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A cultura do Senado
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A Cultura do Senado
A civilização romana localizou-se na parte continental pela península Itálica e na parte insular pelas ilhas de Córsega, Sardenha e Sicília banhada pelos mares Mediterrâneo, Tirreno, Adriático e Jónico ou Jónio.
Geografia e Povoamento
O povoamento deu-se pelos indo-europeus, por volta de 2000 a.C., na mesma época que se deu o povoamento da Grécia. Os principais povos foram:
a) Italiotas ou Itálicos
b) Cartagineses
c) Gregos
d) Etruscos
A fundação de Roma
Origem Mitológica
Segundo a mitologia, Roma foi fundada
entre 754 a.C. e 753 a.C., pelos irmãos
Rómulo e Remo. Os irmãos gémeos foram
fruto do relacionamento entre o Deus Marte
e a mortal Réia Silvia. Depois do parto,
foram abandonados e amamentados por
uma loba, criados por um casal de pastores.
Já adultos regressam às proximidades de
Roma fundando a cidade.
A fundação de Roma
Origem Histórica
Segundo os historiadores,
Roma surgiu da fusão de
algumas aldeias de
pastores que se uniram
para se protegerem da
invasão de outros povos, a
principal atividade
económica era a criação
de ovelhas.
A Roma Monárquica (753 – 509 a.C.)
Estrutura Política:
Segundo a tradição Roma teve sete reis,
sendo o primeiro Rómulo, porém,
historicamente há indício de apenas
três, todos eles etruscos, sob o
comando destes Roma tornou-se um
importante centro comercial, artesanal
e agrícola. No final do séc. VI a.C., os
latinos tomam o poder em Roma e
instituem a República ( res=coisa ;
publica=do povo), logo, coisa do povo.
A República Romana (509 - 27 a.C.)
Estrutura Política:
Os cargos públicos deviam ser assumidos pelos representantes do povo, porém, quem participava nas eleições em Roma era apenas os patrícios, logo, a República romana era aristocrática.
O regime republicano era comandado pelo
Senado composto por 300 membros, estes por
sua vez elegiam dois cônsules que chefiava
administração romana e eram eleitos
anualmente.
Em caso de guerra ou perigo, o Senado elegia
um dos cônsules para ser o ditador, este tinha
poder total durante no máximo um ano, assim,
o Senado perdia as suas funções.
Os plebeus, ficavam de fora da governação.
todos os cargos eram ocupados por patrícios,
porém, a partir do séc. V a.C., os plebeus
conseguiram o direito de eleger um patrício para
representá-los (Tribuno da Plebe), além disso a
plebe conseguiu que as leis se tornassem escritas
e também que houvesse casamento entre
plebeus e patrícios.
Expansão Externa:
Ao dominarem a península Itálica, os
romanos passaram a desejar outros
territórios: Cartago no norte da África, a
guerra dessa conquista chamou-se Guerras
Púnicas (264 a.C – 46 a.C.), após três
guerras, Roma dominou Cartago tornando-
se uma gigantesca potência comercial no mar
Mediterrâneo.
A expansão romana
seguiu para a península
Ibérica, Grécia, Gália e
Oriente, depois de
séculos de conquista
Roma dominou toda a
orla do Mediterrâneo,
chamando-o de Mare
Nostrum, ou seja,
nosso Mar.
Roma Imperial ( 27 aC – 476 dC )
Mudanças Políticas:
O sistema republicano começou a entrar em
colapso com a crescente influência plebeia
Estes começaram a
vender seus
votos para poder
sobreviver, acarretando
um processo de
corrupção.
Assim sendo, os patrícios concentraram cada
vez mais os seus poderes e apropriavam-se
das terras do estado. Roma tinha na esfera
militar a sua principal estratégia para manter
as províncias, sendo assim, cada vez mais o
exército obtinha poderes.
Diante desta situação política, o Senado
ficou dividido, um grupo de senadores
elegeu o general Júlio César como senador
vitalício dando-lhe poderes supremos, até
ser morto no próprio Senado em 44 a.C.
