A Desconstrução Do World Trade Center - Ken Wilber

7/23/2019 A Desconstruo Do World Trade Center - Ken Wilber

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A DESCONSTRUO DO WORLDTRADE CENTER

Uma Data que Viver numaCadeia Deslizante de Sini!i"antes

#EN W$L%ER

$NTRODUO

"A Desconstruo do World Trade Center Uma Data que Viver numaCadeia Deslizante de Signiicantes" ! um adendo ao romanceoomeritis# que trata do ataque de $$ de setem%ro ao World TradeCenter e ao &entgono' ( romance ser lanado no )r*+imo m,s dea%ril' -o era min.a inteno li%erar nen.uma )arte anteci)adamente/os recentes eventos convenceram0me do contrrio'

1 um )ro%lema monumental em az,0lo' 2ste adendo a)arece no imdo livro' Assim# grande )arte dele ar )ouco sentido# a menos que seleia o livro inteiro em )rimeiro lugar/ na verdade# sero tiradas vriasconclus3es erradas ao se ler somente este te+to'

Assim mesmo# decidi li%er0lo )elos motivos e+)ostos a seguir'

&rimeiro# ui inundado )or )erguntas so%re o ataque o que eu)ensava# o que signiicava# qual seria a res)osta adequada# tantoindividual quanto coletivamente4 Certamente# algo deveria ser dito#mas qualquer res)osta que izesse 5ustia 6 situao teria que serlonga e nuanada o ca)7tulo do romance que assim o az tem cercade 89 )ginas' Decidi que no .avia razo )ara reescrever aquelas 89)ginas'

Segundo# em%ora este se5a um adendo do romance# realmente# no o!' Dei+e0me e+)licar' ( romance em si ! igual a qualquer romance cerca de :;9 )ginas de ico' Sem contar muita coisa# o romance !so%re um ra)az de =A? no @=T' 2le se )reocu)a com a id!ia muito comum nos c7rculosde =A de que# a)ro+imadamente dentro de :9 anos# as mquinasatingiro a intelig,ncia do n7vel .umano' Assim# acredita irmementeque# ainda no m%ito da sua vida# ter condi3es de azer umdownload com)leto de sua consci,ncia )ara o mundo ci%ern!tico deSil7cio e dar um %ei5o de adeus nesse contur%ado mundo carnal deCar%ono'

Durante seu curso# c.ega 6 concluso que# se realmente dese5aentender como ser a evoluo da consci,ncia nesse uturo mundo deSil7cio# deveria estudar a evoluo e o desenvolvimento da consci,nciano mundo de Car%ono isto !# em seres .umanos e# talvez# col.eralgumas sugest3es' =sto o leva# inalmente# a um lugar c.amadoCentro =ntegral >C=? em Cam%ridge >sim# o%viamente tendo comomodelo o =nstituto =ntegral mas com vrias distor3es )*s0modernasque constituem )arte da %rincadeira em%utida no livro/ )or!m#


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deinitivamente# no )osso contar quais so elasB?'

medida que a)rounda sua com)reenso do desenvolvimento daconsci,ncia .umana# ele vai se ascinando com a id!ia de que aconsci,ncia de Sil7cio tam%!m cresceria e evoluiria# a%rangendo todo oes)ectro da consci,ncia''' talvez at! atingindo o )r*)rio 2s)7rito' 2#

assim# ica o%cecado# com)letamente o%cecado# com o )ensamentoquem seria o )rimeiro a desco%rir Deus# numa escala a%rangente#Car%ono ou Sil7cio4

E escusado dizer que no )osso contar muito mais sem estragar toda a.ist*ria' @as )osso adicionar mais uma coisa o romance )retende seruma cr7tica a boomeritis# ou )luralismo inectado )or narcisismo' 2)ortanto# este oi o )rinci)al requisito ao escrev,0lo o romance deveexemplificar tudo o que critica# tornando0se uma )ar*diaautoconsciente daquilo que e+atamente est criticando )recisamenteo que az %oomeritis' Desse modo# o livro est sendo anunciado como"o grande romance )*s0moderno" >! assim que alguns cr7ticos esto sereerindo a ele? )orque# seguindo a %oa )rtica )*s0moderna# comesua )r*)ria cauda'

(%viamente# a cr7tica detal.ada de %oomeritis# a)resentada noromance# somente )ode ser entendida lendo0o' Tudo o que )ossoadiantar ! que ! uma anlise sustentvel# s!ria e cr7tica de como%oomeritis inectou o )*s0modernismo# quase todos os movimentos)luralistas# a es)iritualidade neF age# a reivindicao de novos)aradigmas# a )sicologia trans)essoal# a astrologia atual# at! mesmoa%du3es )or (V-=s e como tudo isso im)acta um 5ovem de S2S? leram emS2S a nota e+)licativa que criticava seu tra%al.o sem antes ler o livroe# a)*s isso# icaram to a%orrecidos que nunca conseguiram realmenteler o livro com a mente a%erta/ todas as discuss3es su%seqGentes comesses cr7ticos nunca atingiram o status de um dilogo aut,ntico# )ois#sim)lesmente# mantiveram0se no n7vel de cul)a e acusa3es de memesde )rimeira camada' Hamento# mas o mesmo acontecer com esteadendo'

Ialando so%re notas e+)licativas# esqueci de esclarecer )or que esteadendo no !# na realidade# uma )arte do romance' 2le ! )arte dasnotas e+)licativas do romance'

Notas explicativasde um romance4 =sto no )ode ser uma coisa %oa#certo4 (%servem a queda das vendas com esta %ril.ante id!ia'

-a verdade# no . notas e+)licativas numeradas no romance# ou algoque sugira que o romance ten.a notas e+)licativas' 2+ceto )or uma)equena nota de roda)! no in7cio do livro# que diz "Ao longo do ano#

colecionei volumosas notas# acad,micas e no0acad,micas# so%re oestran.o )rocesso que comeou a deinir min.a vida' 2ssas notas ereer,ncias )odem ser encontradas em sua totalidade em


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.tt)JJFil%er's.am%.ala'com '"

Se voc, acessar este site# encontrar cerca de $;9 )ginas de notase+)licativas' De)ois# mais cerca de $;9 )ginas de notas e+)licativasinseridas nas notas e+)licativas' De)ois# mais 89 )ginas do te+toso%re o WTC a)resentado a seguir' Assim# ! um romance com :;9

)ginas e mais :89 )ginas de notas e+)licativas' Kue desgraaB Comodisse um dos meus amigos "2ste !# sem som%ra de dLvida# Wil%er'"2stou certo de que no oi um grande elogio'

De qualquer modo# as notas e+)licativas continuam com os)ersonagens ict7cios do romance' @as# ! *%vio que esses )ersonagensno so desenvolvidos nas notas' 2las devem ser consideradas o querealmente so notas e+)licativas acad,micas e nada que se )areacom um romance literrio >o que es)ero que o romance# em si# se5a?'Kuando circulei )ela )rimeira vez este adendo )ara comentrios#diversas )essoas que o leram o sem ter lido o livro res)onderam0me mais ou menos assim "Adorei o conteLdo# mas voc, no ! umromancista' (s )ersonagens so ins7)idos e todos soam como voc,'

Arranje um ghost writer'"

em# em min.a deesa# devo alar um )ouco mais so%re o livro'Hem%ram0se de que mencionei que o romance# )ara o%ter sucesso nacr7tica a %oomeritis# teria que e+em)liicar tudo que osse criticado4-um )onto do romance# uma )roessora do C= est descrevendo assete mais im)ortantes caracter7sticas do )*s0modernismo o querealmente signiica as sete caracter7sticas do )*s0modernismoinoculadas com %oomeritis# como quase todo o )*s0modernismo)luralista o oi' Desse modo# essas sete caracter7sticas so e+atamenteos sete itens que devem ser e+)ostos no livro' A )roessora coloca istoassim

&ara comear# uma vez que o )*s0modernismo !# %asicamente# uma )ostura de cr7tica# o romance# )ara serrealmente )*s0moderno# deveria criticar o )*s0modernismo' @as )ara az,0lo# o romance teria quee+em)liicar tudo que osse criticado' 2ste seria o verdadeiro truque escrever um romance que englo%assetudo que atacasse'

&or e+em)lo# 5 que o )*s0modernismo ! inindavelmente e# muitas vezes# doentiamente auto0rele+ivo#crie um )ersonagem com seu nome# aa o romance girar em torno de voc, de todas as maneiras )oss7veise critique constantemente o narcisismo )at!tico de tudo isso' 2st %em4

Assim# o )rinci)al )ersonagem# com Wil%er? dois estudantesque assistem 6 aula res)ondem

