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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UNB FACULDADE DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO – FCI
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
A ELITE DA COMUNIDADE CIENTÍFICA DAS ÁREAS DE INFORMAÇÃO NO BRASIL NO PERÍODO DE 1972 A 2011: perfil dos autores mais produtivos.
MARLA DE SOUZA CORREIA
BRASÍLIA – DF 2014
MARLA DE SOUZA CORREIA
A ELITE DA COMUNIDADE CIENTÍFICA DAS ÁREAS DE INFORMAÇÃO NO BRASIL NO PERÍODO DE 1972 A 2011: perfil dos autores mais produtivos.
Monografia apresentada na Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de Brasília – UnB, como parte das exigências da conclusão do curso de Graduação em Biblioteconomia. Orientador Prof. Jayme Leiro Vilan Filho.
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UNB BRASÍLIA – DF
2014
Correia, Marla de Souza.
A elite da comunidade científica das áreas de informação no Brasil no período de 1972 a 2011: perfil dos autores mais produtivos/ Marla de Souza Correia. -2014. 49 f. Orientador: Jayme Leiro Vilan Filho. Monografia (Graduação) – Universidade de Brasília, Faculdade de Ciência da Informação, 2014. 1. Produção científica 2. Elite produtora. 3. Perfil de autoria. 4. Colaboração científica 5. Áreas de informação I. Correia, Marla de Souza. II. Título
Universidade de Brasília | Faculdade de Ciência da Informação
Edifício da Biblioteca Central (BCE) – Entrada Leste – Campus Universitário Darcy Ribeiro – Asa
Norte – Brasília, DF CEP 70910-900 – Tel.: +55 (61) 3107-2634 – Fax: +55 (61) 3107-2651 – E-mail:
Título: A elite da comunidade científica das áreas de informação no Brasil no
período de 1972 a 2011: perfil dos autores mais produtivos.
Aluna: Marla de Souza Correia.
Monografia apresentada à Faculdade de Ciência da Informação da Universidade de
Brasília, como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Bacharel em
Biblioteconomia.
Brasília, 04 de julho de 2014.
Jayme Leiro Vilan Filho – Orientador
Professor da Faculdade de Ciência da Informação (UnB)
Doutor em Ciência da Informação
Suzana Pinheiro Machado Mueller
Professor da Faculdade de Ciência da Informação
Doutora em Information Studies pela University of Sheffield
Valmira Perucchi
Bibliotecária do Instituto Federal da Paraíba
Mestre em Ciência da Informação (UFPB)
Jonathan Rosa Moreira – Membro externo
Mestre em Gestão do Conhecimento e Tecnologia da Informação (UCB)
Oficial do Exercito Brasileiro
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por estar presente em minha vida e sempre ter provido e
me direcionado em tudo.
Aos meus pais pelo carinho, apoio, por terem me ensinado o valor do estudo
e, sobretudo por me ensinar o Caminho em que se deve andar.
A dois casais, Edson Vieira Monteiro, Ana Zélia Queiroz Vieira, Maria Joana e
Adilson que me acolheram em suas casas por um período do curso e me
proporcionaram conforto, afeto e segurança tanto quanto a minha própria família me
proporcionaria.
A cada professor, em especial o professor Jayme Leiro Vilan Filho, e aos
colegas que trilharam comigo essa jornada e me fizeram crescer e cresceram
comigo.
“Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência.” (Henry Ford)
RESUMO
Esta pesquisa estuda os membros que formam a elite da comunidade científica das
áreas de informação no Brasil no período de 1972 a 2011. O universo deste estudo
compreende toda a população da elite, os 65 autores identificados em estudos
anteriores. Descreve características dos autores que se referem ao gênero, a área
em que se formaram na graduação, no mestrado e no doutorado, o tempo decorrido
desde o doutorado, se estavam em exercícios de atividades científicas, além do
percentual de autoria múltipla dos artigos de sua autoria. Tais dados têm como fonte
as bases de dados ABCDM e BRAPCI, os currículos da Plataforma Lattes/CNPq e
os próprios autores. Os resultados identificam a maior parte da elite da comunidade
científica das áreas de informação como doutores, de 10 a 19 anos de término do
doutorado, nas áreas de Ciências Sociais Aplicadas, de sexo feminino, que ainda
exerciam atividades científicas e têm a média de 52,7% de autoria múltipla em sua
produção científica.
Palavras-chave: Produção científica. Elite produtora. Perfil de autoria. Colaboração
científica. Áreas de informação. Bibliometria.
ABSTRACT
This research studies the members who form the elite of the scientific community in
the areas of information in Brazil during the period from 1972 to 2011. The universe
of this study includes the entire population of the elite, the 65 authors identified in
previous studies. Describes characteristics of the authors that refer to the genre, the
area in which formed in undergraduate, master's and PhDs, the elapsed time since
the doctorate, if they were in scientific activities, and the percentage of multiple
authorship of his own articles. The source of data was the ABCDM and BRAPCI
databases, the resumes of the Plataforma Lattes/CNPq and the authors themselves.
The results identify most of the elite of the scientific community in the areas of
information as doctors with 10 to 19 years of completion of the doctorate in the areas
of applied social sciences, female, and still executing scientific activities and have
averaged 52.7% of multiple authoring in their scientific production.
Keywords: Scientific production. Productive elite. Authoring profile; Scientific
collaboration. Information areas. Bibliometrics.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AI Áreas de Informação
ABCDM Arquivologia, Biblioteconomia, Ciência da Informação, Documentação e
Museologia
BRAPCI Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Gênero dos autores da elite da AI (1972-2011).........................................29
Tabela 2: Áreas de graduação dos autores da elite AI (1972-2011).........................29
Tabela 3: Áreas de mestrado dos autores da elite AI (1972-2011)...........................30
Tabela 4: Áreas do doutorado dos autores da elite AI (1972-2011)..........................31
Tabela 5: Tempo decorrido desde o doutorado até 2011 da elite científica AI (em anos) ...........................................................................................33
Tabela 6: Tempo decorrido desde o doutorado até 2011 da elite científica AI (int. anos)....................................................................................................34
Tabela 7: Atividade dos autores da elite da AI em 2011............................................35
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Áreas de graduação dos autores da elite AI (1972-2011).........................30
Gráfico 2: Áreas de mestrado dos autores da elite AI (1972-2011)...........................31
Gráfico 3: Áreas de doutorado dos autores da elite AI (1972-2011)..........................32
Gráfico 4: Tempo decorrido desde o doutorado até 2011 da elite científica AI (em anos)..................................................................................................34
Gráfico 5: Tempo decorrido desde o doutorado até 2011 da elite científica AI (int. anos)..................................................................................................34
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 13
2 OBJETIVOS............ ............................................................................................... 14
2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 14
2.2 Objetivos Específicos........................................................................................14
3 PROBLEMA ........................................................................................................... 14
4 JUSTIFICATIVA......................................................................................................15
5 REVISÃO................................................................................................................16
5.1 Literatura científica...........................................................................................16
5.2 Autoria, colaboração e autoria múltipla...................…......................................18
5.3 Comunidade científica nas áreas de informação.............................................19
5.4 Bibliometria e elitismo.......................................................................................20
5.5 A elite da comunidade científica nas áreas de informação no Brasil...............21
5.6 Fontes da pesquisa..........................................................................................22
6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................................................24
7 DESENVOLVIMENTO............................................................................................27
7.1 Seleção.........................…................................................................................27
7.2 Coleta de dados...............................................................................................27
7.3 Preenchimento da planilha eletrônica..............................................................28
7.4 Análise de dados..............................................................................................28
7.5 Tabelas e gráficos............................................................................................28
8 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS................................................................29
8.1 Gênero (GEN)..................................................................................................29
8.2 Áreas da primeira graduação (GRA)................................................................29
8.3 Áreas do Mestrado (MES)................................................................................30
8.4 Áreas do Doutorado (DOU)..............................................................................31
8.5 Tempo decorrido desde o doutorado até 2011 (TDD).....................................32
8.6 Atividade (ATV)................................................................................................35
8.7 Percentual de Autoria Múltipla (PAM)..............................................................35
8.8 Análise dos resultados.....................................................................................36
9 CONCLUSÕES.....................................................................................................37
Referências Bibliográficas.................................................................................38
APÊNDICE A........................................................................................................41
APÊNDICE B........................................................................................................44
APÊNDICE C........................................................................................................47
13
1 INTRODUÇÃO
Esta monografia é realizada como requisito para a conclusão do curso de
Bacharelado em Biblioteconomia da Faculdade da Ciência de Informação (FCI) da
Universidade de Brasília (UnB). Procura aprofundar o conhecimento sobre a elite da
comunidade científica das áreas de informação no período de 1972 a 2011. Tal elite
representa o conjunto de autores mais produtivos de uma comunidade e é obtida
pela raiz quadrada de toda a população da comunidade científica da área
(ALVARADO 2002, p. 14).
