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8/19/2019 A Escola Dominical: Meio de Edificação e Evangelização
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Escola Dominical:Edifcação e Evangelização
“Eu tenho a certeza que as escolasdominicais são, atualmente, a melhor
instituição prática para controlar esseselementos indisciplinados e violentos dasociedade e providenciar-lhes umaeducação básica! − Robert Raikes em
audiência com a Rainha Carlota da Inglaterra.1
INTRODUÇÃO:
Escola Dominical foi idealizada pelo Sr. Robert Raikes (1!"#1$11%& um 'ornalista ue no ano de 1$)& em *loucester& na Inglaterra& iniciou umtrabalho de educa+,o crist, ministrada - crian+as ue n,o freenta/amescola. 0 este homem sem d/ida alguma& de/emos o in2cio sistem3tico destaescola t,o singular&2 ue se espalhou rapidamente por toda a Inglaterra&
tendo oposi+,o& toda/ia& contando tamb4m com o entusiasmo e apoio de inumer3/eispessoas& tais como& 5ohn 6esle7 (1)!#181%3 e 6illiam 9o:& ue “"undou a
1Apud ;a: homem ue in/entou a Escola Dominical? In? Brasil Presbiteriano,setembro de 18$@& p. $.
2Aemos um bom esbo+o histBrico da Escola Dominical fundada por Raikes& no artigo de ;a: homem ue in/entou a Escola Dominical? In? Brasil Presbiteriano, setembro de 18$@& p.$. d. tamb4m Carl 5oseph ahn& ist!ria do "ulto Protestante no Brasil, S,o aulo& 0SAE.& 18$8&p. F@#F"%. Recordemos& no entanto& ue antes de Raikes hou/e trabalhos semelhantes& contudo& n,ocom a mesma desen/oltura. Em 1"8& uma inglesa ha/ia come+ado trabalho similar em igh67combe? annah =all relataria o seu trabalho a 5ohn 6esle7 em 1)? “#s crianças se re$nemduas vezes por semana, aos domingos e segundas-"eiras % um grupo meio selvagem, masparece receptivo & instrução 'rabalho entre eles com a (nsia de promover os interesses de)risto! (Apud Duncan 0. Reil7& 0 >rigem das Escolas Dominicais? In? #$positor "rist%o,1)G)1G18@& p. .
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primeira organização para promover escolas dominicais!8 Em 1$$ a EscolaDominical '3 possu2a& sB na Inglaterra& mais de F@) mil alunos matriculados.9
1 A #;"OCf. Duncan 0. Reil7& ist!ria Do+u.ental do Protestantis.o no Brasil, S,o aulo& 0SAE.& 18$& p.$!#$.?Carta In? Duncan 0. Reil7& ist!ria Do+u.ental do Protestantis.o no Brasil, p. $!#$. d. as razes In? Duncan 0. Reil7& ist!ria Do+u.ental do Protestantis.o no Brasil, p. $ss.
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12 Os "on0re0a+ionais: U.a #s+ola De(initia:
> Dr. Robert Reid alle7 (1$)8#1$$$%& m4dico e pastor escocês& acompanhadode sua esposa& SrT Sarah oulton alle7 (1$F@#18)%& desembarcou no Rio de5aneiro no dia 1)G)@G1$@@& -s cinco horas da manh,& pro/eniente da Inglaterra.12
> casal foi residir em etrBpolis&13 mudando#se para auela cidade serrana em fins
de 'ulho de 1$@@& hospedando#se no hotel >riente (ue fica/a localizado na atual ruaSete de 0bril%.18 Ko dia 1@ de outubro de 1$@@& finalmente o casal se mudou para asua no/a residência no distrito petropolitano de Schweizaerthal (bairro su2+o%& ondealugou a mans,o “Gerheim” (Ular muito amadoV%&19 de propriedade do Sr. 0le:andre 9r7.
0 Escola Dominical foi inaugurada pelo casal alle7 em “Gerheim” na tarde de
18G$G1$@@.1= − isto ocorreu com a permiss,o do atual inuilino da mans,o? oembai:ador americano Sr. 6ebb& ue ainda n,o desocupara a casa&1> com uem o Dr.alle7 fez boa amizade. Ka ocasi,o a SrT alle7 leu a histBria do profeta 5onas&ensinou#lhes alguns hinos1? e deram gra+as ao Senhor.1
1 Cf. icente A. 0o ue parece& o Sr. 6ebb era americanoJ no entanto& as informa+es de ue dispomos dizem ue aescola come+ou com os “flhos da r< =ebb e da r< )arpenter! (enriue de Souza 5ardim& et.al.& #sbo/o ist!ri+o da #s+ola Do.ini+al da I0rea #an0li+a 4lu.inense, p. !$%J na seência&diz ue a SrT alle7 “instalou a escola com > alunos, flhos de duas "am?lias inglesas!(enriue de Souza 5ardim& et. al.& #sbo/o ist!ri+o da #s+ola Do.ini+al da I0rea #an0li+a4lu.inense, p. !8. Do mesmo modo& 5o,o *omes da Rocha&
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assados dois ou três domingos& a escola dominical passou a funcionar com umaclasse de crian+as e outra de adultos& sendo esta dirigida pelo Re/. alle7& constandoalunos negros.2 “#s classes da escola dominical continuaram a "uncionar
atrav@s de muitas difculdades, tais como − os maus caminhos em ocasiHesde grandes chuvas, doenças, distraçHes sociais, "estas religiosas, visitas deamigos e, mais tarde, as aus;ncias da amável pro"essora, quandoacompanhava o seu marido ao *io, para animar os irmãos que tinham assuas reuniHes no Aairro da a$de!21
13 Os Presbiterianos e a #s+ola Do.ini+al:
> Re/. 0shbel *reen Simonton (1$!!#1$"% foi o primeiro mission3riopresbiteriano a se estabelecer no =rasil (1FG$G1$@8% − antes dele este/e o Re/. 5amesCoole7 9letcher (1$F!#18)1%& toda/ia& ele n,o pregou em português nem fundou igre'aalguma& pois esta n,o era a sua miss,o& contudo& realizou um trabalho not3/el22...
Em sua /iagem de @@ dias& Simonton X mesmo sem a apro/a+,o do Capit,o&23
Vnominalmente catBlicoV28 X estabeleceu uma Escola Dominical nos Yaposentos dosmarinheirosY& tendo boa aceita+,o e interesseJ29 toda/ia& se isto o agrada/a& n,o oiludia& conforme ele mesmo escre/eu três dias antes de desembarcar no Rio de5aneiro?
IDois ou tr;s 4marinheiros5 disseram que pretendem mudar de vida
no "uturo mas temo que isso signifque apenas uma auto-re"orma#cham que precisam dei.ar o mar para corrigir a vida )onversei com amaioria deles, e fquei a par de suas vidasJ todos se parecemJ ou "oramabandonados sem parentes ou amigos, ou queriam ver o mundo e gozara mocidade 45 as não se podem levar a s@rio todas essaspromessas Eles se arrependem no mar e pecam em terraI2=
Em FF de abril de 1$")& ele come+ou uma classe de Escola Dominical no Rio de5aneiro& ao ue parece na casa do Sr. *runting& onde ha/ia alugado um uarto para a
Estados Pnidos para etrBpolis em dezembro de 1$@@& mudou#se para S,o aulo em 1"G)G1$"!&
estabelecendo#se no com4rcio de artigos para la/oura e uerosene (=oanerges Ribeiro&Protestantis.o e "ultura Brasileira, S,o aulo& Casa Editora resbiteriana& 18$1& p. @J 5o,o *omesda Rocha&
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sua residência& desde 1)GG1$")& por um per2odo de uase seis meses.2> Este foi oseu primeiro trabalho em português. >s te:tos usados com as cinco crian+aspresentes (três americanas da fam2lia Eubank e duas alem,s da fam2lia naack%&foram? 0 Bíblia& O Catecismo de História Sagrada2? e o Progresso do Peregrino& de
=un7an.2 Duas das crian+as& 0m3lia e ;ariuinhas (naack%& confessaram oudemonstraram na segunda aula (F8G)G1$")%& terem dificuldade em entender 5ohn=un7an.3
0ui nBs /emos delineados os princ2pios ue caracterizariam a nossa EscolaDominical? > estudo das Escritras& o estudo da histBria =2blica atra/4s do Catecismode História Sagrada31 e com uma aplica+,o 4tica e m2stica& atra/4s do Progresso doPeregrino.
0 primeira Escola Dominical organizada em S,o aulo pelos presbiterianos& ocorreuno dia 1 de abril de 1$"& -s 1@ horas& com sete crian+as& sob a dire+,o do Re/.
