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A Escalada do Aprendiz de Fotógrafo ....................................... Passo-a-passo: do inciante ao avançado Artur Tavares ..............

A Escalada do Aprendiz de Fotógrafo

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Guia publicado para ajudar iniciantes a entenderem melhor o universo da fotografia. 4 Passos, do básico ao avançado para capacitar quem está começando. =) Autor: Artur Tavares

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Page 1: A Escalada do Aprendiz de Fotógrafo

A Escalada do Aprendiz de Fotógrafo.......................................Passo-a-passo: do inciante ao

avançado

Artur Tavares

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Como este guia surgiu?

Sempre fui amante de fotogra�a, porém, ao buscar maior entendimento sobre o tema, me deparava

com um foco excessivo em coisas avançadas e equi-pamentos de altos valores, somados, ainda, a um

pedantismo horrível de muitos fotógrafos que não se dispunham a ajudar iniciantes.

Lendo um texto incrível do fotógrafo Leo Neves e uma palestra sensacional do fotógrafo Louie

Schwartzberg no TED ( http://www.youtube.com/watch?v=prO85LDlvEA ),

vi o potencial que a fotogra�a tinha para tocar e transformar vidas.

Desbravando o universo da fotogra�a (ainda desbra-vo, e de modo muito amador), percebi que alguns

pontos podiam ser colocados de maneira breve em um guia, desenvolvendo alguns passos em uma

cadeia evolutiva �nanceira e didática. Lembrando que este é um guia muito limitado, o aprendizado do

fotógrafo precisa, de maneira essencial, ser desen-volvido na prática, e sua especialização deve ser feita

por meio de cursos, leituras complementares, inter-ação com outros fotógrafos e muito mais.

Peço que você use esse guia praticando bastante e interagindo no grupo -

www.facebook.com/groups/escaladadoaprendiz/

about.me/Artur.tavr

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“Quem me ensinou a fotografar foi um bancário que se achava fotógrafo. Seu assunto era basicamente a própria família, mas até fotografava alguns casa-mentos pra levantar uma graninha extra. Ele me levava para fotografar pela cidade e eu me lembro que a gente anotava as con�gurações da câmera para analisar depois. Passávamos horas vendo fotos em um antigo projetor de slides, daqueles de carrossel, que faziam barulho passando de uma foto pra outra. Com ele, tive meu primeiro contato com uma SLR e comecei a aprender a técnica. Era um dos tios mais divertidos que eu tinha. Fazia mágica, bolas de sabão gigantescas, organizava suas coisas por dia de semana em gavetas com nomes de agente secreto, contava histórias fantásticas, e tirava fotos.Acabei abandonando a velha Zenit que ele me deu por motivos que nem eu mesmo sei dizer. Por anos nem câmera de celular eu usei. Simplesmente aban-donei a prática fotográ�ca. Até que em uma viagem �z algumas fotos com uma DSLR de um engenheiro de TI que se achava fotógrafo. Era como se meu tio estivesse ali comigo. Mexer nos controles de obturador e diafragma, fazer o foco, o barulho do clique... Voltei dessa viagem decidido a tirar a poeira da minha velha russa. E foi o que eu �z.

Pouco tempo depois, meu tio faleceu e deixou uma pequena quantia em dinheiro. Comprar minha primeira DSLR seria o destino perfeito para essa herança, como se fosse uma homenagem. Nessa época as DSLR eram muito caras no Brasil, e todas estavam bem fora do meu orçamento. Foi quando apareceu um amigo economista que se achava fotógrafo que estava prestes a fazer uma viagem para o exterior. Ele me propôs que eu comprasse sua câmera pelo preço de uma nova nos Estados Unidos. A diferença de preço era absurda e, agora, já cabia no orçamento. Consegui minha primeira DSLR.

Agora eu era um perdido na vida que me achava fotógrafo. Eu não conseguia parar em nenhum emprego. Tinha sérios problemas com autoridade e nada era bom o su�ciente pra mim. Mas, parece que fotografar é meio terapeutico. Estou longe de ser um psicólogo (que se acha fotógrafo), mas eu atribuo várias mudanças positivas na minha vida à prática da fotogra�a. Consegui parar por mais de seis meses em um emprego e até fui promovido duas vezes (depois acabei chutando tudo pro alto para ser fotógrafo em tempo integral, mas essa é uma outra história)! Minha autoestima era outra. Aliás, minha autoestima passou a existir. Um mundo de possibilidades se abria na minha frente. Desde então fui a lugares e conheci pessoas que eu nunca imaginei conhecer.

Eu não quero soar como um desses pregadores ex-satanistas que agora encontrou a Jesus. O que eu quero dizer com isso tudo é: gente que se achava fotógrafo foi de uma importância inexplicável para que eu começasse a fotografar, e fotografar foi de uma importância inexplicável para que eu tomasse um rumo na vida. É tanto fotógrafo reclamando hoje em dia: "Agora todo mundo tem uma câmera e se acha fotógrafo!", "Qualquer pessoa que tem Insta-gram no celular sai por aí fotografando!", entre outras ladainhas que a gente já está cansado de ouvir/ler por aí. Eu gostaria que todo mundo pudesse ter uma câmera. Uma câmera não é só um aparelho eletrônico, ou instrumento de trabalho. Uma câmera é uma terapia. Uma câmera é um mediador entre uma pessoa e um mundo de detalhes, descobertas, observações, relacionamentos, con�ança e autoestima. Eu gostaria que todo mundo pudesse ter a oportunidade de se achar fotógrafo.”