As áreas de informação analisadas no âmbito deste trabalho são
Arquivologia, Biblioteconomia, Ciência da Informação, Documentação e Museologia,
conforme apresentado por Vilan Filho (2010, p. 15).
A partir do estudo de Santos (2013), conhecemos a elite da comunidade
científica no Brasil nas áreas de informação no período de 1972 a 2011, que é
formada por 65 autores. Para traçar o perfil dos autores mais produtivos este estudo
investiga: o gênero, as áreas de formação (graduação, mestrado e doutorado),
quanto tempo se passou desde que concluíram o doutorado, a porcentagem de
autoria múltipla em seus artigos, se estavam em atividade em 2011.
A estrutura desta monografia é composta por itens relacionados com
objetivos, problema, justificativa, revisão de literatura, metodologia, os
procedimentos realizados na execução, os dados encontrados e a análise deles.
14
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Pretende-se neste trabalho identificar o perfil dos autores da elite, ou seja, os
que mais produziram artigos científicos em periódicos brasileiros das áreas de
informação, publicados e incluídos na base ABCDM no período de 1972 a 2011.
2.2 Objetivos específicos
Em relação aos autores, pretende-se identificar:
1. O gênero;
2. As áreas de origem da primeira graduação, do mestrado e do doutorado;
3. O tempo decorrido desde a conclusão do doutorado a 2011;
4. Se estavam em atividade em 2011; e
5. A porcentagem de autoria múltipla.
3 PROBLEMA
Após consultar as bases de dados BRAPCI e SCIELO e o Portal de
Periódicos da Capes não foi encontrada nenhuma pesquisa sobre o perfil do autor
da elite da comunidade científica das áreas de informação. A falta de pesquisas
sobre as características dos autores mais produtivos da comunidade científica das
áreas de informação não permite aprofundar o conhecimento no processo de
produção do conhecimento da área. Não permite, por exemplo, saber quais
especificidades individuais, estruturas e relações sociais dos autores que
escreveram boa parte da literatura científica da área. Portanto não há subsídios,
para tomadas de decisão relacionadas às iniciativas de incentivo ao
desenvolvimento da carreira científica, nem para servir de parâmetro aos
pesquisadores e estudantes da área que pretendem seguir a carreira.
15
4 JUSTIFICATIVA
Ziman (1978), Solla Price (1976) e Kuhn (1996) concordam que “fazer ciência”
é uma atividade realizada em coletividade. Em concordância com eles Rodrigues
Júnior (2002, p. 134) alega que a ciência não é construída por indivíduos e sim por
um grupo que é denominado comunidade científica.
Os estudos sobre a comunidade científica permitem aprofundar o
conhecimento sobre a produção científica:
Os estudos sobre as características: dos indivíduos, do comportamento, da estrutura, da comunicação e das relações sociais da comunidade científica são importantes porque aprofundam o conhecimento sobre a produção
científica (HEY, [s. d.], p. 14).
Segundo Rodrigues Júnior (2002, p. 134):
o conhecimento científico, em alguma medida, está sujeito às formas como se organizam os grupos científicos e como eles se acoplam ao contexto social circundante.
Kuhn (1977, p. 24) afirma que:
... o conhecimento científico é intrinsecamente um produto de grupo e que nem a sua peculiar eficácia nem a maneira como se desenvolve se compreenderão sem referência à natureza especial dos grupos que a produzem.
Considerando que a elite da comunidade científica é responsável pela metade
da produção literária da comunidade científica (ALVARADO 2002, p. 14), o estudo
da comunidade científica e de sua elite permitem aprofundar o conhecimento sobre
a produção científica, resultando em subsídios para políticas de apoio e
desenvolvimento à ciência e tecnologia. Segundo Ferreira; Fernandez (1982, p. 43):
é enfatizada a importância de estudos condizentes com o conhecimento sobre o desenvolvimento da comunidade científica como um elemento de decisão para planejamento nacional nas áreas de ciência e tecnologia....
16
5 REVISÃO
Na idade média os estudiosos procuraram explicar os fenômenos naturais e
anomalias do estado de conhecimento, por meio de dedução e argumentação. Após
o séc. XVI, na idade moderna, a sociedade científica utilizava-se de resultados de
observações e experiências empíricas que demonstravam evidências para provar o
conhecimento como científico (MUELLER 2000, p. 69).
No século XVII a dedução deixou de ser aceita como método principal de
pesquisa, e a comunidade científica começa a exigir observação e experiência
empírica para basear evidências que os conhecimentos pudessem ser considerados
científicos e confiáveis (MUELLER, 2000, p. 69). Segundo Mueller (2000, p. 18) se
obtém confiabilidade ao utilizar rigorosa metodologia científica para a geração do
conhecimento, também é importante que os resultados obtidos pelas pesquisas de
um cientista sejam divulgados e julgados por outros cientistas.
No processo de construção do conhecimento científico são realizadas
pesquisas, e são escritos documentos, como por exemplo, livros, artigos de
periódicos, dissertações, anais, teses, relatórios, e e-mails. Estes documentos
formam a literatura científica de uma área e tem como principal finalidade comunicar
os resultados das pesquisas a outros cientistas para julgamento (MUELLER, 2000,
p. 19).
Garvey (1979) define comunicação científica como as atividades dentro do
fluxo da informação associadas à produção, disseminação e uso da informação. As
comunicações científicas mais antigas, que tiveram impacto na ciência, foram
realizadas pelos gregos antigos, na Academia no século V e VI, onde discutiam
questões filosóficas. No século XV a realização de impressão na Europa, e a
institucionalização de serviços de impressão nas universidades, como por exemplo,
a Oxford University Press, impulsionaram a disseminação de informações
(MEADOWS, 1999, p. 4).
5.1 Literatura científica
Estudar os aspectos sob qual a literatura científica está estruturada permite
conhecer, comparar e qualificar o estágio de maturidade de uma área da ciência e
17
das instituições e domínios que a estudam. Segundo Mueller, Campello e Dias
(1996, p. 1):
Três características são indícios da maturidade de uma área do saber e marcam o seu grau de institucionalização e desenvolvimento: a existência de literatura científica e profissional, a existência de uma associação ou sociedade científica e a existência de cursos regulares para a formação de novos profissionais e de pesquisadores.
Os documentos que constituem a literatura científica são escritos no processo
de pesquisa. Na década de 70, Garvey e Griffith (1972), autores americanos da área
de Psicologia, representaram o processo de pesquisa como o fluxo da informação
(ver Figura 1).
Figura 1: Modelo Garvey/Griffith Atualizado
Fonte: VILAN FILHO (2010, p. 25).
De acordo com Grogan (1976) os documentos científicos dentro do fluxo da
informação podem ser classificados em primários, secundários e terciários. Os
documentos primários, portanto são produzidos no início do processo de pesquisa,
pelo próprio autor dela, como por exemplo, patentes, trabalhos de congressos,
dissertações e teses. Mais adiante na pesquisa e mais selecionados que os
documentos primários, os secundários são organizados e definidos, alguns
exemplos são: dicionários, manuais, livros e enciclopédias. Já os terciários tem a
18
função de remeter a documentos primários e secundários, representam os terciários:
as bibliografias, índices e guias.
A forma como a literatura científica é publicada e comunicada está
relacionada às necessidades do domínio científico, acadêmico ou profissional. Tais
necessidades podem ser ocasionadas pelos recursos disponíveis, diferenças
paradigmáticas, independência e desenvolvimento do domínio (SØNDERGARD;
ANDERSEN E HJØRLAND, 2003, p.304-309).
5.2 Autoria, colaboração e autoria múltipla
Segundo Monteiro et al. (2004, p. V) “a autoria de um trabalho estabelece um
link direto com responsabilidade por ele, o que significa certificar a sua integridade e
estar apto a defendê-lo publicamente”. A Associação Brasileira de Normas Técnicas
(2002, p.2) define autoria como “pessoa (s) física (s) responsável (eis) pela criação
do conteúdo intelectual ou artístico de um documento”.
Os cientistas ao produzirem literatura científica desenvolvem relações sociais
entre si. Ziman (1978) defende que as ligações intelectuais entre as ideias dos
cientistas se estabelecem através de relações sociais. Katz e Martin (1997) e
Sonnenwald (2008) concordam que colaboração científica é o trabalho de cientistas
com um propósito comum que produz novos conhecimentos. Se tratando de
colaboração científica existem várias formas de ser colaborador. Bordons e Gómez
(2000, p. 199) ressaltam que:
“a contribuição de cada um dos colaboradores pode se dar em âmbitos diferentes, desde a simples expressão de uma opinião sobre a pesquisa até o trabalho conjunto durante todo o decurso de um projeto”.
Katz e Martin (1997, p. 8) afirmam que “as fronteiras da colaboração variam
consideravelmente entre instituições, campos de pesquisa, setores e países tanto
quanto ao longo do tempo”.
Segundo Vanz e Stumpf (2010, p. 45) na lista de responsabilidade devem ser
incluídos apenas “os colaboradores responsáveis por um passo-chave, seja a ideia
original, as hipóteses ou a interpretação teórica”. No entanto, ocorrem negociações
entre os autores a respeito da coautoria (GOLDIM, 2002). Os autores Bordons e
Gómez (2000) e Katz e Martin (1997) concordam que o termo colaboração científica
19
não pode ser usado para designar coautoria e nem vice versa, porque nem toda
colaboração científica resulta em coautoria e nem toda coautoria resulta de
colaboração. No entanto, Katz e Martin (1997, p. 3) afirmam que os estudos de
coautoria possibilitam resultados mais significativos que estudos de caso, quando o
objetivo é demonstrar a colaboração científica. Outro autor que foi a favor dos
estudos de coautoria para estimar a colaboração científica foi Solla Price (1976).
Vanz e Stumpf (2010) indicam que os fatores que levam a publicação em
autoria compartilhada são a interdisciplinaridade da ciência, os custos econômicos e
os vínculos sociais.
5.3 Comunidade científica nas áreas de informação
De acordo com Schwartzman (1979, p. 19) a comunidade científica é formada
por cientistas dotados de um domínio satisfatório das teorias e informações mais
gerais de sua área de conhecimento, cada qual entende de sua área específica de
conhecimento e algo de área correlata. Funciona como uma grande rede de pessoas
e relações. Esta rede de pessoas tem como responsabilidade os critérios usados
para a avaliação do conhecimento de suas respectivas áreas. Também segundo ao
referido autor a comunidade científica busca um futuro desconhecido, uma realidade
oculta para satisfação intelectual. Neste processo de busca e investigação por novos
conhecimentos se tornam produtores de publicações de uma área da ciência.
Como forma de conhecer parte da comunidade científica nas áreas de
informação Bohn (2003), Araújo (2011) e Silveira (2012) levantaram dados de uma
amostra de autores, através da produção dos mesmos.
Bohn (2003) analisou 135 autores de 86 artigos publicados em 2001 em
quatro periódicos brasileiros. A autora usou as variáveis: titulação dos autores e
função desempenhada, autoria individual e em parceria, os idiomas em que os
textos foram publicados e a contribuição dos autores estrangeiros, a distribuição dos
autores por gênero e a autocitação nos trabalhos publicados. Na variável de
titulação, foram identificados apenas 71,8% dos autores, destes, 45,3% são
doutores, 18,5% são mestres, 23,7% são graduandos ou pós-graduandos. Dos 135
autores, 117 indicaram a ocupação, deles 52,1% são professores. Dos artigos
analisados, 58,1% têm autoria única. As contribuições estrangeiras são de 24,6%. A
20
distribuição do gênero entre os autores é de 63% feminino e 37% masculino. A
análise de autocitações nos 86 artigos registrou 102 autocitações.
Araújo (2011) selecionou como amostra 190 artigos eletrônicos no período de
2003 a 2010 para identificar o perfil de autoria da revista Em Questão. Fez uso das
variáveis de: gênero, afiliação, titulação, área de formação e de atuação e autoria
individual e em parceria. A variável gênero identificou 69% autores do sexo feminino
e 31% do sexo masculino. A variável filiação resultou em 61% de docentes, 23%
discentes, 9% sem vínculo, e 7% profissional. Sobre a titulação dos autores, 38%
deles são doutores, 27% mestres, 18% graduados, 8% especialistas, 7% têm pós-
doutorado, 2% têm superior incompleto. O primeiro e o segundo curso mais
cursados na graduação pelos autores são da área de Ciências Sociais Aplicadas
59%, o terceiro mais cursado é da área de Ciências Humanas 5%, não foi possível
saber a informação de 16% dos autores, e 12% não tem o ensino superior completo.
A autoria única resultou em 66% do total, e a autoria múltipla os 34% restantes.
Já Silveira (2012) traçou o perfil de autoria da revista Biblos pela população
de 496 autorias em 392 artigos do período de 1978 a 2009. Para tanto, usou as
variáveis: gênero, titulação, colaboração e produção. Na variável gênero identificou
157 autores do sexo feminino, 55,6% do total, 177 autores masculino, que
contabilizam 41,9%, e 8, ou 2,8% que não se pode identificar. Os doutores
representam 27,1%, doutorandos 7%, mestres 14,1%, mestrandos 6,2%,
especialistas 2% graduados 15,1%, graduandos 11,8% e os que não puderam ser
identificados chegou ao percentual de 16,3%. Os autores mais produtivos, tomado o
critério, a produção de três ou mais artigos dos analisados, totalizaram-se em 28. Do
total de 392 artigos analisados, 84,1% possui autoria única e 15,8% autoria múltipla.
5.4 Bibliometria e elitismo
Segundo Mueller e Passos (2000, p. 13-15), há muitas áreas que estudam a
comunicação científica, como por exemplo, a Filosofia e Sociologia da Ciência. Em
1963 por um estudo de Price, que sugere estudar a ciência sob o objetivo de
mensurá-la, com a finalidade de indicar crescimento em vários campos do saber
para medir aspectos da literatura científica.
21
A Bibliometria é uma ferramenta estatística e um instrumento quantitativo que
permite mapear e gerar diferentes indicadores de tratamento e gestão da informação
e do conhecimento (GUEDES e BORSCHIVER 2009, p. 15). Reforçando esta
definição, Mueller e Passos (2000, p. 15) afirmam que a “bibliometria é a aplicação
da estatística para descrever aspectos da literatura”.
Na comunidade científica o reconhecimento e gratificações estão
relacionados as publicações do cientista, ou seja, sua produção científica. Mueller
(2000, p. 73) afirma que:
Os sistemas de promoção na carreira universitária e de concessão de prêmios e financiamentos dos órgãos governamentais de fomento à pesquisa, os quais os cientistas e professores universitários atualmente são submetidos, adotam o número de publicações como um dos critérios mais importantes no julgamento do mérito científico.
"O padrão de distribuição das leis e princípios bibliométricos segue a máxima:
poucos com muito e muito com poucos” (GUEDES e BORSCHIVER 2009, p. 3).
Em 1926 foi estabelecida a lei de Lotka para investigar a produtividade dos
autores em distintas disciplinas. Esta lei afirma o número de autores que fazem n
contribuições em um determinado campo científico é aproximadamente 1/n²
daqueles que fazem uma só contribuição (ALVARADO 2002, p. 14).
Em 1963 foi estabelecida a lei do elitismo que serve para investigar os
autores mais produtivos de uma comunidade científica. Esta lei afirma que a elite
produtora é a raiz quadrada de toda a população da comunidade científica de uma
área, e que a elite é responsável pela metade da produção literária da comunidade
científica (ALVARADO, 2002, p. 14).
5.5 A elite da comunidade científica nas áreas de informação no Brasil
Um estudo realizado por Santos (2013) investigou quem forma a elite
brasileira na comunidade científica das áreas de informação de 1972 a 2011. Para
tal, o autor usou a lei do elitismo, e o universo de 5.305 artigos de 29 periódicos
científicos das áreas de informação inseridos na base ABCDM. Chegou à conclusão
que a elite científica brasileira das áreas de informação de 1972 a 2011 é formada
por 65 autores o que significa cerca de 2% da população total de autores nas áreas
neste período. Também constatou que o grupo que mais produz nas áreas é
22
responsável por 15% do total da literatura científica das mesmas áreas no respectivo
período. Na estimativa da lei do elitismo, a elite científica é responsável por 50% da
produção, tal fato revela que a elite descrita por Santos (2013) é pouco produtiva e
que as áreas de informação estão em processo de formação.
A partir do estudo de Santos (2013), este trabalho se propõe a analisar as
características da elite brasileira das áreas da informação dos anos 1972 a 2011.
Podendo assim saber mais detalhes desta elite em relação a gênero, se estavam em
atividade em 2011, aspectos de formação (área de graduação, mestrado, doutorado
e tempo de corrido deste o doutorado) e o percentual de autoria compartilhada.
5.6 Fontes da pesquisa
As bases de dados ABCDM, BRAPCI e os currículos da Plataforma Lattes são
as principais fontes utilizadas neste trabalho, por isso, a importância de explicar
brevemente cada uma delas.
A base ABCDM foi desenvolvida na Faculdade de Ciência da Informação (UnB)
no gerenciador de bases de dados bibliográficos WinISIS (versão 1.5). Por meio de
elementos a base descreve artigos científicos, relatos de pesquisa e artigos de
revisão. É alimentada com os dados dos próprios artigos, e de maneira
complementar da Plataforma Lattes, outros sites, ou de contato com os autores
(VILAN FILHO, 2010, p. 70). A base ABCDM cobre 29 periódicos das áreas de
Arquivologia, Biblioteconomia, Ciência da Informação, Documentação e Museologia.
Tem sido usada principalmente para apoio a pesquisas e estudos bibliométricos
sobre comunicação científica, tendências temáticas, colaboração, produção
científica (SANTOS, 2013, p. 29).
A Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da
Informação (BRAPCI) cobre 37 periódicos na área de Ciência da Informação é de
iniciativa do Projeto Opções Metodológicas em Pesquisa: a contribuição da área da
informação para a produção de saberes no ensino superior, que é vinculado a
Universidade Federal do Paraná tem como objetivo apoiar pesquisas na área de
Ciência da Informação.
O Currículo Lattes é um currículo elaborado e mantido na Plataforma Lattes, que é
gerida pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
23
Tecnológico). Ela integra bases de dados de currículos, de grupos de pesquisa e de
currículos, de grupos de pesquisas e instituições em um único sistema de
informação. O Curriculum Lattes se tornou um padrão nacional no registro da
carreira da comunidade científica do Brasil. Atualmente é adotado pela maioria das
instituições de fomento, universidades e institutos de pesquisa do país.
24
6 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Segundo Gil (2002, p. 41) é usual classificar uma pesquisa com base em seus
objetivos e em seus procedimentos técnicos. Com base em seus objetivos, esta se
classifica como descritiva:
têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou, então o estabelecimento de relações entre as variáveis... Entre as pesquisas descritivas, salientam-se aquelas que têm por objetivo estudar as características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo... (GIL, 2002, p. 42).
Com base em seus procedimentos técnicos, esta pesquisa se classifica como
um levantamento e procura ser um censo, conforme explica Gil (2002, p. 50).
levantamento caracteriza-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecerem. Basicamente, procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados... Quando o levantamento recolhe informações de todos os integrantes do universo pesquisado, tem-se um censo.
Tem como universo a elite da comunidade científica no Brasil das áreas de
informação no período de 1972 a 2011, o que compreende todos os 65 autores
encontrados por Santos (2013). Usou de métodos bibliométricos para a análise das
sete variáveis. As variáveis que este trabalho acadêmico levou em consideração
para caracterizar os membros da elite, são:
1. O gênero (GEN): esta variável está relacionada com o gênero dos autores
que mais contribuíram quantitativamente para literatura científica. Se são
do sexo masculino ou do feminino. Para a constatação, foi usado o nome.
Quando o nome do autor não foi suficiente para definir o gênero foi
consultado em seu curriculum Lattes. O resultado desta variável é nominal
e pode variou entre feminino e masculino. Quando o autor não tinha
curriculum Lattes, o gênero foi coletado das notas dos campos 100 e 700
de um dos artigos de sua autoria na base ABCDM;
2. A área da primeira graduação (GRA): esta variável está relacionada com a
área do curso da primeira graduação de cada membro da elite. Foi
25
pesquisada nas notas dos campos 100 e 700 dos artigos de sua autoria na
base de dados ABCDM. Quando a informação para a variável não foi
encontrada foi pesquisada no curriculum de cada autor na Plataforma
Lattes. Quando o autor não o possuía, ou faltava esta informação em seu
curriculum Lattes, foi enviado um e-mail para o autor a fim de obter a
informação. Os resultados foram nominais, e foram padronizados (A.GRA)
segundo a Tabela de Áreas do Conhecimento baseada na do CNPq
(Apêndice B);
3. A área do mestrado (MES): esta variável procurou abordar qual a área do
mestrado cada autor realizou. Foi pesquisada nas notas dos campos 100
e 700 dos artigos de sua autoria na base de dados ABCDM. Quando a
informação para a variável não foi encontrada foi pesquisada no
curriculum de cada autor na Plataforma Lattes. Quando o autor não o
possuía, ou faltava esta informação em seu curriculum Lattes, foi enviado
um e-mail para o autor a fim de obter a informação. Os resultados foram
nominais, e foram padronizados (A.MES) segundo a Tabela de Áreas do
Conhecimento baseada na do CNPq (Apêndice B);
4. A área do doutorado (DOU): esta variável está relacionada com a área do
doutorado que cada autor realizou. Foi pesquisada nas notas dos campos
100 e 700 dos artigos de sua autoria na base de dados ABCDM. Quando a
informação para a variável não foi encontrada foi pesquisada no
curriculum de cada autor na Plataforma Lattes. Quando o autor não o
possuía, ou faltava esta informação em seu curriculum Lattes, foi enviado
um e-mail para o autor a fim de obter a informação. Os resultados foram
nominais, e foram padronizados (A.DOU) segundo a Tabela de Áreas do
Conhecimento baseada na do CNPq (Apêndice B);
5. O tempo decorrido desde o doutorado até 2011 (TDD): esta variável
objetiva saber a maturidade de doutoramento dos autores. O ano de
conclusão da tese de doutorado terá como fonte o curriculum Lattes ou da
própria tese do autor. Após conhecer o ano de conclusão do doutorado do
autor, o ano será subtraído do ano de 2011. Os resultados serão
numéricos, representando os anos que se passaram desde a conclusão
do doutorado;
26
6. Se estavam em atividade em 2011(ATV): esta variável está relacionada o
nível de atividade, ou seja, se o autor produziu algum artigo de revisão,
relato de pesquisa ou artigo científicos de 2009 a 2011. Caso positivo,
considerará o autor como ativo, caso contrário, o autor será considerado
inativo. A primeira fonte do nível de atividade será currículum Lattes, caso
o autor não o tenha, será realizada uma pesquisa nas bases de dados
ABCDM e BRAPCI para averiguar se existe algum documento de sua
autoria no período de 2009 a 2011. O resultado poderá variar em ativo e
inativo; e
7. Porcentagem individual de autoria múltipla (PAM): esta variável fez uma
análise em todos os artigos com registro na ABCDM, de autoria de cada
autor. Desta análise o artigo será classificado com a sigla 'au' ou 'am'.
Posteriormente a análise, será calculado o percentual de quantos dos
artigos de cada autor foram publicados com autoria múltipla. Os resultados
serão numéricos e representarão porcentagens. Após obter o percentual
da autoria múltipla de cada autor será calculada a média e a mediana do
percentual de autoria múltipla de todos os autores da elite.
27
7 DESENVOLVIMENTO
O trabalho foi realizado em cinco etapas, que estão detalhadas a seguir.
7.1 Seleção
O universo desta pesquisa é toda a elite da comunidade científica brasileira
das áreas da informação (Arquivologia, Biblioteconomia, Ciência da Informação,
Documentação e Museologia) no Brasil de 1972 a 2011, que segundo Santos (2013)
compreende a 65 autores. A relação dos nomes e dos códigos dos 65 autores pode
ser visualizada no Apêndice A.
7.2 Coleta de dados
A Base ABCDM foi fonte principal dos dados que este trabalho apresenta.
Para a coleta das sete variáveis, descritas nos procedimentos metodológicos, foi
realizada uma busca na ABCDM pelo código do autor (subcampo m) no campo 100
(autor principal) e no 700 (autor secundário). Código do autor é composto pelo último
sobrenome em maiúsculo espaçado de uma vírgula e as iniciais do nome dos outros
sobrenomes do autor. O código na ABCDM está atrelado ao autor nos campos 100 e
700.
Foi criado um formato de saída ‘m100’ e outro ‘m700’ que apresenta apenas
as informações dos subcampos a, b, g, i, j, k dos campos 100 e 700 que remetem
respectivamente ao nome, sobrenome, gênero, graduação, mestrado e doutorado
dos autores principais e dos secundários. Também nos formatos ‘m100’ e ‘m700’
são observadas as siglas ‘au’ e ‘am’ que representam o tipo de autoria, autoria única
e autoria múltipla respectivamente.
Os resultados das buscas foram impressos em arquivos ‘.txt’ nos formatos de
saída anteriormente citados. Para cada autor foram realizadas, pelo código, duas
buscas, uma no campo 100 e outra no 700, portanto cada autor teve dois arquivos
‘.txt’, exceto aqueles que em alguma das buscas não retornaram resultado. Após a
realização de todas as buscas os dois arquivos ‘.txt’, resultantes das buscas de um
mesmo autor, passaram apenas para um arquivo ‘.txt’ identificado pelo nome do
autor As variáveis que não foram preenchidas pelas informações colhidas na busca
28
na ABCDM foram procuradas no curriculum Lattes dos autores e nos artigos deles
através da BRAPCI. Mas, naqueles em que ainda houver lacunas de informação
referentes às variáveis, então foi enviado um e-mail a cada autor solicitando as
informações restantes.
7.3 Preenchimento da planilha eletrônica
O arquivo ’.txt’ foi aberto no software SPSS em uma planilha que tem uma
coluna para cada uma das variáveis. Cada autor teve uma planilha no SPSS e nela
foi realizada a contagem da porcentagem de autoria múltipla de cada autor.
Em outra planilha do SPSS nomeada de “Autores”, constaram as informações
das variáveis de todos os autores. Nesta planilha pode-se observar a padronização
das áreas de graduação, do mestrado e do doutorado, conforme a Tabela das Áreas
dos Conhecimentos baseada na do CNPq (Apêndice B).
7.4 Análise de dados
As informações de cada variável já padronizada na planilha “Autores” foi
submetida o comando “Analyze” do programa SPSS que contou a frequência e a
porcentagem de cada variável.
7.5 Tabelas e gráficos
As informações da frequência e a porcentagem dos dados de cada variável
foram importadas para tabela no MS Excel e a partir destas foram criados os
gráficos.
29
8 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Os resultados obtidos estão organizados por variáveis e apresentados em
tabelas e gráficos.
8.1 Gênero (GEN)
Foi identificado o gênero de todos os 65 autores. Neste contexto o sexo
feminino é predominante. O número de mulheres é maior que o triplo do número de
homens, como pode ser observado na Tabela 1.
Tabela 1: Gênero dos autores da elite da AI (1972-2011).
Gênero Qtd. Aut. %
Feminino 49 75,4
Masculino 16 24,6
Total 65 100
Fonte: Autora. Nota: n = 65.
8.2 Áreas da primeira graduação (GRA):
Dos 65, esta variável obteve resultado de 55 autores. Dos membros
analisados, a maioria fez o curso de graduação em áreas de Ciência Sociais
Aplicadas, como pode ser observada na Tabela 2 e Gráfico 1.
Tabela 2: Áreas de graduação dos autores da elite AI (1972-2011).
Áreas Qtd. Aut. %
Ciências Sociais Aplicadas 43 78
Ciências Humanas 5 9
Linguísticas, Letras e Artes 3 5
Engenharias 1 2
Ciências Exatas e da Terra 1 2
Outros 2 4
Total 55 1 100
Fonte: Autora. Nota: n = 55.
30
É possível notar que a segunda área mais escolhida (Ciências Humanas) tem
apenas 11% do total da primeira.
Gráfico 1: Áreas de graduação dos autores da elite AI (1972-2011).
Fonte: Autora. Nota: n= 55.
8.3 Áreas do Mestrado (MES):
Dos 65, esta variável pode ser observada em 56 dos autores. A área de
Ciências Sociais Aplicadas, predominante na variável GRA com 78%, é ainda mais
escolhida pelos membros no mestrado, com 85%. Esta e as demais áreas podem
ser observadas na Tabela 3 e Gráfico 2.
Tabela 3: Áreas de mestrado dos autores da elite AI (1972-2011).
Áreas Qtd. Aut. %
Ciências Sociais Aplicadas 48 85
Ciências Humanas 5 9
Ciências da Saúde 1 2
Engenharias 1 2
Linguísticas, Letras e Artes 1 2
Total 56 100
Fonte: Autora. Nota: n = 56.
78%
9%
5%
4% 2% 2%
Ciências Sociais Aplicadas Ciências Humanas Linguísticas, Letras e Artes
Outros Engenharias Ciências Exatas e da Terra
31
Ciências Sociais Aplicadas têm quase 90% a mais de membros do que a
segunda mais escolhida, Ciências Humanas, com cinco membros.
Gráfico 2: Áreas de mestrado dos autores da elite AI (1972-2011).
Fonte: Autora. Nota: n = 56.