Cinco signiica es)eciicamente que todos os )ersonagens teriam que ser )lanos e %idimensionais' -o0unidimensionais# mas tam%!m no0tridimensionais' =sto est em )ereita consonncia com o credo )*s0modernista de que no . )roundidades# somente su)er7cies e# desse modo as )alavras ")lano" e"%idimensional" devem a)licar0se a seus )ersonagens' &ersonagens latland )ara a )ereita novela latland#est %em4

&u+a# Mim# ! e+atamente como me sinto )lano e %idimensional '


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2u tam%!m# Men# eu tam%!m' E como se min.a vida min.a vida inteira estivesse contida no romanceque &oFell est descrevendo' E como se min.a vida no osse min.a como se no osse nem mesmo oautor de min.as )r*)rias a3es# de meus )r*)rios sentimentos# de meus )r*)rios dese5os' E como se a)r*)ria noo de autoria se eva)orasse' 2stou sendo escrito )or algum tolo )*s0moderno auto0rele+ivo eesta ! a min.a vida' @eu Deus# onde est o &rozac4

2 assim# no romance# em%ora os )ersonagens reqGentemente gan.emvida# nunca c.egam# realmente# a atingir a qualidade da %oa literatura#em%ora se5am muito divertidos# es)ero' (s cr7ticos naturalmente diro"Sim# mas ele no )oderia ter escrito %oa literatura ao inv!s de umgrande romance )*s0moderno# se ! que o ez4" 2 a res)osta ! "-uncasa%eremos# no ! mesmo4" Tudo o que )osso dizer ! que a)roundidade %idimensional dos )ersonagens ! a mais intencional que)ude criar'

@as eis )or que mencionei tudo isso' -o in7cio das notas e+)licativas as notas colocadas em .tt)JJFil%er's.am%.ala'com e que no soencontradas no romance Mim vira0se )ara Men e diz

2stava )ensando''' Se um romance )*s0moderno tivesse notas e+)licativas eN

Kue dia%os# )or que um romance teria notas e+)licativas4 interrom)i'

-o sei' Autor conuso# no consegue calar a %oca# tem que )esar tudo' Dei+e0me terminar' Se umromance )*s0moderno tivesse notas e+)licativas e seus )ersonagens ossem %idimensionais# isto nosigniica que as notas e+)licativas seriam somente unidimensionais4

Ac.o que sim# no sei' Tudo que sei ! que estou me sentindo eva)orar# como se estivesse me consumindo#tornando0me )lido e an,mico# eNMim4NMim4N

em# voc, entendeu' &arte do romance ! uma )ar*dia auto0rele+iva#uma cr7tica )*s0moderna do )*s0modernismo >ou mel.or# )*s0modernismo inectado com %oomeritis# o que quase todo ele o !?' A

5ulgar )elo retorno que rece%i at! agora# )enso que ! )or isto que amaioria das )essoas ac.ou o livro muito divertido' Ioi o que tenteiazer# torn0lo uma leitura muito# muito divertida'

&or!m ! %astante s!rio nos )ontos que ressalta# e isto tam%!m ! *%viono livro' Certamente# voc, )oder constat0lo no adendo so%re o WTCque vir a seguir' 2m%ora# novamente# )or avor# lem%re0se de que eleno ! um indicativo do estilo literrio do romance# nem de nen.umadas t!cnicas narrativas >algumas das quais# acredito# %em originais?#que azem do livro uma e+)eri,ncia de leitura dierente'

2 mais# nada neste adendo ou nas outras notas e+)licativas queestarei colocando no site nas )r*+imas semanas d qualquerindicao do que realmente acontece no romance nem do enredo#nem das reviravoltas# etc' Assim# em%ora# )rovavelmente# voc, noeste5a ca)acitado a entender todos os )ontos deste adendo sem)rimeiro ler o romance# l,0lo agora no atra)al.ar em nada os )ontosundamentais do romance >se %em que o dilogo unidimensional )ossadei+0lo maluco?'

&ara aqueles que dese5am o%ter o m+imo deste adendo# uns )oucositens t!cnicos devem ser com)reendidos em )rimeiro lugar' Se voc,no os com)reende# recomendo# )elo menos# a leitura do ca)7tulo $ deA T.eorO o 2verOt.ing' De )reer,ncia o livro inteiro# mas# no m7nimo#o ca)7tulo $'

( que se az a seguir !# %asicamente# descrever o es)ectro de


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consci,ncia com)leto as doze )rinci)ais ai+as ou cores desse PrandeArco07ris e# em seguida# sugerir as res)ostas t7)icas ao ataqueterrorista que cada n7vel# ai+a# ou onda a)resentaria'

Se isto or o que mais o interessa# . um longo te+to intermedirioso%re )ol7tica integral que )ode ser )ulado' A &arte = a)resenta as

res)ostas de )rimeira0camada e de segunda0camada/ a &arte == es%oauma )ol7tica integral/ a &arte === d as re)ostas de terceira0camada'@uitas )essoas estaro interessadas a)enas nas &artes = e ===/ no .)ro%lema' Adicionei t7tulos 6s &artes )ara acilitar a localizao'

Sinto0me um )ouco desconortvel em li%erar essas notasunidimensionais# antes do romance ter visto a luz do dia' &ortanto# comas %,nos da S.am%.ala# estou# )rimeiramente# colocando no site o&r*logo do romance >vide a seguir?' E %em curto e no a)resentanen.uma das t!cnicas literrias que# es)ero# aro dele um alegre)asseio )*s0moderno# mas do um sa%or do estilo# que talvez )ossacontra%alanar o estilo das notas e+)licativas >que sero )ostas no siteem mais ou menos uma semana?'

De qualquer modo# ao votos que este se5a o comeo de umae+)eri,ncia de leitura que a%ra novos camin.os )ara sua 5ornadacontinuada rumo a seus mais )roundos tesouros'

Men Wil%er

$Q de outu%ro de


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Por misteriosos camin!os que n#o consigo e0plicar, encontrei1me, instantaneamente, na presena de meuspro/essores do Centro &ntegral 2C&3, enquanto 4antavam, vrios dias aps o evento" %ar5, C!arles, Lesa, Carla,Dere5, %argaret e a querida 6oan"

7u acabara de completar vinte e um anos8 as repercusses dos estran!os acontecimentos no Clube Passim aindaecoavam numa alma estil!aada que nem sequer conseguia lembrar o prprio nome8 as datas e /atos da realidadediria tamb'm escapavam 9 min!a consci$ncia, como se tempo e espao perdessem densidade e tendessem a

evaporar, se eu n#o prestasse cuidadosa aten#o" 7 assim mesmo, ine0plicavelmente, aqui estava eu, com pessoasque velaram a min!a morte e, miraculosamente, ressuscitaram1me para uma vida que ia al'm da vida e da morte"7ste vinte1e1alguma1coisa devia a esses cinqenta1e1alguma1coisas muito mais do que se possa imaginar8

palavras signi/icativas /ugiam do meu controle e /lutuavam no va:io csmico, lar de uma escurid#o que semostraria como um c!amado 9 revela#o"

&ARTE $' U( ES&ECTRO DE CONSC$)NC$A

+;ns poucos momentos de sil$ncio, se pudermos,+ disse C!arles %orin" O ambiente estava tranqilo, com umacomplete:a que n#o era deste mundo"

++ ironi:ou 6e//erson" Todomundo riu, mais ou menos a/etuosamente, da natural /alta, bem, de calor de Aan Clee/8 eu ia di:er Gnobre:aG"


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+%as, em tese, concordo com voc$+, continuou 6e//erson" +.ssim, por que n#o elabora um pouco mais> Por quen#o discorre rapidamente como cada n(vel de consci$ncia, ou cada meme, responderia, em geral, ao ataqueterrorista>+

ermel#o$ Ira e ingana

Aan Clee/ colocou seu gar/o no prato e /alou decididamente" +7st bem" Por agora, simplesmente resumirei os

di/erentes tipos de respostas ao ataque @ &mporta1se em e0plicar um pouco mel!or, sen!or>

Aermel!o= ?im" %ate eles muito"

Keprter= %ate eles muito> Certo, certo" Diga1me, na sua opini#o, por que eles o /i:eram> Osterroristas"

Aermel!o= um, o qu$>

Keprter= )ual a ra:#o para terem atacado>

Aermel!o= Pun!eteiros desgraados, escria de comunistas" %ate eles cruelmente" ?e me0eremconosco, arrancaremos suas malditas cabeas e e0ibiremos elas em estacas8 isso ' o que vamos /a:er".gora, dei0e1me comer"

Keprter=

Keprter= 7scria de comunistas, mate eles cruelmente, ' o que eu digo"