0le:ander & 11G)G1$").2?Estou con/encido de ue este Catecismo se'a o mesmo ue ele publicou parcialmente na I.prensa#an0li+a a partir da edi+,o de 1"G)FG1$" at4 1"G11G1$".2
Di&rio de ;i.onton, 1?92G1?=>& F$G)G1$").3Di&rio de ;i.onton, 1?92G1?=>& )1G)@G1$").31
Em 1$"& 0 !mprensa come+a publicar o Catecismo& iniciando com uma nota e:plicati/a?“# A?blia em grande parte @ hist7ria, e o plano da nossa redenção atravessa longos
s@culos, começando a descobrir-se a #dão e Eva e alcançando o seu per"eitodesenvolvimento com a descida do Esp?rito anto no dia de Centecoste
“e queremos compreender a A?blia e torná-la compreens?vel aos outros, @ misterdarmos a devida import(ncia & sua "orma hist7rica % necessário acompanhar passo apasso o desenvolvimento do plano de Deus em relação & nossa raça e comentar os "atosna ordem em que se sucedem! (I.prensa #an0li+a& 1"G)FG1$"& p. F%.
32Re/. 0ntonio Ara'ano& Esbo+o istBrico da Egre'a E/angelica resb7teriana? In? Zl/aro Reis& ed.Al.ana7 istori+o do O Puritano, Rio de 5aneiro& Casa Editora resb7teriana& 18)F& p. 1!J O
#standarte& 1$G1G181F& p. $J =oanerges Ribeiro& O Padre Protestante& FT ed. S,o aulo& Casa Editoraresbiteriana& 188& p. 1))J =oanerges Ribeiro& Protestantis.o e "ultura Brasileira, p. "J icenteA.
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será uma imagem! M 5. 0. Comênio (1@8F#
1")%.38
0s pala/ras JEdca"#oK e YEdcar Y pro/êm do latim UEdcareV& pala/ra
aparentada com dcere& Ycondzir Y& Yle$ar Y& e edcere& Ytirar deY& Yretirar Y& Ycriar Y.Edcare tem o sentido de Ycriar Y& Yalimentar Y& Yter cidado comY& Yinstrir Y.39 arece#meue o termo latino 4 uma tradu+,o do grego& paideuNO& Yinstrir Y& Yedcar Y& Y%ormar Y&Yensinar Y& &%ormar a intelig'ncia( o cora"#o e o espírito de& .3= 0 nossa pala/raUpedagogoV 4 transliterada do grego& paidagOgoN1 e& UpedagogiaV& igualmente& depaidagOgiNa.3> Ka *r4cia antiga& o pedagogo& (literalmente? &encarregado demeninos&( &crador&( &ttor& % era o preceptor de crian+aJ o escra/o respons3/el por conduzir as crian+as - escolaJ3? a id4ia da pala/ra 4 de “estar 1unto com acriança!.3 osteriormente a pala/ra tamb4m passou a se referir - educa+,o deadultos e ao treinamento em geral.8 Estes termos gregos tinham uma conota+,omoral.81
Criar 0limentar Educa+,o UEducareV Aer cuidado de
Instruir
)cere? UconduzirV& Ule/arV
Educare Edcere? Utirar deV& UretirarV& UcriarV
385.0. Com4nio& Did&+ti+a *a0na, & p. 1)F#1)!.39e'am#se? 9rancisco da S. =ueno& rande Di+ion&rio #ti.ol!0i+oGPros!di+o da
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> homem 4 um ser educ3/el. Kingu4m consegue escapar - educa+,oJ ela est3 emtoda parte& sendo intencional ou n,o& somos bombardeados com informa+es e/alores ue contribuem para nos dar um no/a cosmo/is,o e delinear o nossocomportamento&82 conforme a assun+,o consciente ou inconsciente de /alores e
paradigmas ue refor+am ou substituem os anteriormente aprendidos& manifestando#seem nossas atitudes e no/a perspecti/a da realidade ue nos circunda.
0ssim& podemos defnir operacionalmente a educação, como sendo um processo de transmissão de valores, decodifcação, interiorização etransormação 0 educa+,o en/ol/e o processo de YalimentarY (edu+are% e de YtirarY(edu+ere%. ortanto& o YaprendizY 4 sempre ati/o no processo educati/o& ainda uemuitos sistemas tentem fazê#lo passi/o. Ka realidade& a ati/idade consciente pode ede/e ser estimulada& no entanto& ainda ue n,o se'a adeuadamente& o educando 4sempre& de certa forma o seu educador& auele ue de modo eficiente ou n,o& faz asua prBpria s2ntese& construindo o seu mundo simbBlico /alorati/o& repleto de
significados para si.
ortanto& a educa+,o en/ol/e um UdarV e um UreceberV. K,o e:istepassi/idade educacional...
0 educa+,o /isa preparar o indi/2duo para /i/er criati/amente em sociedade& a ual&por sua /ez& tem o seu modelo de homem ideal. Desta forma& podemos dizer ue Iaeducação consiste numa socialização met7dica da nova geraçãoI.83
Deste modo& a defini+,o de [mile Durkheim (1$@$#181%& a respeito da Educa+,o&aplica#se corretamente aui?
I# educação @ a ação e.ercida pelas geraçHes adultas sobre as queainda se não encontram amadurecidas para a vida social Ela tem porob1etivo suscitar e desenvolver na criança um certo n$mero de condiçHes"?sicas, intelectuais emorais que dela reclamam, se1a a sociedade pol?tica,no seu con1unto, se1a o meio especial a que ela se destinaparticularmenteI88
Contudo& cabe aui uma obser/a+,o? Keste processo educati/o& intencional ou n,o&nada 4 literalmente repetido& /isto ue nada ue 4 humano pode ser e:austi/amentecalculado... E 4 por isso ue o homem herda& transforma e constrBi a sua cultura. E&
como /imos no in2cio destas anota+es& a sociedade 4 um produto do homem\.Educado... ;as& homem\... Ele constrBi o mundo& pro'etando na realidade os seusprBprios significados.89
Retomando a defini+,o operacional supra& podemos obser/ar ue h3 ali algunselementos ue de/em ser destacados?
82 d. Carlos R. =rand,o& O ue #du+a/%o, "T ed. S,o aulo& =rasiliense& 18$F& p. ss.83 E. Durkheim& ;o+iolo0ia, #du+a/%o e *oral, orto& R4s#Editora& (18$%& p. 1.88 E. Durkheim& ;o+iolo0ia, #du+a/%o e *oral, p. 1. MEsta defini+,o encontra#se tamb4m E.
Durkheim& #du+a/%o e ;o+iolo0ia, @T ed. S,o aulo& ;elhoramentos& S,o aulo& (s.d.% p. !FN.89 I#s origens de um universo simb7lico t;m ra?zes na constituição do homem e ohomem em sociedade @ um construtor do mundo, isto se deve a ser constitucionalmenteaberto para o mundo, o que 1á implica um conFito entre ordem e caos 45 homem,ao se e.teriorizar, constr7i o mundo no qual se e.terioriza a si mesmo 6o processo dee.teriorização pro1eta na realidade seus pr7prios signifcadosI (eter
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aM Pro+esso: Educa+,o n,o 4 algo acabado& herm4tico& fechado. 0 educa+,oocorre dentro de um processo din]mico ue 'amais termina.
bM Trans.iss%o de alores: Educar n,o 4 apenas transmitir um contedo
program3tico (por mais atualizado e edificante ue ele se'a%& mas& tamb4m&e:periências significati/as& /alores& interpreta+es. Creio ser importante ressaltar ofato de ue esta troca 4 ambi/alente e interagente? professor#alunoJ aluno#professor ealuno#aluno. 0 forma+,o de um homem 4 feita pelo homem& n,o simplesmente por umprograma. ;ais do ue grandes id4ias& precisamos de homens dignos.
+M Interioria/%o: [ a assimila+,o e acomoda+,o de /alores transmitidos edecodificados. Estes /alores passam a fazer parte do nosso patrim^nio cultural emoral.
dM Trans(or.a/%o: 0 /erdade aprendida de/e ser praticada em nossa /ida. 0/ida& como temos insistido& 4 em grande parte uma interpreta+,o e:istencial do mundo.
Rui =arbosa (1$)#18F!%& de outro modo& resumiu bem o sentido da educa+,o?“0nstruir @ ensinar a observar, descobrir, reFetir e produzir!8=
3 A #DU"AÇÃO: I*PORTN"IA # s animais podem ser adestrados mas& sB o homem pode ser educado.8>
0 educa+,o 4 fundamental para uma constru+,o e transforma+,o social. 0 educa+,o4 mais do ue a transmiss,o de informa+esJ ela consiste principalmente na forma+,o4tica do homem8?. 0 educa+,o /isa formar homens com /alores morais ue en/ol/amde/eres para com Deus& para consigo mesmo& para com o seu prB:imo e para com asua p3tria.8 0 Educa+,o moral engloba o homem todo& considerando#o como ser religioso& racional& emoti/o& li/re e respons3/el. 0 genu2na educa+,o /isa formar ohomem para /i/er criati/amente em sociedade& a fim de ue ele possa assimilar&adaptar e transformar a cultura& atra/4s de um posicionamento racional& emocional emoralJ ou se'a& ue o homem /i/a e atue em seu meio& com a integridade do seuser. Isto sB se torna poss2/el& se conseguirmos despertar em nossos alunos& o amor
e o comprometimento incondicional com a busca da /erdadeJ em outras pala/ras?compromisso com Deus e a Sua ala/ra.
Aoda/ia& se a educa+,o 4 e:tremamente rele/ante& de/emos obser/ar ue ela n,oresol/e todos os problemas sociais& morais e espirituais. 0 educa+,o pode nos mostrar o certo e nos estimular a pratic3#loJ contudo& entre o conhecimento do certo e a suapr3tica& h3 uma grande dist]ncia (d. Rm .1#F%.9
8= Rui =arbosa& #nsinos ;e+und&rios? In? "a.pan)as 5ornalEsti+as (1GG1$$8%& Rio de 5aneiro& d. =attista ;ondin& Introdu/%o 4iloso(ia, T ed. S,o aulo& aulinas& 18$!& p. 1)@J ermisten;.. Costa& 5oe. "rist%o: Realista ou AlienadoQ, S,o aulo& 1888& passim
8? d. ermisten ;.. Costa& #du+a/%o *oral e ti+a, S,o aulo& 188!& !) p.8 d. o sugesti/o artigo do professor ;oac7r az *uimar,es& #du+a/%o: Prioridade #sSue+ida, In?"adernos de Proble.as Brasileiros, (encarte%& n_ F$& marGabril de 188)& !@ p.9 > poeta >/2dio (F aC.#1$ dC.%& coloca nos l3bios de ;ed4ia este problema? “# pai.ão me incita auma coisa, a razão me aconselha outra Pe1o o bem e o aprovo, mas sou arrastada pelomal! (>/2dio& *eta.or(oses, Rio de 5aneiro& Aecnoprint& 18$!&
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> filBsofo grego lat,o (F#! aC.%& seguindo o conceito de seu mestre SBcrates("8#!88 aC.%&91 entendia ue o homem pratica o mal por ignorar o bem. > problemapara lat,o& foi conseguir demonstrar a sua tese atra/4s do relacionamento com o seu
Udisc2puloV de Siracusa& Dion2sio& o 5o/em. Este& cansado de suas li+es& mandoulat,o de /olta para 0tenasJ em outro per2odo (!"1 aC%& uando lat,o a seu pedidoelaborou uma no/a Constitui+,o para Siracusa& o monarca n,o se agradando damesma& o aprisionou. Este 4 apenas um& entre di/ersos e:emplos ue a istBriaregistra& de homens ue sabiam a /erdade& por4m seguiam caminhos opostos. 92
Reafirmamos a import]ncia do ensinoJ toda/ia& enfatizamos ue 4 o Esp2rito SantoOuem nos capacita a fazer a /ontade de Deus& a seguir os Seus mandamentos? Estar con/encido de uma /erdade n,o capacita ningu4m a pratic3#la. (d. 5o 1@.@J 9p F.1!J1 5o @.!#@%.
or outro lado& de/emos tamb4m reconhecer& que “Deus opera atrav@s deprocessos naturais de maneira sobrenatural!93 KBs como professores de EscolaDominical& somos os instrumentos naturais de Deus para uma obra ue transcende anossa capacidade de compreens,o? a transforma+,o do homem. Deus em Suasoberania se dignou em nos usar como Seus Uinstrumentos naturaisV para atransmiss,o da Sua ala/ra sobrenatural& da2 a ênfase di/ina no ensino da ala/ra(d. Dt "."#8J / FF."J >s ."J ;t F$.1$#F)G1 Am .1%. > E/angelho J o poder deDeus para a sala/%o de todo aSuele Sue +r@K (Rm 1.1"%. ara tanto& o homemprecisa conhecer o E/angelho& ser instru2do a respeito do seu teor& e compete - Igre'afazê#lo. ` Igre'a cabe a responsabilidade intransfer2/el de pregar o E/angelho a todacriatura. “# mais importante implicação da catolicidade da igre1a, obser/a
uiper& @ seu solene dever de proclamar o evangelho de Gesus )risto a todasas naçHes e tribos da terra!98
com a suspeita ue paira sobre dois e:#alunos de ar/ard? o matem3tico Aheodore 5ohn acz7nski e om4dico Daniel Carleton *a'dusek& acusados respecti/amente de terrorista e de e:plorador se:ual decrian+as& foi reaberta a uest,o da cren+a Ude ue a educa+,o torna as pessoas mais humanas....V (d.Carlos E.
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an orn declara o seguinte?
“ mestre cristão deveria descobrir o prop7sito do ensino: a "ormação
do homem em sua personalidade independente servindo a Deus segundoua Calavra Este prop7sito pode alcançar-se unicamente promovendouma submissão obediente & Calavra de Deus tanto do mestre como doaluno
“ ensino, segundo a A?blia, @ simplesmente a satis"ação de umanecessidade divinamente ordenada 4a renovação do homem ca?do eredimido no que Deus queria que ele "osse5, em uma maneiradivinamente ordenada 4o uso de m@todos conseqRentes com a autoridademá.ima, as Escrituras5!99
9 A PA
91 A Autoridade da Palara:
aulo& no final de sua /ida& como ue dei:ando o seu testamento espiritual&
escre/e a AimBteo? VToda #s+ritura inspirada por Deus e Ftil para ensino,(didasTaliNa%9? para a repreens%o, para a +orre/%o, para a edu+a/%o na usti/aV(F Am !.1"%.
Deste ensinamento b2blico& de/emos primariamente& destacar algumas coisas?
98R.=. uiper& #l "uerpo lorioso de "risto, *rand Rapids& ;ichigan& S
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W1M Deus 4ala Atras da #s+ritura:
Ouando estudamos a =2blia& de/emos ter consciência de ue temos em m,osa ala/ra autoritati/a de Deus. > nosso Deus n,o 4 um Deus distante& com o ual
n,o possamos falar ou& hipBtese pior? a Ouem n,o possamos ou/ir. > Deus uehabita em nBs& fala#nos atra/4s da Sua ala/raJ ela 4 a eterna ala/ra para o nossoho'e e:istencial.
W2M A #s+ritura Plena.ente Inspirada:
VToda a #s+ritura inspiradaV. De *ênesis a 0pocalipse& tudo o ue foiregistrado& o foi pela /ontade de Deus. Deste modo& a Escritura 4 plena e igualmenteala/ra de Deus para nBs. Aodos os regador e a ala/ra de Deus? 5.;. =oice& ed. O Ali+er+e da Autoridade BEbli+a,S,o aulo& ida Ko/a& 18$F& p. 1"F.
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0ntropologia e at4 mesmo& 0strologia& colocando#as& como o nosso par]metro decomportamento& em detrimento da inerrante& infal2/el ala/ra de Deus& ue 4 a/erdade /erdadeira& /i/a e eficaz de Deus para nBs. Isto tudo nBs fazemos& em nomede uma suposta Y pr,ticaY& esuecendo#nos de ue toda e cada parte do ensino b2blico
4 urgente e necessariamente pr3tico& rele/ante para nBs. Ouando adotamos esta Ypr3ticaY destoante das Escrituras& cometemos uma totalin/ers,o de /alores? 0ssimilamos os conceitos humanos ue& uando corretos& nadaacrescentam - ala/ra mas& ue na realidade& na maioria das /ezes& est,o totalmenteeui/ocados& porue desconhecem a dimens,o do eterno& os /alores celestiais para anossa /ida aui e agora e& por isso mesmo& apresentam ensinamentos mundanosfrutos de uma gera+,o corrompida. Aais conceitos& assumem na /ida da Igre'a umpapel orientador\ 0 Igre'a& ao contr3rio disso& 4 chamada a ser uma ant2tese ati/acontra os /alores deste s4culoJ ela 4 con/ocada a /i/er a ala/ra& a consider3#lacomo de fato 4& a ala/ra infali/elmente /i/a e eficaz para a nossa /ida? 0 ala/ra finalde Deus para a nossa e:istência terrena.
