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A EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL: O SURGIMENTO DAS CRECHES E AS
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A INFÂNCIA
Carliani Portela do Carmo1
Rosana Carla Gonçalves Gomes Cintra Cintra 2
RESUMO:
Este artigo apresenta um estudo bibliográfico do processo de consolidação da Educação
Infantil no Brasil, desde a trajetória da criação das creches até as políticas públicas que hoje
compõem o nosso sistema de ensino. Teve como base teórica Nery (2012), Kishimoto (1986),
Ramos (2006), Oliveira (2009), Kuhlman Junior (1999). As formações das creches ocorrem
na primeira metade do século XIX após a revolução industrial e alguns séculos depois foram
surgindo algumas políticas públicas como a Constituição Federal de 1988, Estatuto da
Criança e do Adolescente e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A pesquisa
verificou que em séculos passados criança era enxergada como um adulto em miniatura e não
tinha um papel estabelecido na sociedade, hoje é reconhecida como um sujeito de direitos
mediante as políticas pública e a legislação brasileira. A Educação Infantil é a primeira etapa
da educação básica, registrada e amparada pela lei de nº 9.394 de 20 de dezembro 1996 e se
fundamenta numa concepção de criança como cidadã em processo de desenvolvimento onde
reconhece o sujeito como um ser ativo.
Palavras-chave: Educação Infantil; Brasil; Infância.
1 INTRODUÇÃO
Em séculos passados as crianças não eram vistas como cidadãos e eram tratadas
como adultos, tanto em suas vestimentas como nos a fazeres, desde o fim do século XVIII
existiam várias nomenclaturas que caracterizada o lugar onde as crianças permaneciam
enquanto os pais trabalhavam, não eram apenas as creches, eram chamados também de asilos,
escolinha, espaço recreativo e dentro outros. Durante a elaboração do artigo foi verificado os
motivos e as mudanças das transformações que aconteceram na Educação Infantil.
1Mestranda em Educação pelo PPGEdu/UFMS. Graduada em Pedagogia- Licenciatura pela UFMS. Membro do
Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Especial e Múltiplas Linguagens- GEPEMULT/CNPq. E-mail:
[email protected]. 2 Pós-doutorado na Universidade de Lisboa-Instituto de Educação/Psicologia da Educação. Professora Associado
da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS. Coordenadora da Linha de Pesquisa Educação,
psicologia e prática docente do Programa de Pós-graduação em Educação. E-mail
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Atualmente a Educação Infantil é compreendida pelo sistema Educacional brasileiro
como primeira etapa da Educação Básica responsável por atender crianças de zero a cinco
anos de idade que são inseridas em creches e pré-escolas. O direito ao ensino público e
gratuito é devido a elaboração de leis brasileiras como a Constituição Federal do Brasil de
1988 que reconhece do papel e dever do Estado e o direito da criança ser atendida na área
educacional.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação de nº. 9394/1996 regulamenta a Educação
Infantil e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de zero a cinco anos de
idade em seus vários aspectos, já o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
que é um documento educacional composto por três volumes, que desenvolve o papel de
auxiliar a prática pedagógica dos professores, e é baseado nas leis de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, ambos assuntos serão evidenciados e discutidos ao decorrer do artigo.
Este artigo tem como objetivo descrever o surgimento das creches no Brasil para
uma melhor compreensão da educação infantil e as políticas publica educacionais da infância
que estão em evidência hoje no nosso sistema a partir de uma revisão bibliográfica. O artigo
foi separado em quatro tópicos para uma melhor discussão teórica e análise bibliográfica. O
primeiro tópico aborda sobre os autores clássicos que contribuíram para a história educação,
não somente evidenciando a criança ou a educação infantil, mas no geral com suas ideias e
pensamentos que hoje são evidenciados e discutidos pelos acadêmicos, professores e
estudiosos. O segundo tópico versa sobre o surgimento das creches desde a revolução
industrial enfatizando o seu cunho assistencialista. O terceiro tópico apresenta um breve relato
sobre a escola nova enfatizando o papel socializador da escola enfatizado pelas leis. O quarto
tópico são as políticas públicas (Constituição de 1988, Estatuto da Criança e do Adolescente,
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e o Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil) onde é discutido cada política evidenciando a educação infantil e os
direitos da criança.
