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A Era Napoleônica: 1799 - 1815

A era napoleônica 2012

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A Era Napoleônica:

1799 - 1815

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Napoleão Bonaparte:

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• Desde 1794, após a derrubada de Robespierre, a burguesia havia retomado o controle da revolução, no entanto o novo governo - o Diretório - enfrentava sucessivas revoltas internas, organizadas por grupos populares de tendência jacobina, assim como a ameaça externa, representada principalmente pela Áustria.

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• Essa situação não representava apenas uma ameaça ao poder da burguesia, mas principalmente às suas conquistas sociais e econômicas.

• Os movimentos populares representavam uma ameaça direta aos privilégios burgueses, enquanto que a Áustria pretendia recolocar no poder um rei com poderes absolutos na França.

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• Através da ação do exército, a burguesia buscou estabelecer no país um governo estável, forte, que eliminasse a possibilidade de participação política da plebe de Paris e de seus líderes "radicais". Somente um governo militarizado poderia garantir as conquistas burguesas da revolução.

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• Napoleão Bonaparte, líder do golpe, nasceu na Córsega, em 1769 e ficou conhecido pela sua invejável habilidade militar e sua capacidade de vencer batalhas que pareciam estar praticamente perdidas. Em pouco tempo, a população francesa reconheceu em sua imagem a figura de um herói defensor do ideal revolucionário.

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• Castigada pelas crises internas, a burguesia viu em Napoleão a oportunidade perfeita para que os problemas políticos acabassem houvesse desenvolvimento econômico. Por isso, em 1799, Bonaparte teve o apoio político necessário para derrubar o Diretório e organizar o Consulado.

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O Consulado - 1799 a 1804 :

• O governo do consulado foi instalado depois da queda do Diretório. O consulado possuía caráter republicano e militar. No poder Executivo, três pessoas eram responsáveis: dois cônsules e o próprio Napoleão (Napoleão, Roger Ducos e Sieyés). Apesar da presença de outros dois cônsules, quem mais dispunha de influência e poder era o próprio Napoleão, que foi eleito primeiro-cônsul da República.

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• No consulado, a burguesia detinha o poder e assim, foi consolidada com o grupo central da França. A forte censura à imprensa, a ação violenta dos órgãos policiais e a repressão à oposição ao governo colocaram em questão os ideais de “liberdade, igualdade e fraternidade” características da Revolução Francesa.

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• Entre os feitos de Napoleão (na época), podemos citar: Economia – Criação do Banco da França, em 1800, controlando a emissão de moeda e a inflação; criação de tarifas protecionistas, fortalecendo a economia nacional.

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• Logo em seguida, reatou as relações do Estado com a Igreja, que passou a reconhecer a perda de suas propriedades e todas as demais satisfações que os clérigos deviam ao regime republicano.

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• Religião – Elaboração da Concordata entre a Igreja Católica e o Estado, o qual dava o direito do governo francês de confiscar as propriedades da Igreja, e em troca, o governo teria de amparar o clero e não poderia interferir nas questões religiosas.

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• Direito – Criação do Código Napoleônico em 1804, representando em grande parte os interesses dos burgueses, como casamento civil (separado do religioso), respeito à propriedade privada, direito à liberdade individual e igualdade de todos perante à lei, etc.

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• Educação – Reorganização e prioridades para a educação e formação do cidadão francês.

• Os resultados obtidos neste período do governo de Napoleão agradaram à elite francesa. Com o apoio destas, Napoleão foi elevado ao nível de cônsul vitalício, em 1802.

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O Império Napoleônico:

• Um plebiscito realizado em 1804, a nova fase da era napoleônica foi aprovada com quase 60% dos votos, e a monarquia foi reestabelecido na França, Napoleão foi indicado para ocupar o trono. Em 2 de Dezembro foi oficializado Napoleão I, na Catedral de Notre Dame.

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Napoleão coroa sua esposa:

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• Nesse período, podemos destacar o grande número de batalhas de Napoleão para a conquista de novos territórios para a França. O exército francês tornou-se o mais poderoso de toda a Europa.

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Arco do Triunfo:

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Europa no Período Napoleônico:

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• O principal e mais poderoso inimigo francês, na época, era a Inglaterra. Os ingleses se opunham a expansão francesa, e vendo a força do exército francês, formaram alianças com Áustria, Rússia e Prússia. Embora o governo francês dispusesse do melhor exército da Europa, a Inglaterra era a maior potência naval da época, o que dificultou a derrota dos ingleses.

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• Em 1805 a França tentou invadir a Inglaterra, mas foi derrotada na Batalha de Trafalgar. Por causa desta derrota, Napoleão tentou enfraquecer a Inglaterra de outras maneiras.

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Batalha de Trafalgar:

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Localização da Batalha de Trafalgar:

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Almirante Lord Nelson:

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O Bloqueio Continental:

• O Bloqueio Continental foi um decreto de 21 de novembro de 1806, que impedia o acesso a portos dos países dominados pelo Império Francês a navios do Reino Unido da Grã Bretanha (Inglaterra) e Irlanda. Com isso, o principal objetivo era isolar economicamente a Inglaterra, sufocando suas relações comerciais.