Todos sorriam para Aan Clee/" + claro que estou e0agerando" O /ato ' que o vermel!o sadio ' o motor de muitasmudanas" o derrubador de obstculos por e0cel$ncia8 recusa /ronteiras, destri barreiras" O vermel!o ' umservo /antstico mas um sen!or terr(vel" ;mas coisa ' ter vermel!os a seu servio, outra coisa ' ter somentevermel!os como seu centro de gravidade" .inda outra coisa ' ter vermel!os escondidos embai0o da camisa @


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como, por e0emplo, /a: boomeritis @ dirigindo seu carro sem voc$ saber, desconstruindo qualquer /ronteiraconvencional que este4a 9 vista, seqestrando sua /iloso/ia para apoiar seus modos egoc$ntricos"+

+%as, resumindo, a resposta vermel!a bsica ' ira e vingana" O ataque terrorista ' visto, consciente ouinconscientemente, como um ataque @


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lgrimas" +Pergunto, isto n#o atinge voc$s>+

+ claro, querida, ' claro,+ respondeu Lesa" Cabeas moveram1se em concordFncia" Ol!ei para Aan Clee/, cu4ae0press#o, por outro lado, parecia di:er= GO!, engula isso, sua piegas,G mas, provavelmente, /oi s min!aimagina#o"

+Ol!e,+ Aan Clee/ /inalmente /alou, +a grande quest#o ' que, se voc$ /or su/icientemente /eli: de ter algum tipode conscienti:a#o de segunda1camada @ para n#o di:er de terceira1camada @ voc$ pode e deve entrar emressonFncia com todos esses acordes, inclusive o a:ul" . pergunta '= voc$ se identi/ica e0clusivamente com umHnico meme de primeira1camada e sua respectiva resposta, ou voc$ amplia o espectro> 7 6oan, eu sei" Aoc$ 'turquesa at' os ossos" Lesa ac!a que voc$ ' coral, ou talve: alguma outra cor que ainda n#o inventamos"+

+Iem, estes ossos est#o meio a:uis por agora+ 7la riu"

+7nt#o, Dere5, por que n#o continua pelo seu passeio mem'tico>+

+Certo, certo" Iem, o a:ul, o querido a:ul na bandeira vermel!a1branca1e1a:ul, ' o v(nculo etnoc$ntrico e n#o !

nada de errado nisso" maravil!oso na medida que /or somente um acorde numa sin/onia de espectro total,certo>+

aran)a$ *m Ataque + ivili%ao

+.ssim, vamos ver rapidamente o laran4a, ou o que poder(amos c!amar de resposta de .Mn Kand= esta onda deconsci$ncia v$ o atentado n#o como um ataque a um povo, na#o ou divindade espec(/icos @todos essesetnoc$ntricos @ mas sim como um ataque globoc$ntrico 9 liberdade e 9 4ustia" Para n#o mencionar um ataque aocapitalismo de mercado1livre, a principal /ora positiva do mundo de !o4e Os laran4as seriam rpidos em a/irmarque os terroristas n#o atacaram uma igre4a ou mesmo o Congresso= eles escol!eram a regi#o de Wall ?treet e oWorld Trade Center" 7m outra palavras, isto seria visto pelos laran4as n#o como um simples ataque 9 .m'rica,mas como um ataque 9 prpria civili:a#o, independentemente de pa(ses ou divindades em particular"+

+Observem que a resposta laran4a, devido a um novo crescimento da comple0idade e so/istica#o cognitivas, 4/oi do etnoc$ntrico 2associa#o1m(tica3 para o globoc$ntrico 2/ormal1universal38 por isso, ela n#o mais apela paraum povo, na#o, raa, grupo ou cultura particulares" .o contrrio, ' ps1convencional neste sentido= o ataque 'visto como uma ameaa aos valores que as pessoas do mundo inteiro podem adotar, independentemente dereligi#o, raa, se0o ou crena"


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inteiro devem unir1se a ns nesta causa"G+

+Aoc$s sabem o que mais amo em Deus>+ %argaret Carlton interrompeu abruptamente a narrativa de Dere5,depois ol!ou para cada um com um sorriso son!ador, sugerindo que estavaR noutro lugar" +O qu$>+, perguntouLesa"