0 =2blia n,o 4 um li/ro teBrico& com regras ultrapassadas& circunscritas a 4pocas eculturas& antes& Ela 4 um problema& 4 ue na histBriada humanidade& nenhum po/o obser/ou fielmente os mandamentos de Deus. Contudo&podemos notar ue aueles& ue ainda ue por um pouco de tempo da sua histBria&procuraram moldar a sua pr3tica pela ala/ra de Deus& colheram os frutos daspromessas di/inas& guardados para aueles ue
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1."#1@J 1 Am F.@J 1 e !.1$% e nos d3 /ida abundante (5o 1).1)J Cl !.%. or isso&Iao estudarmos Deus, devemos procurar ser conduzidos a Ele # revelaçãonos "oi dada com esse prop7sito e devemos usá-la com essa fnalidadeI .=9
5ustamente de/ido a Escritura ser a ala/ra procedente de Deus& plenamenteinspirada& 4 ue ela 4 YtilY (O5"eNlimo1 (ophelimos% Ypro/eitosoY% (F Am !.1"%.Esta declara+,o de aulo conduz#nos ao ponto da Sua praticidade& como temosanalisado.
Cal/ino (1@)8#1@"%& comentando este passo sagrado (1 Am !.1"%& diz?
IV# Escritura @ proveitosaV egue-se daqui que @ errWneo usá-la de"orma inaproveitável #o dar-nos as Escrituras, o enhor não pretendiasatis"azer nossa curiosidade, nem alimentar nossa (nsia por ostentação,nem tampouco deparar-nos uma chance para invençHes m?sticas e
palavreado toloJ sua intenção, ao contrário, era "azer-nos o bem E assim,o uso correto da Escritura deve guiar-nos sempre ao que @ proveitoso!==
Este princ2pio 4 /3lido para todos os ue sinceramente se apro:imamda ala/ra. ortanto& n,o negligenciemos os benef2cios pro/enientes da ala/ra de
Deus& a fim de n,o cairmos nas armadilhas de Satan3s.=?
931 YTI< PARA #N;INAR:
Deus dese'a nos ensinar a Sua /ontade atra/4s da Sua inerrante ala/ra.Ouando oramos Yse'a feita a Aua /ontadeY& estamos declarando o nosso dese'o deaprender a ala/ra de Deus.
;uitas pessoas uerem saber do seu futuro& o ue as aguarda e se ser,o bemsucedidas em seus pro'etos& buscando para isso orienta+,o em cartas de baralho&
'ogo de bzios& em mapas astrais& atra/4s da necromancia& re/ela+es sobrenaturaise Ycai:inhas de promessaY. Aoda/ia& aulo est3 dizendo ue a ala/ra de Deus 4til para o nosso ensinoJ n,o para fazer pre/ises& para ficar entregue aos nossoscasu2smos interpretati/os ou& para satisfazer -s nossas curiosidades pecaminosas...Ela 4 til para o ensino. Deus uer nos falar atra/4s da Sua ala/ra.
or isso& aulo enfatiza a responsabilidade de AimBteo e Aito X como de todos os;inistros de Deus X& de meditar& preser/ar e ensinar a s, doutrina (1 Am ."&1!&1"JAt 1.8J F.1&% pois& diz ele? J )aer& te.po (TairoN1%= e. Sue n%o suportar%o a s%
=95.I. acker& O "on)e+i.ento de Deus, p. 1@.==
5o,o Cal/ino& As Pastorais, S,o aulo& aracletos& 188$& (F Am !.1"%& p. F"!.=>5. Cal/ino& As Institutas& I.1..=? d. 5o,o Cal/ino& #(sios, S,o aulo& araceltos& 188$& (Ef .1%& p. 1!).= 0 id4ia da pala/ra 4 de UoportnidadeV& “tempo certo”( “tempo %a$or,$el” & etc. (d. ;t F.@J ;c 1F.FJ
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doutrina (didasTaliNa%X pelo +ontr&rio, +er+arGseG%o de .estres, se0undo assuas pr!prias +obi/as, +o.o Sue sentindo +o+eira nos ouidosX e se re+usar%oa dar ouidos erdade, entre0andoGse s (&bulasK(muXqo1 lenda& mito% (FAm .!#%.
0 ala/ra de Deus nos ensina pre/enti/amente. Cabe aos ministros de Deusministr3#la fielmente& para ue a Igre'a se'a aperfei+oada em santidade e& assim& Vn%o .ais sea.os +o.o .eninos, a0itados de u. lado para outro, e leados aoredor por todo ento de doutrina (didasTaliNa%, pela arti.an)a (TubeiNa%>dos)o.ens, pela astF+ia +o. Sue indue. ao erroK (Ef .1%. Cal/ino& enfatiza ue“Deus nos deu sua Calavra na qual, quando fncamos bem as ra?zes,permanecemos inamov?veisJ os homens, por@m, "azendo uso de suasinvençHes, nos e.traviam em todas as direçHes!>1
Somente uando a Igre'a se dispe a aprender a ala/ra ela pode& de fato& ter
discernimento para interpretar corretamente os outros ensinos. VOra, o #spEritoa(ir.a e$pressa.ente Sue, nos Flti.os te.pos, al0uns apostatar%o da (, por obede+ere. a espEritos en0anadores e a ensinos (didasTaliNa% de de.nios,pela )ipo+risia dos Sue (ala. .entiras, e Sue t@. +auteriada a pr!pria+ons+i@n+iaK (1 Am .1#F%.
Com demasiada freência& nBs procuramos na ala/ra apenas uma confirma+,ode nossos intentos& de nossos propBsitosJ ueremos apenas ue ela nos diga o uedese'amos ou/ir. Contudo& a obser/a+,o de aulo permanece? Aoda a Escritura 4pro/eitosa para o ensino... VPois tudo Suanto outrora (oi es+rito, para o nossoensino (didasTaliNa% (oi es+ritoK (Rm 1@.%. recisamos ter a Usanta mod4stiaV dedei:ar ue as Escrituras corrigiam a nossa teologia e a nossa pr3tica.
or outro lado& /emos tamb4m a responsabilidade dos ;inistros? Psar a ala/radentro do propBsito para a ual Ela nos foi dada. Cal/ino (1@)8#1@"%& pastoralmenteorienta? “Deus mesmo não desce do c@u para n7s, nem diariamente nosenvia mensageiros angelicais para que publiquem sua verdade, senão queusa as atividades dos pastores, a quem destinou para esse prop7sito! >2 “Em relação aos homens, a 0gre1a mant@m a verdade porque, por meio dapregação, a 0gre1a a proclama, a conserva pura e ?ntegra, a transmite &posteridade!>3 Cal/ino entendia ue “a verdade, por@m, s7 @ preservada no
/ariantes& indicando a id4ia de oportunidade. 0ssim temos (0lmeida Re/ista e 0tualizada%? Te.po e
te.pos? ;t $.F8J 11.F@J 1F.1J 1!.!)J 1.1J
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mundo atrav@s do minist@rio da 0gre1a Da?, que peso de responsabilidaderepousa sobre os pastores, a quem se tem confado o encargo de umtesouro tão inestimável!>8 Escre/endo a Cranmer ('ulG1@@FW% diz? “# sã doutrinacertamente 1amais prevalecerá, at@ que as igre1as se1am melhor providas
de pastores qualifcados que possam desempenhar com seriedade o o"?ciode pastor!>9
Aoda a Escritura 4 til para o ensino. Oueremos aprender com DeusW Dese'amosfazer a /ontade de DeusW Estamos dispostos de fato a ou/ir a Sua /ozW (>bser/ebem? estamos dizendo a Sua /ozJ a /oz de Deus& n,o a nossa%. Se a sua respostafor n,o& confesso n,o ter argumentos para con/encê#lo da oportunidade ue /ocêest3 dei:ando escapar& contudo& o ue posso reafirmar 4 ue Deus Se re/elou naSua ala/ra& para ue possamos ser conduzidos a Cristo& aprendendo dEle a respeitode Si mesmo& de nBs e do significado de todas as coisas... ortanto& Ele dese'a nosensinar.
Caso a sua resposta se'a sim& ent,o& /ocê de fato pode orar& Yse'a feita a Aua/ontadeY. e+a& ent,o& a Deus ue continue a orient3#lo& ue o ilumine paracompreender a Sua ala/ra& e Ele > far3 atra/4s do Seu Esp2rito. >remos& pedindoa Deus ue Ele mesmo nos ensine a Sua ala/ra& des/endando os nossos olhospara entendê#la e pratic3#la.