8.4 Áreas do Doutorado (DOU):
A variável teve o mesmo número de autores observado da variável MES (56). A
área predominante dos doutorados realizados pelos autores da elite AI também é a
Ciências Sociais Aplicadas com 77%, se assemelhando ao percentual da variável
GRA (78%). A frequência e a porcentagem de todas as áreas podem ser vistas na
Tabela 4 e Gráfico 3.
Tabela 4: Áreas do doutorado dos autores da elite AI (1972-2011).
Áreas Qtd. Aut. %
Ciências Sociais Aplicadas 43 77
Ciências Humanas 5 9
Linguísticas, Letras e Artes 3 5
Engenharias 2 3,5
Ciências da Saúde Outros
1 2
2 3,5
Total 56 100
Fonte: Autora. Nota: n = 56.
2% 9%
85%
2% 2%
Ciências da Saúde Ciências Humanas Ciências Sociais Aplicadas Engenharias Linguística, Letras e Artes
32
As Ciências Humanas são a segunda categoria com mais ocorrências nesta
variável (DOU), 5 membros (9%), bem como nas variáveis anteriores MES e GRA.
Gráfico 3: Áreas de doutorado dos autores da elite AI (1972-2011).
Fonte: Autora. Nota: n = 56.
8.5 Tempo decorrido desde o doutorado até 2011 (TDD)
Dos 65, esta variável obteve resultados de 54 autores. Destes, 9 concluíram o
doutorado a 13 anos. A 17 anos de 2011, cinco autores concluíam o doutorado. Em
10, 12, 19, 29 anos anteriores a 2011 coincidiram o número de três autores que
concluíam o doutorado. Em 2011 havia na elite científica da AI, 27 autores que já
eram doutores a 10 a 19 anos. Houve um autor que concluiu o doutorado no mesmo
ano. As quantidades ano a ano do término do doutorado dos autores podem ser
observadas na Tabela 5 e Gráfico 4.
77%
0%
9%
0%
5% 0%
3,5%
0% 3,5% 0%
2%
Ciências Sociais Aplicadas Ciências Humanas
Linguísticas, Letras e Artes Engenharias
Outros Ciências da saúde
33
Tabela 5: Tempo decorrido desde o doutorado até 2011 da elite científica AI (em anos)
Fonte: autora. Nota: n = 54
Qtd. Anos Qtd. de Aut. 0 1 1 0 2 2 3 1 4 1 5 0 6 1 7 2 8 0 9 1 10 3 11 0 12 3 13 9 14 1 15 1 16 1 17 5 18 1 19 3 20 3 21 1 22 1 23 0 24 1 25 1 26 1 27 0 28 0 29 3 30 0 31 4 32 0 33 0 34 0 35 0 36 1 37 0 38 0 39 0 40 0 41 0 42 1 43 0 44 0 45 0 46 0 47 0 48 0 49 0 50 0 51 0 52 0 53 0 54 0 55 0 56 0 57 1
Total 54
34
Gráfico 4: Tempo decorrido desde o doutorado até 2011 da elite científica AI (em anos)
Fonte: autora. Nota: n = 54
A maioria dos autores concluiu o doutorado no intervalo de 10 a 19 anos, a
segunda maior parcela da elite terminou o doutorado em 20 ou mais anos, e o
restante concluiu o doutorado há no máximo 9 anos.
Tabela 6: Tempo decorrido desde o doutorado até 2011 da elite científica AI (int. anos).
Intervalo de anos Qtd. Aut. %
10 a 19 27 50
20 a 57 18 33,3
0 a 9 9 16,6
Total 54 100
Fonte: Autora. Nota: n = 54
Gráfico 5: Tempo decorrido desde o doutorado até 2011 da elite científica AI (int. anos).
Fonte: Autora. Nota: n = 54
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57
0
5
10
15
20
25
30
0 a 9 10 a 19 20 a 57
35
1 “Mediana que é o número do meio de um grupo de números; ou seja, metade dos números têm valores que são maiores do que o mediano, enquanto a outra metade têm valores que são menores do que o mediano. Por exemplo, o mediano de 2, 3, 3, 5, 7 e 10 é 4...”. (MS EXCEL 2007)
8.6 Atividade (ATV)
Foi possível à observação da atividade científica de 65 em 59 autores. Destes
noventa por cento dos autores, publicaram algum artigo de revisão, ou/e relato de
pesquisa ou/e artigo científico em 2011 ou até em dois anos antes. E dez por cento
pararam com suas atividades científicas, como pode ser observado na Tabela 7.
Tabela 7: Atividade dos autores da elite da AI em 2011.
Atividade Qtd. Aut. %
Ativo 53 90
Inativo 6 10
Total 59 100
Fonte: Autora. Nota: n = 59.
O total de 90% ativos pode ser em consequência do resultado da variável TDD
que demonstrou que a elite tem maioria de profissionais que concluíram o doutorado
em 10 a 19 anos.
8.7 Percentual de Autoria Múltipla (PAM):
Esta variável apresenta a produção de cada autor e chegou aos percentuais de
autoria múltipla de cada um dos sessenta e cinco autores membros da elite científica
das AI (1972-2011) que está disponível no Apêndice C.
A partir da porcentagem de autoria múltipla da produção de cada autor
individualmente, foi calculada a média¹ e a mediana do percentual de autoria
múltipla da elite.
O percentual médio da autoria múltipla foi 52,7% e a mediana¹ 54,3%. Os dois
percentuais ultrapassaram a metade do total, o que indica que há mais autores
compartilhando autoria em mais da metade de sua produção do que os que
produzem mais da metade de seus artigos sozinhos.
36
8.8 Análise dos resultados
A elite é composta de 75,4% de mulheres, e 24,6% de homens.
De seus membros encontravam-se em exercício de atividade científica 90% e
10% em inatividade.
Os membros da elite que são graduados em área de Ciências Sociais
Aplicadas são 78%.
Mestres em área de Ciências Sociais Aplicadas são 85%.
77% dos membros são doutores em Ciências Sociais Aplicadas.
Ciências Humanas foi a segunda área mais escolhida entre os autores da
elite na graduação, mestrado e no doutorado. Nas três formações a área foi
escolhida por 9% dos autores.
50% concluíram o mestrado em 10 a 19 anos, 33,3% terminaram o doutorado
em 20 ou em mais anos e 16,6% obtiveram o título de doutor a 0 a 9 anos.
A média do percentual de autoria múltipla entre os membros da elite é de 52,7
e a mediana de 54,3.
Tomou conhecimento que a maioria dos membros da elite AI no Brasil (1972-
2011) são mulheres, que são doutoras na área de Ciências Sociais Aplicadas há 10
a 19 anos, ainda em atividade e compartilham autoria em mais da metade de sua
produção científica.
Os objetivos foram alcançados. Por meio dos resultados dispostos acima,
podemos identificar o perfil dos autores da elite da comunidade científica brasileira
nas áreas de informação no Brasil no período de 1972 a 2011. Entretanto, procurou-
se obter um censo, ou seja, analisar as variáveis em todos os 65 autores, porém,
apenas as variáveis GÊN e PAM obtiveram 100% dos resultados. As variáveis GRA,
MES, DOU, TDD, ATV foram realizadas com 84,6%, 86,1%, 86,1%, 83% e 90% dos
autores, respectivamente.
37
9 CONCLUSÕES
O gênero da elite científica AI no Brasil (1972-2011) é predominantemente
feminino. Embora o contexto da amostra de Bohn (2003), Araújo (2011) e Silveira
(2012) reflita a comunidade científica em geral e em contexto diferente, nas três
amostras o sexo feminino também foi predominante.
A média dos percentuais de autoria múltipla da elite científica no Brasil das AI
(1972-2011) é de 52,7% e a mediana de 54,3%, o que indica maioria da autoria
múltipla em relação a autoria única.