+O 7sp(rito mani/esta1se neste e0traordinrio espectro de consci$ncia, certo> 7sta maravil!osa espiral dedesenvolvimento, abrangendo cada amplitude, cor, /ai0a e comprimento de onda conceb(veis, espal!ando1se portodo o camin!o, do p 9 Divindade" 7 cada cor Hnica tem seu lugar, n#o> Cada meme, cada onda, cada volta,cada viravolta, cada guinada @ todos t$m algo importante a di:er, n#o t$m> +

Todos concordaram, aparentemente sem saber a que isto os levaria, mas tocados pela /rgil graa e gratid#o deCarlton" +&sto ' tudo" ?implesmente queria di:er isto" ?ei que o a:ul, o laran4a, o verde e todos os outros podem/icar realmente doentes, realmente esquisitos, realmente estHpidos, mas em suas /ormas saudveis s#o todos partedeste belo, belo, belo espectro de consci$ncia, n#o s#o> +

+Aoc$ ' linda, querida,+ respondeu Lesa, apertando sua m#o"

+Certo, certo, muito legal, %argaret,+ cortou Aan Clee/" +.lgu'm mais quer ponderar sobre as maravil!as deDeus> 7st bem"+ 7 sorriu um genu(no sorriso Geu s estou brincandoG"

Carla uentes ol!ou para ele" +Dere5, voc$ ' o !omem mais doce do mundo, pelo menos paraR bem, pelomenos para voc$ mesmo"+

erde$ *ma -ransvalori%ao de alores

+%uito engraado, Carla, muito engraado" Observe1me rindo" a, !a, !a" %uito bem, vamos em /renteR Ondeeu estava mesmo> Aermel!o, a:ul, laran4a, o! simR+

+. resposta do verde ' a mais di/(cil de classi/icar porque ', de longe, a mais con/litante" Por um lado, a maioriadas atitudes do meme verde em todo o mundo, neste momento, est in/ectada pelo %eme Aerde %au e por

boomeritis8 isto complica seriamente a mat'ria, porque di/iculta a locali:a#o do verde sadio e dos tiposmaravil!osos de gentile:as que sempre tra: consigo" . maioria dos verdes @ e certamente o %A% 2%eme Aerde%au3 em seu dis/arce ps1moderno @ quer culpar a .m'rica, virtualmente, por todos os problemas do Terceiro%undo, e, /reqentemente, por todos os problemas do mundo, ponto"+

+%ais ainda, nas Hltimas d'cadas, os vrios grupos, /aces, insurgentes e mesmo terroristas do Terceiro %undoadotaram o 4arg#o ps1modernista proveniente das universidades americanas para 4usti/icar suas aes" O

pluralismo verde a/irma em suas /ormas radicais @ e mais comuns @ que, culturalmente, n#o ! bom ou mau,mel!or ou pior= n#o e0istem padres universais que permitam 4ulgar uma cultura como sendo mel!or ou pior doque outra"


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Center e isso n#o pode ser bom, pode> @ e0ceto que obtive min!a estabilidade acad$mica por escrever dois livrose quin:e artigos sobre o Crime do &luminismo e sua imposi#o !egemSnica, patriarcal, capitalista, colonialista,imperialista sobre os povos paradis(acos, n#o1dissociados, amantes da liberdade do mundo pr'1moderno, assimn#o /ica bem mudar publicamente de opini#o, n#o '> @ e0ceto queR3"+

+Iem, voc$s entenderam o que quero di:er" 7stou sendo irreverente, e n#o deveria, porque esta ' uma tens#ointerna realmente angustiante para muitos verdes"


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pluralistas, sub4etivistasG, simplesmente porque suas 4usti/icativas para a verdade s#o basicamente sub4etivas,relativas, mHltiplas= em outras palavras, ps1modernas @ de qualquer modo, tend$ncias sub4etivistas dos verdestornam1se um (m#, um lar, um porto seguro para uma reativa#o dos impulsos narc(sicos, egoc$ntricos,vermel!os" O pluralismo torna1se um supermagneto para o narcisismo @ e esta combina#o de verde altamentedesenvolvido com vermel!o muito pouco desenvolvido ' a mistura e0plosiva con!ecida como boomeritis, porquena min!a prpria mente ideais verdes tornam1se o porta1vo: do terrorismo vermel!o"+

