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Revista do Centro Acadêmico Santos Dumont (CA dos alunos do ITA)
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INICIATIVAS Notícias da Aerodesign, AGITA, Rocket
Design, ABU, Casdinho, AASD, DepCult,
ITAbits, CASDVest, RedeCASD e ITA Júnior.
São José dos Campos, Agosto de 2013.
Se
xta
Ed
içã
o
A estreia da coluna
da pós-graduação
do ITA na Cova
O que está acontecendo
no Parlamento das
Iniciativas
Vários textos de
opinião dos
nossos colunistas
Edição Geral
Alexandre Ferraz, T15 [email protected]
Projeto Gráfico e
Diagramação
Alexandre Ferraz, T15 [email protected]
Sarah Villanova, T16 [email protected]
Redação
Lamounier Soares, T14’ [email protected]
Diego Mamede, T12’ [email protected]
Agosto de 2013
Coveiros
ÍNDICE
Editorial........................................................................
Iniciativas: Aerodesign.................................................
Iniciativas: AGITA........................................................
Iniciativas: Rocket Design............................................
Iniciativas: ABU............................................................
Iniciativas: Casdinho....................................................
Iniciativas: AASD..........................................................
Opinião: Livros.............................................................
Matéria de Capa: Por um ITA melhor..........................
Iniciativas: DepCult......................................................
Iniciativas: ITAbits.......................................................
Iniciativas: CASDVest...................................................
Iniciativas: RedeCASD..................................................
Opinião: A cultura do “eu sou f*da”.............................
Notícia: Estamos nos vendendo bem?.........................
Iniciativas: ITA Júnior.................................................
APG: A pós-graduação do ITA....................................
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Carlos Monteiro, T13 Aerodesign
Diego Mamede, T12’ AGITA
Luiz Muniz, T13 Rocket Design
Tássio Cavalcante, T14 ABU
Giuliana Moraes, T16 Casdinho
Caio Richer, T16 AASD
Fernando Machado, T16 DepCult
Mário Castello,
Borges e Flash, T16
Muzio, T17 ITAbits
Jéssica Meireles, T16 CASDVest
Márcio Ramos, T15 RedeCASD
Pablo Miranda, T15 ITA Júnior
Jorge Gripp APG
Colaboradores
U ma pequena história: Abril de 2013, reunião do
DE: “E A Cova Sneijder, sai semana que vem?”, pergunta Lamounier. “Pode deixar!”, responde Sneijder. Quatro meses depois: “SNEIJDER, CADÊ A COVA?”, “Tá saindo, só faltam algumas coisinhas...” 23 de agosto de 2013, dia his-tórico, a primeira edição d’A Cova é finalmente lançada. Caros leitores, primei-ramente, desculpem-nos. Por que tanto atraso? Uma boa dose de ‘cagação de pau’, de-zenas de outras coisas para fazer, ideias novas a todo mo-mento, novos acontecimentos, novas reportagens... E muito trabalho. Gostaria de ler a próxima edição ainda esse ano? ›Então veja a contra-capa dessa revista! Histórias, desculpas e justificativas à parte, a primei-ra edição d’A Cova em 2013 chega para atender às expec-tativas tanto dos sedentos lei-tores mais antigos como dos bixos leitores mais novos. Turma 17, essa é a primeira Cova de vocês! Leiam, apren-
Atrasos, muitos textos e um certo gigante
3
Editorial
A capa traz o gigante, símbolo das recentes manifestações brasileiras, acordando nas proximidades do ITA: será que depois de 60 anos ele acordou?
inclusive, à Dutra protestar. Lá, com mais 3 mil pessoas, pediram por justiça, pelo fim da corrupção, por saúde e educação públicas de quali-dade... Mas terminados os protestos, era hora de voltar à realidade e meter gagá, afinal de contas, tratava-se de 8ª semana ou exames, e como todos sabem, o ITA não perdoa: te dá “2 vidas e 5 continues” e te põe para lutar no modo mais díficil do jogo. E nesse jogo tem trancamentos, desligamentos, avaliações obscuras, parciali-dade, abuso de poder, terroris-mo psicológico... Mas passar por essa fase do jogo, num momento em que o país dizia basta, nos fez perguntar quando é que o nosso gigante acordaria — não somente o do 112 (›vide pági-na 33), mas aquele adorme-cido a décadas, amarrado pe-las regras, hipnotizado pelo poder da pele de carneiro. E assim, entre mortos e feridos, as consequências e acontecimentos do primeiro semestre de 2013 foram sufi-cientes para nos mostrar os “20 centavos” de que necessi-távamos. Por isso, no dia históri-co em que a primeira edição d’A Cova de 2013 é finalmente lançada, a pergunta “O gigan-te acordou?” é retórica. Pare-cemos estar diante de algo sem precedentes na história de nossa amada escola. A Cova propõe a refle-xão sobre a principal questão que nos resta agora: “Até onde dispostos a ir e o que estamos dispostos a fazer para que o gigante continue acordado?”●
Alexandre Ferraz, Sneijder
dam e preocupem-se em fazer parte das próximas edições, porque nessa revista todos os iteanos, de bixos a veteranos, são escritores e personagens, jornalistas e reportagens, capa e conteúdo. E nessa edição temos de tudo! 11 textos de iniciativas, incluindo o primeiro texto da AGITA e da ABU na revista. Aproveite e leia também sobre a cobertura da palestra que movimentou as iniciativas em torno do que chamaram por aí de “Iniciativas ITA”, e entenda como isso levou ao Parlamen-to. Acompanhe ainda a es-treia da coluna da pós-gradua-ção, mostrando a realidade de uma galera que também tem suas próprias batalhas no ITA (e no rancho conosco!). Leia a continuação da série Livros, do fiel colunista Diego Mame-de, dessa vez trazendo um conteúdo especial para os queridos bixos néscios. Tem ainda o vice-presidente-sugadinho-que-fica-cobrando-revista-dos-outros, o querido Lamounier Soares, trazendo uma reflexão (muito boa por sinal!) sobre uma cultura bastante difundida em nosso meio. Como capa, não haveria outro assunto que viesse tanto a calhar. Recentes manifesta-ções no país, povo brasileiro saindo às ruas, 20 centavos se tornando uma pauta muito maior de reivindicações, #oGiganteAcordou, etc... Muitos de nós foram,
Aerodesign: agregando conhecimentos, ensinando experiência
4
ajudou a “fazer as contas”
vencer seu próprio peso e voar!
Mas de quais formas o
aerodesign contribui para a
formação de quem dele
participa? As respostas são
muitas, e mudam de um
membro para outro. Para uns é
um meio de trabalhar com algo
prático, para outros, uma
forma de estar em contato com
empresas do setor aeronáutico,
Dividindo espaço com as
iniciativas de engenharia que
existem atualmente no H8,
c o m o B a j a , F ó r m u l a ,
ITAndroids e ITAbits, o
Aerodesign orgulha-se de ser
uma das mais antigas
iniciativas desse tipo. Tendo
passado por alguns momentos
ruins, mas muitos de vibração e
vitórias nos seus 14 anos de
existência, uma coisa nunca
mudou: a paixão dos membros
por suas aeronaves.
Interessante notar como
todos os “aerodesigners” se
recordam de formam saudosa
das equipes que participaram, e
principalmente daquelas em
que ajudaram a conceber o
projeto. Poucos momentos são
maior emoção ou orgulho do
que ver a aeronave que você
Poucos momentos são
maior emoção ou orgulho
do que ver a aeronave que
você ajudou a “fazer as
contas” vencer seu próprio
peso e voar!
ou ainda um canal para
aprimorar habilidades de
trabalho em equipe ou
liderança. Mas existem aqueles,
os mais vibrões, os que ficaram
marcados pelo aerodesign, para
os quais o aerodesign é próprio
motivo de continuar no ITA, é o
combustível que gera energia
para vencer o gagá noite após
noite e ver, aplicados em uma
aeronave mais pesada que o ar,
os conhecimentos adquiridos
em sala de aula.
O aerodesign permite
que o aluno em formação lide
com problemas reais de
engenharia, projetando e
construindo uma aeronave que
irá realmente operar. São
situações que não podem ser
geradas em sala de aula, como
a compra de um material, a
Legenda
Iniciativas: Aerodesign
5
busca por um fornecedor, os
debates entre engenharia e
produção que surgem
naturalmente durante um
projeto.
Finalmente, o Aero-
design permite então que
quem o experimente firme
s e u s c o n h e c i m e n t o s
aprendidos, bem como
experimente a construção de
uma aeronave, se configu-
rando assim como uma
disciplina especial, que
complementa a formação do
engenheiro: a experiência de
projeto.
O Aerodesign é
aprender a projetar, coor-
denar e liderar. É fazer
amizades fortes e viver,
ainda na graduação, a
experiência de conceber
uma aeronave. E se depois
de ler esse texto você achou
o Aerodesign interessante,
convidamos você a procurar
um de nossos membros e
conhecer mais sobre a
iniciativa, e saiba que não é
preciso ter anos de aero-
design para projetar parte
do avião ou ajudar a tomar
decisões de projeto. Você
pode ajudar a fazer isso a
partir do primeiro dia que
entrar na iniciativa. As boas
ideias nós fazemos juntos, o
avião também. ●
Projetos e construção dos aeromodelos.
