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A contribuição do curso superior de administração, para a
educação empreendedora
Área temática: Educação em Sistema de Gestão
Antonio Carlos Andrade
Kenio Roberto Sturião da Costa Dorigo
Mayra Miranda Gualandi
Tayllon Lupes Miguel
Resumo: O presente artigo inicia-se com uma introdução, onde são abordados conceitos sobre o empreendedorismo,
a importância da aproximação das faculdades com o mundo e a disseminação da cultura empreendedora. Em seguida
retrata os principais motivos para a falência das empresas, onde demonstra que a falta de informação antes de montar
um negocio é um dos principais motivos. A estratégia metodológica utilizada foi a pesquisa de campo, que foi realizada
com os discentes do curso de Administração, de uma Instituição de Ensino Superior (IES) privada, de Cachoeiro de
Itapemirim- ES. O objetivo é demonstrar a relação entre os fatores ligados ao empreendedorismo e a contribuição das
IES em estimular e desenvolver nos alunos, habilidades e capacidades necessárias à gestão de um empreendimento.
Palavras-chaves:
ISSN 1984-9354
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
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1. INTRODUÇÃO
O empreendedorismo mostra-se como um dos fatores que contribuem consideravelmente para a saúde
financeira do país, por causa desta importância, nas ultimas décadas vem ganhando grande notoriedade
em pesquisas e estudos para melhor entender esta atividade e os indivíduos que nelas estão inseridos, e
a partir desta grande relevância que tem o empreendedorismo surge à necessidade das universidades
não apenas formar bons profissionais, mas mostrar e preparar estes profissionais para a possibilidade
de ser um empreendedor.
Segundo o GEM- Global Entrepreneurship Monitor (2013), demostra com suas pesquisas que ser um
empreendedor no Brasil é uma realidade para muitos brasileiros, abrir uma empresa, ganhar clientela e
sobreviver diante de um mercado cada vez mais competitivo e globalizado ainda é uma tarefa difícil,
mas sempre há espaço para vencer os obstáculos e ter seu próprio negócio. Dados das pesquisas
mostram que a cada 100 brasileiros que começam um negócio próprio no Brasil, 71 são motivados por
uma oportunidade de negócios e não pela necessidade, e que o perfil do empreendedor brasileiro é hoje
mais escolarizado e também mais jovem, sendo 50% dos empreendedores com até três anos e meio de
atividade têm entre 18 e 34 anos.
A preparação e formação universitária no Brasil, geralmente, em sua maioria, é voltada para a
estabilidade e segurança na empresa em que se irá exercer uma profissão, independente de qual seja.
Em outros países, esta formação já está sendo focada na formação de um empreendedor sendo que, em
alguns destes países, empreendedorismo não é apenas uma disciplina ou um módulo, mas sim um
Curso Superior. Muitos jovens pensam em se aventurar em um empreendimento após a conclusão da
faculdade, porém, se existisse um planejamento executado no decorrer do curso superior ou a
orientação voltada à abertura de uma nova empresa, isso não seria apenas uma aventura, mas poderia
contribuir de forma positiva para o sucesso do novo empreendimento.
2. EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo é um tema de ampla discussão na sociedade há algumas décadas e apesar de ser
um assunto conhecido ainda ocorrem muitos debates sobre esse tema. O empreendedorismo tornou-se
essencial para as empresas preocupadas em inovação e também para os órgãos governamentais.
Segundo Salim e Silva (2010) empreendedorismo vem crescendo no mundo inteiro e, mais que isso é
tratado como uma questão fundamental para realizações de pessoas e para o desenvolvimento
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econômico. Dentro dessa ótica é que Empreendedorismo vem obtendo maior apoio de governantes,
universidades e da sociedade em geral. O ato de empreender não está apenas ligada a pessoas que
abrem novas empresas, o empreendedor vai além, eles transformam a tecnologia, o modo de fazer
negócio e a própria sociedade, não apenas se tornam prósperos, mas também trazem a prosperidade
para muitos outros.
No empreendedorismo existem várias formas e características diferentes de empreendedores que
atuam de maneiras distintas no mercado. Uma definição geral seria:
Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o
esforço necessários, assumindo os riscos financeiramente, psíquicos e sociais
correspondentes e recebendo as conseqüências recompensas da satisfação financeira
pessoal. (HISRISH; PETERS; SHEPHERD, 2009, p.30).