Leo Neves - Fonte: http://leoneves.net/blog/qualquer-um-compra-uma-camera

“Qualquer um compra uma câmera e se acha fotógrafo!” Que bom. Recomendo.

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Como utilizar o guia?

Passo1: Desenvolvendo o olhar.Foco: ComposiçãoEquipamento: Compacta/celular

Passo 2: Introdução à fotometriaFoco: Triângulo da exposiçãoEquipamento: Compacta avanç./Bridges

Passo 3: Avançando com analógicasFoco: Fotometria avançada, focagem e lentesEquipamento: Câmera analógica SLR

Passo 4: Aprofundando com DSLR’sFoco: Elementos avanç., iluminação e manipulaçãoEquipamento: Câmera DSLR

Como apresentado no título, esse guia procura ser um proces-so de desenvolvimento escalar, ou seja, que vai aumentando de maneira gradativa. A escala aumenta em nível de profundi-dade, de conhecimentos e, inclusive, de dispêndio �nanceiro (os custos dos 3 primeiros passos são relativamente baixos, aumentando gradativamente até os custos mais elevados do quarto passo). Os passos são organizados do seguinte modo:

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1º passo: Desenvolvendo o olharO primeiro passo para um fotógrafo aprendiz é o desenvolvimento de um olhar mais apurado sobre as cenas do cotidiano. Transformar o comum em arte é o grande diferencial do bom fotógrafo.

Visando o aprendizado gradativo, elenca-mos alguns pontos interessantes para o desenvolvimento do olhar sob a perspec-tiva de alguém que não possui equipa-mentos avançados.

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Custo:Baixo, podendo utilizar seu smartphone ou câmera compacta.

Foco:Aprender sobre a com-posição de uma fotogra�a.

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Comprando equipamentos iniciaisComo o primeiro passo tem como foco ser um passo que não envolva muitos gastos, indicamos que, caso não haja uma disponibilidade para compra de equipamentos, não se preocupe com isso, o celular pode ser muito útil, desde que possua uma câmera razoável (a linha Nokia Lumia possui ótimas câmeras e bons preços).

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Equipamento sugerido com base em custo-benefício:Samsung ST77 - Compacta barata com boa lente (25mm f2.5), recursos úteis e até certo controle de exposição. ~ 250 reais.Canon Powershot A3400 IS - Com-pacta barata com tela touch e bons recursos. ~300 reais.

Caso haja o interesse na compra de um equipamento para iniciantes, sugerimos a compra de uma câmera compactas, pois você pode carregá-las com você para qualquer lugar, desenvolvendo melhor o olhar apurado. Caso tenha uma câmera mais avançada, pode utilizá-la sem problemas.

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Composição: A regra dos terços

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A regra dos terços é uma das mais clássicas diretrizes da fotogra�a. Bus-ca-se encontra um equilíbrio na com-posição por meio da divisão do quadro em uma grade de nove retân-gulos iguais. Os pontos principais da captura distribuem-se em uma ou mais intercecções, ao passo que as linhas pricipais horizontais e verticais acompanham as linhas principais da grade criada.

Dicas úteis: -Focar os olhos em interce-cções; -Em uma paisagem, o horizonte �ca na linha inferior caso queira valo-rizar os elementos do céu, caso não, colocar na linha superior; -Os quadros diagonais podem ser oportunos para colocar elementos interessantes; -Regras são feitas para serem quebradas. Quebre com bom senso. :)

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Composição: Simetria e Perspectiva LinearOutras duas bases ricas para enquadramento de uma imagem é o uso de simetria e da perspectiva linear. Na foto à direita, simetria traz um efeito de harmonia e beleza à foto.

Já na foto abaixo, a perspec-tiva linear gera uma ilusão ótica que parece uma con-vergência de duas linhas paralelas, fato que fornece muito impacto à captura. Experimente. :)

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Composição: Diferentes pontos de vistaCapturas alternativas fazem toda a diferença em uma fotogra�a. Buscar pontos de vista diferentes é uma estratégia que diferencia muito uma captura de um local. Algumas dicas

interessantes são: -Procurar enquadrar o assunto princi-pal da fotogra�a utilizando algum elemento da paisagem, como na foto superior desta página. Elementos interessantes como cercas, buracos em muros, arcos de templos, galhos de árvores etc. podem tornar única a

sua fotogra�a!

-Outros pontos de vista alternativos podem compor uma captura de maneira sem igual, tais como em um espelho, do chão de um local, do alto de uma pais-

agem etc.

-Trabalhar com diferentes planos e com bastante pro-fundidade pode dar um efeito interessante à fotogra-�a, quanto mais camadas, maior a impressão de pro-

fundidade.

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Composição: Cores e tons

A cor é um dos elementos mais poderosos em uma fotogra�a, sendo essencial seu estudo e trabalho na hora de compor. Os pontos principais a destacar são:

-Cores intensas chamam mais atenção;

-Cores opacas se fundem com o plano de fundo;

-Fotos em preto e branco realçam expressividade, dão um ar de nostagia e, quanto maior o contraste, maior seu impacto;

-Tons mais escuros podem dar um efeito de suspense à fotogra�a;

-O olho é seduzido primeira-mente a tons mais claros.

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Composição: Padrões e quebrasO trabalho com padrões estruturam composições interessantes. Saber trabalhar na quebra de padrões, como na foto abaixo, com as quebras de cores, também geram um impacto considerável.

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Composição: Sombra, re�exo e silhueta.A relação com a luz de uma captura pode gerar efeitos de grande impacto quando bem trabalhada. As sombras geradas pela luz batendo em um corpo constantemente auxilia em composições criativas, já o re�exo, especial-mente em paisagens com água, cria efeitos muito ricos, e, por último, a silhueta favorece o contorno em uma com-posição, devendo ser trabalhada em contraluz.

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Composição: Realce de formas e texturasA iluminação pode ajudar a enfatizar texturas e formas quando colocadas de maneira mais próxima. Aprender a realçar objetos por meio de uma iluminação e proximidade adequa-das pode ser o diferencial em uma fotogra�a. Expressões faciais e efeitos em água também podem ser enfatizadas por meio de luzes, sejam

arti�ciais ou naturais.

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Composição: Momentos únicos“O melhor equipamento é aquele que está

com você.”Esta frase é uma das máximas no universo da fotogra�a. Isso porque alguns momentos são únicos, e fazer a captura dos mesmos é um dos principais papéis de um bom fotógrafo. Tenha sempre uma câmera com-pacta ou smartphone com você, pois certos

momentos nunca voltam.

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para melhor enquadramento e adicionando componentes que podem tornar a captura mais interessante.

Composição: Interferência criativa

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Utilidades para quem está começandoO mais importante para quem está começando é, como já foi dito, o desenvolvimento do olhar. Para isso, quanto maior o número de referências (e estudo delas), melhor.

Além disso, alguns blogs oferecem dicas e diálogos bastante ricos, procure sempre dedicar um tempo do seu dia para o estudo de referências e leitura de blogs temáticos.

Eis aqui algumas sugestões:

Livro - O olhar do fotógrafo - Michael Freeman

Livro - Guia Completo de Fotogra�a - National Geographic

www.dicasdefotogra�a.com.br

www.facebook.com/groups/referencias/

www.facebook.com/lists/388447211276243

www.500px.com

Escolhendo uma câmera - www.cameraversuscamera.com.br

A dica �nal é: fotografem, fotografem MUITO! E postem suas fotos, com a hashtag #olhar, no grupowww.facebook.com/groups/escaladadoaprendiz/ para uma interação e aprendizado mais ricos. =)

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Desenvolvendo o olhar: atividade práticaAgora que você já conhece algumas regras principais, entende sobre diversas maneiras de capturar uma fotogra�a, tem fontes ricas para se atualizar e possui um equipamento minimamente válido para a atuaçãoem campo, é hora de praticar! #vemprarua

A atividade do primeiro passo é a seguinte:

1. Decidir uma das temáticas de composição abordadas no guia; 2. Ir para a rua com o objetivo de fotografar - o famoso rolê fotográ�co;

3. Fotografar apenas com o foco na composição abordada (se foi trabalho com P&B, nada de cores);

4. Descobrir um pouco de processamento pós captura no www.picmonkey.com ou em apps como Instagram (apple), Fhotoroom(windows phone) e Mytubo (Android), cuidado com excesso de edição, estragam a originalidade da foto e a capacidade do fotógrafo, brinque com edições básicas, como contraste, saturação, cores etc. ;

5. Selecionar as 10 melhores fotos e divulgar na sua rede de amigos;

6. Selecionar a melhor e postar no grupo https://www.facebook.com/groups/escaladadoaprendiz/ com a hashtag #olhar

7. Absorver e interagir com os feedbacks do grupo e buscar aprender cada vez mais.

8. Se preparar para o próximo rolê.

A teoria é o mínimo, o importante é se desenvolver na prática. “Somos o que fazemos repetidas vezes. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito.” Aristóteles

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2º passo: Descobrindo a fotometriaA fotometria é, por de�nição, o cálculo que se faz da quantidade de luz em uma fotogra�a. Uma boa exposição à luz faz toda a diferença na qualidade de tons, cores e detalhes registrados em uma cap-tura, por isso a fotometria é tida como fundamental na atuação de fotógrafos mais avançados.

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Custo:Médio, fazendo-se necessária uma câmera com controle total de exposição.

Foco:Introdução à fotometria, como uso de velocidade do obturador e ISO.