AGITA pra quê?
6
Imagine se você nascesse
em uma sociedade onde o
“normal” fosse ser homossexual.
Nos contos infantis todos os
príncipes procurariam outros
príncipes e as princesas suas
princesas. Um menino que
resolvesse pegar o carrinho da
irmãzinha poderia levar umas
boas palmadas. Ainda, a maioria
dos insultos faria referência à
heterossexualidade. Na igreja
pregariam que “Deus criou
homem e mulher diferentes para
viverem separados”. Depois as
tias começariam a perguntar pros
sobrinhos “e os
namoradinhos?”
e as meninas ti-
nham de escutar
“e a namoradi-
nha?” Imagine se,
de repente, você
se apaixonasse
por alguém do
sexo oposto. Teria
de correr o risco
de sofrer recriminação de sua
família, amigos, colegas de
trabalho. Por mais que seu amor
fosse forte pra superar tudo, o
Estado não permitiria seu
casamento e negaria os direitos
de uma união homossexual, dita
legal e natural.
Ao reunirem-se pessoas
com histórias semelhantes a essa
é que surgiu a AGITA. Pra quem
não conhece, AGITA é a
Associação LGBTTTS (de Gays)
do ITA. Mas, você pode pensar,
pra que serve um grupo de gays
no ITA? O interessante é que os
próprios membros não conse-
guem responder essa pergunta
com clareza pois nunca houve a
preocupação de estabelecer
algum objetivo. A ausência de
objetivo ou uma sistemática de
funcionamento deixa em dúvida
até se a AGITA seria mesmo uma
iniciativa. Se ela é uma iniciativa,
não surgiu da maneira usual,
buscando ter uma utilidade
pública, um objetivo, missão,
visão etc. Apesar de o grupo não
ter objetivos, não significa que
não tenha utilidade. Percebo
algumas utilidades que vou
enumerar, mas que não estão em
nenhuma cartilha. É apenas
minha visão particular.
A primeira
utilidade é o sim-
ples fato de existir.
Quando alguém
pergunta “mas um
grupo de gays no
ITA? Mas pode?
Pode militar gay?”,
acredito que a
pessoa está re-
pensando seus
conceitos e reconstruindo seus
valores. Durante esses anos vi
muita gente que tinha ideias
negativas sobre a homosse-
xualidade mudar seus conceitos e
hoje até apoiar causas gays sem
medo de ser rotulado. Percebo
que isso acontece rapidamente ao
se perceber que os homossexuais
não são alienígenas verdes que
vivem em outro planeta e
ameaçam a família terrestre, mas
sim são pessoas comuns e estão
mais perto que imaginamos. O
fato de existir uma AGITA dá
oportunidade de compreender
que há outras maneiras de amar,
ser e se expressar. Isso enriquece
a experiência dos alunos e
Pra quem não conhece,
AGITA é a Associação
LGBTTTS (de Gays) do
ITA. Mas, você pode
pensar, pra que serve um
grupo de gays no ITA?
7
colabora na construção de um
ambiente de respeito às dife-
renças.
Para saber outra utilidade
da iniciativa é preciso ter em
mente certas peculiaridades da
experiência homoafetiva. Um
hetero pode descobrir sua
sexualidade e sua afetividade sob
a tutela de pais, além de ter à sua
disposição diversos modelos de
relação largamente divulgados
pela mídia, arte etc. Ao contrário,
a visibilidade da relação entre
homossexuais é quase nula no
Brasil e geralmente os pais não se
preparam para criar um filho
homossexual. Além de que é
comum homossexuais aparece-
rem na mídia como subalternos
ou sendo ridicu-
larizados. Um
jovem homos-
sexual, como
qualquer outro,
carece de orien-
tação e modelos
para se inspirar.
Na convivência
que os membros
e s t a b e l e c e m
dentro da AGITA, eles podem
compartilhar suas experiências,
compartilhar os poucos e
apagados modelos, para assim
compensar essa lacuna deixada
pela família, pela mídia e pela
sociedade em geral.
Há outra utilidade impor-
tante que se confunde um pouco
com a anterior. Even-tualmente
os membros da AGITA são
procurados por pessoas que não
fazem parte da iniciativa. São
pessoas que têm algum parente
ou amigo que é homossexual
precisando de apoio, ou pessoas
que estão “confusas” ou ainda
que se mantenham “no armário”.
Os membros da AGITA são vistos
como pessoas confiáveis para
tratar desse tipo de assunto com
sigilo e discrição. O fato de a
sexualidade, e mais ainda, a
homossexualidade, serem tabus
atrapalha no esclarecimento des-
se tipo de questão. Assim, por
vezes, os membros são pro-
curados para conversar, digamos,
sem preconceitos, algum assunto
sério ou mesmo simples
curiosidades.
Quero ressaltar que
quando cheguei ao H8 descobri o
ambiente mais rico e diversi-
ficado em que já tive opor-
tunidade de conviver. Percebi
que se precisasse de alguém que
sabe aramaico, sim, teria.
Alguém que já atravessou o
Alasca de moto?
Check. Alguém que
já leu os Dos-
toievskis todos no
original? Fácil. Um
japonês negro?
Tem sim. A AGITA
vem para com-
pletar essa diver-
sidade e mostrar
que ela também
existe na afetividade e na sexua-
lidade. Então quando perguntam
“AGITA pra quê?”, eu pergunto
por que não? Seria o mesmo que
perguntar pra que atravessar o
Alasca de moto ou ler em russo
ou aramaico, ou se seria natural
existir um japonês negro. Pois,
como bem disse Drummond,
“(...) alguns se salvaram e
trouxeram a notícia de que o
mundo, o grande mundo está
crescendo todos os dias, entre o
fogo e o amor. Então meu
coração também pode crescer.
Entre o amor e o fogo, entre a
vida e o fogo, meu coração cresce
dez metros e explode. – Ó vida
futura! Nós te criaremos.” ●
O fato de existir uma
AGITA dá oportunidade
de compreender
que há outras
maneiras de amar,
ser e se expressar.
Iniciativas: AGITA
8
equipe. Assim, para atingir esses três requisitos de missão, o projeto de nosso foguete é multidisciplinar: aerodinâmica, balística e trajetória, eletrônica, estabilidade, estruturas e propulsão são totalmente inseridos no dia-a-dia da iniciativa. É claro, conceitos de engenharia de sistemas, gestão de projetos, marketing e logística também são essenciais!
Nos dois últimos anos,
garantimos para o ITA e para
o Brasil o terceiro lugar na
categoria básica e o prêmio de
melhor projeto de toda a
competição, em 2011, e da
categoria básica, em 2012.
Em 2013, o desembarcar no
aeroporto de Guarulhos, a
e q u i p e d o I T A , ú n i c a
representante do Brasil, trouxe
consigo o prêmio Jim Furfaro
Award for Technical Excellence,
o qual é dado para o time com o
melhor projeto de toda a
competição, além de um cheque
de 300 dólares. Pela primeira
vez, a equipe brasileira cumpriu
todos esses objetivos em voo e
A equipe ITA Rocket Design retornou ao Brasil com a sensação de dever cumprido após participar da oitava edição da competição mundial de f o g u e t e s u n i v e r s i t á r i o s denominada IREC(Intercolle-g i a t e R o c k e t E n g i n e e r i n g Competition), a qual ocorreu entre os dias 20 e 22 de junho na cidade de Green River (Utah), EUA.
A IREC é promovida pela entidade não governamental ESRA (Experimental Sounding Rocket Association), a qual é composta por membros atuantes e ex-funcionários da indústria aeroespacial americana (NASA, U S A F , S p a c e X , d e n t r e outros). Somos avaliados por pessoas do mais alto padrão técnico e com experiência de sobra no setor espacial. Apesar disso, o ambiente de amizade entre nossa equipe e os juízes é algo prazeroso e que agrega valor ao nosso trabalho. Somos conhecidos pela inovação, pela complexidade em nossos projetos e por tirar "água da pedra" quando necessário, o que n o s f a z s e r m o s m u i t o incentivados pelos juízes e bem respeitados perante outros competidores. Em média, cerca de 40 universidades participam nas duas categorias da competição. Em nossa categoria, a básica, temos cerca de 30 concorrentes. Este ano, além das tradicionais universidades dos EUA e Canadá, tivemos a participação de equipes da Austrália, Índia e Turquia. Na categoria básica, os foguetes devem atingir a altitude de 10000 pés da forma mais precisa possível (cerca de 3 km), serem totalmente recuperados após o voo e, por fim, terem o maior número de componentes projetados e fabricados pela
3... 2... 1... Lançamento!
Iniciativas: Rocket Design
ITA Rocket Design, na ocasião de recebimento do prêmio, juntamente com a equipe da universidade de New Mexico Institute of Mining and Technology,
campeã da categoria avançada.
conseguiu recuperar o seu
foguete de forma rápida e sem
qualquer avaria às partes do
foguete, o que garantiu o troféu
de melhor projeto entre todas as
categorias. O lançamento do
foguete ocorreu às 8:01 da
manhã do dia 22 de junho,
horário local. O apoio do Banco
Santander, das empresas
Omnisys e Mectron, do colégio
Etapa, da Olimpíada Brasileira
de Astronomia (OBA!) e da
Fundação Casemiro Montenegro
Filho foram de fundamental
importância para atingir esse
resultado. Por fim, para aqueles
que têm interesse em participar
da iniciativa, basta entrar em
con-tato com um dos nossos inte
-grantes ou mandar email pa-
Qu eremos qu e nossa
instituição e nosso país sejam
ainda mais respeitados e
conhecidos mundialmente. Para
isso, contamos com a torcida de
cada iteano para atingirmos
resultados ainda melhores!
GO GO GO Rocket! ●
9
A Aliança Bíblica Universitária no ITA
Além disso, costumamos
realizar alguns eventos, tanto
aqueles voltados para os
participantes dos grupos de
ABU, quanto aqueles voltados
para os iteanos. Entre os
voltados para os iteanos,
destacamos o ABU Radical, que
realizamos todos os anos
(aguardem o próximo este ano!).
Dentro da outra categoria de
eventos, realizamos no final de
2012 o chamado Conselho
Regional (uma reunião adminis-
trativa reunindo representantes
de todas as ABU’s de SP e MS)
aqui em São José e, também, em
março deste ano, fizemos o cha-
A A l i a n ç a B í b l i c a
Universitária do Brasil (ABUB) é
uma organização missionária
que existe para compartilhar o
evangelho de Jesus Cristo nas
universidades. É um movimento
atuante em diversas univer-
sidades das várias regiões do
Brasil, sendo, ainda, apenas uma
parte de um movimento inter-
nacional atuante em vários
outros países. No ITA, o movi-
mento já existe desde a década
de 50, sendo considerado um
dos primeiros grupos no Brasil.
Na prática, no ITA, o
nosso principal trabalho é a
promoção de estudos bíblicos
para a comunidade iteana, ou
seja, reuniões nas quais se lê um
trecho da bíblia com o objetivo
de, com a participação dos
presentes, discutir-se em cima
do texto e se chegar a alguma
conclusão. Ao longo desse ano,
foram discutidos alguns livros
bíblicos, incluindo Lucas e
Filipenses.
mado Treinamento Local, como
uma forma de preparar os novos
membros de ABU’s da região
(São José dos Campos, Taubaté,
Lorena e Mogi das Cruzes).
Por fim, mas não menos
importante, neste ano iniciamos
um trabalho social em uma
comunidade carente aqui em
São José dos Campos (Comuni-
dade do Rhodia). Anteriormen-
te, já vinha sendo desenvolvido
um trabalho na localidade pela
secretária da AEITA (Elaine) e,
então, resolvemos dar um apoio
ao trabalho. Temos tentado aju-
dar as crianças da localidade no
âmbito dos estudos. A princípio,
temos feito um trabalho mais
individual com algumas dessas
crianças em uma espécie de
reforço escolar. Certamente, é
um projeto aberto, sendo que
temos contado (e esperamos
contar futuramente) com a
participação de pessoas que não
são membros da ABU.
Iniciativas: ABU
Excursão da ABU ao litoral.
No ITA, o movimento já
existe desde a década
de 50, sendo considerado
um dos primeiros grupos
no Brasil.
Reflexos iteanos
Iniciativas: Casdinho
10
Você já percebeu o
quanto somos diferentes de
outras universidades? O ITA
tem inúmeras tradições que
aderimos ao nosso cotidiano: o
espírito companheiro, passando
bizus no meio da madrugada
para aqueles que estão metendo
um gagá de última hora; a união
da turma frente aos problemas
que enfrentamos seja no meio
acadêmico ou pessoal; as muitas
iniciativas que incentivam os
iteanos a sempre fazer o seu
melhor. E o que isso tem a ver
com o Casdinho, o foco
principal deste texto? E a
resposta, caro leitor desatento, é
óbvia: TUDO!
O Casdinho é um meio de
passagem desses valores
iteanos. Por meio das aulas,
atividades e confraternizações
que promovemos, estimulamos
o contato entre duas culturas
distintas: de um lado uma vida
privada de oportunidades e
repleta de incertezas quanto ao
futuro e de outro o estímulo ao
estudo como um elemento de
transformação.
Nossos alunos já viven-
ciam a cultura iteana no dia a
dia do Casdinho, melhorando
suas relações familiares e se
tornando mais conscientes
socialmente. Eles já realizam até
provas sem fiscais, demons-
trando o alto grau de disciplina
e a imensa confiança que lhes é
depositada. Só falta eles se
tornarem adeptos de nossos
viradões também!
Nada disso é mera
coincidência. O Casdinho como
fruto iteano carrega em seus
ideais nossa cultura. Ele é um
meio de nos comunicarmos com
a cidade de São José dos
Campos: modif icando a
perspectiva do estudo na vida de
inúmeras famílias e agregando
nossos valores ao de nossos
alunos.
Como ideal, nossa missão
é fazer a cidade "respirar
educação", borbulhar por entre
cada esquina a paixão pelo
conhecimento, fazer com que
cada um dos alunos Casdinho
atue como uma ferramenta de
mudança no seu ciclo social,
transformando potencial em
movimento! E, assim, não
seríamos somente uma interface
entre os iteanos e SJC, mas
atuaríamos como uma rede de
valores, refletindo nossos tão
amados ideais e movimentando
o nosso País. Ou quem sabe, no
futuro, afetando o mundo? ●
Dia-a –dia no Casdinho: Alunos nas salas de aula, interagindo com membros e colegas.
Iniciativas: AASD
11
IMC: Renovação da parceria Embraer/AASD A IMC (International
Mathematics Competition) é a
maior olimpíada internacional
de matemática universitária.
Todo ano ela reúne em torno de
320 alunos de 35 países, vindos
de 70 das universidades mais
renomadas do mundo. O ITA já
tem uma grande tradição na
IMC, participa dessa competição
há dez anos e a Embraer
contribui majoritariamente há
três anos para que isso ocorra.
Essa parceria já possibilitou a
ida de muitos iteanos
selecionados para a competição.
Neste ano, nove alunos do ITA
foram selecionados para a IMC
e, mais uma vez, puderam
contar com a parceria da
Embraer. Todos os nove alunos
foram premiados, acumulando
para o instituto mais uma
medalha de ouro, seis de prata,
uma de bronze e uma menção
honrosa.
Com esse resultado, o
ITA se classificou em 1º lugar na
América Latina e 15º lugar geral
entre as 72 instituições
participantes, à frente das
tradicionais Yale, Cambridge e
École Polytechnique.
A parceria da Embraer
Equipe do ITA na IMC 2013.
com a AASD mostra a confiança
que é depositada nos alunos do
ITA por sua excelência, e essa
confiança é retribuída com uma
relação mais estreita entre a
empresa e esses alunos, uma
troca que tem alavancado ambos
os lados.
É por conhecer os frutos
dessa parceria que a AASD espera
que ela se prolongue com mais
renovações e traga ainda
melhores resultados para a
Embraer e para a comunidade
iteana.
12
Não era um cão, não era um gato, não era um rato
D essa vez a seção é especialmente
praquele bixo néscio que quando
dizem “Revolução dos Bichos” ele
imagina uma figura plana animal
sendo rotacionada para formar um
sólido geométrico. Sinal de que agora é
hora de tentar ler alguma coisa que
não seja da Editora Poliedro.
Comecei a ler o livro O Físico, de Noah Gordon com um pé atrás, pois na época do lançamento houve uma grande polêmica sobre a tradução
do título original The Physician, cuja melhor tradução seria O Médico. Ele narra a história de um rapaz que tinha o poder de saber se a pessoa estava próxima da morte. O jovem aprendiz de “cirurgião barbeiro” se
envolveu numa grande trama para conseguir entrar na escola de medicina de Ispahan, na Pérsia, com o famoso Ibn Sina, conhecido no
ocidente como Avicena, e se formar médico. O mais interessante da obra é mostrar a relação das três grandes religiões monoteístas: cristianismo, judaísmo e islamismo com a ciência num contexto conturbado da Idade Média, na fronteira entre ocidente e oriente: a antiga Pérsia. É o tipo de
livro que eu não conseguia parar de ler.
Profa. Nilda Oliveira – Depto. de HUMANIDADES
Prof NILDA
Numa fria madrugada de viradão tive meu primeiro contato com o conto A Igreja do Diabo, de Machado de Assis. Conto pequeno, propício à procrastinação habitual de todo iteano. A construção logicamente perturbadora, a argumentação cínica travestida de santa, tão marcantes na obra machadiana, mais uma vez me proporcionaram um deleite imenso, comparável somente ao prazer de um açaí. Recomendo também A Sereníssima República. Mais uma vez, trata-se de um conto curto. Analisando o universo das aranhas, nos coloca frente a frente com as nossas próprias deficiências morais, com toda a cretinice e hipocrisia da nossa sociedade doente e miserável. E, para completar uma trilogia machadiana, recomendo também a leitura do capítulo XXXI, A Borboleta Preta, da obra "Memórias Póstumas de Brás Cubas".
Thiago Póvoa – Engenheiro da Petrobrás, CIVIL-11
PRECOCE
Recomendo ao bixaral a leitura de O Conde de Monte Cristo, escrito por Alexandre Dumas. Ele conta a saga de Edmond Dantés, que é preso
injustamente e, após longos anos preso, consegue fugir e arquiteta um plano de vingança contra todos os seus inimigos. Além de um clássico, o livro possui passagens que analisam profundamente as diversas facetas
do comportamento humano. Longa obra, o que a torna muito apropriada para virar um livro de cabeceira a ser atravessado durante os
cinco (ou mais) anos para complementar a educação em um universo matematicamente arquitetado e apartado de aspectos humanos como
pode ser uma escola de engenharia.
Ricardo Lins – MEC-13
RICARDO LINS
Livros
13
por Diego Mamede
O último que eu li e recomendo a um bixo vibrão é o Wireless Hacking For Wi-Fi Enthusiasts. Não hacking no sentido de quebrar redes wireless ou segurança, mas no sentido de você construir uma rede wireless para uma comunidade fazendo scraping de partes de roteadores, ou fazendo máquinas embarcadas com cartões própiros virarem firewalls (software livre) e até usando roteadores da faixa de 5GHz para fazer transmissão direcionada entre prédios diferentes. Também é bom para treinar seu inglês na área de computação.
CUBO
Márcio Ramos – COMP-15
A (até pouco tempo) conjectura de Poincaré é um problema da matemática que por anos atormentou matemáticos do mundo
inteiro. O problema estava na lista dos sete problemas do milênio, e até agora o único solucionado. De maneira inusitada Grigory
Perelman, matemático russo, divulgou a sua solução para o problema pela internet, ganhando a fama de excêntrico ao recusar
o prêmio de um milhão de dólares. A Solução de Poincaré trata da história por trás da solução de um dos mais importantes
problemas da matemática do último século navegando pelo mundo da topologia. Este livro deixou meus estudos de MAT-12, 22 e 27
muito mais interessantes.
Gustavo Oliveira – CIVIL-15
POOH
Hoje, a comunidade iteana possui uma grande empatia pela área extra-engenharia; iniciativas como o CASDVest, ITA Junior, AASD, AIESEC, eITA, entre outras, mostram que nós somos bastante atraídos pela área administrativa. Tendo em vista esse fato, Administração de Organizações Sem Fins Lucrativos é uma obra-prima de Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, pra quem tem interesse de se aprofundar no assunto.
PLAYMOBIL
Paulo Lira – T-16
Para muitos de nós
durante o vestibular, o ITA
foi um sonho; conquistá-lo,
um dos melhores aconte-
cimentos de nossa vida. O
que acontece, então, no
meio de campo da trajetória
iteana que eventualmente
deixa tantos entre nós
desmotivados com a insti-
tuição? Estaria a escola
errando, com um modelo
educacional engessado e
exagerando na pressão que
exerce sobre os alunos?
Estaríamos nós mesmos er-
rando, sem darmos o valor
devido ao ITA?
É comum ouvir que a
pressão a que somos sub-
metidos aqui no ITA é o
que nos torna bons
profissionais. Concor-
do que exercer pres-
são no sentido aca-
dêmico – no rigor
das avaliações,
nas exigências
para passar
sores que recorrem a táticas
menos nobres de incentivo à
produtividade.
Talvez alguém encare
como ingenuidade, mas não
estamos nós, como cidadãos
conscientes, batalhando por
um mundo melhor? Não
vivemos mais numa socie-
dade que permite, endossa e
de semestre – faz sentido
para manter a excelência da
faculdade, entretanto o que
os alunos ganham com
professores que extrapolam
os limites e saem da
exigência para a intimidação
emocional? Argumentam
alguns que os iteanos
estariam sendo treinados
para quando tiverem chefes
semelhantes. Justificam,
assim, um erro com
o outro, porque
estão errados
chefes e
profes-
Por um ITA melhor
encara com bons olhos a
palmatória nas escolas.
Evoluímos. Ultrapassando
um pouco as fronteiras do
assunto que aqui
discorro – mas
voltarei
Matéria de Capa
para ele, aguarde –, li outro
dia sobre um cidadão que
defendia a pena de apedre-
jamento aqui no Brasil.
Garantia ele que a crimi-
nalidade se reduziria caso
tivéssemos penas mais
severas. Talvez ele
estivesse logicamente
correto, porém o que
queremos é mera-
mente uma sociedade
mais rígida com menos
crimes ou uma sociedade
evoluída que vive correta-
mente (olha o princípio da
DC aí)? De forma semelhan-
te, queremos alunos que
estudam com vontade ou
alunos que estudam por
mera incentivo coercivo?
Não é só no aspecto
motivacional que o ITA
precisa melhorar, há mais
pontos: as disciplinas são
conduzidas com um caráter
exageradamente teórico e
pouco prático, vários labo-
ratórios carecem de moder-
nização, dentre outros. Po-
rém, mesmo com esses
problemas mencionados,
acredito que estamos
numa faculdade que tem a
excelência dentro de si, e
com gente disposta a ver
essa excelência derrubar as
limitações e alavancar a ins-
tituição para o topo.
Verdade seja dita, as-
sim como o ITA tem pontos
louváveis e aspectos a serem
consertados, também cabe a
nós, os alunos, fazermos
uma autoanálise e verificar
em que nós mesmos pode-
mos melhorar nossa postura
para com a instituição.
Aliás, acho que estamos
fazendo isso, pouco a pouco.
Lembro-me de que, quando
cheguei aqui, era comum
ouvir na época da inte-
gração, mais de um mês
antes de termos contato de
fato com a escola, a insa-
tisfação dos veteranos com o
ITA. Nos últimos anos,
porém, os responsáveis pela
recepção dos bixos têm sido
orientados a evitar esse tipo
de “propaganda”, porque ela
enviesa a visão dos bixos
antes que eles mesmos pos-
sam tecer suas impressões
acerca do ITA.
de Lamounier Soares Por um ITA melhor
Por outro lado, a
insatisfação dos veteranos
existe como um diagnóstico
de um desestímulo contínuo
presente nos alunos. Acaba
que gera um ciclo vicioso de
deixar a faculdade em segun-
do plano, o que acontece com
muitos, e é um comporta-
mento que pode ser credi-
tado tanto a uma cultura
instalada no H8 quanto ao
modelo de ensino engessado
e aos professores
desinteressados em ensinar,
e ensinar bem e com coerên-
cia avaliativa. É como se o
ITA e os alunos da graduação
estivessem num casamento
beirando o divórcio, e resis-
tentes a encarar essa situação
de frente. Até agora, claro,
quando sons de mudança
começam a ecoar.
Tanto a cultura no H8
como a postura do ITA,
em vários aspectos,
precisam de mu-
Matéria de Capa
dança, e sair da inércia é o
primeiro passo para que essa
mudança aconteça. O cami-
nho para um ITA melhor está
em perceber que as
prioridades da escola devem
ser reavaliadas, e as nossas
também, e quem sabe dessa
forma conseguiremos resga-
tar as relações aluno/profes-
sor e aluno/ITA e vivê-las
como nossos veteranos
mais antigos as viveram
no passado. ●
18
Aconteceu no DepCult Olá, galera! Nessa edição d’A Cova, o Departamento Cultural do ITA tem muita coisa nova pra
apresentar. Esse ano está sendo bem recheado de eventos culturais e ainda tem bastante coisa boa por
vir! Dentre os eventos, estão:
Clube do filme
Exibição semanal
de filmes do
Cineclube. Ocorre
aos domingos, às
18h30, e exibimos
filmes como “Argo”
e “Os Miseráveis”.
Game of
Thrones
Exibição semanal
dos episódios da
3ª temporada de
Game of Thrones,
que foi exibida
nos Estados
Unidos. As
sessões rolaram
toda segunda-
feira, às 22h no
Cineclube.
Tarantinada
DepCult
Animados com o sucesso
do Clube do Filme, aproveita-
mos a semana do feriadão do
aniversário de São José e exibimos
alguns filmes do Tarantino entre
segunda e o domingo seguinte. O
roteiro era: “Cães de Aluguel”,
“Pulp Fiction”, “Kill Bill – Vol. I”,
“Kill Bill – Vol. 2”, “Bastardos
Inglórios” e “Django Livre”.
Aulas de música
o DepCult está oferecendo aulas de
músicas a todos do H8. Por enquanto
estamos tendo aulas de violão, guitarra
e piano, mas em breve estaremos expandido
o nosso repertório!
FotografITA
Clube de fotografia destinado a pessoas
interessadas em aprender mais sobre
fotografia e participar de eventos legais,
como passeios fotográficos, exposições e
coberturas de eventos do H8. Link para o
grupo:
http://www.facebook.com/groups/148299308678344
Reforma da Sala de Música
Através da AASD conseguimos
reformar a sala de música!
Aproveitamos também e compramos
novos instrumentos. Dentre eles,
Fender Frontman 212r, Laney LV100,
Marshall MG10CF, Staner BX200 e
uma bateria Prime Europe Birch.
Agora vai ficar ainda mais irado
ensaiar lá!
Programas disponíveis
19
Iniciativas: Depcult
Encontro Musical:
Rock in Rancho
O EM ocorreu nos dias 07
e 08 de junho na Ala Zero
com bandas cover de Red
Hot Chili Peppers, Foo
Fighters, Metallica, Legião
Urbana e outras. O nível
esse ano foi altíssimo e a
band a cam peã f o i
Macacos do Ártico, que já
tem o seu lugar garantido
no Show Prêmio. O
DepCult agradece a
participação de todas as
bandas, foram todas
muito legais!
Cult Talks
Evento inspirado nos “Lightning Talks” da
RedeCASD, conta com palestras curtas sobre
assuntos variados. A primeira edição foi um
sucesso, Cineclube lotado! Contamos com as
seguintes palestras:
Por que meditar? – Estima (COMP-15)
Cultura nordestina – Sanfoneiro (T-16)
A hipocrisia do Islã – Muxagata (COMP-15)
É divertido ser enganado – Um pouco da
história da mágica – Mágico (COMP-14)
PNL – Programação Neurolinguística –
Rômulo (T-17)
Cuidando do seu corpo: Dicas simples para
viver melhor – Andrade (MEC-15)
Gamification – How game thinking can im-
prove your life– Timbó (COMP-15)
Todas as apresentações foram filmadas disponibilizadas no canal do DepCult no YouTube. A
ideia é fazermos um evento desse a cada bimestre, então aguardem que muita coisa legal está
chegando! Link para o canal: http://www.youtube.com/user/DepCultITA
Hackathon Mercado Livre
Iniciativas: ITAbits
20
Já é hábito pros
membros da ITAbits participar
de hackathons. Um dos eventos
desse semestre foi o Hackathon
Mercado Livre, uma competição
de desenvolvimento de aplica-
tivos baseados na API do
Mercado Livre, com o objetivo
de produzir serviços que faci-
litem a vida de compradores e
vendedores. O evento durou 12h
e aconteceu no escritório do
Mercado Livre, na região
metropolitana de São Paulo.
Funcionários do Mercado Livre,
inclusive, participaram, prestan-
do suporte aos desenvolvedores.
Além de produzir aplicativos,
cada equipe tinha ainda que
apresentar seu serviço para uma
banca. 15 iteanos de várias
turmas marcaram presença, não
só pra fritar os neurônios mas
também pra curtir um
sanduíche com Red Bull. E,
como de costume, voltaram com
uma penca de brindes, de
camisetas a adesivos.
A outra competição que
se passou no primeiro bimestre
do ano foi o já tradicional
hackathon do Facebook. Dessa
vez foi não em um hotel, mas no
próprio escritório do Facebook
em São Paulo - um ambiente
que impressionou os participan-
tes. Por 24h, os desenvolvedores
se alternaram entre programar
loucamente, curtir o visual do
prédio, comer um yakissoba e
sugar os funcionários do Face-
book que estavam por ali (al-
guns estrangeiros). Entre os
brindes tinha até óculos escuros.
18 iteanos participaram, e uma
equipe alcançou a segunda colo-
cação geral: Croata, Moco, Dhal-
sim Rufino (T15) conquistaram
o prêmio com um aplicativo que
permite criar mini-eventos a
partir do chat do Facebook -
como, por exemplo, marcar um
jantar com as pessoas com
quem você está conversando.
A T17 chegou sedenta por
código e a ITAbits passou o bizu
em uma série de assuntos nos
treinamentos desse semestre.
Houve aulas básicas de introdução
à programação, básico de
programação de jogos em C++ e
C# e XNA, além de aulas
preparatórias para a OBI.
O destaque do período de
treinamentos fica por conta do
Lab do Mario - uma tarefa em que
os bixos devem produzir um jogo
de plataforma tipo Mario com
gráficos ASCII. Além de lab,
tratava-se de uma competição, e o
resultado foi bem interessante.
Muitos jogos tinham sons, música
e mecânicas cancerizadas, como
atirar, colocar bombas ou deixar o
tempo lento - tudo isso no
console! Os vencedores (Mateus
Gonçalves, Nervoso e PadaTwo)
ganharam um bundle de jogos
bizurados pra curtir na
semaninha.
A segunda Competição Interna de Games da ITAbits já
começou, com uma variedade impressionante de ideias carteadas de
jogos. Combate em arena com magia? Tem. Plants vs Zombies, só que
com barcos? Tem. Joguinho de patinação no gelo? Tem. Professores e
anciãos da ITAbits já estão sendo convocados pra avaliar essa
farândula de games, e os patrocínios estão sendo buscados pra
premiar os melhores com espólios dignos de um evento tão épico.
Treinamentos
Facebook Hackathon São Paulo
Lab Mario do PadaTwo (T17). Gabriel Ilharco, Muzio (T17),
Borges e Goku (T16).
CIG
Goku (T16) sendo normal.
Iniciativas: CASDVest
21
CASDVest ampliando o seu impacto
O ano de 2012 foi um
ano muito proveitoso para o
CASD Vestibulares, pois
alcançamos o número de 190
aprovados em universidades
públicas e passamos a pensar
grande também. Dentre todos
essas aprovações, podemos
destacar os casos, do Felipe
Rodrigues do Nascimento
aprovado em Medicina na
UFRS e da Lara Teixeira
aprovada em Direito na USP.
Além disso, decidimos
inovar e procuramos alcançar
dois dos nossos maiores
sonhos: ampliação e reforma
da sede e a ampliação do
impacto do nosso trabalho
para todo o Brasil. O primeiro
O Sistema CASDVest
consiste de duas parte, a primeira
é o Livro Aberto, um sistema de
distribuição gratuito de apostilas
para todos os alunos necessitados
em todo o Brasil. Isso só será
possível devido a ajuda do
Professor Rogério Ferras de
Camargo, ITA-82 e fundador da
Orbisat, que decidiu financiar o
projeto, desde que o CASD
Vestibulares crie e atualize as
apostilas sempre que necessário.
Neste ponto que precisamos da
ajuda da comunidade iteana, já
que os nossos membros e atuais
voluntários não possuem dispo-
nibilidade de tempo o suficiente
para arcar com um trabalho deste
porte sozinhos e por isso estamos
atrás de mais volun-tários.
A segunda parte está
vinculada a empresa Quadrado
Mágico, do ex-presidente do
CASDVest Thiago Feijão. A
parceria permitirá que alunos em
todo o Brasil tenham acesso a
todas as aulas ministradas pelos
professores do nosso curso, a
partir de um cadastro na
plataforma online do QMágico. ●
Projeto "Sistema CASDVest de
Ensino"
ainda está em processo de
planejamento, no entanto, o
segundo já está em fase de
execução.
22
No semestre passado, a
rede caiu. Mas caiu feio: depois
de uma série de quedas de
energia, ela começou a agir de
um jeito muitíssimo estranho.
Que tal entender um pouco mais
do que aconteceu naquela
fatídica semana?
Fato número 1: cabos de
rede são em essência, cabos de
energia. Se algum dia você tiver
a paciência para cortar um deles
e olhar, você vai ver isso.
Esses fios aí são na
verdade fios de cobre protegidos
por um cabo, só isso. Então na
verdade a comunicação de rede
caminha toda por sinais
elétricos, nada muito impres-
sionante, certo?
E se eu te dissesse que
quando há grandes variações de
energia esses cabinhos podem
virar um poderoso inimigo para
quaisquer equipamentos de
rede? Isso mesmo, o mesmo
cabo que leva e trás informações,
também pode trazer um forte
pulso de corrente, fatal para
muitos equipamentos! Em
especial, um equipamento
chamado Switch. Se você está
no H8, dá uma olhada na
cozinha, você deve ver algo como
isso.
Então, se fôssemos pensar
em uma distribuidora de
produtos, esse é o distribuidor
local. Em cada bloco, temos um
Switch maior, que distribui
para esses pequenos, e na nossa
sala temos um maior ainda, que
gerencia todos os envios da rede.
Não se engane pela figura:
é um switch bem grande esse aí,
tem 24 portas para cabos de rede
normais (os azuis que você vê
pelo alojamento) e 4 entradas
para fibra ótica (o que encarece
BASTANTE um switch.).