Sabendo que cada área de atuação do empreendedor tem sua definição especifica, podemos ter
definições variadas sobre o assunto, pois para o economista o empreendedor é aquele que combina
recursos, trabalhos matérias e outros ativos para tornar seu valor ainda maior que antes; também é
aquele que introduz mudanças e inovações e uma nova ordem. Para um psicólogo, geralmente essa
pessoa é impulsionada por certas forças – a necessidade de obter ou conseguir algo, de experimentar,
de realizar ou talvez de escapar à autoridade de outros. Para alguns homens de negócios, um
empreendedor é interpretado como uma ameaça, um concorrente agressivo, enquanto outros, o mesmo
empreendedor pode ser um aliado, uma fonte de suprimento, um cliente ou alguém que gere riquezas
para outros assim como encontra melhores maneiras de utilizar recursos, reduzir o desperdício e
produzir empregos que outros ficarão satisfeito em conseguir. (HISRISH; PETERS; SHEPHERD, 2009)
2.1. Características do Empreendedor
Para uma pessoa ser considerada empreendedora, deve possuir algumas habilidades técnicas, gerenciais
e algumas características pessoais, no campo técnico, deve ser capaz de captar informações, ter o dom
da oratória, liderança, trabalhar em equipe, dentre outros fatores. As habilidades gerenciais fazem com
que o empreendedor sabe lidar com marketing, finanças, logística, produção, tomada de decisão e
negociação. Deve possuir como características pessoais, disciplina, persistência, habilidade de correr
riscos, inova
r, e outras características inerentes a este individual. (DORNELAS, 2001 apud PREVIDELLI; SELA,
2006).
De acordo com Maximiano (2005) os empreendedores estão atuando em vários setores no mercado,
mas existem características que os distinguem dos demais profissionais. Características essas como:
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a) Criatividade e capacidade de implementação.
b) Disposição para assumir riscos.
c) Perseverança e otimismo.
d) Senso de independência.
Chiavenato (2005) considera o empreendedor uma pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem,
pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar
oportunidades. Com tudo isso, o empreendedor consegue transformar idéias em realidade, e idéias
simples e mal estruturadas em algo concreto e bem- sucedido.
Segundo Maximiano (2005), tanto o empreendedor que vai abrir uma empresa inovadora, oferecendo
produtos e serviços que não existem no mercado, quanto um empreendedor que vai abrir uma empresa
que irá oferecer algo já existente, assume praticamente os mesmos riscos, exceto algumas
peculiaridades. O inovador depende de ser revolucionário vendo oportunidades que outros
empreendedores nunca viram no mercado, já o empreendedor que vai abrir algo já existente, não
depende de ser revolucionário, mas sim de ter uma visão de demanda de mercado ainda não explorada
por nenhum concorrente.
Ainda, segundo o GEM-Global Entrepreneurship Monitor (2013) existe dois tipos de empreendedores.
Os empreendedores por necessidade, que são aqueles que iniciam um empreendimento autônomo,
abrindo um negócio a fim de gerar renda para si e sua família e os empreendedores por oportunidade,
que são os que identificam uma chance de negócio e decidem empreender.
Hisrich e Peters (2009) mencionam que a busca de um novo empreendimento esta incorporada ao
processo de empreender que envolve mais que uma simples solução de problemas, pois o
empreendedor precisa encontrar, avaliar e desenvolver uma oportunidade superando as forças que
resistem a criação de algo novo.
Na visão de Dolabela (2006), o empreendedor é alguém que sonha e busca transformar seu sonho em
realidade é protagonista e autor de si mesmo e da comunidade em que vive. Sendo assim, contribui de
forma considerável para o crescimento econômico e desenvolvimento social, dinamizando a economia
por meio da inovação.
2.2. Empreendedorismo no Brasil.
O empreendedorismo no Brasil ganhou força a partir da década de 90, quando ocorreu a abertura da
economia nacional. Com a entrada de produtos importados no mercado, algumas empresas brasileiras
passaram por certas dificuldades que as levaram a falência, mas por outro lado, isso também ajudou na
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regularização dos preços, pois si criou uma alta competitividade entre as empresas nacionais e
internacionais. (BERTASSO, 2006).
Salim e Silva (2010) citam que foi depois de todas essas transformações descritas acima, que o
empreendedorismo passou a ser estudado nas universidades, e grupos de cientistas procuraram a
entender o comportamento e as motivações do empreendedor. O empreendedorismo se tornou objeto
de pesquisa e diversos de seus aspectos passaram a ser analisados.
De acordo com Dornelas (2008), outro evento que também contribuiu para a disseminação do
empreendedorismo no Brasil foi a explosão do movimento de criação de empresas pontocom no país
de 1999 e 2000, o que motivou o surgimento de varias empresas start-up de internet, desenvolvidas por
jovens empreendedores.
Em cada década que passa o Brasil vem enfatizando mais o empreendedorismo. Segundo Maximiano
(2005)
Apesar das dificuldades, o Brasil apresenta algumas perspectivas positivas em relação ao
empreendedorismo. Desde alguns anos atrás, foram criados órgãos e iniciativas de apoio ao
empreendedor, como o SEBRAE, as fundações estaduais de amparos à pesquisa, as incubadoras
de novos negócios e as escolas superiores, que tem oferecido cursos e outros tipos de programas
sobre o empreendedorismo. (MAXIMIANO, 2005, 7 p)
Segundo a pesquisa do GEM-Global Entrepreneurship Monitor (2013), o perfil do empreendedor
brasileiro, é hoje mais escolarizado e mais jovem, de acordo com a pesquisa realizada pelo GEM em
2013, 50% dos empreendedores com até três anos e meio de atividade tem entre 18 e 34 anos,
enquanto as empresas que estão a mais tempo no mercado apenas 25% são dessa faixa etária. Os
resultados indicam também a vitalidade do empreendedorismo no Brasil, que vem emergindo a cada
ano.
3. É POSSÍVEL ENSINAR EMPREENDEDORISMO?
De acordo com Dolabela (1999, p. 23), “ainda não existe resposta científica sobre se é possível ensinar
alguém a ser empreendedor. Mas sabe-se que é possível aprender a sê-lo”. “Na verdade não se trata de
ensinar, mas de desenvolver, porque todas as pessoas nascem empreendedoras, assim como todo o
mundo nasce com potencial para andar, cantar, tocar um piano.” (Dolabela, 2005).
Segundo Filion (1991) o empreendedorismo não é fruto de uma herança genética, ou seja, é possível
que as pessoas aprendam a serem empreendedoras e Dornelas (2008) diz que os empreendedores
inatos continuam existindo e sendo excelentes referencias de sucesso, contudo, outros podem ser
habilitados para a criação de empresas resistentes e duradouras.
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[...] cada vez mais, acredita-se que o processo empreendedor pode ser ensinado e
entendido por qualquer pessoa e que o sucesso e decorrente de uma gama de fatores
internos e externos ao negocio, do perfil do empreendedor e de como ele administra as
adversidades que encontra no dia-a-dia. (DORNELAS, 2001, p.38)
Dolabela (1999), diz que, se faz necessário desenvolver uma cultura empreendedora na sociedade,
desde os primeiros níveis da educação. Dornelas (2001) concorda com esse raciocínio e acrescenta que
os países que apóiam e incentivam novos empreendedores, desenvolvem um rápido crescimento
econômico, assim o empreendedorismo estimulado pelo ensino, pode ser um acelerador no
crescimento da economia local e da geração de novos empregos.
Porém segundo Hynes (1996), ensinar o empreendedorismo somente na sala de aula, não basta, é
necessário a integração da teoria com a prática. Alguns métodos didáticos apropriados, indicados pelo
autor, são: estudo de casos, visita a empresas, brainstorming (tempestades de idéias), projetos
desenvolvidos em grupos, simulações etc. Aplicando esses métodos no cotidiano o aluno desenvolverá
atributos (qualidade), habilidades e mudança de comportamentos para determinadas situações de
riscos. Drucker (1986, p.16) concorda e confirma em suas obras que o “Empreendimento não é nem
ciência nem arte. É uma prática”. A boa parte do conhecimento necessário para a execução de um
empreendimento é a pratica e a experiência.
As instituições de ensino superior além do conhecimento técnico e teórico transmitido em sala de aula
têm que enfrentar os desafios e aproximar o máximo possível os alunos da realidade do mundo
empresarial, conforme Dolabela (1999):
Pode-se dizer que o melhor ambiente “acadêmico” do aluno-empreendedor é aquele onde se
encontram e articulam forças produtivas, econômicas, sociais, políticas. É ali que o aluno vai
desenvolver sua percepção do negócio e aprender com os pares. (DOLABELA, 1999, p. 102).
4. MORTALIDADE PRECOCE NAS EMPRESAS
As últimas pesquisas dos órgãos responsáveis por estudar e apoiar o empreendedorismo no Brasil
como o SEBRAE e o GEM mostram que ocorreu uma diminuição na mortalidade das micro e
pequenas empresas, mas que ainda a aspectos que necessitam de melhorias para que esta taxa continue
a diminuir.