Para evitar uma foto clara demais, escura demais ou com perda de detalhes que a tornariam espe-tacular, um fotógrafo pode atuar com os seguintes elementos: -Abertura do diafragma-Sensibilidade à luz (ISO)-Velocidade do obturador

Trabalho com Light Painting é um uso interessante da fotometria e trabalho criativo com a exposição àluz.Fonte da imagem:www.arquitetonico.ufsc.br/light-painting

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Equipamentos intermediáriosA introdução à fotometria pode ser feita com a compra de câmeras baratas e intermediárias, como bridges (”ponte” entre compacta e DSLR) e compactas avançadas, que oferecem a possi-bilidade de fazer capturas com qualidade pro�ssional. O impor-tante é a compra de uma câmera com controle total de exposição. Cuidado quando for comprar uma bridge, pois a maioria não possui muitas diferenças de uma compacta, apesar de ter uma aparência de câmera avançada, podendo enganar muitos con-sumidores com preços que não condizem com o seu potencial.

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Indicações:Fuji linha S (s4800, s2800) - Bridges superzoom com qualidade, ótimo controle de exposição e boa estabi-lidade de captura. ~500 a 1000 reais.Samsung WB150F - Compacta avançada a preço razoável com ótimos recursos, incluindo wi� e zoom 18x. ~500 reais.Canon SX (150 e 160) - Considerada como o melhor custo benefício nas intermediárias. Alta qualidade de captura e de recursos. ~500 a 1000 reais.

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ISO

Velocidade Abertura

Exposição correta

Fotometria: O triângulo da exposiçãoO controle que fazemos sobre a luz em uma fotogra�a é chamado de exposição, e a sua compreensão é fundamental para a elaboração de fotos mais avançadas.

Uma exposição correta se dá por meio do equilíbrio entre a sensibilidade à luz (ISO), tempo de exposição (velocidade do obturador) e entra-da de luz pela lente (abertura do diafragma).

Pensando sempre na luz como referencial, é fácil criar um esquema dos papel de cada elemento de maneira resumida na cabeça:

-O tempo que a captura �ca exposta à luz depende da velocidade que o obturador se abre e fecha. Se for muito lento, muita exposição.

-A abertura da lente permite grande ou pequena entrada de luz na captura, dependendo do seu tamanho.

-A sensibilidade à luz in�uência na facilidade da captura de luz em uma fotogra�a.

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Exposição: Velocidade do ObturadorA velocidade do obturador in�uencia, basica-mente, no tempo que o sensor/�lme �ca exposto à luz. Quando a velocidade é muito alta, como 1/1000 (geralmente as câmeras mostram apenas como 1000), tem-se pouca exposição à luz. Já o oposto, com velocidades muito baixas, como 8 segundosde exposição (8’’), tem-se um período grande de entrada de luz na imagem.Ressaltando que, em certas velocidades (mais lentas que 1/60), a captura pode sair tremida se a câmera não for colocada em um tripé ou em uma superfície estável.

Aplicações interessantes: velocidades muito rápidas podem congelar movimentos rápidos, como asas de um beija-�or (fazendo-se necessário compensar com as outras con�gu-rações do triângulo). Já velocidades muito lentas podem dar aspectos interessantes a rios e cachoeiras, promovendo também uma rica entrada de luz em situações muito escu-ras.

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Exposição: Abertura do DiafragmaO papel da abertura do diafrag-ma está relacionado à entrada de luz pela lente. Um diafragma muito aberto (f/2) permite grande entrada de luz, já um diafragma muito fechado (f/22) permite pouca entrada de luz. A profundidade da captura também sofre in�uência da abertura, tendo um campo mais profundo na captação com a diminuição da abertura do diafragma.

Usos interessantes: situ-ações com pouca luz pedem o uso de diafragma aberto, bem como fotogra�as muito próximas onde há um inter-esse em desfocar o fundo da imagem. Paisagens com muita luz solar e profundi-dade podem ser melhor cap-turadas com diafragma fechado, que tem maior alcance e evita uma superex-posição de luz.

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Exposição: Sensibilidade à Luz (ISO)O último ponto a ser trabalhado em um equilíbrio do controle de luz é a sensibilidade do sensor/-�lme. Geralmente, o trabalho com o ISO é feito apenas quando a luz necessária não é su�ciente em uma composição, devido ao fato de que o aumento da sensibilidade geralmente ocasiona em aumento de ruído em uma captura, prejudican-do a qualidade e a nitidez da foto.

Vale ressaltar que o avanço da tecnologia nas câmeras tem feito com que as mesmas gerem cada vez menos ruídos em ISO muito altas.

Aplicações úteis: captura de pontos de luz muito pequenos, como estrelas no céu, pode ser conse-guida apenas por meio de um aumento no ISO.

Fontes: http://www.tecmundo.com.br/fotogra�a-e-design/14843-como-fotografar-ceus-estrelados.htmhttp://grupocapture.wordpress.com/tag/tabela/

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Desenvolvendo a fotometria na práticaComo em todas as fases de aprendizado desse guia, o desenvolvimen-to das habilidades em fotometria só pode ser desenvolvido na prática. Para isso, mais uma base de exercícios pode auxiliar você a entender cada vez mais os elementos do triângulo de exposição:

1. Teste suas fotos com diversas con�gurações.

2. Tente fazer uma bateria de fotos em superexposição, subex-posição e exposição balanceada. Identi�que as diferentes con�gurações aplicadas para os diferentes resultados.

3. Pratique o Light Painting, exercício no qual você cria desenhos com a luz. Procure descobrir as con�gurações para um bom desenho e mãos à obra!

4. Procure, utilizando um suporte estável como um tripé, realizar fotos de sua cidade à noite com longas exposições (velocidade lenta), como 8’’.

5. Novamente, compartilhe suas fotos, postando com a #foto-metria, no https://www.facebook.com/groups/escaladadoaprendiz/ para receber feedbacks, dicas e referências legais.

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Fotometria: conteúdos úteisA abordagem da fotometria já é um pouco mais avançada, tendo um alto nível de conteúdo espalhado pela internet e pelas livrarias. Como esse é um guia básico, é aconselhável que você se aprofunde por meio desses conteúdos:

-O novo manual de Fotogra�a - John Hedgecoe

-Fotogra�a Digital Passo a Passo - Tom Ang

-Manual da Fotogra�a Digital - Luz e Iluminação - Michael Freeman

- http://www.dicasdefotogra�a.com.br/aprenda-a-fotografar-em-7-licoes

- http://fotosealbuns.com/blog/2009/11/modo-manual-parte-1/

- http://www.tecmundo.com.br/fotogra�a-e-design/

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3º passo: Avançando com analógicasO uso de câmeras analógicas (que utilizam �lmes) diminuiu muito com o avançar da fotogra�a digital. Porém, é um universo bastante ativo, com uma grande oferta de câmeras, grupos de discussão, blogs e, inclusive, cursos especializados.

Qual a vantagem da câmera analógica no processo de aprendizagem de um fotógrafo que está começando? Primeiramente, o custo de equipamento chega a ser 5x menor (com suas exceções). Em segundo lugar, a ausência de tecnologias que protegem do erro, bem como a impossibilidade de saber o resultado no momento, exige do fotógrafo uma consciência muito maior de controle de exposição, o que é uma prova de fogo na evolução de um aprendiz. Por último, o contato mais profundo com equi-pamentos, como o uso de lentes diversas, traz ao fotógrafo um maior conhecimento sobre diversos fun-damentos, a�ando cada vez mais suas habilidades e compreensão sobre tal arte.

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Custo:Médio, câmeras analógi-cas em funcionamento antigas são baratas, havendo apenas um maior gasto com �lmes e revelação.

Foco:Domínio total sobre foto-metria e aprendizagem em foco, equipamentos e controle de abertura.

Fonte da foto: http://thenewsurf.com/2012/01/19/its-not-the-dogs-fault/

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Analógicas: qual a diferença?Primeiramente, é preciso ressaltar que o universo das câmeras analógicas é enorme, havendo diversos tipos de câmeras - TLR’s, médio formato, grande formato, SLR, point-and-click etc. A pretenção não é se prender a esse ponto, mas atentar os leitores de que é muito mais do que falaremos aqui. O foco das analógicas desse guia são as SLR, single-lens re�ex, que utilizam �lmes de 35mm.

Em que as analógicas se diferenciam das digitais?

-O uso de �lme faz com que o ISO utilizado seja único, pois é a ASA do �lme que está dentro da sua câmera. Mas o resulta-do é igual, sendo que, em vez de ruído, as analógicas geram grãos na captura, vistos por muitos fotógrafos como um elemento lindo.

-Nas fases anteriores, as câmeras (compactas, bridge e de celular) possuiam certo delay na captação, fato que não ocorre nas analógicas, com captura instantânea devido à estrutura de espelhos da câmera. -As lentes têm muito maior controle de foco e, por serem intercambiáveis, oferecem um horizonte de equipamentos muito rico. -As câmeras são lindas e os resultados também, aproveite. :)

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Sabe quem é o possível proprietário dessas analógicazinhas? Mr. Marck Zuckerberg, que postou essa foto em

seu facebook. :)

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Comprando uma analógica SLRA compra de uma câmera analógica SLR é bem mais deli-cada, pois há um universo grande entre elas e, por serem usadas, o risco de pegar algo com problemas é alto. O indi-cado é comprar com conhecidos ou em lojas que ofere-cem algum período de garantia. Cuidado com compra online.Pontos a se atentar: veja se o fotômetro está funcionando, veri�que se a objetiva possui qualquer tipo de fungo, veja se os espelhos disparam com velocidade adequada e se todas as peças estão ok.Geralmente as câmeras mais baratas vêm com uma lente 50mm, que é barata e faz ótimas capturas.

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Indicações:Zenit - Uma clássica nas analógicas. Fabricação russa, geral-mente é a mais barata das SLR encontradas em bom estado nos dias de hoje. ~150 reais.Pentax K1000 ou Spotmatic - Linda câmera de alta quali-dade. ~300 reais.Olympus OM - Ótimo visor e qualidade. ~300 reais.Nikon FM - Qualidade Nikon e grande compatibilidade entre lentes antigas em câmeras novas (DSLR). A partir de 300 reais (diversos modelos). Zenit e Pentax, testadas e aprovadas.