Resumindo: f izemos
vários testes na rede, quando
sentimos que ela começou a ficar
um pouco “estranha”. A rede
funcionava num mesmo apê,
para um computador, mas não
para outro, logo do lado do
primeiro! E isso afetando todos
os pontos do alojamento ao
mesmo tempo. Alguns lugares
funcionavam sempre, outros
nunca. Num teste comum de
rede, chamado ping, na hora que
você tentava se comunicar com o
nosso servidor que passa toda a
comunicação (ele é o gateway de
vocês que usam a rede,
1 9 2 . 1 6 8 . 7 2 . 2 ) , a l g u m a s
conversas chegavam muito
r á p i d o ( m e n o s d e u m
milissegundo) outras davam
time-out (demoravam mais de
um segundo inteiro) e ainda
algumas diziam ser impossível
chegar àquele computador. Ou
seja: estávamos enfrentando um
dos problemas mais estranho já
vistos pelos membros da rede (e
por muitas pessoas externas, a
quem pedimos conselhos!)
Vamos encurtar a parte
do meio: A rede estava
“pembando”, e pelos testes tudo
indicava que alguma coisa tinha
estragado o Switch central, um
equipamento muito caro e que
Pânico na Rede! Entenda o que a rede teve que desafiar
para voltar a funcionar
Iniciativas: RedeCASD
23
ainda estava na garantia. Depois
de uma grande batalha contra
um atendimento estilo-net pela
Dell, conseguimos trocar o
Switch por um novo, na segunda
feira logo após a páscoa, dia 1 de
abril. E como se fosse
pegadinha: mesmo configurando
a rede, ainda tinha algo tentando
estragar o switch novo.
Imagina, você tá com um
problema. Troca aquele negócio
com problema, e o problema
começa aos poucos a aparecer de
novo... e aí?
Então, para uma parte da
diretoria da rede, a sexta semana
se tornou uma semana de gagá e
análise intensivo de redes.
VLAN’s, STP’s (Spanning-Tree
Protocol), análises pacote a
pacote com uma ferramenta
chamada Wireshark.
Resumindo: um apren-
dizado intenso, por causa de
uma demanda enorme de uma
rede inteira que estava sem
internet. Depois de muitos e
muitos testes, encontramos o
principal infrator: uma porta de
um dos switches estragou, mas
estragou de um jeito que
conseguiu derrubar toda a rede,
sempre que ela estava ligada.
As luzes de um Switch se
ligam quando há envio de
informação, ok? Então por que
teríamos uma luz acesa sem
nenhum cabo ligado?
Não deixando nenhum
cabo na porta, pudemos ligar de
novo o C- (depois de alguns
testes longos descobrimos que
era ele que derrubava o resto da
rede) e nada mais aconteceu.
Diagnóstico final: ???.
Ainda não consegui encontrar
ninguém para explicar pra mim
como uma porta defeituosa pode
derrubar a rede no nível que
derrubou, e notem que passei
esse problema a vários
especialistas... Ou seja: dessa
vez, a falta de internet foi um dos
problemas mais estranhos que já
vimos.
Prevenção futura: não
comprar mais equipamentos
3COM =(
São mais baratos, mas
esse é o preço que pagamos no
futuro.●
A cultura do “eu sou f*da”
24
Um dos aspectos mais
espetaculares da comunidade
iteana é a quantidade de
iniciativas que aqui desen-
volvemos. Das iniciativas
técnicas às assistencialistas às
mais capitalistas, o nosso
envolvimento com elas e o
comprometimento em fazer um
bom trabalho, a despeito de não
recebermos dinheiro em troca,
são louváveis. Por outro lado,
há também uma subcultura
velada, uma menos louvável,
que utiliza as iniciativas como
um mero veículo para o
abastecimento do ego.
Os primei-
ros escanteados
por essa cultura
são os bixos que
não se candi-
datam a iniciati-
va ou órgão al-
gum, bixos que
têm a insensatez
(pasmem!) de se
dedicar exclusi-
vamente à vida
acadêmica. Co-
mo ousam? Como poderão eles
ter um currículo decente? Con-
seguirão algum summer job ou
estágio de qualidade? Como se
desenvolverão pessoalmente?
Essas perguntas são comuns
entre bixos engajados sobre
seus colegas que nada fazem
além de cursar engenharia.
Mesmo que não se comentem,
são indagações que pairam no
inconsciente coletivo do H8. Só
a maturidade traz uma melhor
noção de que não existem
trilhas engessadas para o
sucesso, isto é, não participar
de iniciativas não implica
necessariamente em prejuízos
ao desenvolvimento pessoal e
profissional de alguém.
As próximas vítimas da
cultura do “você tem que ser
f*da” são os indivíduos que se
contentam em fazer o básico em
suas iniciativas, sejam eles
membros ou diretores. Nesse
contexto, os princípios da
meritocracia e da busca
desenfreada pela “excelência”
exercem forte influência: é bom
quem faz algo surpreendente e
grandioso, é fraco e de menor
valor quem deixa de fazê-lo.
Outro exemplo
de fraqueza (ou
de falta de exce-
lência) é não ar-
riscar empreen-
der ao se formar,
ou pior ainda,
cometer o crime
dos crimes: in-
gressar na carrei-
ra militar.
Eu tive a
sorte, no meu
primeiro ano do ITA, de passar
longe dessa pressão. Trabalhei
no departamento de ensino do
CASD Vestibulares, onde tinha
como colegas e diretor pessoas
genuinamente interessadas em
fazer o melhor pelo CASDVest,
afastadas de objetivos pessoais
demasiadamente egoístas (falo
“demasiadamente” porque
todos os objetivos pessoais são
egoístas, o problema é quando
eles o são em exagero). No
departamento de ensino
daquele ano não havia ninguém
tentando encontrar uma
Há também uma
subcultura velada, uma
menos louvável, que
utiliza as iniciativas
como um mero veículo
para o abastecimento
do ego.
Lamounier Soares, ELE-14’, é colunista
da A Cova e atual vice-presidente
do Centro Acadêmico Santos-Dumont.
25
solução fantástica e ultra
pipocante que resolvesse as
maiores dificuldades do
cursinho, solução que ao
mesmo tempo impulsionasse o
CASDVest para frente e
rendesse ao desenvolvedor da
ideia a glória eterna. Não.
Apenas nos esforçávamos para
promover a realização dos
sonhos dos nossos alunos, e
encontrávamos nisso uma
glória muito mais satisfatória.
Ainda assim, admito que
me deixei guiar pelo fantasma
do “tenho que ser o cara” por
boa parte dos meus dois
primeiros anos do ITA. Foi
somente ao final do FUND que
vi alguém criticar essa cultura e
me fazer perce-
ber a realidade
como de fato ela
é. O crítico em
questão foi o
Piri, presidente
do Centro Aca-
dêmico em 2012,
um cara formi-
dável, devo di-
zer. Ele costu-
mava falar o que
deveria ser ób-
vio: que cada um
tem seu próprio jeito de ser
excelente e tem seu próprio
tempo para descobrir no que
vai ser realmente bom e
dedicado. O erro está na cultura
da suposta “excelência”, por
ditar regras rígidas sobre o que
é ser excelente, produzindo
como único resultado relevante
a elevação do ego de uma meia
dúzia de pessoas, quer sejam
elas de fato boas no que fazem
ou boas apenas na propaganda
de si mesmas.
O último aprendizado
que tive no assunto que aqui
discorro foi no summer job que
fiz nessas férias. Um dos
valores da empresa onde fui
trabalhar era a tal da meri-
tocracia. Fiquei com um pé
atrás de início, com receio de
me deparar com uma realidade
de trabalho obcecada por
resultados e pela autoafirma-
ção, que desprezasse as
particularidades de cada
indivíduo. Pelo contrário, o que
vi foi um ambiente amistoso e
onde havia uma aplicação
coerente do princípio “a gente
vale aquilo que a gente faz”,
sem abastecimentos desne-
cessários do ego.
Ora, numa empresa
privada, ávida
pelo trabalho
produtivo e pela
geração do lucro,
não havia fantas-
mas do “eu sou
lindo, maravilho-
so, fantástico e o
último biscoito
do pacote mais
delicioso que vo-
cê nunca comeu
na sua vida”.
Então por que
aqui na nossa faculdade, onde
não há urgência por resultados
pessoais (senão os acadêmicos),
nem há necessidade de nos
engrandecermos uns em
relação aos outros, deveria ser
diferente? Sendo assim, como
sugere o Piri, que cada um
descubra sua própria forma de
ser bom, seja em iniciativas, em
órgãos do CASD, no empre-
endedorismo, na vida acadê-
mica ou militar, ou em qualquer
outra coisa dentro ou fora do
contexto H8/ITA. ●
Só a maturidade traz
uma melhor noção
de que não existem
trilhas engessadas
para o sucesso.
Opinião
Estamos nos vendendo bem?