É essencial destacar que as pesquisas realizadas para descobrir a taxa de mortalidade das empresas, são
feita em um período de dois anos após sua abertura, pois é nestes dois anos que a empresa segundo o
SEBRAE, passa pelo momento mais delicado e é aonde tem a maior possibilidade de fechamento.
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No último levantamento do SEBRAE de julho de 2013, apresenta que em 2005 a mortalidade das
empresas no período de dois anos era de 26,4%, em 2007 diminuiu para 24,4%. Em termos gerais a
pesquisa mostrou que o Brasil vem evoluindo. Outro ponto importante, é a comparação da taxa de
sobrevivência das empresas entre os estados brasileiros, o Espírito Santo ficou em sétimo lugar com
uma taxa de sobrevivência de 77% das empresas.
A pesquisa do GEM de 2013 sobre o perfil do empreendedor brasileiro apresenta um dado alarmante,
cerca de 84,6% dos empreendedores não procuram nenhum órgão de apoio para auxiliar no seu
negócio. Este é um dos fatores que sem duvida contribuem para o fechamento das empresas, onde o
empreendedor busca sozinho tomar todas a decisões, sem ajuda e as vezes sem o conhecimento
necessário para tomar o melhor rumo para o seu negocio. O empreendedor se torna uma presa fácil
para o insucesso em um mercado de tanta concorrência.
Outro ponto importante para ser superado no começo de um novo negócio segundo Bonacim, Cunha e
Corrêa (2009) é que muitos empreendimentos de pequeno porte sucumbem diante de clientes de
grande porte por não possuírem condições para negociar preços e prazos. Assim, é necessário entender
como se dá a relação entre as empresas de pequeno porte que acabam por se submeterem aos mandos
dos clientes formados por grandes conglomerados como forma de sobrevivência, mas que por esse
motivo, acabam por não conseguir honrar seus próprios compromissos ligados a questões internas (por
exemplo, fornecedores) como externas (por exemplo, outros clientes). Verificar, além disso, os
motivos que resultam na incapacidade de negociação: falta de habilidade administrativa do
empreendedor, concorrentes dispostos a se submeter a tais práticas, prática consolidada no meio na
qual a empresa atua.
Dutra e Previdelli (2007) afirmam que é importante compreender o fenômeno de mortalidade de
empresas de forma que pesquisas sobre esse tema têm contribuído para o aprendizado a partir das
experiências empresariais mal sucedidas no sentido de compreender os erros e os acertos cometidos
para que se possa melhorar o desempenho futuro. Porém, são escassos os estudos voltados para análise
e entendimento da mortalidade de empresas, em especial, aquelas classificadas como micro e pequena
empresa.
5. MÉTODO DE PESQUISA
A pesquisa foi delineada como exploratória, com método qualitativo. A fim de atingir o objetivo da
pesquisa, optou-se por desenvolvê-la em duas etapas, sendo a primeira, por meio de uma pesquisa
bibliográfica, onde levantou-se os principais autores acerca do tema, empreendedorismo. A partir deste
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referencial, que procurou revisar a literatura que mais si assemelha ao estudo aqui desenvolvido,
passou-se para a segunda etapa a de coleta de dados no campo de estudo, esta se configurou com a
aplicação de um questionário com questões fechadas.
Foi aplicado o questionário com os discentes do 6° e 8° período do curso de administração, de uma
Instituição de Ensino Superior (IES) privada, de Cachoeiro de Itapemirim- ES.
6. ANÁLISE DOS RESULTADOS
Dos 63 respondentes, 36 são discentes do 8° período e 27 do 6° período sendo no total, 39 mulheres e
24 homens. As idades variam entre 16 a 40 anos, concentrando nas faixas de meia idade, pois 3,17%
têm de 16 a 20 anos, 88,88% têm de 21 a 30 anos e 7,93% dos respondentes têm de 31 a 40 anos. A
maioria, ou seja, 82,53 % se declaram como solteiro, 14,28% declaram-se casados e 3,17% separados,
viúvos ou divorciados.