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Entendendo mais sobre lentesComo foi dito, a possibilidade de possuir diversas lentes (também chamadas de objetivas) diferentes é algo muito especial nas analógicas. Fato que favorece bastan-te o aprendizado sobre distância focal de uma lente. Geralmente, a lente possui os seguintes dados a se aten-tar:

-Número de mm (28mm, 50mm, 18-55mm etc.), repre-sentando a distância focal. Quando tem-se um intervalo (18-135), é a distância mínima e máxima de uma lente com possibilidade de zoom. -Abertura da lente (1.4, 2, 2.5-6.4 etc.), representando a abertura máxima que a lente pode conseguir. Em casos de intervalo, são as aberturas máximas na menor distân-cia focal e na maior distância focal. -Lentes �xas (sem zoom) tem um processo de construção diferente, o que permite que as mesmas tenham maiores aberturas, sendo geralmente mais claras (entra mais luz).

Fonte da imagem: http://atelliefotogra�a.mtv.uol.com.br/equipamentos/elementos-da-fotogra�a-objetivas/

ULTRAOBJETIVA

TELEOBJETIVA

GRANDEANGULAR

ULTRA GRANDEANGULAR

OLHO DE PEIXE

PADRÃO

1200mm

300mm

105mm

50mm

35mm28mm24mm

21mm

8mm

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Trabalhando com o foco manualUm dos maiores ganhos da fotogra�a avançada com câmeras analógicas é que elas possuem lentes com con-trole de foco manual (anel de controle), característica pre-sente apenas em DSLR’s e câmeras digitais avançadas, que geralmente são muito mais caras e de difícil acesso.

O controle manual faz com que o fotógrafo possa centrar a nitidez de uma imagem em planos especí�cos, desfocando outros planos, habilidade que permite a composição de fotos incríveis.

Na foto ao lado, uma grande angular consegue desfocar o fundo e deixar apenas a modelo com nitidez, gerando o efeito de fundo desfocado.Fonte: http://neil-vn.com/tangents/re-view-nikon-af-s-28mm-f1-8g-lens/

Complementando o anel de controle de foco, tem-se a abertura do diafragma, que de�ne a profundidade do campo. Quanto mais clara a lente melhor o des-foque (característica também consegui-da se aproximando do objeto), e quanto menor a abertura do diafragma, maior a profundidade de campo (f alto).

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A fotometria em uma analógica

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Quem está acostumado com o uso de câmeras digitais estranha muito ao entrar em contato com uma SLR. Os fotômetros de câmeras analógicas são muito diferentes, fazendo necessário o uso de algumas estratégias para fotografar, visto que a precisão é fundamental nesse caso.

A estratégia principal é Sunny 16, utilizada por muitos fotógrafos de analógica como base para equilibrar a exposição, sendo ajudados pelo fotômetro da câmera. Sobre a regra Sunny 16:

-Primeiro de tudo, calibrar a velocidade do obturador próxi-mo ao valor da ASA do �lme (ISO), por exemplo - ISO 100, velocidade 1/125.-Agora que tem-se a velocidade e o ISO de�nidos, resta ajus-tar a abertura, seguindo os respectivos padrões:

Ambientes muito claros (areia e neve) - F22 Dias de sol (muita luz) - F16 Dias com algumas nuvens - F11 Dias nublados - F8Tempo fechado - F5.6 Sombra/Pôr-do-sol - F4

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Precisa de ajuda? Alguns links úteis

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Entrar no universo das analógicas pode ser um poouco difícil por conta de: di�culdade para encon-trar uma câmera em bom estado; di�culdade para a manutenção de câmeras; di�culdade para encontrar �lmes; di�culdade para revelar os �lmes.

Porém, esse mesmo universo é composto por manía-cos apaixonados que sempre estão se dedicando para melhorar o acesso a tais coisas e tudo está mais fácil atualmente. Dois grandes incentivadores desse ecossistema são:

http://queimando�lme.com.br/http://www.lomogracinha.com.br/http://esquinadafoto.com.br/

Os dois primeiros sites possuem links nos quais você pode encontrar locais para compra, manutenção e revelação de equipamentos de fotogra�a analógica, já o terceiro é um interessante fórum. Além disso, há um grupo de discussão do pessoal do Queimando Filme no Facebook que é fantástico, todos dispostos a ajudar e ensinar!

www.facebook.com/groups/grupoqueimando�lme/

A fotogra�a analógica em preto e branco. Qualidade incrível. Fonte:http://www.stevehu�photo.com/2013/03/07/forgotten-friends-the-year-old-camera-fuji-x10-by-colin-steel/

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Desenvolvendo-se com a prática analógicaAgora é a hora de testar a precisão de fotometragem de maneira avançada! Comece comprando �lmes baratos (kodak pro image 100 custa em torno de 7 reais - 36 poses) e apenas levando para digitali-zar (custa aproximadamente 10 reais o rolo). Assim você consegue ter um primeiro contato sem perder muito dinheiro devido às inu-meras poses perdidas nos primeiros clicks de adaptação.

Ao passo que o olho �ca melhor calibrado, procure conhecer mais o processo de revelação, conversando com pessoas que entendem e participando de fóruns especializados. Não se esqueça de postar suas fotos com #analogica no nosso grupo do facebook. :)

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Amantes da fotogra�a analógica podem comprar o próprio scanner (um simples da epson faz um ótimo trabalho - V330 -, custando 399 reais) para escanear seus próprios negativos revelados (revelação de negativo custa aproxi-madamente 5 reais por rolo). O processo de revelação faz com que você entenda muito mais de cores e iluminação.