26
Qual o melhor meio de
divulgar uma iniciativa? Como
ir atrás de patrocinadores? Qual
é o melhor parceiro? O que
fazer para solucionarmos o
problema da falta de inves-
timentos e assim realizar proje-
tos ainda mais
grandiosos? Per-
guntas desse tipo
atormentam a
maioria das inicia-
tivas e tiram o
sono dos seus
membros respon-
sáveis pelo marke-
ting – aqueles em-
carregados cuidar
da imagem da ini-
ciativa e fazer o dinheiro che-
gar.
Com o intuito de
vislumbrar algumas das
respostas para essas perguntas
e trazer a visão de alguém
experiente no assunto e fora da
bolha, o DE através de uma
iniciativa do Panda (T-17)
organizou a “Palestra de
marketing das iniciativas”,
realizada em 8 de maio desse
ano, no auditório C, ministrada
pelo publicitário Euclides
Júnior, proprietário da agência
FCK.
A palestra contou com a
presença de grande parte da
liderança das iniciativas e/ou
seus marketeiros responsáveis.
O teor da apresentação do
palestrante foi altamente
motivacional e o seu conteúdo
se dividiu em dois assuntos:
noções gerais sobre marketing e
a visão do palestrante sobre
como fazemos (ou não...)
marketing aqui, juntamente
com uma nova proposta para
sua abordagem. No primeiro
momento foram apresentados
alguns conceitos de marketing
tais como planejamento e
estratégia, propaganda, redes
sociais e viralidade,
patrocínio e doa-
ção. O palestrante
deixou clara a
importância da
estratégia dentro
do marketing –
falou de diversos
casos de sucesso e
sobre o estudo,
planejamento e
trabalho por trás
de campanhas do tipo. Ele
encerrou a primeira parte da
palestra fazendo a diferenciação
entre doação e patrocínio, para
isso falou sobre o que é ser
patrocinável e mostrou a
necessidade de se organizar
adequadamente para alcançar
tal status.
Em sua aná-
lise sobre a prática
do marketing pelas
iniciativas, o pales-
trante, que realizou
uma busca digital,
como salientou,
destacou a falta de
unidade entre as
iniciativas, de algo
que as represente
como um todo e
que explore a imagem do ITA –
nosso maior trunfo, segundo ele
– de maneira adequada. “Não
existe uma ‘marca’ única que
reuna sob seu selo todas as
iniciativas”, ele afirma e ainda:
“Não existe uma agenda de
esforços integrada que realize a
captação de recursos para todas
as iniciativas ao mesmo tempo”.
A divulgação fragmentada das
iniciativas subexplora o
potencial da marca ITA, que
segundo o palestrante é sem
igual em nosso país, no
contexto acadêmico. “Vocês são
do ITA! Vocês fazem aviões,
constroem foguetes, dão aula
em cursinho para alunos
carentes. Vocês deveriam
escolher seus patrocínios!”.
Sob essa perspectiva, o
palestrante sugeriu a criação de
uma nova marca – um órgão,
um comitê, um núcleo –
apelidada por ele de “Iniciativas
ITA”. Essa organização que
representaria os interesses de
todas as iniciativas seria
responsável não só pela
captação de recursos, através de
patrocínios, mas pela própria
exposição delas seja através da
organização de eventos, admi-
nistração de um
portal em comum,
contato com a
mídia, produção
de material gráfico
e, mais impor-
tante, seria res-
ponsável pela ela-
boração da estra-
tégia que nortearia
as ações preten-
didas – a curto e
longo prazo – e por sua imple-
mentação.
A re p er cu ss ão d a
palestra foi significativa. Mas se
por um lado ela serviu para
motivar e nos lembrar da
O palestrante
destacou a falta
de algo que
represente as
iniciativas como
um todo.
A divulgação
fragmentada das
iniciativas
subexplora
o potencial da
marca ITA.
27
grandeza e do potencial das
atividades aqui realizadas, por
outro já despertou várias
discussões. Ronaldo Chaves,
membro do Rocket Design,
acredita na ideia de unir as
iniciativas, segundo ele: “A
criação de uma nova marca é
viável até certo ponto”, e sobre
o Rocket Design: “Estamos
interessados em participar”.
P a r a A l l a n L i m a , d o
Departamento Cultural, a ideia
também é viável, segundo ele o
DepCult já faz parcerias com o
CasdVest e a Atlética, o que já é
uma maneira de aproximação.
“Como realizaremos esse
projeto? É de responsabilidade
do DE, da AASD, de um novo
órgão a ser criado? Afinal, como
nos organizaremos? Um núcleo,
um conselho, um comitê, um
novo órgão?”. Em posteriores
reuniões realizadas junto às
iniciativas, chamadas de
Parlamento das Iniciativas,
f oram discut idas essas
questões. Algumas respostas
foram esboçadas mas surgiram
outras dúvidas, principalmente
em relação ao capital humano
necessário para desenvolver o
projeto, o recurso mais crucial
para o seu sucesso.
“Precisamos de gente
proativa e engajada”, afirma
Marcus Ganter, presidente do
CASD. Mas essa demanda por
pessoas não é apenas do DE,
que tem tomado a iniciativa do
projeto, mas da própria
comunidade, visto que as
consequências do sucesso desse
empreendimento irão atingi-la
como um todo.
Alexandre Ferraz
Parlamento das Iniciativas
Palestra no Auditório C,
ministrada pelo publicitário
Euclides Júnior, contou com a
presença de membros das
diversas iniciativas do H8.
29
ITA Júnior inicia etapa
de conclusão do novo
site do ITA
nunca teve: uma identidade
visual na internet.
Depois de finalizada a
construção gráfica do novo
site, iniciou-se a programação
do mesmo, realizada em
Drupal. Desde o final de 2012,
os consultores envolvidos
trabalharam intensamente
para garantir a excelência no
resultado obtido.
Atualmente, es-
sas duas etapas
estão concluídas
e será iniciado
um período de
t r e i n a m e n t o s
c o m a l g u n s
professores do
ITA e outras pes-
soas que ficarão
responsáveis por
manter o site
atualizado e fun-
cional.
Sem previsão exata de
lançamento, pois depende
apenas do instituto defini-la,
o site terá um impacto real-
mente grande em nossa
comunidade e será vital para
os futuros projetos que o ITA
têm em mente: Centro de
Inovação, aproximação de
empresas do segundo setor,
dentre inúmeros outros. ●
Todos nós iteanos
sempre nos perguntávamos o
porquê do ITA ter um site tão
antigo e tão ineficiente. O
período de pico de acessos, a
divulgação do resultado do
vestibular, deflagrava ainda
mais essa carência. Pensando
um pouco melhor, esse
período provavelmente devia
ser o único em
termos de aces-
sos anualmente.
Mal construído e
pouco atualiza-
do, o site do ITA
não oferecia a-
trativos nenhum
em termos de
acesso.
Eis que
com a mudança
da reitoria do
nosso instituto,
respaldada por um reitor
muito mais aberto e envolvido
com as ques t ões da
comunidade, surgiu um novo
canal de contato entre a ITA
Júnior e o ITA. Dessa forma,
f o r a m i n i c i a d a s a s
negociações para realização
do novo site do ITA. O grande
desafio desse projeto, na
verdade, foi construir algo
que o ITA historicamente
Iniciativas: ITA Júnior
O grande desafio
desse projeto, na
verdade, foi
construir algo que
o ITA historicamente
nunca teve: uma
identidade visual
na internet.
A Pós-Graduação do ITA
30
PEE em parceria com a
Embraer, a partir de 2001. Os
alunos regularmente matricula-
dos nos cursos stricto sensu
(Mestrado, Mestrado Profissio-
nal e Doutorado) ultrapassaram
os de graduação no início dos
anos 2000.
Em 2010 o ITA reconhece
a necessidade de mudança no
seu organograma, que continha
toda a pós-graduação contida
em uma única Divisão Acadêmi-
ca, ao lado de outras 6 (FUND,
AER, ELE, MEC, INFRA,
COMP). Surge a Pró-Reitoria de
Pós-graduação e Pesquisa ao
lado das Pró-Reitorias de
Graduação, de Administração e
de Extensão e Cooperação.
A maioria dos leitores d’A
Cova conhecem muito pouco
sobre os pós-graduandos com
que compartilham o mesmo
Instituto. Com o objetivo de
aproximar estas duas comuni-
dades - a graduação e a pós-
graduação - o CASD sugeriu que
a APG-ITA (Associação dos Pós-
Graduandos do ITA) começasse
uma coluna neste Jornal.
Ao longo de sua história o
ITA perdeu a grande oportuni-
dade de formar uma ótima pós-
graduação, tão qualificada quan-
to a graduação. O início dos
cursos de pós-graduação no ITA,
em 1961, marcou não apenas a
implantação, no Brasil, da pós-
graduação em Engenharia, como
introduziu o modelo de Mestra-
do que viria a ser adotado por
outras instituições, sejam de
Engenharia ou de outras áreas
do conhecimento. As primeiras
Teses de Mestrado foram defen-
didas em 10/01/1963 na área de
Física e em 22/01/1963 na área
de Engenharia Eletrônica. A
primeira Tese de Doutorado foi
defendida em 17/11/1970.