Após a morte de Júlio César, Roma foi
governada por três cônsules (o 2º
Triunvirato).
Marco António Lépido
Octávio
No entanto, em 31 a.C. Otávio César, o
Augusto (divino) tornou-se o primeiro
imperador romano, com plenos poderes.
.Dedicou-se mais à administração romana,
parou com as conquistas. Para isso delegou
poderes nos magistrados que, no entanto,
estavam sob a sua tutela.
.Durante a sua administração, Roma passou
por um período de paz (Pax Romana), com
um rigoroso controle social, político e
económico.
Roma (espaço)
Principais construções:
.Fórum (praça pública central da cidade)
havia lojas, praças de mercado e de reunião
também era o local onde se localizavam os edifícios
mais importantes ligados ao exercício do poder
religioso e político
O Fórum Romano inclui os seguintes principais
monumentos, edifícios e outras ruínas antigas:
Templos
Templo de Castor e Pólux
Templo de Rómulo
Templo de Saturno
Templo de Vesta
Templo de Vénus e Roma
Templo de Antonino e Faustina
Templo de César
Templo de Vespasiano e Tito
Templo da Concórdia
Santuário de Vénus Cloacina
Basílicas
Basílica Aemilia
Basílica Giulia
Basílica de Constantino e Maxêncio
Arcos
Arco de Septímio Severo
Arco de Tito
Arco de Tibério
Arco de Augusto
Outros:
Regia
Rostra, onde os políticos discursavam aos
cidadãos romanos.
Curia Hostilia, mais tarde reconstruída como
a Cúria Júlia, a sede do Senado Romano.
Tabularium
Umbilicus Urbi
Lapis Niger, um santuário também conhecido
como a Pedra Negra.
Roma, capital de um império tão vasto, a
Urbe ou cidade, cresceu como uma cidade
Cosmopolita, servindo de inspiração para o
todo o império:
Ao nível administrativo e civilizacional:
Todas as cidades do império eram sede de
governo e da vida urbana, o que tornou mais
rápido o processo de aculturação das
populações
cada cidade era como uma pequena Roma,
com o seu Senado, a sua Cúria, a sua
basílica…
Ao nível urbanístico:
O modelo urbano de Roma foi adotado nas
novas cidades, em todo o império e inspirou
as reformas e melhoramentos urbanos feitos
em muitas outras
O urbanismo consistiu numa das marcas
distintivas da civilização romana
Organização das cidades do Império
Organizadas em torno de dois eixos viários –
o cardo e o decúmano
era no cruzamento destes dois eixos que se
encontravam os fóruns, os centros
administrativos, políticos e religiosos
Junto das portas da cidade erguiam-se os
complexos termais, os anfiteatros e os teatros
Conclusão
Roma era um modelo para a vida
sociocultural das cidades de província
construção de inúmeros templos dedicados a
deuses romanos, termas, teatros e anfiteatros
por toda a parte do império
A Arquitetura romana: conclusão
Arquitetura Romana : influências
Dos Gregos herdaram:
jónica
Ordens arquitetónicas dórica
coríntia
Os romanos “acrescentaram” mais duas
ordens: ordem Toscana e ordem Composita
Ordem Toscana (é uma evolução da ordem
dórica)
.não tem base;
.tem sete módulos
de altura;
.o fuste é liso,
sem caneluras;
.capitel simples
Características:
Ordem Compósita
Desenvolvida a partir das ordens jónicas e
coríntia:
.Estilo misto em que se inserem no capitel as
volutas do jónico e as folhas de acanto da
coríntia;
.a coluna tem dez
módulos de altura
Dos Etruscos herdaram:
.o emprego do arco e da abóbada
.as técnicas para as construções de pontes,
aquedutos, fortificações, sistemas de
drenagem e aquedutos…
Porta Augusta de
Perugia
Arco etrusco
Materiais:
.materiais tradicionais: tijolo, madeira, pedra,
mármore…)
.inovadores: opus caementium (argamassa de
cal, areia, calcário, pozolana, cascalho e
restos de materiais cerâmicos)
usado no exterior dos edifícios
paramentos
Pedras nobres, mármores, mosaicos e
estuques pintados ou o opus signium
(argamassa feita a partir de
fragmentos de cerâmica)
materiais usados
no
interior dos
edifícios
Arco de volta perfeita
Novos sistemas construtivos:
1.Bloco superior ou aduela de topo que
“fecha” ou trava a estrutura e pode ser
decorada. Também designa o ponto de
fecho de uma abóbada onde os arcos que a
compõem se cruzam, geralmente em forma
estilizada de flor.
2. Aduela: Bloco em cunha que compõe a
zona curva do arco e é colocada em sentido
radial com a face côncava para o interior e a
convexa para o exterior.
3. Extradorso: Face exterior e convexa do
arco.
4. Imposta: Bloco superior do pilar que
separa o pé-direito do bloco de onde
começa a curva, a aduela de arranque. É
sobre a imposta que assenta esta primeira
aduela que tem pelo menos um dos lados
(junta) horizontal
.5. Intradorso: Face interior e côncava do
arco.
6. Flecha: Dimensão que se prolonga desde
a linha de arranque (delimitada pela imposta
e pela aduela de arranque) até à face interior
da chave. Esta área pode ser tapada dando
lugar a um tímpano.
. 7.Luz: Vão, largura do arco, geralmente
maior que a sua profundidade. A relação
entre a flecha e a luz é geralmente traduzida
numa fracção (ex: 1/2, 1/3, etc.)
8. Contraforte: Muro que suporta a
impulsão do arco. Caso não exista uma
parede esta impulsão pode ser recolhida por
outro arco lateral e assim sucessivamente
(arcada).
Ponte de Pero Viseu (Castelo Branco)
Ponte de Gimonde (Bragança)
Cúpulas
Uma cúpula ou domo é uma abóbada
hemisférica ou esferoide
Panteão Romano
Alvéolos
Óculo
Nichos para as
Divindades (7)
Chão em
mármore
43 metros
Pórtico
colunas
Colunas
arco romano
Arcadas
Inovação:
Estruturas já utilizadas pelos Etruscos e pelos
Gregos, no entanto, os Romanos souberam
utilizá-las com mais perícia técnica e eficácia
Criaram diferentes tipologias de edifícios ,
diversificar as plantas, projetar
compartimentos mais amplos
Novas técnicas:
.Terraplanagem;
.Cofragens;
.Cimbres
Tornaram mais sólidas as construções,
permitiram uma maior economia de
materiais, meios e mão de obra
A decoração
Copiaram os modelos gregos, no entanto,
usaram as ordens (colunas, capitéis,
entablamentos e frontões) apenas como
elementos decorativos
Arquitetura religiosa
Funções: religiosas, políticas e sociais;
Existência de numerosos templos:
deuses protetores em honra dos imperadores
das cidades
influências etruscas e greco-helenísticas
Características:
.erguiam-se sobre um pódio ou podium
Planta dos templos:
colunas
6 colunas do
pórtico
podium
escadaria de acesso
.colunas e entablamento eram à maneira
grega, mas possuíam função meramente
decorativa;
Templo de Nîmes (França)
Santuários
.constituídos por vários
recintos abertos para a
paisagem:
.anfiteatros;
.templos;
.alojamentos para os
sacerdotes;
.lojas,
Santuário Fortuna Primigénita
Obras públicas
.estradas
Estrada de Pompeia
Estrada de Setúbal
Herança Arquitetônica
Aqueduto em Istambul, Turquia
pontes:
Ponte de Trajano - Chaves
Ponte de Monforte – Alto Alentejo
Basílicas:
A Basílica romana descende das Ágoras
colunadas gregas, sendo que estes espaços
romanos eram cobertos;
Funcionavam como tribunais; cúrias;
termas, mercados, palácios imperiais
Basílica de Constantinopla
Basílica de
Maxêncio
Basílica Úlpia
Fórum
Um fórum era o espaço público existente no
meio de uma cidade romana. Era uma
adaptação espacial ordenada da ágora e da
acrópole gregas.