+?ob essas circunstFncias, os ideais verdes de conte0tualismo, construtivismo e pluralismo @ que no que t$m demel!or insistem que todas as perspectivas se4am tratadas com 4ustia e imparcialidade, sem a marginali:a#o denen!uma @ rapidamente degeneraram para um pluralismo ranoso, at' mesmo patolgico= todas as vises devemser tratadas com 4ustia, n#o porque meream um tratamento 4usto, mas porque nen!uma vis#o ' mel!or do queoutra, ponto" O narcisismo e sua eterna pretens#o de que Gningu'm vai me di:er o que /a:erG /inalmente encontraum lar /eli: na /latland pluralista ps1moderna" ;ma ve: que nen!uma vis#o ' mel!or ou pior do que outras,min!as inclinaes narc(sicas podem transitar livremente aqui, neste porto seguro suprido pelo pluralismo

patolgico" )uando o resultado l(quido de sua re/le0#o acad$micadesemboca em= n#o e0istem padres universais pelos quais qualquer cultura possa ser 4ulgada in/erior a outra8 oOcidente, sob a in/lu$ncia do &luminismo, tornou1se simplesmente uma !egemSnica imposi#o imperial dos

padres absolutistas universais sobre o mundo inocente8 portanto qualquer coisa do Ocidente ' m, qualquercoisa do Oriente ' boa8 donde desconstruir o Ocidente e o &luminismo ' a coisa nobre a ser /eita @ bem, quandoseu pensamento ' atingido por /alcias pr'1ps de tal magnitude, elas criam uma atmos/era intelectual na qualaplaude1se, implicitamente, qualquer terrorismo desconstrutivo8 quando um /amoso pluralista ps1moderno bradaG?e voc$ n#o /or branco, a/aste1se o quanto puder de qualquer cultura ocidentalG @ /ico pensando se o ./eganist#o' su/icientemente long(nquo para este sen!or @ bem, naturalmente toda esta atmos/era acad$mica ' cHmplice detais ataques terroristas" Os ps1modernistas radicais n#o s#o a real causa de quaisquer desses crimes, mas s#ocHmplices, s#o pro/undamente cHmplices"+ Carla uentes balanou sua cabea"

O lado contundente de Aan Clee/ cortou o ar8 ele aparentava estar mais /urioso do que o normal" +. lista desses


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cHmplices ' in/indvel @ isto ', a lista de eruditos da boomeritis com sangue /ilos/ico em suas m#os 'verdadeiramente interminvel= comeando com eidegger @ e podemos lembrar agora sua in/ame e impenitentecumplicidade com os . Hnica coisas que curto1circuitou seu sil$ncio /ilos/ico /oi a massiva

brutalidade, acima dos limites, desse ato espec(/ico"+

%orin concordou" +?im, Carla est certa" ?e qualquer bando de terroristas tivesse escol!ido um alvo menor,atingido somente militares ou /uncionrios do governo, e, em seguida, liberado uma declara#o sobre oesmagamento da liberdade e igualdade de todas as culturas pela cruel %quina Capitalista, a maioria dos memesverdes deste pa(s rapidamente concordaria @ ou, no m(nimo, se recusaria, absolutamente se recusaria, a 4ulgar queesses terroristas estivessem 7KK.DO?" %as a gravidade e selvageria do ataque ao World Trade Center en/iouessas id'ias goela abai0o, de modo que ' quase imposs(vel dis/arar o /ato e desculp1lo com platitudes

pluralistas"+ %orin balanou a cabea"

+Kealmente, ' um problema imerso em grande con/us#o,+ disse 6e//erson" +%uito parecido com aquele quando o;nabomber matou e mutilou de:enas de pessoas inocentes em nome da ecologia versus civili:a#o @ outra

dicotomia completamente /alsa @ e *ir5patric5 ?ale @ sob a in/lu$ncia da mesma /alcia pr'1ps e da mesmaboomeritis @ imediatamente apareceu para de/ender a /iloso/ia do ;nabomber, ao mesmo tempo que, de maneiran#o muito convincente, disse que isto n#o signi/icava que apoiava seu ato"+

%argaret Carlton, a apar$ncia /rgil sustentada pela convic#o, observou, +?im, sim, sim, mas, ! pelo menosuma d'cada, estudiosos responsveis v$m mostrando que esse pluralismo radical s realmente permite, e mesmoincentiva, a glori/ica#o de virtualmente qualquer outra cultura que n#o a ocidental @ Outros a:uis, Outrosvermel!os, Outros ro0os, Outros beges" 7sta atitude boomer(tica com certe:a revitali:ou o antigo impulso doselvagem nobre" Os Ioomers deram esteride aos KomFnticos+, ela sorriu docemente"