Observou-se que a maioria dos doutorados, mestrados e graduações que os
autores realizaram foram na área de Ciências Sociais Aplicadas, com o percentual
de 78% na graduação, 85% no mestrado e 77% no doutorado.
Dos 65 autores, foi possível identificar 56 doutores, dentre eles foi possível
saber que, estando entre os mais produtivos de sua comunidade científica, 9 não
tinham nem 10 anos, 27 tinham 10 a 19 anos, e 18 tinham 20 anos ou mais que
concluíram a doutorado. Também se pode observar que apenas dez por cento estão
inativos. Sugere-se que pesquisem características apenas dos autores membros da
elite que ainda estão ativos.
O presente trabalho alcançou seus objetivos, porque identificou as
características predominantes entre os autores mais produtivos nas áreas de
informação, no Brasil de 1972 a 2011 e traçou o perfil para a elite.
38
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40
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41
APÊNDICE A
42
Código e nomes dos autores que compõem a elite científica nas áreas de
informação no Brasil de 1972 a 2011, em ordem de produtividade, baseado em
Santos (2013, p.59-60):
Código
SOUZA,FC TARGINO,MG CALDEIRA,PT BARRETO,AA CUNHA,MB MUELLER,SPM FIGUEIREDO,NM MOSTAFA,SP FREIRE,IM VIEIRA,AS BUFREM,LS CAMPELLO,BS MIRANDA,ALC OHIRA,MLB ROBREDO,J VALENTIM,MLP FUJITA,MSL KREMER,JM AMARAL,SA GUIMARAES,JAC NORONHA,DP SILVA,EL TALAMO,MFGM VERGUEIRO,WCS BLATTMANN,U GOMEZ,MNG MARTELETO,RM SANTOS,RNM GARCIA,JCR MARCONDES,CH STUMPF,IRC ALVARADO,RU ALVES,FN CAMPOS,MLA GOMES,HE KOBASHI,NY LARA,MLG TOMAEL,MI CAREGNATO,SE JARDIM,JM OLIVEIRA,SM
Nome Completo Francisco da Chagas de Souza Maria das Graças Targino Paulo da Terra Caldeira Aldo de A Barreto Murilo Bastos da Cunha Suzana P. M. Mueller Nice Figueiredo Solange Mostafa Isa Freire Anna da Soledade Vieira Leilah S. Bufrem Bernadete Campello Antonio Miranda Maria de Lourdes Blatt Ohira Jaime Robredo Marta Lígia Pomim Valentim Maria Spotti Lopes Fujita Jeannete Marguerite Kremer Sueli Angelica Amaral Jose Augusto Chaves Guimarães Daisy Pires Noronha Edna Lucia Silva Maria de Fátima Tálamo Waldomiro Vergueiro Ursula Blattmann Maria Nélida González de Gomez Regina M. Marteleto Raimundo Santos Joana Coeli Ribeiro Garcia Carlos H. Marcondes Ida Stumpf Rubén Urbizagástegui Alvarado Francisco das Neves Alves Maria Luiza Almeida Campos Hagar Espanha Gomes Nair Kobashi Marilda Lopes Ginez de Lara Maria Inês Tomael Sonia Elisa Caregnato José Maria Jardim Silas Marque de Oliveira
43
VIDOTTI,SABG WITTER,GP AQUINO,MA ARAUJO,VMRH BARBOSA,RR BORGES,MEN CALDIN,CF DUMONT,LMM FACHIN,GRB FIUZA,MM PINHEIRO,LVR PLOBLACION,DA RAMALHO,FA TARAPANOFF,K ARAUJO,EA CAFE,LMA DIAS,EJW LIMA,GABO MACEDO,ND PAIM,I PASQUARELLI,MLR PEREIRA,EC PIMENTEL,CDP RODRIGUES,MEF
Silvana Ap. B. G. Vidotti Geraldina Witter Mirian de Albuquerque Aquino Vania M. R. Hermes de Araujo Ricardo Rodrigues Barbosa Mônica Erichsen Nassif Borges Clarice Fortkamp Caldin Ligia Maria Moreira Dumont Gleisy R. B. Fachin MarysIa Malheiros Fiuza Lena Vania Pinheiro Dinah Aguiar Ploblación Francisca Arruda Ramalho Kira Tarapanoff Eliany Alvarenga de Araujo Ligia Café Eduardo José Wense Dias Gercina Lima Neusa Dias Macedo Isis Paim Maria Luiza Rigo Pasquarelli Edmeire C. Pereira Clea Dubeux Pinto Pimentel Mara Eliane Fonseca Rodrigues
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APÊNDICE B
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Áreas do Conhecimento (nível 1 e 2 da Tabela das Áreas do Conhecimento CNPq) 1. Ciências Exatas e da Terra 1.01. Matemática 1.02. Probabilidade e Estatística 1.03. Ciência da Computação 1.04. Astronomia 1.05. Física 1.06. Química 1.07. Geociências 1.08. Oceanografia 2. Ciências Biológicas 2.01. Biologia Geral 2.02. Genética 2.03. Botânica 2.04. Zoologia 2.05. Ecologia 2.06. Morfologia 2.07. Fisiologia 2.08. Bioquímica 2.09. Biofísica 2.10. Farmacologia 2.10. Farmacologia Clínica 2.11. Imunologia 2.12. Microbiologia 2.13. Parasitologia 3. Engenharias 3.01. Engenharia Civil 3.02. Engenharia de Minas 3.03. Engenharia de Materiais e Metalúrgica 3.04. Engenharia Elétrica 3.05. Engenharia Mecânica 3.06. Engenharia Química 3.07. Engenharia Sanitária 3.08. Engenharia de Produção 3.09. Engenharia Nuclear 3.10. Engenharia de Transportes 3.11. Engenharia Naval e Oceânica 3.12. Engenharia Aeroespacial 3.13. Engenharia Biomédica 4. Ciências da Saúde 4.01. Medicina 4.02. Odontologia 4.03. Farmácia 4.04. Enfermagem 4.05. Nutrição 4.06. Saúde Coletiva 4.07. Fonoaudiologia
4.08. Fisioterapia e Terapia Ocupacional 4.09. Educação Física 5. Ciências Agrárias 5.01. Agronomia
5.02. Recursos Florestais e Engenharia Florestal
5.03. Engenharia Agrícola 5.04. Zootecnia 5.05. Medicina Veterinária 5.06. Recursos Pesqueiros e
Engenharia de Pesca 5.07. Ciência e Tecnologia de
Alimentos 6. Ciências Sociais Aplicadas 6.01. Direito 6.02. Administração 6.03. Economia 6.04. Arquitetura e Urbanismo 6.05. Planejamento Urbano e
Regional 6.06. Demografia 6.07. Ciência da Informação 6.08. Museologia 6.09. Comunicação 6.10. Serviço Social 6.11. Economia Doméstica 6.12. Desenho Industrial 6.13. Turismo 7. Ciências Humanas 7.01. Filosofia 7.02. Sociologia 7.03. Antropologia 7.04. Arqueologia 7.05. História 7.06. Geografia 7.07. Psicologia 7.08. Educação 7.09. Ciência Política 7.10. Teologia 8. Linguística, Letras e Artes 8.01. Linguística 8.02. Letras 8.03. Artes 9. Outros 9.01 Administração Hospitalar 9.02 Administração Rural
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9.03 Carreira Militar 9.04 Carreira Religiosa 9.05 Ciências 9.06 Biomedicina 9.07 Ciências Atuariais 9.08 Ciências Sociais 9.09 Decoração 9.10 Desenho de Moda 9.11 Desenho de Projetos 9.12 Diplomacia 9.13 Engenharia de Agrimensura
9.14 Engenharia Cartográfica 9.15 Engenharia de Armamentos 9.16 Engenharia de Mecatrônica 9.17 Engenharia Têxtil 9.18 Estudos Sociais 9.19 História Natural 9.20 Química Industrial 9.21 Relações Internacionais 9.22 Relações Públicas 9.23 Secretaria Executivo
Baseado em : http://www.cnpq.br/documents/10157/186158/TabeladeAreasdoConhecimento.pdf Acesso em: 16 mai 2014.