2 AUTORES CLÁSSICOS QUE CONTRIBUÍRAM PARA A CONSTRUÇÃO DO
SISTEMA DE ENSINO
Foi no século XVI que surgiu o pensamento pedagógico moderno e com ele a
concepção de infância que hoje conhecemos. Com o avanço do desenvolvimento científico e
tecnológico, houve a criação de escolas para crianças na Inglaterra, França e diversos países
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na Europa, destinado principalmente para as crianças socialmente favorecidas, sendo que as
mais pobres recebiam um atendimento diferenciado.
Ao tratar do Contexto da Educação Infantil se faz necessário citar, alguns grandes
autores clássicos e pioneiros que contribuíram com seus pensamentos pedagógicos para
construção do sistema de Ensino, citamos aqui então Comenius (1592- 1670), Pestalozzi
(1746-1827), Dewey (1859-1952), Rousseau (1712-1778), Froebel (1782-1852) e Vygotski
(1896-1934).
Comenius (João Amós Comenius) grande pedagogo e reconhecido por nos
apresentar a “Didática Magna”, esta obra é reconhecida mundialmente, pois aborda sobre
ideias políticas educacionais, ou seja, está obra foi idealizada como um método universal de
ensinar tudo a todos, com prazer e com chances de obter resultados. Para Comenius os
problemas educacionais se resolveriam se os métodos didáticos fossem esquematizados de
forma racional e ordenados.
Jean Jacques Rousseau foi um filósofo Social, teórico Político e escritor suíço suas
ideias voltadas para a educação centrou-se na infância na educação, para ele a infância era um
período distinto dos demais, pois apresenta várias experiências sociais. Rousseau vem quebrar
o conceito da criança como um adulto em miniatura, abordando que a criança tem idade
própria e o seu lugar na ordem das coisas.
Rousseau discorre a respeito da importância de ter definido os conceitos de
liberdade, propriedade e valorização da vida em si. Conceitos importantes para que a
criança entenda alguns valores necessários, como: respeitar o que pertence aos
outros, ter noção de espaço e de limites. Todos crescemos ouvindo muito a
expressão ‘sua liberdade termina onde começa o espaço do outro. (NERY, 2012, p.
07).
Dewey grande fundador da escola experimental, para ele as escolas deveriam ser
criativas, manuais e realizar diversos experimentos, assim os alunos teriam interesses pelos
estudos. Para Dewey os professores deveriam questionar os alunos e não dar respostas
imediatas, no intuito de construir um aluno crítico e que realizasse suas atividades com
sucesso. Segundo Cunha (2004, p. 47) Dewey acreditava que o dia de amanhã é uma
construção que se inicia no dia de hoje. Os cuidados com a vida presente das crianças, com
seu desenvolvimento e necessidades atuais constituem garantia suficiente para a educação do
homem futuro.
Froebel marcou a Educação, principalmente a Educação Infantil por criar os jardim
de infância (Kindergarten) construído e destinado para crianças com menos de seis anos de
idade, era um ambiente de aprendizado constituídos por jogos e brincadeiras onde as crianças
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estariam livres para aprender sobre si e sobre o mundo em que vivem. Ele foi o primeiro
pedagogo a romper com a ideia tradicionalista de ensino propondo uma educação mais
sensível e baseada na utilização de jogos, materiais didáticos e atividades mais didáticas
como: canto, jardinagem, modelagem, gravuras e dentre outros, gerando uma educação que
atendesse a natureza infantil.
Froebel considerava a Educação Infantil indispensável para a formação da criança -
e essa idéia foi aceita por grande parte dos teóricos da educação que vieram depois
dele. O objetivo das atividades nos jardins-de-infância era possibilitar brincadeiras
criativas. As atividades e o material escolar eram determinados de antemão, para
oferecer o máximo de oportunidades de tirar proveito educativo da atividade lúdica.
Froebel desenhou círculos, esferas, cubos e outros objetos que tinham por objetivo
estimular o aprendizado. (SANTOS, 2013, p. 04).
Pestalozzi afirmava que a Educação não deveria ser imposta, pois o objeto de
aprendizado é o movimento da consciência do próprio indivíduo. Para ele a maior e mais
duradoura educação era a que aquele recebida na casa dos pais, acreditava que a educação
moral era uma obra de amor e de fé a qual a criança despertava uma obediência pré
estabelecida por Deus. Pestalozzi considerava a criança como um ser puro, com um essência
agradável e a criança deveria fazer as coisas por sí própria, formando suas ideias mediante os
atos que executa todos os dias.
Desse modo, o aprendizado seria, em grande parte, conduzido pelo próprio aluno,
com base na experimentação prática e na vivência intelectual, sensorial e emocional
do conhecimento. É a idéia do "aprender fazendo", amplamente incorporada pela
maioria das escolas pedagógicas posteriores a Pestalozzi. O método deveria partir do
conhecido para o novo e do concreto para o abstrato, com ênfase na ação e na
percepção dos objetos, mais do que nas palavras. O que importava não era tanto o
conteúdo, mas o desenvolvimento das habilidades e dos valores. (FERRARI, 2008,
p. 05).
Vygotski estudou diversas áreas, porém se destacou mais em Filosofia e
principalmente na Psicologia, para ele a criança é sujeito com diversas possibilidades de
interação com o meio, com capacidade de criar e recriar a sociedade por ser um ser cultural e
histórico. Fundador da Teoria Histórico Cultural a qual defende que os mecanismos
biológicos da criança agem de maneira dominante sobre elas, porém não por muito tempo
devido a influência do meio (social) em que vive. Vygotski estudou o desenvolvimento
humano, o aprendizado e as relações entre desenvolvimento e aprendizado envolvendo,
imaginação, jogos e brinquedos.
O brincar prepara para futuras atividades de trabalho: evoca atenção e concentração
estimula a auto estima e ajuda a desenvolver relações de confiança consigo e com os
outros. Colabora para que a criança trabalhe sua relação com o mundo, dividindo
espaços e experiências com outras pessoas. (ROLIM; GUERRA; TASSIGNY, 2008,
p. 02).
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Vygotski sempre evidenciou as relações sociais e como elas eram importantes para o
desenvolvimento e aprendizagem do ser humano, pois ao nos relacionarmos conhecemos
diversas maneiras de ver o mundo, podendo assim conhecer novos lugares, novas culturas e
desenvolver outros instrumentos para modificar o meio.
3 EDUCAÇÃO INFANTIL: SURGIMENTO DOS ASILOS (CRECHES)
Tomando como base a Constituição Federal de 1988 para explanar sobre a Educação
Infantil, o sistema de educação das crianças dos dias atuais tem uma longa trajetória sócia
histórica, pois para cada momento há uma história e, cada momento histórico se caracteriza de
uma maneira distinta.
Devidos às várias concepções de infância e um exemplo, bem conhecido de
concepção de infância foi durante a Idade Média onde até o final deste período as crianças
eram reconhecidas como adultos em miniaturas e não tinham direito de brincar, sonhar,
fantasiar, eram tratadas como se tivessem as mesmas obrigações de um adulto, frequentavam
as mesmas festas, bebiam e observavam senas de sexos.
O surgimento das instituições se deu na Europa em meados do século XIX, após a
Revolução Industrial, logo ocorreram mudanças na sociedade, houve uma expansão da
urbanização e o sistema capitalista estava se consolidando com o processo de industrialização.
Desta forma houve a necessidade das mulheres das classes desfavorecidas trabalharem nas
fábricas, onde até então, umas das suas tarefas era cuidar dos filhos. Sendo assim, ao trabalhar
elas não tinham com quem deixar os filhos no período em que estavam no trabalho, surgiram
então as primeiras instituições que abrigavam as crianças oriundas de mães trabalhadoras,
essas instituições eram denominada como creche.
Somente por meio da Lei do Ventre Livre, promulgada em 28 de setembro de 1871
que surgiram os asilos (creches) no Brasil, a finalidade desta lei era educar das crianças nos
moldes disciplinadores dos franceses. As crianças que compunham esses asilos eram filhos de
operários.