Porém, ao contrário da
graduação, com seu vestibular
nacional, a pós-graduação pas-
sou décadas pouco divulgada,
vista em segundo plano e pouco
incentivada. Formou-se uma
famosa escola de engenharia,
mas contrariando a lógica das
grandes escolas pelo mundo, a
pós-graduação e a pesquisa
passaram muito tempo em
segundo plano.
Nas últimas duas décadas
o número de alunos da pós-
graduação teve expressivo cres-
cimento. Contribuiu também a
criação dos cursos de Mestrado
Profissional, principalmente o
Com o objetivo de repre-
sentar o crescente número de
pós-graduandos, foi criada a
APG-ITA em 1995. Os pós-
graduandos e pós-graduados do
ITA são representados pela APG,
similar à união entre os papéis
que o CASD, ITA Júnior e
AEITA têm para a graduação.
Baseamos a entidade nos
modelos existentes em outras
faculdades, mas logo nos torna-
mos referência, pois traba-
lhamos de forma profissional na
busca de ações pragmáticas que
auxiliem os pós-graduandos e
não de forma amadora ou
política como os centros acadê-
micos de diversas universidades.
Em nível nacional, temos a
representação da Associação
Nacional de Pós-Graduandos
(ANPG).
Em uma sala no piso
inferior do prédio da ELE-
COMP, temos um espaço cedido
para a APG-ITA dentro do CCM
(Centro de Competência em
Manufatura). Não nos contenta-
mos em organizar churrascos ou
festas. Além de unir os colegas, a
APG-ITA também partiu para
executar projetos de pesquisa
com o setor privado e a se sus-
O início dos cursos de
pós-graduação no ITA,
em 1961, marcou não
apenas a implantação, no
Brasil, da pós-graduação
em Engenharia, como
introduziu o modelo de
Mestrado.
Pós-graduação
31
tentar sem necessidade de
doações.
São alunos de graduação,
alunos de pós-graduação e
professores quem executam
esses projetos de pesquisa,
recebendo bolsas ou comple-
mento delas, gerando publica-
ções e trazendo equipamentos
para os laboratórios do ITA. Em
2008 criamos a Fundação de
Apoio a Pesquisa de Pós-
Graduandos (FAPG) para alcan-
çarmos voos ainda mais altos e
só esperamos o reconhecimento
da Instituição. Em 2012 a
Câmara Municipal de São José
dos Campos declarou a APG
como entidade de Utilidade
Pública.
APG e FAPG já somam
mais de 100 projetos desde
2005. Além de projetos, foi
possível organizar através destas
entidades diversas edições do
Encontro de Verão de Física
(EVFITA), Simpósio de Aplica-
ções Operacionais (SIGE) e
Workshops, entre outros even-
tos. Em 2012, com apoio da
FAPG, o laboratório LAME com
2 robôs industriais de 5 metros
foi levado à São Paulo e recebeu
250 mil visitantes na Olimpíada
do Conhecimento do SENAI.
Representamos os alunos
de pós-graduação nas discussões
do Conselho de Pós-Graduação
(CPG) e na Congregação do ITA
e estamos procurando cada vez
mais a cooperação com outros
órgãos do Instituto. Para uma
melhor divulgação do ITA junto
à sociedade estamos nos
reunindo com os professores
desde 2012 para definir um
mapa para reestruturar o
website do ITA (www.ita.br) e
coletando informações para que
o conteúdo do site contemple
não somente os cursos de
graduação, mas também a pós-
graduação, a pesquisa, as
informações institucionais e as
iniciativas de extensão e
cooperação. Em conversa com o
reitor, tal ideia finalmente foi
levada em frente, ficando a ITA
Júnior responsável pelo design e
programação desse novo site.
Apesar de trabalhar nas
publicações, teses e projetos de
pesquisa que trazem equipa-
mentos e reconhecimento para o
ITA, os alunos de pós-graduação
são vistos como alunos de
segunda classe. Enquanto os
alunos da graduação recém
aprovados no vestibular são
exaustivamente aplaudidos, elo-
giados e contam até com faixa de
boas-vindas ao entrar no DCTA,
os alunos de pós-graduação tem
seu acesso ao campus restrin-
gido, demorando várias semanas
ou até meses para conseguir um
mísero crachá do DCTA para
assistir às aulas. Com os
estrangeiros o constrangimento
é ainda pior. Temos problemas
gravíssimos de desorganização
para resolver antes de uma
internacionalização da escola.
Porque um bom aluno
viria fazer pós-graduação no ITA
em vez da UNICAMP, USP,
UFRJ ou mesmo outra federal
qualquer? Na graduação a
resposta é fácil, a avaliação dos
cursos no MEC tem nota
máxima, o ITA oferece alimen-
tação, moradia, o tratamento da
DIVAL é quase individualizado,
o aluno é bem recebido, é presti-
giado, é iteano! Na pós-gradua-
ção não há moradia, para comer
no mesmo rancho da graduação
paga-se 4 reais para comprar um
ticket por refeição (que somente
pode ser comprado com dois
dias de antecedência) e sempre
somos recebidos da forma mais
burocrática e mal humorada
possível, para que nos estres-
semos e desistamos de comer lá.
O ITA tem somente a pós-
graduação em Engenharia Me-
cânica e Aeronáutica com con-
Apesar de trabalhar nas
publicações, teses e
projetos de pesquisa que
trazem equipamentos e
reconhecimento para o
ITA, os alunos de pós-
graduação são vistos como
alunos de segunda classe.
Apresentação “Indústria do Futuro” na Olimpíada do Conhecimento SENAI.
32
Ressaltamos a importância de uma crescente cooperação entre a
APG-ITA, CASD e AEITA para que possamos trabalhar juntos para um
Instituto Tecnológico de Aeronáutica ainda mais competente, mais
organizado, com maior relevância no cenário nacional e que deseja ser
reconhecido mundialmente. ●
ceito 6 na CAPES e os
outros quatro cursos com
conceito 4. A matrícula não
é automática. Esteja onde
estiver você tem que vir
pessoalmente no meio das
suas férias fazer a matrícula
no ITA. Paradoxalmente, o
Instituto Tecnológico de
Aeronáutica não tem sis-
temas de TI, coisas que
qualquer faculdade tem.
Um sistema simples para
fazer matrícula online não
existe!
Agora perguntamos
aos senhores: será culpa do
aluno a dita falta de qua-
lidade da pós-graduação do
ITA ou simples desor-
ganização de décadas do
Instituto aliada à equi-
vocada política de deixar a
pós-graduação em segundo
plano? A graduação tem
divulgação nacional em
milhares de escolas, propa-
ganda na televisão e um
vestibular extremamente
bem organizado. Porque a
pós-graduação não é
divulgada e uma prova de
seleção não é adotada?
Só será possível um
salto de qualidade na pós-
graduação se os possíveis
interessados ficarem saben-
do das oportunidades atra-
vés de uma divulgação efici-
ente, se houver um proces-
so seletivo objetivo, se
inspirarmos e convencer-
mos as pessoas certas que o
ITA é a melhor oportuni-
dade de desenvolvimento,
se apresentarmos um com-
junto de benefícios compa-
tível com as pessoas de alto
nível que queremos atrair e
se dermos instalações e
agilidade para que realizem
sua pesquisa.
Vantagens para o aluno da pós-graduação semelhantes às conce-didas aos de graduação, como moradia e alimentação gratuitas e facilidade nos processos burocrá-ticos.
Um choque de gestão na Pesquisa do ITA. Valorização dos profes-sores pesquisadores com estímu-los à publicação, bolsas prêmio em pesquisa, ampla divulgação dos trabalhos e da produtividade dos departamentos. Estímulo para conferências e artigos internacio-nais, possibilitando que o estu-dante vá com auxílio do ITA (e não por reembolso de um valor muitas vezes superior ao seu orçamento mensal).
Organização dos processos internos de burocracia do ITA, com ampla utilização de TI. Processos como a matrícula semestral nas matérias e verificação das notas dos semestres passados deveriam ser feitos online, facilitando o trabalho das secretarias.
Um processo seletivo semestral nacional para os programas de pós-graduação do ITA, com ampla divulgação e envio de cartazes para todas as faculdades de engenharia e ciências exatas do país, que pode ser executado com o auxílio da estrutura do próprio vestibular. Esta seria a primeira etapa de seleção, além da atual análise de currículo que é feita individualmente por cada professor. O programa de pós-graduação em Engenharia de Infraestrutura já faz um processo seletivo com uma prova de GMAT eliminatória nos moldes d a s g r a nd e s u n iv e r s id a d es americanas. Basta estendê-la para os demais programas.
Entusiasmada com os novos desafios e perspectivas que a
ampliação do ITA traz, a APG-ITA propõe ações para a
qualificação da pós-graduação:
Portal da APG-ITA: www.apgita.org.br
Pós-graduação
Diretoria APG-ITA
7
Rafael Sena, Gigante, T-16
Créditos: Maestro, T-16
Agosto de 2013
precisa de você. Junte-se à equipe de coveiros.