Além de servir tradicionalmente como
mercado, o fórum era um ponto de encontro
de grande importância social, e
frequentemente era palco de diferentes
atividades, incluindo discussões e debates
políticos, reuniões, entre outras funções.
Segundo o arquiteto Vitrúvio, o fórum ideal
deveria ser grande o bastante para acomodar
uma grande multidão, porém não tão grande a
ponto de fazer uma pequena multidão parecer
ainda menor. Ele propôs uma escala de 3:2 em
comprimento por largura;
o Fórum de Trajano, em Roma, foi construído
no século II d.C. seguindo estas proporções.
Encomendado pelo imperador Trajano , ele
mede aproximadamente 280 por 190 metros,
com cerca de 10 hectares.
Pórtico de Óctávia
Basílica Úlpia
Basílica Úlpia
Biblioteca
Templo de
Vespasiano
O fórum quase sempre era pavimentado, e,
embora em ocasiões festivas carros movidos a
tração animal circulassem por ele, não era
uma via de tráfego e era fechado por portões
em suas extremidades.
Anfiteatros
Plantas circulares ou elípticas;
Sem cobertura
3 ou 4 andares de altura;
Sistemas de abóbadas radiais e
concêntricas, que sustentavam as galerias
sob as bancadas e a própria arena
Arquitetura Romana: Coliseu
arcos
colunas
ático
El-Jem (Tunísia)
Teatros
.Inspirados nos teatros gregos;
.Semelhantes aos anfiteatros na forma e na
decoração, mas de menor porte;
.não necessitavam de locais próprios para
construção;
.eram ao ar livre mas fechados.
Cena
Orquestra
Cávea
Termas ou banhos públicos
.locais de encontro e convívio social;
.frequentadas por ambos os sexos
.continham piscinas de água quente e fria;
.saunas;
.ginásios;
.estádios;
.salas de reuniões, bibliotecas, teatros,
amplos espaços verdes ao ar livre
.símbolos do poder político
.ostentavam ricas decorações
com revestimento a mármore
.belos mosaicos
.estuques dourados
.muita estatuária artística
Arquitectura privada: domus
A Domus é a residência urbana das famílias abastadas na
Roma Antiga, e , portanto, na sua maioria, das patrícias,
nome pela qual é denominada a nobreza romana.
A palavra deriva
de dominus, nome
por que eram
designados os
chefes das famílias
patrícias.
Planta de uma domus
romana.
1. fauces (entrada)
2. tabernae (lojas,
oficinas)
3. atrium (átrio)
4. impluvium (cisterna)
5. tablinum (escritório)
6. hortus (orto)
7. triclinium (sala de
jantar)
8. alae (divisões laterais)
9. cubiculum (quarto)
Materiais:
.tijolo e ladrilho cozido (exterior);
.taipa e estuques, no interior;
.eram baixas (um piso ou dois);
.poucas aberturas para o exterior;
.dois pátios interiores ( atrium e o peristilo);
.pavimentos de mármore ou mosaicos e belos
estuques pintados das paredes das divisões
nobres (triclinium, ou sala de jantar e o
tablinum)
Villae: maiores e mais luxuosas do que as
domus, muitas vezes fora das cidades
insulae
.prédios urbanos, para famílias pobres;
.três ou quatro andares;
.rês do chão era recuado e utilizado para lojas, abertas para
as ruas;
.os pequenos apartamentos chamavam-se cenacula;
Materiais:
.Tijolo, madeira, taipa
Problemas:
.problemas com abastecimento e água;
.mau isolamento térmico e acústico, fraca exposição ao
sol;
Arquitetura comemorativa
.construções com único fim as proezas militares ou
políticas:
colunas honoríficas arcos de triunfo
Coluna de Trajano
.Localizada no fórum perto do
monte Quirinal, a coluna tem
aproximadamente 30 metros de
altura mais oito metros de
pedestal, perfazendo 38 metros
de altura.
.Constituída por vinte blocos de
mármore, cada um pesando 40
toneladas, e um diâmetro de
quatro metros. No seu interior,
uma escada em espiral com 185
degraus dá acesso à plataforma
do topo, de onde se obtém uma
vista periférica.
relevo envolvendo a
coluna em mais de
duzentos metros de
espiral ininterrupta,
comemorando
massacres em mais de
150 cenas. Ao longo
da coluna, figuras em
baixo relevo contam a
história da guerra
contra os dácios,
repetidas vezes
Arcos do Triunfo
Arco de Constantino
O Arco de Constantino é um arco triunfal em Roma, a curta
distância para oeste do Coliseu. Foi erigido para comemorar a
vitória de Constantino sobre Maxêncio na Batalha da Ponte
Mílvio, 312 a.C.. A batalha está representada na banda pouco
esculpida sobre o lado direito do arco, na frente oposta ao
Coliseu.
Arco de Tito
Baixos relevos que retratam cenas da vitória dos Romanos
sobre os Judeus (70 d.C.)
Escultura
Características:
realismo;
centradas na
personalidade do
indivíduo;
raízes estéticas da arte
etrusca e da arte grega do
Helenismo
Casal etrusco
Influências etruscas:
Escultura etrusca
tem carácter
religioso ou
funerário;
os defuntos eram
representados
apoiados e reclinados
num braço, como se
de um leito se
tratasse
“Sarcófago dos Esposos”
Urnas
etruscas
Busto etrusco
esculturas
funerárias que
deram origem
aos bustos
romanos
Influências gregas:
chegou através da importação de obras das colónias
italianas na Grécia;
elevado número de artistas que afluíam a Roma, levando
as características da arte grega;
cópia e produção de obras, que se espalharam por todo o
império:
Estátuas do período clássico e especialmente helenístico
.os Romanos preferiam o realismo emocional helenístico da
representação à perfeição clássica;
.não há a preocupação pela beleza formal do nu das esculturas
gregas;
.o nu romano é um nu heróico limitado pelas características
helenísticas;
Características:
Epígonos: O chamado Gálata Ludovisi, c. 220 a.C.,
pergamenho, Museu Nacional Romano
A Vitória de
Samotrácia, c. 190
a.C., Louvre
O genius de Augusto, Museu Pio-Clementino
Estátua de Lívia Drusa, esposa de Augusto. Museu do Louvre
Jovem com manto, século I
d.C. Museu do Louvre
Os corredores, século I d.C. Museu Arqueológico de
Nápoles
O retrato
.formato de busto;
.combinação etrusco-helenística
.sentimento prático e realista reproduzia exatamente
o modelo
acentuava, muitas vezes:
.os “defeitos”.
.as características dos olhos;
.das sobrancelhas;
.da boca; da barba e cabelo;
.as marcas do tempo e do
sofrimento humanos
eternização da memória dos homens, evidenciando:
.o carácter;
.a honra;
.a glória
.características ligadas à função religiosa das esculturas;
.ao culto dos antepassados (herdado dos Etruscos);
As famílias patrícias romanas faziam máscaras de cera dos
seus mortos ilustres – imagines maiorum – que depois eram
conservadas nos altares de culto doméstico – os Penates -
Caracala
Autor desconhecido
Representados em pedra, bronze, moedas
os retratos eram o reflexo do poder imperial e um elemento de
unificação do território
Os retratos dos imperadores chegavam a todas as partes do
Império
A partir do Alto Império, a produção escultórica passa a ser
considerada de consumo privado da Arte
Desenvolvimento do gosto pela obra de arte;
Gosto pelo coleccionismo;
Pelo desejo de ter grandes coleções de esculturas de
gregas decoração de interiores
.produção de obras em série
.os artistas não assinavam as suas obras
Na fase final do império , o retrato apresentou influências da
estética oriental (frontalidade e hieratismo);
influências do cristianismo tornaram a representação humana
em símbolos, e por isso , o retrato oficial perdeu a carga da
individualidade
Cabeleira geometrizada
Olhos enormes e salientes
Nariz aquilino
Rosto oval e alongado
Estátuas e estátuas equestres
.seguiram as características gregas e eram dedicadas ao
imperador e chefes políticos;
As estátuas equestres surgiram em maior quantidade no
tempo de Júlio César a única que chegou intacta
até hoje foi a de Marco Aurélio
Nas duas tipologias sobressai o retrato propriamente dito
Representação da fisionomia do rosto descrição da personalidade
do representado sobretudo nos olhos e na expressão do olhar;
pormenorizada
O relevo
.subordinado à arquitetura;
.fins ornamentais, comemorativos, narrativos e históricos;
.relatos da História de Roma
.pormenores da vida dos homens mais importantes do
Império Romano;
Locais: Tipos de relevo
.estelas funerárias;
.sarcófagos;
.altares (aras);
.arcos de triunfo;
.colunas;
.frisos
…
Obtido através da
gradação de planos:
.alto;
.médio;
.baixo;
.”esmagamento”
Estelas funerárias
Estela funerária romana de Mazarelos -
Oza dos Ríos (réplica)
Estela
funerária em
Sanhoane
(Portugal)
Sarcófagos
Sarcófago romano
séc. III (Inglaterra)
Sarcófago romano
Século III (Monte da
Azinheira - Évora
Altares (aras)
Altar romano antigo na
antiga cidade de Jerash -
Jordão
Ara votiva
Séc. II d.C.