Tabela 1- Perfil Sócio Econômico dos Alunos
Gênero N° de respondentes (%)
Feminino 39 61,9
Masculino 24 38,1
Total 63 100
Estado Civil
Solteiro 52 82,53
Casado (conjugue ou parceiro) 9 14,28
Separado, Viúvo, Divorciado 2 3,19
Total 63 100
Idade dos Alunos por Faixa Etária
Entre 16 a 20 anos 2 3,19
Entre 21 a 30 anos 56 88,88
Acima de 30 anos 5 7,93
Total 63 100 Fonte: Dados coletados na pesquisa de campo.
Quanto a situação sócio econômica da família, segundo podemos observar na tabela 2, a distribuição
da renda familiar se concentra nas faixas de até 3 salários mínimos, ficando 1,58% menos de 1 salário
mínimo, 3,17% um salário mínimo, 63,49 até três salários mínimos e 31,74% acima de 4 salários
mínimos.
Tabela 2- Renda Familiar em Salários Mínimos
Renda Familiar por Faixas N° de respondentes (%)
Menos de um salário mínimo 1 1,58
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9
Um salário mínimo 2 3,09
Até três salários mínimos 40 63,49
Acima de quatro salários mínimos 20 31,74
Total 63 100 Fonte: Dados coletados na pesquisa de campo.
A faculdade de ensino que você esta inserida, te auxilia ou utiliza alguma ferramenta para desenvolver
a sua formação empreendedora?
Você acha que o empreendedorismo pode ser ensinado?
Pensando em seu futuro profissional, o que você pretende?
O Brasil é um país de pessoas empreendedoras?
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Você conhece o SEBRAE, algum órgão governamental ou privado que auxilia as micro- pequenas
empresas, a consolidar seu negócio.
Você conhece alguma micro ou pequena empresa que não sobreviveu nos seus 2 primeiros anos?
Com os conhecimentos já adquiridos na instituição que você estuda, você se considera capaz de abrir
seu próprio negócio?
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Você considera que o empreendedorismo, contribui para o crescimento do país, auxiliando no
desenvolvimento econômico?
Na sua visão, ser empreendedor é a mesma coisa que ser inovador:
Você considera que uma pessoa com formação profissional tem mais capacidade de empreender um
negócio de sucesso que uma pessoa sem formação acadêmica?
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Você acredita que os micro e pequenos empreendimentos suportam o mercado atual?
Na sua opinião, a mortalidade precoce das empresas ocorre por:
Independente se você quer ou não abrir o seu próprio negócio, você consegue visualizar uma demanda
de mercado ainda não explorada por nenhuma empresa.
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Analisando os dados obtidos através da pesquisa nota-se que existe uma abordagem significativa da
instituição de ensino sobre o tema empreendedorismo os resultados foram em sua grande maioria
positivos, analisando individualmente algumas questões fica claro que os graduandos tem um bom
conhecimento sobre o tema, observando os resultado da questão 05(cinco) 90% dos graduandos
responderam que a instituição ajuda na utilização e suporte de ferramenta que incentivo o
empreendedorismo, na questão seguinte 06(seis) 92,60% afirmaram ter conhecimento que o
empreendedorismo pode ser ensinado, estas afirmativas comprovam que ocorre a abordagem do tema
na instituição.
Cerca 88,88% dos graduandos considerarem o Brasil um país de pessoas empreendedoras e 95%
afirmam que a atividade empreendedora é de suma importância para o desenvolvimento do país, sedo
que 50% responderam que uma pessoa com formação superior tem maior capacidade de sucesso em
seus empreendimento, e ainda 67,69% afirma que consideram-se capaz de abrir seu próprio negócio
com os conhecimentos adquiridos pela instituição, porem 39,68% sonham em abrir seu próprio
negocio. Outro informação relevante é que mesmo não pretendendo abrir um empreendimento 65%
dos graduando consegue visualizar uma oportunidade de negocio ainda não explorada no mercado.
7. CONCLUSÃO
Com todas as informações coletadas podemos considerar que a instituição de ensino analisada, apesar
de não ser uma instituição com o método de ensino diferenciado sobre o empreendedorismo, ela
consegue transmitir para os graduandos os principais conceitos sobre o tema sendo estes bem
explanados durante todo o curso. Mas com base nos argumentos dos autores citados no artigo, é que a
tendência de ensinar empreendedorismo tem de estar cada vez mais ousada, além de ser uma matéria
que esta na grade curricular dos graduandos, deve ser uma proposta real para a vivência dos alunos,
com projetos como de incubadora de empresas para que os discentes transformem esta ideia suscitada
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dentro da instituição em um negocio de sucesso, ajudando assim o desenvolvimento sustentável da
sociedade.
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