A dança das fronteirasÁfrica – Características Gerais

• O continente africano representa, aproximadamente, 20,3% das terras emersas do planeta.

• É banhado pelos oceanos Atlântico, Índico e o Mar Mediterrâneo.

• É atravessado pelo Equador, Trópico de Câncer, Trópico de Capricórnio e Meridiano de Greenwich.

• É um dos continentes mais ricos em biodiversidade e recursos naturais porém possui graves problemas sociais.

• Possui 54 países independentes e uma população de aproximadamente 860 milhões de habitantes.

África – Relevo e Hidrografia

• O relevo africano é constituído por estruturas geológicas muito antigas, datadas do Pré-Cambriano com predominância de planaltos onde nascem importantes rios como o Níger e o Congo-Zaire.

• Na porção norte do continente encontramos formações geológicas recentes (dobramentos modernos) como a Cadeia do Atlas.

• Em sua porção leste, observa-se um relevo falhado que deu origem a uma fossa tectônica denominada Rift Valley, área que abriga inúmeros lagos, como o lago Vitória e a nascente do rio Nilo.

África – Clima e Formações Vegetais

• O continente africano possui uma grande diversidade de clima e vegetação devido a sua posição latitudinal (cortada pelos dois trópicos e pelo Equador).

• Assim, encontramos desde climas equatoriais e tropicais, predominantes, a clima desértico quente; observa-se desde florestas equatoriais a savanas e estepes.

• A África possui climas em fora de espelho: a partir da linha do Equador os climas e as formações vegetais de repetem na mesma sequência ao norte a ao sul, em diferentes proporções.

África – Regiões Geográficas

• Norte da África : Área que se localiza entre o Deserto do Saara, Oceano Atlântico e Mar Mediterrâneo, chamada de Magreb (poente) e de África branca, onde predominam os povos islâmicos. Os países localizados nessa região possuem boas reservas de petróleo, gás e fosfatos.

• Oeste da África: Área marcada pela presença do Deserto do Saara ao leste, e pelo oceano Atlântico a oeste. A atividade econômica de destaque é a extração do petróleo, principalmente no Golfo da Guiné.É uma região de muito conflitos e instabilidade política.

África – Regiões Geográficas

África – Regiões Geográficas

• África Central: Presença de grande florestas equatoriais e recursos como diamantes e petróleo são marcantes nessa região marcada também por inúmeros conflitos desde a década de 1990 ( Angola e Ex-Zaire).

• Leste ou Chifre da África: Região de grande instabilidade política localizada no extremo leste africano.O litoral da região tem sido atacado por piratas somalis.

• Sul da África: Constituída por países com grandes diferenças sócioeconômicas, sobretudo entre a República sul Africana e seus vizinhos.

África – Regiões Geográficas

África – População

• A ONU aponta que, mantendo um crecimento vegetativo médio, em 2050 a população africana totalizará algo em torno de 2 bilhões de habitantes representando 22% da população mundial.

• As países africanos mais populosos são: Egito, Etiópia, Republica Democrática do Congo e África do Sul.

• A população africana encontra-se desigualmente distribuída concentrando-se sobretudo nas área de solos mais férteis, como os vales dos rios Nilo e Níger e as regiões litorâneas.

• As maiores cidades africanas são: Cairo e Alexandria (Egito),Lagos (Nigéria), Casablanca (Marrocos), Kinshasa (Rep.Democrática do Congo), Argel (Argélia) e Cidade do Cabo (África do Sul).

África – Conferência de Berlim

• A Conferência de Berlim, realizada em 1884 na Alemanha, foi um reunião importante de países europeus com vistas à divisão do continente africano entre si. Representa um ação direta e clara do imperialismo sobre povos e territórios.

• Antes da Conferencia de Berlim, os europeus estabeleciam apenas entrepostos comerciais no litoral africano.

África – Conferência de Berlim

• Os países reunidos na Conferência de Berlim discutiram acerca do estabelecimento de bases de livre circulação e comércio nas bacias dos rios Congo e Níger, vias de penetração mais importantes do interior do continente.

• Um dos acordos mais importantes firmados na conferência foi a “doutrina de ocupação efetiva do continente”, a qual postulava que para ter direitos sobre os territórios, os países colonizadores teriam que demonstrar seua presença efetiva nos territórios com base no depoimento de comerciantes, responsáveis pela segurança nos postos comerciais mais avançados no interior do continente, e dos missionários, responsáveis por disseminar a fé cristã.