932 YTI< PARA R#PR##ND#R:
VToda #s+ritura inspirada por Deus e Ftil para WM a repreens%o
(e5legmoN1 ou e5leNg.O%>=
K (F Am !.1"%. aulo est3 dizendo ue a Escritura Sagrada& ue 4 plenamente inspirada epro/4m de Deus& 4 til para o ensino e& tamb4m para corrigir& para refutar o erro e
um homem fno e agradável que visita as pessoas, toma uma chávena de chá com elas &tarde ou se entret@m com elas Ele @ o guardião, o vigia, o preceptor, o organizador, odiretor, que governa o rebanho mestre ministra instrução na doutrina, na verdade!(Da/id ;. 8 5o,o Cal/ino& As Pastorais, (1 Am !.1@%& p. 8. Cal/ino& comentando a e:press,o Ucoluna da
/erdadeV& continua falando da responsabilidade dos pastores? “Deus mesmo não desce do c@u paran7s, nem diariamente nos envia mensageiros angelicais para que publiquem sua verdade,senão que usa as atividades dos pastores, a quem destinou para esse prop7sito! (Ibide..&p. 8%. “ Em relação aos homens, a 0gre1a mant@m a verdade porque, por meio dapregação, a 0gre1a a proclama, a conserva pura e ?ntegra, a transmite & posteridade!(Ibide., p. 8$%. Comentando sobre a necessidade do bispo ser apegado - ala/ra fiel& diz? “Este @ oprincipal dote do bispo que @ eleito especifcamente para o magist@rio sagrado, porquantoa 0gre1a não pode ser governada senão pela Calavra! M5. Cal/ino& As Pastorais, (At 1.8%& p.!1!N. d. tamb4m& As Institutas, I.1.@J 5o,o Cal/ino& #(sios, (Ef .1F%& p. 1F#1F@. “# erudiçãounida & piedade e aos demais dotes do bom pastor, são como uma preparação para ominist@rio Cois, aqueles que o enhor escolhe para o minist@rio, equipa-os antes com essasarmas que são requeridas para desempenhá-lo, de sorte que lhe não venham vazios edespreparados! (5o,o Cal/ino& As Institutas, I.!.11%. “6ão se requer de um pastor apenascultura, mas tamb@m inabalável fdelidade pela sã doutrina, ao ponto de 1amais apartar-sedela! M5. Cal/ino& As Pastorais, (At 1.8%& p. !1!N.>9Cal/in to Cranmer&
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repreender o pecado. > termo usado aui para Yrepreens,oY '3 possu2a um ricoemprego na literatura secular&>> significando& de modo especial?
aM 0 e:posi+,o lBgica e ob'eti/a dos fatos de uma mat4ria& com o ob'eti/o de refutar
os argumentos de um oponenteJ da2 a id4ia de refutar e con/encer.
bM 0 corre+,o do modo de /i/er dos homens& feita pela consciência& pela/erdade ou por Deus.
Pma id4ia embutida na pala/ra grega 4 a de e/idenciar o erro& e:p^#lo e trazê#lo -luz& ob'eti/ando corrigi#lo. 3 na pala/ra o sentido de Ydisciplina educati/aYJ aeduca+,o e a corre+,o de/em caminhar 'untas (/ !.11&1FJ b 1F.@J 0p !.18%.
Keste sentido& aulo est3 falando ue a ala/ra de Deus& 'ustamente por ser perfeita& e/idencia o nosso pecado para ue& em submiss,o a Deus& possamos corrigi#lo.
Ouando de fato buscamos nas Escrituras orienta+,o para a nossa /ida&descobrimos tamb4m ue ela nos mostra os nossos errosJ ela traz luz - nossaconduta ue& muitas /ezes& est3 manchada& pois -s /ezes& nos acomodamos com esteou auele pecado& /isto ser YnormalY dentro do mundo em ue /i/emos. Entretanto&aulo nos chama a aten+,o para o fato de ue as Escrituras s,o teis para noscorrigir segundo o modelo di/ino. Kotem bem? segundo o modelo di/ino.
> padr,o da corre+,o das Escrituras 4 o padr,o de Deus& n,o um modelo de uma4poca ou cultura. Aoda cultura tem um padr,o de homem idealJ a YrecompensaY e asYrepreensesY s,o o resultado social do preenchimento destes ob'eti/os& ue /ariam
de 4poca para 4poca e de po/o para po/o. Entretanto& Deus nos corrige atra/4s daSua ala/ra& n,o para ue nos moldemos ao Yhomem ideal de uma 4pocaY& maspara ue se'amos conforme Seu 9ilho& ue 4 o modelo de todos os eleitos de Deus?VPorSuanto aos Sue de ante.%o +on)e+eu, ta.b. os predestinou para sere.+on(or.es i.a0e. de seu 4il)o, a (i. de Sue ele sea o pri.o0@nito entre.uitos ir.%osK (Rm $.F8%.
;editando sobre a repreens,o de Deus& Elifaz diz a 5B? VBe.Gaenturado o)o.e. a Sue. Deus dis+iplinaX n%o desprees, pois, a dis+iplina (
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or isso& aulo recomenda a AimBteo ue pregue a ala/ra& porue ela de fato4 til para a corre+,o? VPre0a a palara, insta, Suer sea oportuno, Suer n%o,+orri0e (e5leNg.O%& repreende, e$orta +o. toda a lon0ani.idade e doutrinaK (FAm .F%.
0nalisando a for+a dos nossos argumentos contra aueles ue se opem -doutrina& aulo nos mostra ue o poder de persuas,o repousa na ala/raJ por isso&ele declara ue os ministros de/em ser Vape0ados palara (iel Sue se0undo adoutrina, de .odo Sue ten)a. poder, assi. para e$ortar pelo reto ensino +o.opara +onen+er (e5leNg.O Yrepro/arY% os Sue +ontradie.K (At 1.8%.
Em outro lugar& aulo insiste com Aito para ue repreenda os falsos mestres a fimde ue eles tenham uma f4 sadia? VPortanto, repreendeGos (e5leNg.O% seera.entepara Sue sea. sadios na (K (At 1.1!%.
Como pudemos notar& a pala/ra usada por aulo para Yrepreens,oY tem tamb4mo sentido de con/encer algu4m dos seus erros.>? Deste modo& a Escritura de/e ser pregada& porue 4 atra/4s dela ue o Esp2rito con/ence o mundo do pecado& da
'usti+a e do 'u2zo. 9oi neste sentido ue 5esus disse? V "on.Gos Sue eu &,porSue se eu n%o (or, o "onsolador n%o ir& para !s outrosX se, por., eu (or,eu oGlo eniarei uando ele ier +onen+er& (e5leNg.O% o .undo do pe+ado, da
usti/a e do uEoK (5o 1".$%. 0 a+,o do Esp2rito tem um duplo efeito? Con/ence oshomens de seus pecados& conduzindo#os ao arrependimento a fim de ue se'amsal/os pela 'usti+a de Cristo (1 Co 1.!)%> e& tamb4m& h3 no te:to de 5o 1".$ a id4ia deue Ele mostrar3 aos homens& para a sua prBpria condena+,o& ue eles esta/amerrados em rela+,o - essoa e obra de Cristo.? 0ui podemos falar do Uof2cio 'udicial
do Esp2ritoV?1
. Esta a+,o do Esp2rito redundar3 na sal/a+,o de uns e na condena+,ode outros.
Do ue analisamos neste tBpico& podemos e:trair algumas li+es?
1M 0 ala/ra de Deus 4 til para e/idenciar o nosso erro& mostrando#nos oparadigma definiti/o ue 4 Cristo 5esusJ
2M Deus nos deu a Sua ala/ra para nos guiar e repreender. 0 repreens,o doSenhor indica a nossa n,o conformidade com a Sua ala/ra e re/ela tamb4m o Seuamor por nBs. De/emos& portanto& nos entristecer com o nosso pecado e nos alegrar com a repreens,o amorosa do Senhor.
3M De/emos pregar a ala/ra& entendendo ue Deus con/ence o mundo& agindopelo Esp2rito atra/4s da ala/ra. Deste modo& a for+a de nossa argumenta+,o n,oest3 em nossa sabedoria& mas& sim& em pregar a ala/ra com fidelidade eautoridade. or isso& aulo fala ao 'o/em Aito? VDie estas +ousasX e$orta e
>? Sentido bem parecido ao ue fora dado por alguns filBsofos gregos& tais como? lat,o (O ;o(ista,FFbJ !r0ias& )c% e 0ristBteles (ti+a a Ni+.a+o, 11"a F!%.> K,o 4 demais lembrar ue “# graça de Deus vem a n7s não porque Deus revela o "ato daua lei ser quebrada por n7s, mas porque a ua lei "oi plenamente satis"eita pelos atos de 1ustiça que )risto "ez a nosso "avor 45 Ele cumpriu per"eitamente a lei de Deus! (0. =ooth&;o.ente pela ra/a, S,o aulo& ES.& 18$"& p. @"#@. d. tamb4m& Ibide., p. 1@ e !1%.? d. *. endriksen& #l #an0elio ;e0un ;an 5uan, *rand Rapids& ;ichigan& S
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repreende (e5leNg.O% ta.b. +o. toda a autoridade Nin0u. te despreeV (AtF.1@%.