Portugal
Arcos de Triunfo
Arco de Septímio Severo
Tipos de arcos de triunfo
Simples, de um arco, coroado com
um entablamento com inscrição e
sustentado por colunas ou por
colunas inclinadas. Sobre o
entablamento uma arquitrave com
uma cornija onde está o motivo da
sua construção.
Arco de triunfo com um arco
Arco de triunfo de três Arcos:
Mantêm a sua estrutura sendo o
arco central mais largo e mais alto
do que os laterais, serviam
também como "portas controlo"
das cidades: pelo arco central -
maior, passavam os veículos e os
animais e nas laterais as pessoas,
um a fim de entrar e outro de sair.
colunas
Coluna de Arcádio
Base da coluna
Coluna de Constantino
Frisos
Cena de sacrifício do Altar de Ahenobarbus, século I a.C. Museu
do Louvre
Ara Pacis de Augusto
Pintura e mosaico
Pintura:
É a forma artística que melhor documenta o modo de vida
dos Romanos, uma vez que eram narradas, muitas vezes,
cenas do quotidiano.
Existem dois tipos de tipologias:
pintura mural pintura móvel
Pintura mural
Características:
.feita, geralmente, a fresco;
.revestia as paredes interiores dos edifícios.
Cena da vida de Íxion, Casa
dos Vettii, Pompéia.
Afresco da Villa de Fannius
Synistor em Boscoreale.
Metropolitan Museum of Art
Villa de Oplontis, Torre Annunziata
Villa de Oplontis, Torre Annunziata
Pintura móvel
Características:
.geralmente feitas sobre painéis de madeira;
.feitas a encáustica ou têmpera.
Técnica usada sobre a madeira, marfim, pedra ou metal,
em que o aglutinante dos pigmentos de cor é cera quente,
diluída.
Origens da pintura romana:
Etruscos (do século VI ao IV a. C.):
.revestiam as paredes dos templos e dos túmulos
feitos de terracota ou madeira
os frescos serviam para:
decoração de carácter conservação das construções
simbólico
mais tarde, usados nas paredes das construções privadas
Características da arte Etrusca:
.grande vivacidade
narrativa;
.grande sentido da
realidade;
.carga expressiva, linear e
vigorosa;
.domínio dos vermelhos e
brancos sobre fundos
claros;
.simbologia da Natureza
em verde-esmeralda e
turquesa
Tumba de
Triclínio,
Tarquinia.
Músicos, etrusca. Tumba dos Leopardos, Paestum, século V
a.C.
Influência egípcia:
.reflete-se na arte do retrato (aquando da conquista do
Norte de África);
.revela-se na escultura, nas esfíges que evocam os
defuntos
Arte abundante no Egito romano
Retrato em encáustica, Egito
Influência grega:
.difícil de caracterizar devido aos escassos vestígios
pictóricos helénios;
.mosaicos;
.placas imitando o mármore de diversas cores;
Temas:
Os mais frequentes eram retirados da mitologia, seguidos
pelos retratos e alegorias. Menos comuns, embora não raras,
eram as pinturas de paisagem, de cenas eróticas e naturezas-
mortas.
O rapto de Perséfone, grega. Tumba Real, Vergina,
século IV a.C.
Pintura Romana: temas
Pintura triunfal:
Origem: Etrusca
Temática: cenas históricas (batalhas, façanhas dos chefes,
episódio políticos, militares…)
Características: recorre à narrativa contínua, onde a figura
principal é repetida e as secundárias são colocadas lado a
lado;
a representação é exacta, quer em pormenores, quer nas
inscrições que identificam os protagonistas;
Bodas Aldobrandinas, as núpcias de Alexandre Magno com a princesa Roxana,
fresco encontrado numa casa romana do monte Esquilino
Pintura mitológica
Temática: incidia sobre os mitos e mistérios da vida dos
deuses e na representação das suas figuras;
Características: possuíam composições muito fantasistas e
imaginativas e ricas em personagens e colorido;
Pintura a fresco de carácter
mitológico, encontrado na Basílica
de Herculano
Pintura de paisagem
Temática: inspirava-se directamente na Natureza e revestia-
se de um grande sentido poético e bucólico;
Características: a representação era tanto sonhadora e
fantasista como podia ser fiel ao observado, não perdendo,
contudo, a sua poesia;
Pinturas a fresco da Villa Lívia, em Primaporta, 20
a.C.
Naturezas-mortas e cenas de género (da vida quotidiana) -
pequenas obras-primas plenas de realismo nas formas, cores
e brilhos e de grande atenção ao detalhe;
Natureza-morta com frutas e jarra
Natureza-morta com pássaro
Retratos - muito abundantes nas casas dos romanos e feitos
a fresco nas paredes ou pintadas a encáustica sobre painéis
de madeira ou metal; eram admiráveis pela veracidade
quase fotográfico e pela sugestão psicológica que provocam
no espectador.
Retrato de
dama, Egito
A pintura foi utilizada, desde a República, em edifícios
públicos (basílicas, termas), religiosos (templos, túmulos),
oficiais (mansões, palácios) e privados (lares de abastados
funcionários, mercadores e comerciantes de Pompeia),
revestindo as paredes de várias divisões, tornando os
espaços muito mais aprazíveis e acolhedores.
Pinturas a fresco das paredes
das termas de Pompeia
O Bom Pastor, Catacumba de São
Calisto, Roma
MOSAICO
Intimamente ligado à pintura, o mosaico vai buscar a essa
arte o estilo e o colorido;
-Era feito com pequenas tesselas de materiais coloridos
como mármores, pedras várias e vidro, aplicadas sobre a
argamassa fresca que cobria variadíssimos locais de suporte;
- no início era apenas aplicado no chão e depois também as
paredes exteriores e interiores e os tectos de pequenas
cúpulas;
Temas:
Foram os mesmos da pintura romana e desenvolveram-se
em composições figurativas: episódios mitológicos, cenas
de caça, jogos, cenas de género, naturezas-mortas e, por
vezes, passagens humorísticas, com particular evidência
para cenas em trompe-l'oeil (ilusão de perspectiva);
Mosaicos romanos da cidade de Pompeia
-A mais típica decoração em mosaico data dos sécs. III e II
a.C. e é formada por uma espécie de "tapetes" que cobrem
parcial ou totalmente o chão de algumas divisões, com
composições complexas de motivos geométricos que
serviam de moldura a pequenos motivos figurativos como
pessoas, animais e deuses;
-Atingiu o seu apogeu no
séc. IV, sendo posteriormente
continuado nas artes
paleocristã e bizantina.
"Cave Canem", mosaico-tapete de
uma casa de Pompeia
Mosaico de carácter mitológico
representando a Deusa Diana,
encontrado na antiga cidade romana
de Volubilis, Marrocos
Mosaico encontrados na Casa de
Menandro, em Pompeia
Conímbriga
Herança Arquitetónica
Monumento à Abram Lincon, Washington
Complexo governamental norte americano, Washington