• Assim foram estabelecidos as linhas de fronteira entre os países africanos, sem quaisquer preocupações com aspectos políticos, sociais, econômicos ou fisiográficos do continente.

A situação política da África no contexto da Guerra Fria• Ao longo do século XX ocorreu o

processo de descolonização do continente africano, mantendo-se porém a divisão artificial e também as mesmas elites econômicas do período colonial, daí a razão por que se fala em neocolonialismo, já que a independência se deu apenas no campo político.

• O cenário socioeconomico da África do século XX era de pobreza e miséria, o continente dividido continuava sendo explorado. Esse cenário era um campo fértil para o assistencialismo oportunista das nações que comandavam o cenário político da época: EUA e URSS, bem como seus aliados.

• O contexto do pós-II Guerra Mundial é marcado pelo enfraquecimento das nações européias e na busca do maior número aliados possíveis pelos EUA e URSS.

• Os EUA falavam em “autodeterminação dos povos” e a URSS em “opressão do imperialismo capitalista” apoiando assim os movimentos para descolonização.

A situação política da África no contexto da Guerra Fria

• Durante o período de descolonização, o continente africano foi um cenário privilegiado dos conflitos internos entre as superpotências.

• Em muitos casos os conflitos ocorriam em fronteiras entre novos países que estavam em lados “opostos”, apoiados, cada um, por uma das superpotências, em armas, treinamento e ajuda econômica. Outras vezes os conflitos ocorriam no interior dos estados recém-independentes, arrastando-se por décadas como em Angola ou Ruanda.

• Ao conquistarem a independência os novos países africanos contavam com mão de obra desqualificada e as melhores terras concentradas nas mãos de uma elite local, produzindo para exportação (plantation).

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A África na Nova Ordem Mundial

• A África entra no ano 2000 numa situação precária: altas taxas de mortalidade infantil e baixo IDH na maioria de seus países.

• Durante o período da Guerra Fria os países africanos recebiam um assistencialismo permanente das potências dominantes (EUA e URSS). Com a nova ordem internacional , os interesses econômicos se sobrepõe aos interesses políticos e o continente passa a ser visto como uma área de importantes recursos naturais como petróleo e urânio.

• O quadro de miséria contínua a existir no continente gerando um empobrecimento “eterno” de suas populações. Problemas de ordem econômica, política e social assolam os países africanos.

A África na Nova Ordem Mundial

África – Conflitos Regionais

• A situação de pobreza e subdesenvolvimento presente no continente africano foi provocada, em parte, pelo colonialismo ambicioso dos países europeus.

• O continente africano encontra-se isolado do processo de globalização, apresentando inúmeros conflitos internos, fruto da ocupação e descolonização européia que levou em conta apenas seus interesses econômicos.

• Atualmente, vários grupos lutam pelo controle territorial ampliando a pobreza e dizimando milhares de pessoas.

Etiópia – Exploração do ambiente e fome

• A Etiópia chocou o mundo quando, na década de 80, foram mostradas cenas de milhares de etíopes mortos devido à fome crônica.

• A tragédia que assolou o país foi atribuída à seca, mas as verdadeiras causas estão relacionadas a ausência de investimentos econômicos e humanitários externos após a Guerra Fria, a concentração de terras e a falta de uma política agropecuária.

• O drama se repetiu nas décadas seguintes , porém sem grande divulgação da mídia, o que faz o mundo acreditar que o problema já acabou.

Somália e Quênia – Dois exemplos de conflitos entre clãs rivais

• A disputa interna pelo poder na Somália levou a sangrentos conflitos, que dizimaram mais de 300 mil pessoas.

• Com apenas uma tribo, a Somália apresenta disputas representadas pelos diversos clãs rivais e seus poderes sobre determinadas áreas do território somali. Alguns desses clãs tornaram-se poderosos devido ao recebimento de armas durante a Guerra Fria.

• Atualmente, cerca de 1/3 da população do país dependem de ajuda humanitária, mas os ataques piratas e os grupos paramilitares têm dificultado a entrada e distribuição de comida e remédio.

Somália e Quênia – Dois exemplos de conflitos entre clãs rivais

• O Quênia é um país localizado na porção oriental da África.