Após entender tudo, parta para a revelação e ampliação próprias em laboratório (existe guia para labs caseiros), pois dizem ser as partes mais incrível da atuação com analógicas

Fonte da foto: http://www.stevehu�photo.com/2013/02/12/user-report-the-fuji-x-e1-camera-review-by-alexander-hessentswey/

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4º passo: Tirando o máximo da DSLRA qualidade da captação das fotos de uma DSLR, bem como o horizonte de controle sobre ISO, velocid-ade do obturador, abertura de diafragma e alcance focal, fazem desse tipo de câmera uma ótima opor-tunidade para fotos de nível pro�ssional. Porém, muitas pessoas começam a fotografar com DSLR’s e acabam deixando de aprender a lidar com a exposição, foco e outras coisas, o que é um enorme desper-dício do potencial dessa câmera.

A partir deste passo, o desenvolvimento do fotógrafo torna-se mais pro�ssional, exigindo uma maior dedicação à prática fotográ�a e o envolvimento em cursos de aprimoramento e desenvolvimento de novas técnicas mais avançadas.

Esperamos que esse pequeno guia possa ter te guiado por um caminho incrível de aprendizados. Se te ajudou, passe adiante, ajudando na formação de novos fotógrafos e amantes da fotogra�a.

$Custo:Alto, equipamentos mais avançados são bastante caros, porém, os ganhos de qualidade são enormes.

Foco:A�nar as habilidades gerais de composição, utilizando todos os conceitos do guia, por meio da prática.

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Comprando uma DSLRNa hora de comprar uma DSLR, alguns pontos tornam-se fun-damentais:

-Veri�car se a câmera permite a troca de lentes;-Veri�car o tamanho do sensor (real responsável pela quali-dade das fotos, diferencial nas DSLR). Quanto maior, melhor;-Veri�car o desempenho em ISO alta (em termos de ruído);-Veja a empunhadura que mais se adequa a você;-Veja o display que você utiliza melhor;-Procure muita, mas muita, informação na internet.

Há uma grande discussão sobre Canon x Nikon, porém, a maioria diz que elas são muito parecidas, in�uenciando a decisão em poucos pontos, especialmente o gosto pessoal de cada um. Para câmeras de entrada, aconselho cada vez mais a Canon, devido a uma tecnologia que facilita o desempenho de outras lentes e, principalmente, pelo avanço nas tecnolo-gias de gravação de vídeos. Novamente, em termos de quali-dade de foto, a diferença não é perceptível.

Indicações de compra:

Canon T3 e Nikon D3100 - As de melhor custo-benefício das DSLR. São as mais baratas, mas já começam a sair de linha. Na faixa de 1800 reais (jul/13). Brevemente T3i e D5100 assum-irão esse posto nessa faixa de preço.

Canon 6D - Altíssima qualidade (full-frame) mais em conta do mercado. Na faixa de US$2000,00.

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Como ler um histograma?A leitura de um histograma parece ser muito compli-cada por ser um grá�co tão cheio de variações e que muda tanto a cada foto. Tal característica faz com que muitos fotógrafos aprendizes desconsiderem a pre-sença dessa ferramenta avançada em suas câmeras.

Na verdade, a leitura de um histograma é muito útil e bem mais fácil do que parece. Vamos aos pontos prin-cipais:

-O quadro do histograma divide a imagem em regiões que mostram os tons de uma escala monocromática, indicando se há muita sombras ou muita claridade.

-Na região extrema à esquerda apresenta a quanti-dade de pontos mais escuros da foto, já à direita, os pontos mais claros.

-Imagens com muito contraste apresentam o grá�co concentrado nos dois extremos (há muita concen-tração de tons claros e muita concentração de tons escuros, por isso o contraste).

-Imagens muito mortas apresentam o grá�co concen-trado bem no centro e ausente nos extremos.

Perceba, nas imagens acima, a apresentação das informações no histograma em uma fotogra�a com grande presença de pontos escuros e em uma com predominância de pontos claros. Fonte: http://www.dicasdefotogra�a.com.br/como-interpretar-um-histograma

Quer aprender mais sobre histogramas? Então con�ra essa ótima matéria do TecMundo - http://www.tecmundo.com.br/8616-fotogra�a-como-funcionam-os-histogramas.htm

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Manipulação de imagensExiste um grande preconceito com a manipulação de imagens devido a trabalhos exagerados que tiram a essência da fotogra�a. Porém, um elemento muito importante de uma foto é o processamento após a captu-ra, feito por meio de programas espe-cializados (já trabalhamos super�cial-mente com o processamento básico no primeiro passo).

Em casos mais avançados, o programa mais utilizado para processamento de fotogra�as é o LightRoom (não con-fundir com photoshop, pois esse é uma especialização para fotogra�as). Para um bom trabalho de manipu-lação, o aconselhável é a captura em arquivos RAW (do inglês - “cru”/”estado natural”) . Muitas vezes esse tipo de arquivo pode parecer até pior que a foto em JPEG, mas é muito mais útil para o processamento pós-captura.

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Close-Up com DSLR’sA vantagem das capturas de DSLR’s serem instantâneas (estrutura de espel-hos da câmera) e de alta qualidade faz com que tomadas de close-up, utilizando uma lente macro, possam ser bastante diferenciadas. Algumas dicas sobre mac-rofotogra�a:

-Luz frontal tem boa exposição, mas perde os detalhes da textura. Contraluz traz um efeito de delicadeza e transpar-ência, além de fortalecer silhuetas. Luz lateral favorece efeitos tridimensionais. -Evite fundos muito chamativos, o impor-tante é o foco no assunto principal.

-Horários ricos para fotogra�a de �ores ao ar livre são os melhores - entre 8h30 às 9h.

-Para insetos, fotografar no mesmo nível do inseto favorece uma composição interessante.

-Efeitos com gota d’água são muito bons, a iluminação arti�cial pode gerar re�exos legais.

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Iluminação avançada

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Três tipos de iluminação podem compor diferentes fotogra�as: natural, arti�cial e fontes combinadas. A utilização de ilumi-nação arti�cial se dá por meio de �ashs, luzes contínuas, re�etores, fundo branco etc., muitas vezes sendo necessário o uso de estúdios para um trabalho mais avançado. Já em outros casos, o �ash e focos simples de luz podem produzir o efeito deseja-do. Usar �ash é algo muito delicado, podendo estragar uma fotogra�a se não possuir grande conhecimento sobre o artifício.

Algumas das muitas técnicas de iluminação avançada:

High KeyFoto ao lado. Trabalho com imagens muito bril-hantes e poucas som-bras, podendo possuir altas-luzes superexpos-tas. Plano de fundo claro e muitas fontes de luz compõe essa técnica.

Low KeyUtilizada em retratos de estúdio, reduzindo o número de fontes de luz. O importante é compor a imagem por meio das sombras. Trabalhar com contraste e P&B é um ganho amais

Controle de luz naturalHá grande defesa do trabalho com a integri-dade natural da ilumi-nação. DSLR’s muitas vezes possuem sistema de medição de luz TTL, que auxilia o controle de luz natural por meio do �ash. Aproveitar “horas douradas”, efeitos do sol e trabalho na sombra são fundamentais.

Luz em paisagensO trabalho com luz em paisagens é essencial. Nascer e pôr-do-sol compõe uma atmosfera incrível e cheia de cores. É importante saber os efeitos da posição do sol e nuvens em uma com-posição, por exemplo: sol de meio dia é delica-do e o céu nublado pode difundir a luz.

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Bracketing e HDR

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Em muitos casos, a iluminação natural não permite que, em uma captura apenas, se consiga pegar todos os detalhes de uma composição. Às vezes o fotômetro calibra a iluminação com base no céu e o primeiro plano �ca muito escuro e com excesso de sombras, sendo que o contrário também ocorre. Para isso, utiliza-se uma técnica de pós-processamento conhecida como HDR, que é mesclar diferentes capturas com diferentes condições de luz. O termo “bracketing” vem do inglês - “colocar em conjunto”, e é uma capacidade que DSLR’s possuem - capturar um conjunto de fotos com diferentes tipos de exposição. Na prática - em um disparo, consegue-se uma captura mais escura, uma captura equili-brada e uma captura mais clara (o ajuste das de�nições de exposição é feito pelo fotógrafo) .Por meio de bracketing, o fotógrafo pode mesclar esse conjunto de exposição e produzir uma foto em HDR (High Dinamic Range - Alto Alcance Dinâmico), mas é preciso tomar muito cuidado para não produzir imagens com perda de naturalidade e realismo,

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Aprofundando-se: links úteisPrincipalmente no que tange a conteúdos mais avançados sobre fotogra�a, é necessário se aprofundar e ir muito além deste guia. Para dominar com primazia uma DSLR, um bom trabalho de iluminação e um bom processamento pós-captura, você precisa fazer cursos e se dedicar bastante. Mas a recompensa é que o horizonte de atu-ação �ca cada vez maior, transformando sua câmera em um brinquedo com in�nitas possibilidades.

Algumas dicas e links úteis para colaborar na sua evolução:

Escola Pública de Fotogra�a (canal do youtube) - Muitas opiniões extremamente satis-feitas com o curso gratuito oferecido pelo prof. Sit Kong Sang. Con�ra: http://www.youtube.com/playlist?list=PLX5nKvA10bA3s3444_DbvY97gkMUAXMms

Blog do Leo Neves - Sensacional, cheio de questionamentos e com muitas dicas de iluminação, vale muito a pena conferir: http://leoneves.net/blog/

Revista Digital Photographer Brasil

Fotogra�a DG - Um dos mais famosos portais de conteúdos úteis para fotógrafos avançados. http://www.fotogra�a-dg.com/

Agora a parte prática é com você, ir pra rua e fotografar bastante! Dedique um dia exclusivo para desenvolver habilidades em Macro, outro dia para aprender a produzir fotos em HDR no LightRoom e comece a tentar interagir com iluminação arti�cial. Não se esqueça de postar suas fotos com #DSLR no grupo do facebook, a interação é parte fundamental para o desenvolvimento do fotógrafo.

Aprendi muito produzindo esse guia, espero que vocês tenham aprendido muito utili-zando-o. Divulgue ao máximo o material, quanto mais gente fotografando, melhor! :)

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