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APÊNDICE C
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MFN COD GEN GRA A.GRA MES A.MES DOU A.DOU Atividade TDD PAM 1. 000970 SOUZA,FC m bib CSA CI CSA edu CH a 17 12,2 2. 002744 TARGINO,MG f bib e doc CSA bib e doc CSA CI CSA a 13 34,2 3. 005642 CALDEIRA,PT m CI CSA a 54,3 4. 002999 BARRETO,AA m eco CSA CI CSA CI CSA a 29 11,8 5. 006384 CUNHA,MB m bib CSA CI CSA lis CSA a 29 26,7 6. 003680 MUELLER,SPM f bib e doc CSA mls CSA is CSA a 29 35,7 7. 001004 FIGUEIREDO,NM f bib CSA amls CSA psls CSA i 36 11,1 8. 002723 MOSTAFA,SP f bib e doc CSA CI CSA edu CH a 20 48,1 9. 006048 FREIRE,IM f cs Out CI CSA CI CSA a 10 61,5 10. 002962 VIEIRA,AS f bib CSA CI CSA lis CSA i 31 24,0 11. 006879 BUFREM,LS f bib e doc CSA edu CH cc CSA a 20 73,9 12. 003708 CAMPELLO,BS f bib CSA bib CSA CI CSA a 2 73,9 13. 006662 MIRANDA,ALC m bib CSA CI CSA cc CSA a 24 39,1 14. 001205 OHIRA,ML f bib CSA bib CSA a 82,6 15. 006913 ROBREDO,J m fc Out fc Out a 57 47,8 16. 003323 VALENTIM,MLP f bib CSA CI CSA cc CSA a 10 69,6 17. 006882 FUJITA,MSL f CI CSA 59,1 18. 001643 KREMER,JM f 33,3 19. 001271 AMARAL,SA f bib e doc CSA CI CSA CI CSA a 13 10,5 20. 007003 GUIMARAES,JAC m bib CSA cc CSA cc CSA a 18 75,0 21. 005635 NORONHA,DP f bib CSA sp CS sp cs a 15 80,0 22. 006969 SILVA,EL f bib CSA bib CSA CI CSA a 13 75,0 23. 006874 TALAMO,MFGM f lp LLA cc CSA cc CSA a 22 90,0 24. 005382 VERGUEIRO,WCS m bib e doc CSA cc CSA cc CSA a 21 55,0 25. 002632 BLATTMANN,U f bib CSA bib CSA ep Eng a 10 94,7 26. 001925 GOMEZ,MNG f fil CH CI CSA com CSA a 19 11,8 27. 004935 MARTELETO,RM f bib CSA sic CSA com a 19 52,6 28. 007015 SANTOS,RNM m ec Eng iscvt CSA iscvt CSA a 16 73,7 29. 001860 GARCIA,JCR f bib CSA bib CSA CI CSA a 7 58,8 30. 004925 MARCONDES,CH m au CSA CI CSA CI CSA a 13 66,7 31. 006674 STUMPF,IRC f bib CSA edu CH cc CSA a 17 50,0 32. 006962 ALVARADO,RU m bib CSA CI CSA CI CSA a 4 25,0 33. 006624 ALVES,FN m his CH his CH his CH a 13 0,0 34. 005319 CAMPOS,MLA f bib e doc CSA CI CSA CI CSA a 9 68,8 35. 005319 GOMES,HE f bib CSA CI CSA a 56,3 36. 004097 KOBASHI,NY f bib CSA cc CSA cc CSA a 17 56,3 37. 006956 LARA,MLG f bib e doc CSA cc CSA cc CSA a 12 47,1 38. 006677 TOMAEL,MI f bib CSA edu CH CI CSA a 6 81,3 39. 006991 CAREGNATO,SE f bib CSA im CSA is CSA a 12 93,8 40. 003504 JARDIM,JM m his CH CI CSA CI CSA a 13 25,0
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Legenda : A – ativo; ab – administração de bibliotecas; ae – administração de empresas; amls – Advanced Master of Library Science; au – arquitetura e urbanismo; bib – Biblioteconomia; cc – Ciências da Comunicação; CET – Ciências Exatas e da Terra; CH – Ciências Humanas; CI - Ciência da Informação ; cie – ciências; com – comunicação; com e cult – comunicação e cultura; cs – ciências da saúde; CSA – Ciências Sociais Aplicadas; doc – Documentação; ec – Engenharia Civil; eco – economia; edu – Educação; egc – engenharia e gestão do conhecimento ; Eng – Engenharias; ep – engenharia de produção; fc – Facultad de Ciências; fil – Filosofia; fran- Licenciatura em francês; his – História; I – inativo; im – information management; is – information science; iscvt – information stratégique et critique veille technol; let – Letras; ling – linguistic; lis – library and information science; lis – library and information studies; lit- Literatura; lla – Linguística, Letras e Artes; lp – Letras Português; mba – Master of Business Administration; mls – Master in Library Science; out – outros; ped – pedagogia licenciatura e bacharelado; psi – Psicologia; psls – philosophy scholl of library science; qui – Química; sic – Sciences de Information et de la Communication; sls – science in library service; sp – Saúde Pública.
41. 003731 OLIVEIRA,SM m bib CSA CI CSA CI CSA i 20 0,0 42. 006974 VIDOTTI,SAB f edu CH 100,0 43. 002735 WITTER,GP f ped CH psi CH cie Out a 42 37,5 44. 006878 AQUINO,MA f let LLA bib CSA edu CH a 13 40,0 45. 005391 ARAUJO,VMRH f qui CET CI CSA com CSA a 17 40,0 46. 006646 BARBOSA,RR m psi CH mba CSA ae CSA a 26 66,7 47. 006876 BORGES,MEN f CI CSA 77,3 48. 004023 CALDIN,CF f bib CSA lit LLA lit LLA a 2 20,0 49. 005474 DUMONT,LMM f bib CSA bib CSA CI CSA a 13 53,8 50. 006061 FACHIN,GRB f bib CSA ep Eng egc Eng a 0 93,3 51. 001341 FIUZA,MM f 33,3 52. 006988 PINHEIRO,LVR f bib CSA CI CSA com e cult CSA a 14 66,7 53. 005403 PLOBLACION,DA f bib CSA cc CSA cc CSA a 25 53,3 54. 006999 RAMALHO,FA f fran LLA ab CSA CI CSA a 19 86,7 55. 003018 TARAPANOFF,K f bib CSA CI CSA CI CSA a 31 33,3 56. 006376 ARAUJO,EA f bib CSA CI CSA CI CSA a 13 28,6 57. 006969 CAFE,LMA f bib e doc CSA bib e doc CSA ling LLA a 12 82,4 58. 006876 DIAS,EJW m is CSA a 31 57,1 59. 006609 LIMA,GABO f bib CSA sls CSA CI CSA a 7 46,2 60. 001914 MACEDO,ND f CI CSA let LLA i 31 50,0 61. 003270 PAIM,I f 78,6 62. 001424 PASQUARELLI,MLR f bib CSA bib e doc CSA bib e doc CSA i 17 92,9 63. 003804 PEREIRA,EC f bib e doc CSA bib e ci CSA a 78,6 64. 001655 PIMENTEL,CDP f i 7,1 65. 003305 RODRIGUES,MEF f bib e doc CSA CI CSA CI CSA a 3 61,5