• A disputa por terras da área conhecida como Grande Rift, é uma das razões dos conflitos que atualmente assolam o país.

• Do ponto de vista étnico, existem no Quênia, aproximadamente, 40 grupos diferentes(kikuyos, luias, luos, kalejins e cambas).

• No período colonial, a área do Grande Rift foi ocupada pelos colonizadores ingleses, que expulsaram a população local, constituída pelos kalejins e massai.

• Assim começaram décadas de rivalidades entre os diferentes grupos, aproveitadas, ao máximo, por políticos oportunistas em todos os pleitos eleitorais.

Conflitos Separatistas na África – A criação da Eritreia

• A Eritreia, surgiu como país em 1993, após separar-se da Etiópia.

• O conflito entre os dois países data do século XIX, fruto da colonização europeia.

• A Eritreia foi uma colônia italiana até a Segunda Guerra Mundial, quando os soldados italianos foram expulsos da região pela Inglaterra e o território incorporado a Etiópia.

• Os rebeldes eritreus, que nunca aceitaram o fato de terem perdido seu território, obtiveram conquistas significativas na década de 1990 , quando então foi reconhecida a independência da Eritréia pela ONU.

África – Conflitos Regionais

O conflito em Ruanda

• Ruanda foi colonizada pela Bélgica e enquadra-se no modelo de país com tribos rivais unidas por fronteiras artificiais impostas.Tribos hutus e tutsi há tempos manifestam animosidade.

• Os Hutus contam com a maioria da população de Ruanda, cerca de 90%. Controlam o exército e convocaram a população civil a participar da guerra usando armas domésticas como facões, machadinhas e facas.

• Já os Tutsis representam 10%da população, entretanto controlam as atividades agropecuárias, podendo desta forma adquirir armas no mercado informal.

• Em 1994, morre o presidente da Ruanda, Habyarimana, vítima de um atentado. Explode uma violenta guerra civil entre Hutus e Tutsis e em apenas 2 meses de combate cerca de 1 milhão de pessoas foram mortas. Os Tutsis, melhor equipados belicamente, tomaram o poder, e num ato revanchista passaram a massacrar os Hutus.

• A partir de 1996, a ONU institui um Tribunal Internacional, para julgar os acusados pelo massacre de 1994.

Os casos de Serra Leoa e Nigéria

• Serra Leoa foi o último colocado no ranking do IDH por vários anos consecutivos. Também figura entre os piores países do mundo em distribuição de renda, fato explicado pelo controle das minas de diamantes nas mãos de poucas pessoas.

• Na década de 90 o controle dos diamantes e a luta pelo poder desencadearam um conflito guerrilheiro onde a Frente Revolucionário Unida (FRU) procurou alcançar o poder através da luta armada. O grupo recrutou crianças e jovens entre 12 e 17 anos a FRU objetivava o controle das minas de diamantes do país, e os trocavam por armas, que por sua vez, mantinham o grupo na ativa.

• A partir de 2000, os guerrilheiros da FRU foram se desmobilizando, assim que souberam da prisão de seu líder.

Os casos de Serra Leoa e Nigéria

• País da porção centro-oeste da África, a Nigéria sempre foi vítima de sua principal riqueza: o petróleo.

• O país contém cerca de 250 etnias diferentes e foi criado artificialmente pelos europeus, mantendo-se até 1960 sob o domínio da Inglaterra.

• A independência da Nigéria não trouxe a união entre as tribos; ao contrário, aguçou ainda mais a disputa pelas melhores terras e pelo domínio da região petrolífera.

• A Guerra de Biafra ocorrida entre 1967 a 1970, é um exemplo disso. A tribo do Ibos, encontra-se sobre uma área com importantes jazidas de petróleo e proclamou a independencia em 1967 criando a República de Biafra que resistiu durante três anos (estimulada pela França que tinha interesse no petróleo) .

• Com um saldo de mais de um milhão de mortos, o conflito terminou em 1970, sem que os Ibos tivessem obtido realmente a independência de Biafra.

O sudão e os conflitos étnicos-religiosos

• O Sudão é o país mais extenso do continente africano. Antiga colônia da Inglaterra, tornou-se independente em 1956 e, desde então, tem sido governado por regimes militares de orientação islâmica.