8M 0 repreens,o de Deus& conforme as Escrituras& /isa a nossa restaura+,o
espiritual. 9M Ouando oramos Yse'a feita a Aua /ontadeY estamos declarando o nosso dese'ode ue Deus nos oriente pela Sua ala/ra& e& tamb4m& estamos reconhecendo& nasEscrituras& um espelho ue reflete o ideal de Deus para nBs e re/ela as nossasimperfei+es& ue precisam ser corrigidas. Deste modo& pelo Esp2rito& admitimos comtristeza os nossos pecados e anelamos aprender do ai amoroso a Sua /ontade.Cal/ino& comentando o salmo @)& diz? “#queles que t;m desprezado a correção, ese t;m empedernido contra a instrução, preparam-se para precipitar-se atodo e.cesso que o dese1o corrupto ou o mau e.emplo possa sugerir!?2
=M or inferência& podemos tamb4m dizer ue o crit4rio de corre+,o de nossosfilhos de/e estar sempre fundamentado nos princ2pios b2blicos& /isto ser a Escrituratil para o ensino e repreens,o.
933 YTI< PARA "ORR#ÇÃO:
VToda #s+ritura inspirada por Deus e Ftil para WM a +orre/%o(e5panoNrqOsi1%& para a edu+a/%o na usti/aV (F Am !.1"%.
Ko item anterior& enfatizamos ue a Escritura 4 til para nos repreender& mostrar osnossos erros& con/encendo#nos da estult2cia de nossos pecados. 0gora ueremosenfatizar um aspecto positi/o do ensinamento de aulo? ele nos diz ue a Escritura 4til para a nossa corre+,o. 0 pala/ra empregada por aulo para corre+,o sB ocorreaui em todo o Ko/o Aestamento e mesmo na Septuaginta. Ela tem o sentido de?YrestaurarY& YcorrigirY& YemendarY& YmelhorarY& YaprimorarY& YendireitarV& UrestabelecerV.?3
aulo est3 nos mostrando ue& ao mesmo tempo ue as Escrituras e/idenciam osnossos pecados& nos con/encendo de nossos erros& ela tamb4m 4 til para nosconduzir positi/amente a uma atitude correta. Deus& atra/4s da Sua ala/ra& nosmostra uma /ereda reta& um caminho seguro para ue possamos seguir de formaconsciente& a fim de ue& abandonando os nossos pecados& possamos ser restaurados - comunh,o com Ele.
Desta forma& nestas duas pala/ras Yrepreens,oY e Ycorre+,oY& encontramos duasfases de nossa /ida& a primeira nos conduz ao arrependimentoJ a segunda -reconstru+,o de no/os /alores& conforme aprendidos das Escrituras& atra/4s demente transformada (Rm 1F.1#F%.
938 YTI< PARA #DU"AR NA 5U;TIÇA:$
9381 O ;entido de #du+ar: A ne+essidade de u. "urrE+ulo:
?2 5o,o Cal/ino& O
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YCrrícloY 4 uma translitera+,o do latim YcrriclmY ue 4empregado tardiamente& sendo deri/ado do /erbo YcurrereY& YcorrerY. YCrriclmYtem o sentido prBprio de YcorridaY& YcarreiraYJ um sentido particular de Yluta de carrosY&
Ycorrida de carrosY& Ylugar onde se correY& YhipBdromoY e um sentido figurado deYcampoY& YatalhoY& Ypeuena carreiraY& YcorteY& YcursoY.?9
0 pala/ra curr2culo denota a compreens,o ue ele n,o 4 um fim em si mesmoJ 4apenas um meio para atingir determinado fim.
5os4 do rado ;artins define curr2culo da seguinte forma?
I# totalidade das e.peri;ncias organizadas e supervisionadas pelaescola e que são desenvolvidas sob sua responsabilidadeJ e.peri;nciasessas selecionadas com o ob1etivo de promover o desenvolvimento
integral da personalidade do educando, ao mesmo tempo em que visasatis"azer &s necessidades da sociedadeI?=
Deste modo& 4 necess3rio ue entendamos& ue n,o e:iste curr2culo neutroJ ele
sempre estar3 ligado - determinada compreens,o do mundo& a uma filosofiaeducacional ue tem a sua prBpria cosmo/is,o ue& determinar3 a sua pr3tica. 0concep+,o da UneutralidadeV curricular& denota uma percep+,o pouco ou nada UneutraVda realidade.
0 educa+,o como ato pol2tico X estamos comprometidos com as necessidades deYpBlisY X& de/e ter um plane'amento consciente? insisto& a neutralidade ine:iste.?> >
?9 Cf. Curr2culo? In? 0ntBnio de ;orais Sil/a& rande Di+ion&rio da
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plane'amento 4 um ato moral ue de/e se coadunar com os ob'eti/os propostos? osmeios re/elam meus fins\
aulo diz ue VToda #s+ritura inspirada por Deus e Ftil para WM a
edu+a/%o WpaideiNaM na usti/aV (F Am !.1"%. 0 pala/ra paideiNa (de onde /em a nossa UpedagogiaV%& significa Yeduca+,o dascrian+asY& e tem o sentido de treinamento& instru+,o& disciplina& ensino& e:erc2cio&castigo.
Cada cultura tem o seu modelo de homem ideal e portanto& a educa+,o /isaformar esse homem& a fim de atender -s e:pectati/as sociais. aulo sabia muitobem dissoJ ele mesmo declarara durante a sua defesa em 5erusal4m ue forainstru2do por *amaliel& o grande mestre da
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O; ;O4I;TA;:? edagogia elitizada& prop2cia e adeuada apenas a uempudesse pag3#los. > seu ob'eti/o era con/encer& persuadir o seu oponenteindependentemente da /eracidade do argumento.1
ARI;TZT#s ensadores& ol. I%& 18!& .F& 11!)bF"#F. p. !F35o,o Cal/ino& As Institutas, I.1.@.
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)o.ens, edu+andoGnos WpaideuNOM para Sue, rene0adas a i.piedade e aspai$es .undanas, ia.os no presente s+ulo, sensata, usta e piedosa.enteK(At 1.11#1F% XJ e o Seu amor. 5esus disse? V#u repreendo We5leNg.OM e dis+iplinoWpaideuNOM a Suantos a.o ;@, pois, eloso, e arrependeGteK (0p !.18%. 0ui&
como em outros te:tos& percebemos a liga+,o entre a repreens,o e a disciplina (educa+,o% operada por Deus naueles a uem Ele ama.
;ois4s& compreendendo bem a Udid3ticaV de Deus& diz ao po/o? JRe+ordarGteG&sde todo o +a.in)o, pelo Sual o ;en)or teu Deus te 0uiou no deserto estesSuarenta anos, para te )u.il)ar, (h"n"4%8 para te proar, para saber o Sue estaano teu +ora/%o, se 0uardarias ou n%o os seus .anda.entos #le te )u.il)ou(h"n"4%, e te dei$ou ter (o.e, e te sustentou +o. o .an&, Sue tu n%o +on)e+este,ne. teus pais o +on)e+era., para te dar a entender Sue n%o s! de p%o ier& o)o.e., .as de tudo o Sue pro+ede da bo+a do ;en)or, disso ier& o )o.e.K(Dt $.F#!. Do mesmo modo& Dt $.1"% (d. Sl 1)F.F!J Is ".1FJ salmista narra a sua e:periência? U4oiG.e bo. ter eu passado pelaa(li/%o(h"n"4M, para Sue aprendesse os teus de+retosK (Sl 118.1%. 0s afli+escorretamente compreendidas podem ser instrumentos util2ssimos para a pre/en+,o ecorre+,o de nossos des/ios espirituais.
> ue a ala/ra de Deus nos mostra& e por certo temos confirmado isto em nossae:periência& 4 ue buscamos a Deus mais intensamente em meios -s afli+es? J#stoua(litEssi.o (h"n"4%& ii(i+aG.e, ;en)or, se0undo a tua palaraK (Sl 118.1)%.
JAntes de ser a(li0ido (h"n"4% andaa errado, .as a0ora 0uardo a tua palaraK(Sl 118."%.
> cora+,o contrito X demonstra ;ois4s X aprende com a disciplina do Senhor e sealegra por Deus tê#lo afligido? JAle0raGnos por tantos dias Suantos nos tensa(li0ido(h"n"4%, por tantos anos Suantos suporta.os a adersidadeK (Sl 8).1@%.
> dese'o de Deus 4 a restaura+,o de Seus filhos. Keste sentido& aulorecomenda ao 'o/em AimBteo como de/eria agir com aueles ue se opunham -mensagem do E/angelho? YDis+iplinando WpaideuNO Uensinando” & Uinstrindo” M+o. .ansid%o os Sue se ope., na e$pe+tatia de Sue Deus l)es +on+eda n%os! o arrependi.ento para +on)e+ere. plena.ente a erdade, .as ta.b. oretorno sensate, lirandoGse eles dos la/os do diabo, tendo sido (eitos
+atios por ele, para +u.prire. a sua ontadeK (F Am F.F@#F"%.
0 ala/ra de Deus /isa formar homens tementes a Deus& sens2/eis - Sua ala/ra&atentos aos seus ensinamentos. (b 1F.@#1!%. Ouando oramos& Use1a %eita a 2a$ontade” estamos declarando o nosso dese'o de ue Deus nos aprimore& nos treine&nos ensine e nos capacite a fazer a Sua /ontade.
9382 O ;entido de 5usti/a:
8 0 pala/ra hebraica (h"n"4% (,n,h% tem o sentido de Ua(litoV& Uopri.idoV& com o sentimento deimpotência& consciente de ue o seu resgate depende unicamente da misericBrdia de Deus. Estapala/ra 4 contrastada com o orgulho& ue se 'ulga poderoso para resol/er todos os seus problemas&relegando Deus a uma posi+,o secund3ria& sendo#
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VToda #s+ritura inspirada por Deus e Ftil para WM aedu+a/%o WpaideiNaM na usti/a (diTaiosuNnh%V (F Am !.1"%.
Aemos /isto ue a pala/ra YEduca+,oY (paideNia% significa Yeduca+,o das
crian+asY& e tem o sentido de treinamento& instru+,o& disciplina& ensino& e:erc2cio.imos tamb4m ue o ideal de Deus para a nossa forma+,o 4 nos fazer Ys3biosY. Ser s3bio conforme a sabedoria de Deus 4 o mesmo ue ser educado na 'usti+a (F Am!.1"%. >u& como disse Cal/ino (1@)8#1@"%? Iinstrução na 1ustiça signifcainstrução numa vida piedosa e santaI9 aulo est3 nos dizendo ue a Escritura4 til para o nosso treinamento na 'usti+a. 0ui algumas perguntas se configuramcomo de suma import]ncia para a continua+,o de nossa medita+,o? > ue significa
'usti+aW Oual o sentido da pala/ra empregada por auloW E& ual o sentido b2blicodesta 'usti+aW
0 pala/ra Y'usti+aY aduire na =2blia o sentido de Yretid,oY. roceder 'ustamente
significa agir conforme o car3ter de Deus& 0uele ue 4 'usto absolutamente? VDeus (idelidade, e n%o )& n#le inusti/a: reto e usto ( 0ntigo Aestamento& indicando a 'usti+a de Deus manifesta em Seu Reino&declara& numa linguagem figurada& ue? V5usti/a (
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.eio dos teus pre+eitos +onsi0o entendi.entoX por isso detesto todo +a.in)ode (alsidadeK (Sl 118.1)%.
aulo& escre/endo ao 'o/em AimBteo& recorda o aprendizado deste nas Escrituras&
dizendo? J desde a in(Ln+ia sabes as sa0radas letras Sue pode. tornarGte s&biopara a sala/%o pela ( e. "risto 5esusK (F Am !.1@%.
> ue tem faltado - Igre'a 4 sabedoria para discernir& atra/4s da ala/ra de Deus& oue est3 acontecendo. 0 =2blia n,o 4 um manual herm4tico repleto de YregrinhasYfechadas e acabadas& para cada e toda situa+,oJ ela 4 de fato o
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Em outro lugar& disse ue& UE/angelizar significa confrontar os homens com asrei/indica+es de Cristo& decorrentes do car3ter de Deus.V
=2 #an0elia/%o por "onteFdo:
0 e/angeliza+,o de/e ser definida dentro de uma perspecti/a da suamensagem& n,o do seu resultado. Kem toda proclama+,o ue Usurte efeitoV 4e/angeliza+,o e& nem toda a prega+,o ue Un,o alcan+a os resultados esperadosV&dei:ou de ser e/angeliza+,o.1 Esta /is,o pragm3tica n,o pode ser aplicada -e/angeliza+,o& sem ue percamos de /ista o seu significado fundamental.
=3 A I0rea +o.o teste.un)a +o.issionada por Deus:
0 ;iss,o da Igre'a inspira#se e fundamenta#se no e:emplo Arinit3rio. > ai en/iao Seu 9ilho (5o !.1"%& ambos en/iam o Esp2rito - Igre'a (5o 1.F"J [email protected]"J *l ."%&habitando em nossos cora+es (Rm $.8#11&1#1"%J e nBs& somos en/iados pelo 9ilho&sendo guiados pelo Esp2rito de Cristo (5o 1.1$J F).F1%.
Cal/ino (1@)8#1@"%& comentando *3latas .F"& diz? “ # 0gre1a enche omundo todo e @ peregrina sobre a terra 45 Ela tem sua origem na graçacelestial Cois os flhos de Deus nascem, não da carne e do sangue, mas pelopoder do Esp?rito! Continua? “Eis a razão por que a 0gre1a @ chamada a mãedos crentes11 E, indubitavelmente, aquele que se recusa a ser flho da
0gre1a debalde dese1a ter a Deus como seu Cai Cois @ somente atrav@s dominist@rio da 0gre1a que Deus gera flhos para si e os educa at@ queatravessem a adolesc;ncia e alcancem a maturidade!12 0 peregrina+,o daIgre'a tem um sentido mission3rio (U0t4 os confins da terraV% e escatolBgico (U0t4 aconsuma+,o do s4culoV%? Enuanto ela caminha& confronta os homens com amensagem do E/angelho& conclamando a todos ao arrependimento e f4 em Cristo5esus at4 ue Ele /olte.
KBs somos o meio ordin3rio estabelecido por Deus para ue o mundo ou+a amensagem do E/angelho. 5esus Cristo confiou - Igre'a − como '3 mencionamos?prioritariamente como organiza+,o& ainda ue n,o e:clusi/amente13 −& a tarefae/angel2stica. 0 Igre'a 4 “o agente por e.cel;ncia para a evangelização!18
Kenhum homem ser3 sal/o fora de Cristo& mas para ue isto aconte+a ele tem ueconhecer o E/angelho da *ra+a. Como crer,o se n,o hou/er uem pregueW (Rm1).1!#1@%. “ evangelismo pelo qual Deus leva os seus eleitos & "@ @ um eloessencial na corrente dos prop7sitos divinos!19
ermisten ;.. Costa& O *inistrio do #spErito ;anto WIM, S,o aulo& 1881& p. 1F.1e'am#se? 5.I. acker& #an0elia/%o e ;oberania de Deus, FT ed.S,o aulo& ida Ko/a& 188)& p.FFss.J F8ss.J 5ohn R.6. Stott& 0 =ase =2blica da E/angeliza+,o? In? A *iss%o da I0rea no *undo deoe, S,o auloG =elo orizonte& ;*. 0=PGis,o ;undial& 18$F& p. !8#).11
“# 0gre1a @ a mãe comum de todos os piedosos! M5o,o Cal/ino& #(sios, (.1F%& p. [email protected],o Cal/ino& &latas, S,o aulo& aracletos& 188$& (*l .F"%& p. 1. d. As Institutas, I.1.1.13 d. R.=. uiper& #an0elia/%o Teo+@ntri+a, S,o aulo& ES.& 18"& p. 1))& 1@1#[email protected] R.=. uiper& #l "uerpo lorioso de "risto, *rand Rapids& ;ichigan& S
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0 Igre'a de Deus 4 identificada e caracterizada pela genu2na prega+,o daala/ra.1= 0 Igre'a na sua proclama+,o re/ela uem 4? nBs somos identificados n,osimplesmente pelo ue dizemos a nosso respeito& mas& principal e fundamentalmente
pelo ue re/elamos em nossos atos. 0 Igre'a re/ela#se como po/o de Deus no seutestemunho a respeito de Deus e da Sua *lBria manifestada em Cristo& bem como nadeclara+,o do pecado humano e da necessidade de reconcilia+,o com Deus. 0 Igre'an,o 4 a mensagemJ antes 4 o meio de proclama+,oJ toda/ia& neste ato deproclama+,o das /irtudes de Deus& ela torna patente a Sua identidade di/ina&demonstrando o poder dauilo ue ela testemunha& /isto ser a Igre'a o monumento da*ra+a e ;isericBrdia de Deus& constitu2do a partir da ala/ra criadora de Deus. [
'ustamente por isso& ue “a pregação @ uma tare"a que somente ela poderealizar!1>
“omente quando a Calavra de Deus @ pregada, de acordo com as
Escrituras, ali @ ouvida a voz do Aom Castor, chamando uas ovelhas pelonome 45 \uando a Calavra não @ pregada, ali )risto não "ala ua Calavrade salvação, e ali não está reunida a 0gre1a!1?