A creche, para crianças de 0 a 3 anos, foi vista como muito mais do que um
aperfeiçoamento das casas dos expostos, que recebiam as crianças abandonadas;
pelo contrário, foi apresentada em substituição ou oposição a estas, para que as mães
não abandonassem suas crianças (KUHLMANN JUNIOR, 1999, p. 82).
Percebe-se que esses asilos (creches) tinham como objetivo o adestramentos das
crianças, como não havia nenhum tipo de fiscalização naquela época esses asilos se
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espalharam. Kishimoto (1986) em um dos seus trabalhos, fez uma menção ao relato do
inspetor Kuhman com relação as creches que se proliferaram no período republicano, onde as
crianças eram atendidas em condições totalmente desfavoráveis.
O estabelecimento que visitei é uma espécie de creche, onde os operários depositam
seus filhos enquanto permanecem nas fábricas. No fim do dia, a proprietária do asilo
recebe de 100 ou 200 réis de cada pai pelos filhos abelgados.... A péssima instalação
da creche, a promiscuidade anti-higiênica de 30 crianças, quase todas com menos de
5 anos, as fisionomias esquálidas daqueles pequenos mal alimentados, a atitude
insensível do vigilante, tudo isso provocou em meu espírito algumas considerações
sobre os benefícios que produziria a instalação de Creches nas vizinhanças das
fábricas... (KISHIMOTO, 1986, p. 39 apud RAMOS, 2006, p. 23).
Segundo Kuhlmann Jr (1999) a primeira Instituição brasileira que tinha vínculo ao
setor fabril foi à creche da Companhia de Fiação e Tecido Corcovado, seu lócus era a cidade
do Rio de Janeiro. Foi fundada em 13 de novembro de 1899 com condições ainda precárias
para atender as crianças, com apenas vinte leitos atendia cerca de quarenta crianças, mas
assegurava aos lactentes serem amamentados pelas mães.
Façam com que a escola seja realmente escola e que a fábrica não seja um cárcere e
terão, então, uma geração apenas composta por homens úteis; úteis porque farão
obra profícua nas artes liberais e porque darão à fábrica o que lhe falta: a dignidade,
o reconhecimento de sua função indispensável, a equiparação do operário a qualquer
outro profissional. (MONASTA, 2010, p. 59).
Apesar dos maus tratos que as crianças recebiam nos períodos em que permaneciam
nas creches devidas as condições precárias de assistencialismo e a má formação das pessoas
responsáveis por elas, essa era uma das únicas opções que os pais encontravam para deixar as
crianças enquanto trabalhavam, era um mal que servia para o bem. Infelizmente até o final de
1930 a creche não era uma instituição reconhecida, como nos dias de hoje, nem os pais e
muito menos as crianças tinham o direito a um ensino ou estrutura de qualidade, como aborda
Bujes:
A educação Infantil, tal como a conhecemos hoje, é o efeito de uma aliança
estratégica entre os aparelhos administrativos, médico, jurídico e educacional –
incluídas aqui família e escola – devidamente assessorados por um saber científico.
Ainda que tal aliança não exista a partir de uma intencionalidade prévia, ela tem por
finalidade o governo da infância, a fabricação do sujeito infantil. (BUJES, 2002, p.
42).
Não mais tardiamente, o presidente Getúlio Vargas, a partir da promulgação da lei de
nº 5.452, de 1º de maio de 1943 pediu para as empresas abrigarem os filhos das operárias
durante o período em que as mesmas tivessem amamentando seus filhos, essa legislação era
válido para as empresas que com mais de trinta empregados acima de dezesseis anos de idade.
Podemos perceber aqui o começo da inserção governamental com relação a área educacional,
mesma na sua ineficiência.