• O país possui mais de 400 grupos étnicos com línguas e costumes próprios, sendo o árabe a única língua comum entre eles.

• A principal riqueza do país é o petróleo, seu território possui imensas reservas além do maior reservatório de água subterrânea do continente.

• Ao longo do século XX, o Sudão passou por duas guerras civis, ambas ligadas ã dominação econômica, política e social do Norte em relação ao Sul - de maioria não muçulmana e não árabe.

• Em 2005 foi assinado um Acordo de Paz Abrangente, que concedeu autonomia ao Sul. Pelo acordo, seria agendado um plebicito acerca da independência do Sul.

• Desde 2003, o Sudão enfrenta outro conflito interno, em Dafur.

O conflito em Darfur

• A região de Dafur se localiza a Oeste do Sudão, abrangendo áreas áridas e semiáridas a zonas de savanas secas e subúmidas.

• A população vive da agricultura de subsistência e pecuária seminômade, e mais ou menos 1/3 é de ascendência árabe, que migrou para área entre os séculos XIV e XVIII, miscigenando-se com a população local. Observa-se, ainda, importante migração de povos da África Ocidental para Darfur, de diversas etnias.

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O conflito em Darfur

• .• As disputas locais são bem anteriores

a 2003, ano em que eclodiu o conflito, e ocorriam entre povos seminômades, de influência árabe, por direitos de pastagens, e entre fazendeiros, de outras etnias.

• As diferenças étnicas,apesar de presentes no conflito, não constituíram suas causas, mas ganharam destaque no desenrolar do processo.

• O governo de Cartum, na tentativa de conter grupos locais que se rebelaram, passou a armar grupos paramilitares, os “Janjaweed” formados essencialmente por membros dos grupos tribais árabes acirrando o choque entre esse grupo e os demais grupos rebeldes.

• Diferenças sutis entre os grupos locais foram exploradas pelo governo de Cartum, objetivando o aumento de rivalidades. No entanto, as verdadeiras causas do conflito que eclode no século XXI são a pobreza e a marginlização de Darfur pelo governo de Cartum.

As ações da ONU, Estados Unidos e China no Sudão

• Estima-se que as reservas petrolíferas no Sudão sejam equivalentes àquelas da Arábia Saudita, sem contar os abudantes depósitos de gás e água subterrânea.

• Essas reservas imensas de recursos naturais atraem países como a China que mantém acordos comerciais e tem fornecido tecnologia para a exploração do petróleo, com máquinas e equipamentos para perfuração, bombeamento e construção de um oleoduto. Em troca, o petróleo sudanês é quase todo exportado para a China. Além disso, a China tem apoiado o governo sudanês junto ao Conselho de Segurança da ONU, inclusive vetando ações militares no Sudão.

• O governo sudanês rompeu relações com o governo dos EUA desde que o presidente Bush considerou o país “amigo do eixo do mal”.

• Quanto a ONU, suas ações incluem o envio de tropas e pessoas para atuar nos campos de refugiados, procurando estabilizar a situação em Darfur, na medida do possível.

Novos/Velhos conflitos mundiais

• Além dos conflitos que atingem o continente africano, observamos em diversos outros lugares o acirramento de tensões e disputas, sejam internos ou externos.

• As causas são variadas: econômicas, religiosas, étnicas, disputas por território, independência, recursos de solo e subsolo e, futuramente, até água.

• Uma região é considerada um foco de tensão quando existe um conflito latente, embora ainda não tenha sido deflagrado.

• Quando nos refirimos à zona de conflito, temos aí sim, um conflito armado, em geral deflagrado.

O conflito no Timor Leste

• A ilha de Timor está localizada na Ásia e abriga duas áreas distintas: a porção ocidental pertencente à Indonésia e a porção oriental que foi, até 1975, colônia portuguesa e hoje é um país independente.

• Em 1975, Portugal, abandonou o Timor Leste e, no país, começaram a ser organizados partidos políticos, dentre os quais se destaca a FRETELIN, que tinha como objetivos a defesa da independência do Timor. No mesmo ano a Indonésia invadiu o país e impôs uma dura repressão. As lutas estenderam-se por décadas, até que, em 1998, foi aceito pela Indonésia a negociação da independência .

• Emm 1999 em um plebiscito 80% da população votou pela independência do país.Grupos paramilitares antindependência começam a praticar uma “limpeza étnica”.