+;m dos numerosos e0emplos""" eu o ten!o em algum lugar"""+ Aan Clee/ procurou na sua maleta" +.qui est"*eit! Windsc!uttle= GO relativismo cultural comeou como uma cr(tica intelectual do pensamento ocidental, mas,atualmente, tornou1se uma 4usti/icativa in/luente para uma das /oras pol(ticas mais potentes da eracontemporFnea" &sto ', o renascimento do tribalismo no pensamento e na pol(tica" . pretens#o dos representantes


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de culturas tribais para ter completo dom(nio dos seus negcios ', provavelmente, a maior causa isolada dederramamento de sangue no mundo de !o4e" 7la produ:iu a pol(tica sepulcral da &rlanda do + e bateu seu pun!o /ortemente sobre a mesa, /a:endo um ru(do

perturbador"

+7st bem, Dere5, est bem" Aoc$ est passando dos limites,+ /alou %orin"

+


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curadoras e amorosas para todas as v(timas de qualquer lugar, n#o somente daqui, mas do mundo inteiro"+

+O verde sadio ' uma resposta decente e nobre,+ acrescentou 6oan" +7spero que n#o este4a :ombando destaatitude, Dere5" Lembre1se de que boomeritis ' o verde patolgico, n#o o saudvel" .lme4o encontrar uma boa

parcela de verde sadio em mim mesma, porque, agora, mais do que nunca, ' o que precisamos"+

6e//erson es/regou os ol!os" +%esmo assim, uma coisa que me preocupa ' quando os verdes escorregam para,como diria, seu lado mais trivial"""+

+Como a platitude de um bico de pato>+ uentes sorriu"

+O!, entendo seu !umor"


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+Ae4a, nos memes pr'1laran4as, a viol$ncia 2ou a ameaa de viol$ncia3 ' praticamente o Hnico camin!o parae0tinguir a viol$ncia"


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mas n#o ! dHvida quanto 9 categori:a#o !ierrquica de crescente capacidade para consci$ncia, cuidado ecompai0#o"+

+7is onde quero c!egar= Cada meme, ou onda geral de desenvolvimento, tem algo importante a nos di:er sobrecomo podemos e devemos interpretar a quest#o de causas e culpas deste evento particular" .pesar de que ummeme mais elevado, mais inclusivo, ten!a uma vis#o mais adequada da situa#o e portanto, mais precisa 2emboranunca se4a totalmente correta= isto n#o e0iste3, mesmo assim, cada meme nos di: algo sobre como outros @ e o

Outro @ podem ver o mundo em termos de quem culpar" 7sta ' a resposta geral de segunda1camada= sintaintuitivamente o que todas as di/erentes respostas t$m a nos di:er sobre a totalidade da realidade e sobre todos osseres !umanos nela imersos" %as a resposta de segunda1camada tamb'm compreende que o peso que deve serdado para cada uma dessas respostas e interpretaes ' mel!or avaliado pelo n(vel turquesa, uma ve: que esta ' amais alta onda de consci$ncia que, em m'dia, se pode encontrar e que, at' o momento, ' a mais signi/icativa 4atingida nos quatro quadrantes8 e, apresso1me a en/ati:ar, para que turquesa se4a genuinamente adequada, develevar em conta insig!ts de terceira1camada 2pelo menos como um estado, se n#o um n(vel3"+

+Lesa, voc$ pode e0plicar mel!or tudo isso> 7st t#o denso,+ solicitou a:elton"

+Tentarei daqui a pouco, 6oan" %as, antes, permita1me discorrer sobre o espectro das causas reais para o atoterrorista, sugerido por uma anlise de todos os memes" Primeiramente e acima de tudo, a parte do le#o da culpa/ica com os terroristas, pura e simplesmente" 7les nem sequer est#o representando valores vermel!os, mas simvalores vermel!os patolgicos ou e0tremistas" %esmo terroristas +saudveis+, se posso e0pressar1me assim,imediatamente condenaram seus atos" -asser .ra/at= G&nacreditvel &nacreditvel &nacreditvelG .quilo n#o eraracional"


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ocidental> .qui, como voc$s podem imaginar, a situa#o ' um pouco mais complicada e su4eita a enganos"+

Tradu#o de .ri KaMns/ord

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A Desconstrução Do World Trade Center - Ken Wilber