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A justificativa da existência das creches ainda era de atender as necessidades da mãe
trabalhadora que deixava a criança aos cuidados de outras pessoas por falta de alternativas,
porém durante a década de 1970 ocorreram algumas mudanças, o mercado de trabalho se
expandiu, com isso apareceu também reinvindicações de melhoramento com relação aos
espaços que as crianças permaneciam, tanto pelas trabalhadoras das fábricas, empregadas
domésticas como por funcionários públicos, professores e liberais foi criando força, os
profissionais de saúde começaram a se preocupar também, médios e sanitaristas defendiam as
creches a partir de uma visão higienista, porém não enxergavam a necessidade da educação,
sendo satisfatório apenas a alimentação e higiene.
Ainda nos anos 70 o Estado começou a enxergar e discutir sobre a Educação das
crianças abaixo de seis anos de idade entre os responsáveis pelo sistema educacional, porém
eles ainda consideram a creche como um favor prestado a família. No ano de 1975 a ONU
decretou o ano Internacional da Mulher, com isso criou-se e espalharam-se vários
movimentos feministas que reivindicaram criação de creches que receberam apoio de partidos
políticos, associações de moradores e alguns grupos religiosos, foi criado na cidade de São
Paulo no ano de 1979 no movimento de Luta por Creches, na qual sua principal reivindicação
era que o Estado criasse creches públicas para atender a população. Devemos considerar que
nesse período a educação ainda não era um direito da criança, não havia caráter obrigatório e
nem gratuito, era um direito da mulher trabalhadora. Hoje infelizmente muitas pessoas ainda
não reconhecem que as crianças tem o esse direito devido a essa trajetória que houve no
passado.
As eleições estaduais e municipais no processo de abertura política dos anos 80
favoreceram o aumento das pressões sociais para que o Estado reconhecesse a
educação das crianças como responsabilidade e dever. Naqueles anos, a
reivindicação por creches esteve presente no clamor das manifestações populares de
educadores e trabalhadores, atos feministas e eventos artísticos. (RAMOS, 2006, p.
26).
Percebemos que o modelo de creche era de cunho assistencialista e nos anos oitenta a
população começa a cobrar do Estado uma educação pública, mesmo que ainda não seja do
direito da criança, mas da mulher trabalhadora. “Sempre que temos em mente a discussão
dum novo movimento educativo, é especialmente necessário que adoptemos o ponto de vista
mais amplo, ou social” (DEWEY, 2002, p. 14). Dewey nos chama a atenção nessa frase para a
concepção de uma nova educação, onde não poderia ser de caráter isolado ou ser um assunto
que brota em mentes e fica na fantasia, mas para ele a educação deveria fazer parte de uma
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evolução social. Assim podemos observar como aconteceu o engatinhar do processo do
sistema da educação infantil até chegar ao modelo de hoje.
4 BREVE RELATO SOBRE A NOVA ESCOLA
Na década de 30 houve um movimento de educadores brasileiros que buscavam
novas ideias pedagógicas em relação às práticas e conceitos escolares já existentes, cujo nome
denominou escola nova. Esse movimento foi tão significativo que alguns de seus aspectos
podem sem verificados nas reformas educacionais brasileiras dos anos 90 como, por exemplo,
a função socializadora da escola presente, cuja questão será o de enfoque neste tópico.
Após a revolução industrial houve um grande impacto social, principalmente na área
educacional, aumentou a busca por qualidade e competividade o que forçava a criação e
incorporação de tecnologias mais modernas e sofisticadas exigindo diretamente dos
indivíduos qualificação adequação.
O propósito do Movimento da escola nova era de uma educação escola cuja função
era baseada em construir um novo tipo de homem com um novo ideal civilizatório que se
inserisse na sociedade industrial que estava nascendo, ou seja, a educação estava assumindo
novas formas. “Foi no ponto de vista de sua função socializadora que a educação passou,
então, a ser encarada como uma ‘adaptação ao meio social, um processo pelo qual o indivíduo
penetra na civilização ambiente’ (MANIFESTO..., 1932, p. 26). Sendo assim, não somente a
vida, mais a educação também tinham um significado importante e a criança também estava
inclusa nesta oferta de educação.
A criança um meio vivo e natural, favorável ao intercâmbio de relações e
experiências, em que ela, vivendo a sua vida própria, generosa e bela de criança, seja
levada ao trabalho e à ação por meios naturais que a vida suscita quando o trabalho e
a ação convêm aos seus interesses e às suas necessidades. (MANIFESTO..., 1932, p.
54).
A escola nova pretendia incorporar também a população infantil, reconhecendo todo
os indivíduos cujo os mesmos tempo o direito de serem educados até onde permitia suas
aptidões naturais, sem contestar suas origens econômicas ou sociais. Sendo assim, tanto na
escola nova até nas reformas atuais podemos observar que a partir das leis vem atribuído as
instituições a função socializadora.
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4.1 POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS
As políticas públicas educacionais amparadas por leis se emergiram no intuito de
contribuir para a melhoria da educação, no sentido oferecer educação de qualidade,
observando e respeitando o desenvolvimento das crianças. Trataremos aqui das leis que
surgiram ao decorrer dos anos com o objetivo de amparar as crianças a partir da educação e o
seu desenvolvimento. As leis surgiram no sentido de avanço, com o objetivo de garantir o
acesso a todos há instituições de ensino onde haveria qualidade no ensino. Documentos como
a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) começam abordar em
seus corpos sobre uma nova concepção de criança, enxergando- a como um ser histórico
social, que merece ser educado e que necessita de cuidados.
A Constituição Federal de 1988 é um dos documentos brasileiros que apresenta
contribuições para garantia dos direitos dos brasileiros. Foi elaborado a partir de um
movimento de discussões populares e sofreu intensificação durante o regime militar. Ao tratar
da Educação Infantil a Constituição Federal de 1988 aborda que é obrigação do Estado ofertar
a educação para as crianças de zero a cinco anos de idade: “Artigo 208. O dever do Estado
com a educação será efetivado mediante a garantia de: IV - educação infantil, em creche e
pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade.” (BRASIL, 1988).
Pensando-se me uma lei federal de abrangesse os direitos da criança e do adolescente
em todo o Brasil no intuito de alongar os direitos a Constituição Federal de 1988 e colocar em
evidência os instrumentos jurídicos políticos, socioeducativos e protetivos, criou-se o Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA), cuja lei é de número 8.069 de 13 de junho de 1990.
A promulgação do ECA não se constitui em excesso de direitos às crianças e
adolescentes, como algumas pessoas e setores pensam e divulgam. Na verdade, no
momento de sua elaboração, em muitos aspectos nossas crianças e adolescentes
contavam com menos direitos e garantias do que a população adulta. Além disso, o
ECA veio legalmente reconhecer a criança e o adolescente como pessoas em
condições peculiares de desenvolvimento. Ou seja, não podem mesmo ser
considerados adultos, pois não são adultos. Não possuem o mesmo conhecimento
sobre a dinâmica e o funcionamento da sociedade e de suas instituições. Não
possuem o mesmo poder de negociação, de organização e de reivindicação e seus
direitos. Por isso, eles devem estar garantidos em uma lei especial, como o ECA.
(RAMOS, 2006, p. 33).
O ECA possui uma estrutura fundamentada em atender medidas como o conselho
tutelar, acesso jurisdicional e apuração de atos infracionais. Este estatuto estabelece direitos
para os cidadãos considerados por eles em uma determinada faixa etária. Vale ressaltar que,
para o ECA considera-se criança o cidadão com até doze anos de idade incompletos e
adolescente aqueles com idade entre doze a dezoito anos, porém o estatuto abrange
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excepcionalmente cidadãos com até vinte e um anos, mediante algumas situações. Alguns
dos objetivos do estatuário é desenvolvimento, moral, físico, mental, social sem nenhuma
forma distinção de raça, cor ou classe social.
Com a chegada dessa lei as crianças e os adolescentes passaram a ter os seus direitos
humanos reconhecidos em formas jurídicas, estabelecendo um sistema de políticas públicas
voltadas para infância tendo como o principal objetivo a fiscalização e a não violação desses
direitos formulado para as crianças. A criança neste momento passa a ser reconhecida como
um ser que além de ter direitos humanos, tem o direito de opinar, escolher, conhecer, sonhar,
interpretar, reconhecendo o seu lugar na sociedade e fazer parte dela. Sendo assim a criança e
o adolescente tem a possibilidade de enxergar seu potencial para transformar e/ou recriar a
sociedade, evidenciando sempre os seus direitos a liberdade de expressão, respeito a religião,
ao corpo, as crenças e dentre outros.