• Em 20 de maio de 2002 o Timor Leste conquistou formalmente sua independência e passou a buscar acordos comerciais que pudessem garantir o equilíbrio econômico e social do país.

Índia e Paquistão: a disputa pela Caxemira

• Localizada ao norte do subcontinente indiano, a Caxemira encontra-se dividida entre a Índia e o Paquistão. Uma parte desse território foi anexada pela China após a guerra sino-indiana em 1962.

• Esse território é disputado por Índia e Paquistão desde 1947, quando ambos conseguiram sua independência política da dominação britânica.

• O conflto se transforrmou em guerra entre 1948-49, quando as tropas paquistaneses enfrentaram as indianas.

• A interferência das Nações Unidas promoveu um cessar-fogo e criou uma linha divisória entre as tropas.

• A Caxemira, desta forna, estava dividida entre Índia (2/3) e Paquistão (1/3). O Paquistão , porém, não desistiu de incorporar também a parte indiana.

• Embora não seja uma área com riquezas expressivas, a Caxemira é estratégica, principalmente para o Paquistão, pois lá se encontram as nascentes do rio Indo. Este país teme o represamento das águas dos rios pela Índia, o que prejudicaria muito a sua economia.

• Durante a Guerra Fria, os dois países adquiriram armas nucleares que insistem em demonstrar através de testes.

O conflito no Afeganistão

• O Afeganistão é um país asiático situado entre a Ásia Central e o Vale do rio Indo,considerado importante ponto de passagem para inúmeros povos e civilizações ao longo da História.

• Essa área constitui-se em importante caminho da “rota da seda” além de zona de influência de diferentes religiões como o Budismo, Hinduísmo e Islamismo.

• O Afeganistão possui mais de doze grupos étnicos distintos. Durante o século XIX, a região foi palco de disputas entre os impérios russo e britânico.

• Em virtude dessas disputas o Afeganistão acabou perdendo extensões significativas de seu território, inclusive acesso ao mar.

• O país somente obteria independência no século XX, mantendo, todavia, os vínculos e a dependência entre a Uunião Soviética de um lado, e o mundo ocidental de outro.

• As disputas internas entre grupos rivais e a política de alianças estabelecidas entre esses grupos e as potências europeias e,posteriormente, com a URSS e os países ocidentais tornaram a região um foco de instabilidade constante.

O conflito no Afeganistão

• Na década de 50, em plena Guerra Fria, os líderes afegãos, desenvolveram uma política de entendimento com as duas superpotências, ora fazendo acordos com os EUA, ora fazendo-os om a URSS.

• Na década de 70, o Afeganistão, até então uma monarquia constitucional, passou por um golpe de estado e se transforma em uma república nacionalista e de partido único, comandada pelo general Muhammad Daoud.

• O general Daoud procurou se aproximar de países como a Índia, o Irã e o Paquistão desagradando o governo soviético e fazendo eclodir um golpe militar em 1978 que colocou no poder um governo fortemente alinhado a URSS

• Esse alinhamento com a URSS aumentou a tensão entre as superpotências na região o que acabou gerando a ocupação do Afeganistão pela URSS que durou dez anos.

• Após a saída das tropas soviéticas em 1989 , diminue o interesse dos EUA pelo país o que abriu caminho para a continuidade da guerra civil em um país fragmentado etnicamente e com abundância de armas.

O conflito no Afeganistão

• Os diálogos entre as várias etnias para formar uma junta de colizão fracassaram e, aproveitando o vácuo de poder, o Taleban assumiu o governo, liderados pelo Mulá Mohammad Omar, que se tornou o principal líder do país

• Os Talebans abrigaram também Osama Bin Laden, principal idealizador da rede terrorista Al Qaeda.

• Em virtude dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 assumidos pela Al Qaeda os EUA decidiram invadir o país com apoio da OTAN.

• Essas disputas pelo terrtório afegão são justificadas por sua posição geográfica na Ásia Central, países como Uzbequistão, Turcomenistão e Tadjiquistão vem no Afeganistão o melhor caminho para exportação de seus importantes recursos energéticos como o gás através da construção de gasodutos e oleodutos.

• O Afeganistão possui ainda reservas importantes de urânio e é o principal produtor de papoula, planta da qual se produz o ópio, base da heroína.

O conflito no Afeganistão