se em desconformidade com a NBr e que

boa parte das pessoas entrevistadas desconhecem alguns elementos fundamentais que

conferem qualidade à iluminação.

As escolas pequisadas solicitaram o seu anonimato, proibindo a divulgação de seus nomes e

endereços, bem como a realização de fotos. Dessa forma, utilizou-se uma denominação

codificada para as três escolas: Escola A, Escola B e Escola C, com as suas respectivas

caracterizações no corpo do trabalho.

A pesquisa mostrou-se bastante relevante, pois demonstrou as deficiências de ordem

lumínicas desses espaços, que foram adaptados por profissionais da área de arquitetura e

design, evidenciando que é preciso que eles dêem mais atenção ao planejamento da

iluminação funcional nesses estabelecimentos, tornando-os condizentes com a especificidades

de seus usuários.

Segundo Janesh (2013):

Ao observar as salas de aula de creches e pré-escolas percebe-se uma grande

preocupação com o mobiliário, proporcional a facha etária da criança em relação a

média de altura, as cores e decoração nas paredes, porém, ao identificarmos a

iluminação vemos basicamente um simples ponto de luz centralizado no espaço.

3. Conceitos essenciais sobre as grandezas fotométricas necessárias para projetos de

iluminação

A proposição de um sistema de iluminação requer que o projetista esteja familiarizado com

determinados conceitos de ordem qualitativa e técnica para decidir o tipo de luz que será mais

apropriada para determinado ambiente. Para isso, ele deverá procurar compreender bem a

atividade que será desenvolvida no local e ter um perfil bem traçado de seus usuários para

definir o tipo de iluminação que será instalada. Segundo Farina, Perez e Bastos (2006), “a luz

é mediação. Os objetos do mundo aguardam inertes e latentes a sua manifestação, que só será

possível, quando levados por feixes luminosos até os nossos olhos.”

Diversos componentes deverão ser considerados para a definição de uma proposta de

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iluminação, dentre elas destacamos a Temperatura de Cor, o Índice de Reprodução de Cores,

o iluminamento necessário em conformidade com a ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013, as

cores das superfícies, suas respectivas texturas e refletâncias; também se devem considerar

fatores de desempenho e idade dos usuários, assim como a natureza da tarefa que irá ser

desempenhada no local. O aproveitamento da luz natural depende da avaliação da oferta de

luz no ambiente e da sua distribuição, para que se possa definir a melhor estratégia de para a

sua utilização.

Vianna e Gonçalves (2001) dividem as grandezas fotométricas a partir do tipo de luz com a

qual se irá trabalhar. Trabalhando-se com a luz natural, o projetista deverá considerar a

Luminância, a Iluminância e o Contraste; já em se tratando da luz artificial, ele deverá

considerar, além das três anteriores, também o Fluxo Energético, o Fluxo Luminoso, a

Intensidade Luminosa a Eficiência Luminosa, a Temperatura de Cor e o Índice de

Reprodução de Cor.

A Luminância é a luz refletida pelos corpos, sendo visível; e, a Iluminância é a luz incidente,

não visível. O contraste é a diferença existente entre as luminâncias de um determinado objeto

e o seu entorno. O Fluxo energético é a potência absorvida pela fonte luminosa, ou seja,

refere-se ao que essa fonte luminosa precisa consumir de energia para produzir luz e a sua

unidade de medida é o watt (W). O Fluxo Luminoso, cuja unidade é lumens, refere-se a

radiação total emitida por uma fonte luminosa, dentro dos limites que produzem estímulos

visuais. A Intensidade Luminosa é o fluxo luminoso irradiado em uma determinada direção,

ou seja, é quando ele se torna um vetor. Utilizado para iluminação pontual. Sua unidade é a

Candela (cd). A Eficiência luminosa ou rendimento, segundo Vianna e Gonçalves (2001),

consiste na “relação entre o fluxo luminoso em lúmen emitido por uma fonte e o seu fluxo

energético (potência) consumido para produzi-lo.” Sua unidade de medida é lúmen/watt.

A Temperatura de Cor, de acordo com Silva (2004) é uma grandeza que define a cor da luz

emitida pela fonte luminosa. Quanto maior for a temperatura, ou calor, emitida pela fonte,

mais branca será a cor da luz emitida. Sua unidade de medida é o Kelvin, conforme

demonstrado na figura 2.

Figura 2 – Escala Demonstrative de Temperatura e Fontes de Luz

Fonte: RPDesigner Fly (2014)

O Índice de Reprodução de Cores – IRC - é um parâmetro comparativo entre a luz artificial e

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a luz natural. Ele procura medir quanto que a luz artificial consegue imitar a luz natural, em

termos de eficiência e precisão na reprodução das cores. A luz solar possui IRC igual a 100.