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade
como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos
civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as
restrições legais;
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso;
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física,
psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem,
da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos
pessoais.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os
a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor. (BRASIL, 1990).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) desde a sua concepção sofreu
algumas sanções, a primeira aconteceu em 1961 (lei nº 4.024/61) à última, em 1996, (lei nº
9.394/96), todas essas mudanças ocorreram por conta das estruturas e normatização do
sistema educacional brasileiro que sofreram alterações. Devemos considerar que a LDB foi
construída tendo por base a Constituição de 1988 que reconheceu como direito da criança
pequena o acesso à Educação Infantil.
As diretrizes e bases da educação brasileira foi e ainda é analisada em determinados
períodos conforme a necessidade da educação brasileira e em seu contexto histórico e coloca
a criança mais uma vez como sujeito de direito. Em seu corpo a LDB aborda pontos
importantes com relação a Educação infantil, ressalta o dever do Estado em ofertar a educação
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para as crianças de zero a cinco anos de idade no artigo 4, ou seja, a família pode optar em
partilhar com o Estado a educação e o cuidado das crianças que de agora em diante são
contempladas por vagas em creches e pré escolas próximas de suas casas e logo mais no
artigo 29 define a Educação Infantil:
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a
garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de
idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade;
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais
próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro)
anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família
e da comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade. (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996). (BRASIL, 1996).
A LDB reconhece as creches e pré-escolas, como lócus onde as crianças
permanecem com profissionais que devem estar preparados a desempenhar um papel
importante no desenvolvimento e educação das crianças, constatando assim que a educação se
inicia nos primeiros anos de vida e o papel das creches e pré- escolas são fundamentais
juntamente com a família. A lei propõe a reorganização da educação, flexibilizando o
funcionamento de creche e pré-escola, permitindo a adoção de diferentes formas de
organização e prática pedagógica.
Tal inclusão da creche no sistema de ensino requer investimentos em educação
permanente e nas condições de trabalho de seus educadores. Requer ainda repensar o
modelo internalizado pelos educadores sobre o que é uma instituição escolar para a
faixa etária de 0 a 6 anos. Para muitos este deve aproximar-se de um modelo
[antiquado mas em muitos lugares ainda não ultrapassado] de ensino fundamental
com a presença de rituais [formaturas, suspensões, lições de casa], longos períodos
de imobilidade e de atenção a uma única fonte de estímulos. Mas a creche envolve
novas concepções de espaço físico, nova organização de atividades e o repensar
rotinas e, especialmente, modificar a relação educador-criança e a relação creche-
família. (OLIVEIRA, 2009, p. 82).
As diretrizes no artigo 18 desafiam os municípios com relação ao atendimento das
crianças de zero a cinco anos de idade em ações educativas, porém é considerável que o
mesmo não tem condições de atender esse desafio pois sua política municipal está integrada a
política estadual e nacional:
Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de educação infantil, criadas e
mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino.
Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem:
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I - as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil mantidas pelo
Poder Público municipal;
Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas
respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos,
compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento
do ensino público.
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não
será considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que
a transferir. (BRASIL, 1996).
É importante ressaltar sobre a avaliação contínua a qual a LDB traz no artigo 31.
Essa avaliação deve ser interpretada mediante as condições apresentadas nos registros de
acompanhamento do desenvolvimento das crianças com o professor auxiliando em suas
dificuldades durante a permanência delas na instituição, a lei considera alguns requisitos
significativos para a organização e a avaliação da educação infantil:
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras
comuns: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças,
sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;
(Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um
mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; (Incluído pela Lei nº
12.796, de 2013)
III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno
parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; (Incluído pela Lei nº 12.796,
de 2013)
IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a
frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; (Incluído pela
Lei nº 12.796, de 2013)
V - expedição de documentação que permita atestar os processos de
desenvolvimento e aprendizagem da criança. (BRASIL, 1996).