> Esp2rito capacita a Igre'a a cumprir o ue 5esus lhe ordenou. Isto Ele fazconcedendo#lhe poder (0t 1.$G.$#1!& !1%. Somente o Esp2rito pode capacitar a Igre'a adesempenhar de forma eficaz o Seu ;inist4rio. > te:to de 0t 1.$& resume bem ocontedo do
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desenvolve e por meio desta se propaga aquele!118 > testemunho da Igre'a 4resultado de uma e:periência pessoal? > Esp2rito d3 testemunho do 9ilho& porueprocede do ai e do 9ilho (5o 1.F"J [email protected]"J *l ."%J nBs damos testemunho do ai& do9ilho e do Esp2rito& porue >s conhecemos e temos o Esp2rito em nBs (5o [email protected]"&FJ
1.F!GRm $.8%. 0 nossa tarefa 4 ensinar o E/angelho tal ual registrado nas Escrituras&em submiss,o ao Esp2rito ue nos d3 compreens,o na e atra/4s da ala/ra (Sl118.1$%.
Encontramos e:emplos deste testemunho em Este/,o& ue fala/a cheio do Esp2ritoSanto (0t ".1)J .@@%J em aulo& ue apBs receber o Esp2rito no ato da sua con/ers,o&passou a pregar ue 5esus era o 9ilho de Deus (0t 8.1#F)J 1!.8#1F% e& tamb4m& em=arnab4& no seu bre/e& por4m prof2cuo minist4rio em 0ntiouia (0t 11.F1#F@%.
> poder do Esp2rito n,o significa simplesmente uma /itBria sobre as dificuldades&antes& ele nos fala do triunfo& mesmo uando a derrota nos parece e/idente. 0ssim&Este/,o testemunhou no poder do Esp2rito e foi apedre'adoJ aulo cumpriu seuminist4rio sob a dire+,o do Esp2rito e foi preso e martirizado. Estes e:emplos ue n,os,o isolados& nos falam de uma aparente derrota e frustra+,o& toda/ia& 4 apenas umafalsa percep+,o dos fatos. > poder do Esp2rito 4 a capacita+,o para le/ar adiante amensagem de Cristo& mesmo ue isto nos custe o mais alto pre+o do testemunho& ue4 o mart2rio. 0 Igre'a no poder do Esp2rito declara solene e cora'osamente? JN!s n%opode.os dei$ar de (alar das +ousas Sue i.os e oui.osK (0t .F)%. JAntesi.porta obede+er a Deus do Sue aos )o.ensK (0t @.F8%. J#stou pronto n%o s!para ser preso, .as at para .orrer e. 5erusal., pelo no.e do ;en)or 5esusK(0t F1.1!%.
0 Igre'a tem com muita freência se distanciado dauilo ue a caracteriza? a
prega+,o da ala/ra.119 Ela tem feito discursos pol2ticos& sociais& ecolBgicos& etc.Jtoda/ia& tem se esuecido de sua prioridade essencial? pregar a ala/ra a fim de ueos homens se arrependam e se'am batizados& ingressando assim& na Igre'a. Com isto&n,o estamos defendendo um total distanciamento da Igre'a do ue ocorre na istBria&pelo contr3rio& a Igre'a de/e agir de forma e/idente e efeti/a na istBriaJ acontece& ueela age de forma eficaz n,o com discursos rotineiros a respeito da pobreza& da/iolência& e do desmatamento& mas sim& na proclama+,o do E/angelho de Cristo& ue4 o poder de Deus para a transforma+,o de todos os homens ue crêem (Rm 1.1"#1%.11=
> Re/. =oanerges Ribeiro& com a sua costumeira acuidade& asse/era?
“# 0gre1a declara que a relação se restabeleceu entre Deus e o homem,pela Calavra criadora de Deus Eis uma declaração que inquieta o mundoJeis uma declaração que provoca a "$ria homicida do mundo em agonia,contra a 0gre1a imortal, o que tantas vezes "az da testemunha, mártirJ eda *evelação a Goão, a tela de horrores apocal?pticos, onde a bestadesesperada tenta em vão destruir a 0gre1a as a 0gre1a há de dartestemunho: não pode "ugir & vocação de seu ser
118 5ohn R.6. Stott L =asil ;eeking& editores& Dialo0o ;obre
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“# 0gre1a @ a comunidade de seres humanos organizada pela presençapermanente do Esp?rito anto 45 conservada no mundo para sertestemunha de )risto por meio da Calavra de Deus!11>
or isso& a Igre'a como testemunha& n,o tem o direito& nem realmente dese'a& optar se de/e ou n,o dar o seu testemunho nem& a uem de/e testemunhar? Ela de fato& n,opode se calar& do mesmo modo ue n,o podemos dei:ar de respirar... 0 Igre'a n,opode dei:ar de dar testemunho& /isto ue ela “não pode "ugir & vocação do seupr7prio ser!11? (0t 1.$J .$#1!J ".1)G.@@J 8.1#F)J 11.F1.F@J 1!.8#1F%.
Como Igre'a& somos le/ados sob a dire+,o do Esp2rito& de forma irre/ers2/el& atestemunhar sobre a realidade de Cristo e do poder da Sua gra+a.
0 Igre'a de Deus& no seu ato essencial de proclamar as /irtudes de Deus (1 e F.8#1)%& tem como ob'eti/o final a *lBria de Deus. (Rm 11.!"J 1 Co 1).!1%. 0 E/angeliza+,o
/isa glorificar a Deus& atra/4s do anncio da natureza de Deus e de Sua obra eficaz&efeti/ada em Cristo 5esus. >usamos dizer& ue a E/angeliza+,o temfundamentalmente como al/o final& glorificar a DeusJ e Deus 4 glorificado atra/4s dasal/a+,o de Seu po/o (Is !.J 5o 1."#F"J Ef 1.GF As 1.1)#1F% e a conseenteconfiss,o de Sua soberania (9p F.@#11%. Ouando e/angelizamos estamos re/elando onosso amor a Deus e ao nosso prB:imo& glorificando a Deus& sendo# Semeador& 18$8& p. F#!.11?=oanerges Ribeiro& O ;en)or Sue ;e 4e ;ero, p. !.11R.=. uiper& #an0elia/%o Teo+@ntri+a& p. 18. (e'am#se& tamb4m? Ide.& Ibide., p. @$#@8J 8)#81J Ide.& #l "uerpo lorioso de "risto, p. FF@#FF"J 5.I. acker& #an0elia/%o e ;oberania deDeus, FT ed. S,o aulo& ida Ko/a& 188)& p. @1ss.12 d. 5.I. acker& #an0elia/%o e ;oberania de Deus, p. !@#!"J R.=. uiper& #l "uerpo loriosode "risto, p. FF#F!!J Ide., #an0elia/%o Teo+@ntri+a& p. 8#@)J 5ohn R.6. Stott& "rer Ta.b.Pensar, p. @#@1.
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negando ue o arrependimento e f4 s,o dons de Deus. > ue ueremos enfatizar neste momento& 4 ue temos a nossa responsabilidade de apresentar o E/angelho deforma persuasi/a& ensinando a ala/ra.
Dentro deste ponto de/emos nos lembrar& ue a rela+,o entre o UE/angelizarV e oUEnsinarV 4 constante em di/ersos te:tos b2blicos& sendo uma das caracter2sticas daprega+,o de 5esus (;t .F!J 8.!@J ue se de/e esperar da Escola Dominical? In? Reista da *issesNa+ionaes& >utubro de 181!& p. 1#F.122 *aldino ;oreira& 5ulio Kogueira& 5orge *oulart& aschoal itta e 5o,o Camargo.123 O *estre da #s+ola Do.ini+al, Campinas& Imprensa do Semin3rio AheolBgico de Campinas& 181!&p. !.128 Ibide., p. .
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*ev +ermisten aia Cereira da )osta