As diversas fontes de luz artificial não chegam a atingir esse índice, sendo as incandescentes

as que mais se aproximam, passando de 90.

Figura 3 – Tabela de IRC da maioria das lâmpadas

Fonte: Avant (2014)

Todas essas grandezas deverão ser consideradas no momento de se definir a qualidade da luz

que será projetada em determinado ambiente, considerando-se o que for determinado pela

norma específica para o seu uso.

4. Metodologia

A metodologia empregada nessa pesquisa baseou-se na pesquisa bibliográfica sobre

iluminação e escolas, em especial, em estabelecimentos de educação infantil, revistas

impressas e digitais, livros, entre outros. A coleta de dados foi realizada em três escolas

particulares, na cidade de João Pessoa, localizadas: Escola A, no Bairro dos Estados, Escola

B, no bairro de Tambaú e, a Escola C, no bairro do Jardim Luna. Os três estabelecimentos

permitiram que se realizassem medições, com o uso de luxímetro, entretanto, não permitiram

fotos nem medições para a elaboração de croquis. A pesquisa baseou-se na aferição da

iluminância média encontrada nos principais espaços de atividades lúdico-pedagógicas,

utilizando a metodologia apresentada na NBR 5382/85, para verificação de iluminância em

interiores, comparando-as com as iluminâncias recomendadas e definidas pela ABNT NBR

ISO/CIE 8995-1:2013. Foi feita a verificação das condições de aproveitamento da luz natural

nesses ambientes e de sua distribuição. Finalmente, foram entrevistadas algumas pessoas que

compõem os respectivos corpos docentes das instituições, com a finalidade de conhecer a sua

percepção em relação à iluminação, através de perguntas com respostas diretas.

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5. Resultados obtidos na pesquisa

A pesquisa foi realizada em três escolas caracterizadas dessa forma:

Escola A: localizada no Bairro dos Estados. Funciona como berçário e escola infantil. Possui

Sala de Estimulação (com pérgula), Salas de Aulas, Sala de TV, Quartos de Descanso,

Refeitório, Recepção e Coordenação. Possui área externa com equipamentos para estimulação

ao ar-livre.

Escola B: localizada no bairro de Tambaú. Funciona como berçário e escola infantil. Possui

Sala de Estimulação, Salas de Aula, Sala de Atividades (com pérgula), Brinquedoteca,

Videoteca, Quartos de Descanso, Refeitório, Recepção e Coordenação. A área externa possui

estrutura para atividades de estimulação ao ar-livre.

Escola C: localizada no bairro do Jardim Luna. Funciona como escola de Educação Infantil e

reforço escolar. Sua estrutura física é composta de Salas de Aulas, Sala de Artes, Refeitório,

Sala de Vídeo, Recepção e Coordenação. A área externa possui diversos equipamentos de

estimulação e atividades ao ar-livre, como caixa de areia, cama elástica, piscina de bolinhas,

entre outros.

Os resultados foram divididos em três grupos, conforme situação encontrada nas três escolas:

situação da iluminação artificial, oferta e aproveitamento de luz natural, grau de

conhecimento dos usuários a cerca da iluminação.

As medições de iluminância média foram feitas através do uso de um luxímetro calibrado,

pertencente ao Laboratório de Luz e Cor, do IFPB – Instituto Federal de Educação Ciência e

Tecnologia da Paraíba. Foi utilizada a metodologia da NBR 5382/85 para medir os três

espaços elencados. Assim, no quesito Iluminação Artificial, foram aferidas as iluminâncias

médias das salas de aulas, das salas de estimulação e das salas de atividades/artes. Verificou-

se que todas as salas possuíam pontos de luz distribuídos em conformidade com o antigo uso

residencial do local – muitas dessas salas localizam-se nos antigos quartos providos de apenas

um ou dois pontos de luz, com lâmpadas de descarga de baixa pressão, do tipo fluorescente

compacta, visivelmente branca em excesso – as lâmpadas que são vendidas em

supermercados e hipermercados possuem IRC igual a 6.500K, que equivale a uma

característica de luz bastante branca.

Abaixo, segue a tabela com os resultados obtidos nas três escolas:

ESCOLA AMBIENTE Salas de Aulas Sala de Estimulação Sala de Artes/Atividades

Escola A 270 255 180

Escola B 220 280 310

Escola C 245 265 230

Figura 4 – Tabela de Aferição de Luz Artificial

Fonte: Elaboração da autora (2014)

Percebe-se que as aferições detectaram níveis de iluminância inferior ao determinado pela

ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013, que determina uma Iluminância Média de 300 lúmens/m2

para esses espaços. Apenas a escola B, conseguiu atingir a norma no tocante a sua sala de

artes. A norma também observa a necessidade da luz ser controlável nas salas de aula. Foram

encontrados, na maioria delas, de um a dois pontos de luz, fixados na laje, demonstrando

serem estes originados do antigo uso da edificação, que não possuem, nenhuma das tr~es,

fôrro de gesso ou outro material que permita a relocação desses pontos.

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As luminárias não possuem nenhum controle de ofuscamento, tratam-se de luminárias nas

quais as lâmpadas são todas do tipo fluorescente econômica, semi-embutidas, ocupando o

antigo suporte de lâmpadas incandecentes. A localização dessas luminárias não permite que o

fluxo luminoso se distribua uniformemente, podendo-se verificar diferenças na medição de

até 90 lúmens nas áreas mais escuras.

No quesito Iluminação Natural, os espaços são, na sua maioria, desprovidos de

aproveitamento, pois a área de janela é composta por esquadrias com venezianas, que se

encontram, geralmente, fechadas, devido ao ar-condicionado. Algumas possuem pérgulas em

poucos ambientes, sendo estas remanescentes do antigo uso residencial, também.

ESCOLA AMBIENTE Salas de Aulas Sala de Estimulação Sala de Artes/Atividades

Escola A Janelsa isoladas Pérgula Janela isolada

Escola B Janelas isoladas Janela isolada Pérgula

Escola C Janelas isoladas Janela isolada Janela isolada

Figura 5 – Tabela de Aferição de Luz Natural

Fonte: Elaboração da autora (2014)

Verificou-se que as poucas entradas de luz natural nessas escolas ocorrem quando as salas

possuem pérgula, entretanto, os resultados da aferição nos dois únicos exemplos são

diferentes. A escola A, que possui pérgula na sala de estimulação não atingiu a iluminância

determinada pela norma, entretanto a Escola B, na sua sala de Artes-Atividades consegue

atingir esse patamar. Essa diferença dar-se em função da diferença de orientação em que se

localizam as pérgulas em ambos os casos. Conclui-se, logo, que essa oferta de luz natural não

foi considerada em conjunto com a luz artificial, que também não aparenta ter sido calculada,

pois aproveita a localização e quantidade dos antigos pontos de luz residencial. Na sala de

estimulação da escola B é possível ver que há uma grande diferença na distribuição da luz

perto da pérgula e o final da sala fica escuro, pois nem sempre a luz artificial é acionada,

devido às professoras acharem que a luz natural já “é suficientemente boa”.

Foram feitas entrevistas com os profissionais que trabalham nessas escolas com a finalidade

de verificar o grau de conhecimento deles em relação à importância da iluminação no

processo de aprendizado e na saúde humana.

As perguntas foram todas de reposta direta, nas quais se procurou introduzir um pouco dos

conceitos sobre grandezas que determinam a qualidade da iluminação.

Também questionou-se sobre as normas de iluminação existentes, inclusive a iluminância

adequada para estabelecimentos de ensino, assim como se enfatizou as diferenças de

necessidades lumínicas nos diferentes ambientes que compõem uma edificação de ensino

Abaixo, segue uma tabela contendo as principais respostas às perguntas elaboradas:

PERGUNTAS ESCOLAS Escola A Escola B Escola C

Para você a iluminação é

importante no processo de

aprendizagem?

É também. É importante. Muito. A criança

precisa enxergar

bem o que está

sendo mostrado.

A iluminação dessa escola

foi planejada?

A escola toda foi

planejada.

Precisa? É tão boa! Acho que sim.

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Acredito que a

iluminação

também.

Você acha importante

aproveitar a luz natural nas

salas de aula?

As vezes atrapalha. É importante. Gasta

menos energia.

Acho que a luz

natural é boa

quando a criança

está lá fora.

Você sabe o que é Índice de

Reprodução das Cores?

Não. Nunca ouvi falar. Sei que é algo que

diz respeito às

cores parecerem

mais bonitas. Mas

não sei como

funciona.

Conhece o termo

Temperatura de Cor

aplicada a lâmpadas?

Conheço lâmpadas

amarelas e brancas.

Gosto mais das

brancas, iluminam

mais.

Temperatura? Não.

Sei que tem

lâmpadas brancas e

amarelas.

Acho que é sobre a

cor das lâmpadas,

não?

Você sabia que a luz

aplicada em um ambiente

interfere no desempenho de

quem o usa?

Sei que um local

mal iluminado,

com o tempo,

poderá causar

danos à vista. Mas

não conheço outros

efeitos.

Aqui a luz é boa. E

a idade das

crianças não exige

muito, é uma fase

mais de

brincadeiras e

joguinhos.

Noto que a luz,

quando está mais

forte, as crianças

ficam mais

agitadas. Aí eu

desligo e deixo-as

só com a luz da

pérgula para elas

ficarem mais

calmas.

Sei que poderá

causar diversos

problemas de vista.

Já vi,também,

matérias em revista

sobre relaxamento

e processos

terapêuticos

utilizando a

cromoterapia – luz

e cores.

Você sabia que existe uma

norma técnica que

determina como a

iluminação de escolas deve

ser?

Sei que deve

existir. Tem norma

pra quase tudo.

Mas como aqui foi

projetado, acho

que deve estar de

acordo com ela.

Sei que existe sim.

Mas não a conheço

nem sei como

funciona.

Acredito que a

norma deva ter sido

seguida, pois a

escola foi aprovada

pelo Conselho de

Educação. Então

deve estar tudo

certo. Figura 6 – Tabela de respostas às entrevistas

Fonte: Elaboração da autora (2014)

Todos consideraram que a iluminação é importante no processo de aprendizagem, entretanto a

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maioria parece desconhecer esse componente projetual.

Pode-se perceber pelas respostas ao roteiro de entrevistas, que a maioria dos profissionais

credita a iluminação ao projeto que foi realizado de adequação do espaço às atividades da

escola. Também desconhecem boa parte dos conceitos que conferem qualidade à iluminação,

porém, intuitivamente, como colocou a entrevistada na escola B, faz uso de meios empíricos

que correlacionam o comportamento das crianças com a iluminação.

Com relação à norma técnica, ela é mesmo desconhecida por todos. Vê-se que esse é um

campo ainda muito restrito. De pouco conhecimento da população, que apenas interage

comercialmente com a luz – tipos de luminárias, padrão de beleza, tecnologias modernas e

lançamentos. Porém, sem um entendimento mínimo para, inclusive, detectar problemas.

6. Recomendações para projetos de iluminação para Escolas de Ensino Infantil

As Escolas de Ensino Infantil são espaços nos quais serão desenvolvidas as primeiras

atividades da vida acadêmica de uma criança. Essas atividades iniciais são apresentadas de

forma bastante lúdica, pois tem como objetivo o desenvolvimento das suas habilidades

cognitivas, em um ambiente que visa, também, o estímulo à socialização e a interação com

estímulos diversos.

A iluminação desses espaços deverá contribuir para o aproveitamento das atividades e o

desenvolvimento das suas percepções, principalmente visuais. O estímulo à percepção, em

crianças, deverá criar situações

Segundo os Parâmetros Básicos para de Infraestrutura para Instituições de educação Infantil,

Encarte 1, Ministério da Educação (2006), as escolas, no tocante à iluminação natural, EM

salas de atividades e salas multiuso – aula, atividades, vídeo, etc - tanto para crianças do

berçário quanto para crianças de 01 a 06 anos de idade, deverão ter aberturas que

correspondam a 1/5 da área de piso do ambiente.

“...janelas com abertura mínima de 1/5 da área do piso, permitindo a ventilação

e a iluminação natural, possibilitando visibilidade para o ambiente externo,

com peitoril de acordo com a altura das crianças, garantindo a segurança”

As aberturas deverão privilegiar uma boa distribuição da luz natural, localizando as janelas

em paredes opostas para que se possa evitar áreas com excesso de iluminância e áreas de

excesso de sombra. Como bem coloca Vianna e Gonçalves (2001):

Adotando-se um sistema de iluminação lateral para as salas de aula, é recomendável

para uma boa distribuição de iluminâncias, que as aberturas sejam simétricas e

estejam em paredes opostas.

Eles ainda citam que “a incorporação da estratégia de bandejas de luz é uma boa alternativa

para se otimizar os efeitos de luz natural desses espaços (sua quantidade e distribuição”.

Recomenda-se que as janelas não ocupem toda a extensão da parede contígua à lousa, para

evitar ofuscamentos na mesma. Tratar essa janelas para evitar a incidência solar direta é uma

boa maneira de evitar, também, ofuscamentos; para isso, pode-se fazer uso de vegetação na

área externa, persianas ou cortinas finas nas janelas, com o cuidado de não reduzir

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drasticamente os níveis de iluminância no interior dos ambientes. Brises móveis, também são

considerados boas alternativas para realizar esse controle.

No tocante à iluminação artificial, deve-se escolher bem o tipo de lâmpada que se irá utilizar

no sistema, em conformidade com a sua temperatura de cor adequada, IRC, fluxo luminoso e

e rendimento. A temperatura de cor não poderá ser muito amarelada, pois iria causar sono e

dispersão nos alunos. Já a iluminação demasiadamente branca, seria inconveniente, pois

deixaria os alunos muito agitados e inquietos, portanto, temperaturas de cor neutras são as

mais indicadas, pois despertam sem lhes tirar a concentração.

Também se devem evitar os ofuscamentos ocasionados pelas fontes de luz, utilizando-se

luminárias que tenham recursos de controle, como sa parabólicas ou duplas parabólicas, por

exemplo, principalmente no plano das carteiras e da lousa.

O nível mínimo de iluminância para salas de aula, salas de estimulação e salas de

atividades/artes é o de 300 lúmens/m2, como consta na ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013,

uniformemente distribuída em toda a sala, com as luminárias dispostas matricialmente.

O Índice de Reprodução das Cores deverá ser superior a 80, para garantir a fidelidade das

cores percebidas pelas crianças, que, de acordo com o que já foi citado, estão em fase de

formação de sua memória visual e necessitam de exatidão nas informações recebidas.

Segundo Lima (2010):

Há vários fatores que interferem na percepção de um objeto: A) os estímulos

sensoriais; B) a localização do objeto no tempo e no espaço; C) a influência das

experiências prévias dos sujeitos, tais como a cultura e a educação.

As superfícies de trabalho, como mesas de estudo e de atividades, deverão ter cores claras e

opacas, para que a luz refletida não possa causar ofuscamentos e ter um rendimento maior.

Todo o ambiente deverá priorizar o uso de cores claras de forma a reduzir as perdas de

iluminâncias por absorção que ocorrem em superfícies escuras.

Figura 7 – Tabela de Coeficientes de Reflexão por materiais e cores

Fonte: Conforto Ambiental CAU Unileste (2014)

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A contribuição da iluminação no aprendizado infantil – estudo de caso das escolas de Ensino Infantil na

cidade de João Pessoa, PB dezembro/2014

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014

É ideal, como também cita a ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013, que exista algum tipo de

controle para integrar a luz natural ao sistema de luz artificial, de forma que se possa fazer uso

adequado de ambas. O ideal seria que se utilizassem recursos de automação para que esse

controle fosse feito de forma programada, considerando-se as mudanças de iluminância

obtidas pela luz do sol nas diversas horas do dia. Também, a utilização de circuitos diferentes

no sistema de luz artificial em uma mesma sala para propiciar esse controle integrado à luz

natural, através de sensores de luminosidade iriam permitir que a luz natural fosse melhor

aproveitada.

A dimerização também é um recurso útil em ambiente multiuso, nos quais as crianças tem

atividades lúdicas alternadas por sessões de vídeo, pois permitem que se diminua a

intensidade luminosa nos momentos de projeção ao invés de se optar pelo desligamento total

da luz artificial, como ocorre geralmente. Em projeções de vídeo, o contraste excessivo entre

a tela de Tv ou de projeção e o meio prejudica a visão.

7. Conclusões

A pesquisa demonstrou que essa área de atuação no mercado de arquitetos e projetistas ainda

carece de atenção. A iluminação é um fator determinante para a obtenção de bom

desempenho em locais de aprendizado, principalmente nas escolas de educação infantil. Pode-

se verificar, nas entrevistas, que algumas pessoas consideram essa etapa como de brincadeiras

e que o ensino formal só iniciará bem depois; entretanto, essa é a etapa em que as crianças

estarão percebendo o mundo que as cerca e o interpretando pela primeira vez. Ajustando a sua

percepção à valores que lhes são repassados durantes as experiências cotidianas.

Como se verificou nas entrevistas, apesar dos resultados das medições ter evidenciado uma

inadequação das iluminâncias com a ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013, nenhum dos

profissionais de ensino reclamou ou criticou a iluminação dos ambientes pesquisados,

entretanto, o que comprova a capacidade do olho humano de se adaptar à condições adversas.

Mas isso implica em consequências futuras, como redução de acuidade visual e outros

transtornos oftálmicos, em professores e crianças.

A adaptação desses espaços residenciais ao uso de escolas deverá considerar os aspectos

lumínicos que são inerentes à essa atividade, bem como a faixa etária de seus usuários, suas

especificidades e necessidades de percepção espacial.

Referências

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/CIE 8995-

1:2013: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2013.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5382/85:

informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 1985.

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