Podemos considerar que a LDB surgiu para traçar os princípios educacionais e
regulamentar diversas áreas do sistema educacional, pois de uma forma geral essa lei trata de
diversas áreas: educação; princípios e fins da educação nacional; níveis e modalidades de
educação e ensino; educação infantil; ensino fundamental; ensino médio; educação
profissional técnica; educação de jovens e adultos e dentre outros, porém nesta parte do artigo
focamos na questão da educação infantil que é o assunto principal no qual estamos tratando
onde diz a respeito de uma educação pública, gratuita e de qualidade, onde promove o
desenvolvimento integral da criança com idade de até cinco anos de idade em seus a seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade, essa educação deve ter um lócus, com profissionais capacitados respeitando os
direitos das crianças e os critérios de organizações das políticas públicas educacionais, todas
as instituições educacionais, sejam elas públicas ou privadas devem seguir esta lei “ As
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creches e pré-escolas existentes ou que venham a ser criadas deverão, no prazo de três anos, a
contar da publicação desta Lei, integrar-se ao respectivo sistema de ensino.” (BRASIL, 1996).
Por fim a última política a ser trata nesse artigo será o Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) o qual é um documento desenvolvido pelo MEC
no ano de 1998 que contempla três volumes, cada um deles trata a respeito da educação
infantil nas suas especificidades, contempla desde um breve histórico respeito das creches e
pré-escolas no Brasil e faz algumas considerações sobre o educar e cuidar, as concepções e
princípios sobre o desenvolvimento humano e social na educação infantil envolvendo o
brincar, as questões sociais e de identidade até a construção de uma proposta pedagógica para
uma determina faixa etária.
O referencial não é um dicionário para o professor seguir ou algo do tipo, ele apenas
orienta o professor em diversos aspectos no sentido de oferecer propostas de estudos de
qualidade para as crianças.
Este documento de forma geral é um conjunto de referências e orientações
pedagógicas, como a sua própria nomeação já diz “Referencial”, cuja função visa contribuir
com a inserção de diversas práticas educativas que no intuito de promover e contribuir para as
condições necessárias para o exercício da cidadania das crianças que estão nas instituições
brasileiras, porém não significa sucesso nas práticas pedagógicas de ensino dos professores. O
que deve ser lembrado aqui é que antes da criação deste documento não existia nenhum
documento escrito em âmbito federal que tratasse da educação infantil respeitando o que está
colocado nos artigos da LDB.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo buscou contemplar a trajetória do surgimento das creches ancorada com a
elaboração de algumas leis educacionais e para a infância, reconhecendo os direitos que hoje
as crianças possuem. Podemos perceber em meio a uma comparação entre os séculos XVIII e
o século XXI que os tempos são outros devido as novas concepções de infância, as lutas por
novos direitos e a elaboração de novas leis.
Logo após a revolução industrial, houve o surgimento das creches e as mesmas e
foram marcadas por uma imagem de descriminação, pois as crianças não recebiam cuidado e
educação por parte do Estado, isso foi acontecer anos depois.
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Por meio da das análises deste artigos podemos evidenciar dentro de um contexto
histórico brasileiro que a constituição brasileira de 1988 concebeu a Educação Infantil como
um direito da criança, a LDB a regulamenta e a faz ser a primeira etapa da educação básica e
é dever dos pais matricular seus filhos! Como auxilio pedagógico para os professores existe o
Referencial Curricular Nacional que se baseia nas leis e nos direitos das crianças. O ECA é a
lei que ampara das crianças e adolescentes englobando vários direitos.
Hoje a criança é considerada um sujeito ativo, em desenvolvimento, possuidora de
direitos e deveres, que deve ser respeitada e cuidada. Saber sobre a trajetória da Educação
Infantil e da infância se faz importante devido a história que se repercutiu. Por fim, podemos
considerar que a Educação Infantil nunca foi uma prioridade para o Brasil, sempre foi
considerado um objeto de segundo plano com discursos políticos de melhorias ao atendimento
e qualidade aos cidadãos.
6 REFERÊNCIAS
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