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• Em contraste aos ganhos militares, o governo francês tinha enormes dificuldades para melhorar sua economia. O principal e mais poderoso inimigo francês, na época, era a Inglaterra; além disso o domínio industrial britânico era o seu principal obstáculo para o desenvolvimento da economia francesa e os ingleses se opunham a expansão militar francesa.

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• Todo o país que desobedecesse este tratado, seria implacavelmente invadido pelas tropas francesas. Em pouco tempo, não resistindo à dependência com relação aos produtos ingleses, várias nações desobedeceram ao acordo e foram invadidas por Napoleão. Aliás, a invasão das tropas napoleônicas em Portugal foi o que levou à fuga da família real para o Brasil.

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• Apesar de ter um grande exército, as invasões napoleônicas acabaram retirando a agilidade e o poder de reação das tropas francesas.

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Rendição espanhola:

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• Em 1812, a Rússia descumpriu o Bloqueio Continental e Napoleão preparou uma grande investida militar que contava com seiscentos mil soldados.Os generais franceses acostumados com grandes vitórias conduziam suas tropas pelo imenso território russo, enquanto as tropas czaristas recuavam colocando fogo nas plantações e em tudo que servisse aos invasores.

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Território percorrido pelos franceses na Rússia:

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Palácio Imperial Russo – Krenlim:

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• Em Moscou as tropas russas começaram a enfrentar as tropas francesas que estavam mal-alimentadas e cansadas, por isso, Napoleão não teve outra escolha a não ser em ir embora.

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• Surpreendido pela tática de terra arrasada e o rigor do inverno siberiano, Napoleão Bonaparte acabou perdendo milhares de soldados. Calcula-se que dos 600 mil soldados franceses que foram para a Rússia, só 37 mil tenham voltado à França.

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• A desastrosa campanha militar na Rússia encorajou outros países europeus a reagirem contra a supremacia francesa. Em 6 de Abril de 1814 um exército formado por ingleses, austríacos, russos e prussianos tomaram Paris e capturaram Napoleão enviando-o para a Ilha de Elba. O trono francês foi entregue a Luís XVIII, irmão de Luís XVI (que foi morto na Revolução).

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Ilha de Elba:

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Casa de Napoleão na Ilha de Elba:

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Governo dos cem dias:

• Entretanto, um grupo de soldados fiéis conseguiu libertar Napoleão e ele volta à França em março de 1815. Ele foi recebido em Paris como herói e com gritos de “viva o imperador!”, ele se instalou no poder, obrigando a família real a fugir, mas a sua permanência no poder durou apenas cem dias.

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• Pouco tempo depois, a Inglaterra, Prússia, Áustria e Rússia decidiram recomeçar a guerra contra Napoleão. O imperador francês aproveitou o entusiasmo na França para organizar um novo exército e, em seguida, marchou com 125 mil homens e 25 mil cavalos para a Bélgica, a fim de impedir a união dos exércitos inglês e prussiano.

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Batalha de Waterloo:

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• Napoleão marcha sobre a Bélgica e vence os prussianos, comandados por Blucher, em Ligny. Dias depois, em 18 de junho, em Waterloo, foi derrotado pelo Duque de Wellington e pelo general Blucher, que comandavam um exército coligado.

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• No dia 21 de junho, Napoleão renunciou pela segunda vez, sendo deportado em exílio definitivo para a ilha de Santa Helena, onde morre em 5 de maio de 1821. A dinastia dos Bourbons voltou a reinar na França. Era o fim do império Napoleônico.

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Ilha de Santa Helena:

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Residência de Napoleão em Santa Helena:

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O Congresso de Viena e a "Santa" Aliança

• Assim que o Império Napoleônico acabou Áustria, Prússia, Rússia, Inglaterra, Suécia ,se reuniram no Congresso de Viena para reorganizar o mapa político da Europa.

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• Dois princípios básicos orientaram as resoluções do Congresso de Viena :

• A restauração das dinastias destituídas pela Revolução e consideradas "legítimas" ;

• A restauração do equilíbrio entre as grandes potências, evitando a hegemonia de qualquer uma delas ;

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• Para garantir, em termos práticos, a aplicação das medidas conservadoras do Congresso de Viena, o Czar da Rússia propôs a criação da Santa Aliança . Esta servia de ajuda mútua das monarquias européias em nome "da religião, da paz e da justiça" .

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• Seu objetivo era estabelecer o direito de intervenção em qualquer região européia em que se iniciasse um movimento liberal ou uma revolução burguesa . Porém após a independência das Colônias Latino-Americanas, a Santa Aliança se enfraquece e a Inglaterra por motivos econômicos se retira da Santa Aliança .

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O Mapa da Europa depois do Congresso de Viena:

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A Santa Aliança: