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A EVOLUÇÃO DO TECIDO URBANO DA CIDADE DE OLIVEIRA-MG/BRASIL
Francisco Martins Cortezzi1; Oswaldo Bueno Amorim Filho2
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo principal compreender o processo evolutivo do tecido
urbano da cidade de Oliveira-MG, Brasil, assim como identificar seus principais vetores de crescimento.
Tal diagnóstico é importante para a gestão e o planejamento territorial, assim como para políticas
públicas de uso e ocupação do solo, além de servir de subsídio para o setor privado da economia. O
arcabouço metodológico da pesquisa pode ser subdividido em duas partes principais. A primeira delas
está diretamente relacionada com o mapeamento da evolução do tecido urbano de Oliveira. Para tal
mapeamento, utilizamos imagens do satélite Landsat, disponibilizadas pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE). Trabalhou-se com imagens dos anos de 1975, 1984, 1994, 2004 e 2010,
dos satélites Landsat 1 (imagem de 1975) e Landsat 5 (demais imagens). As escolhas dos anos foram
definidas, principalmente, em função da disponibilidade e qualidade das imagens (percentual de
cobertura de nuvens). Após a coleta, as imagens foram tratadas em ambiente de Sistemas de
Informações Geográficas (SIGs), mais especificamente através do software ArcGis® v.9.3. Durante o
tratamento, as bandas utilizadas foram 3, 4 e 5 com a composição 4R5G3B. Após esta composição, foi
possível visualizar a área construída da cidade em cada um dos períodos analisados. A partir dessa
geovisualização, essas áreas foram vetorizadas e mensuradas. De posse dos cinco cartogramas, o
segundo passo foi realizar uma análise temporal descritiva do processo de evolução do tecido urbano
da cidade. Durante essas análises, foram feitas comparações entre os tamanhos e formas dos tecidos
urbanos nos diferentes anos analisados, assim como a identificação e o monitoramento dos principais
vetores de crescimento.
Palavras-chave: Geografia urbana, Oliveira-MG, Tecido urbano, Vetores de crescimento.
1 Pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais -CEDEPLAR/UFMG; Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia – Tratamento da Informação Espacial/PUC-Minas ([email protected]). 2 Professor Adjunto III do Programa de Pós-Graduação em Geografia – Tratamento da Informação Espacial/PUC-Minas; Doutor em Geografia pela Université de Bordeaux III ([email protected]).
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1 – INTRODUÇÃO
Localizada a pouco mais de 150 km de Belo Horizonte – capital do estado de Minas Gerais,
Brasil – (Figuras 1 e 2), a cidade de Oliveira vem se consolidando como um centro urbano dinâmico
com potencial para se tornar uma cidade média na Região Centro-Oeste da Zona Perimetropolitana de
Belo Horizonte (AMORIM FILHO et al., 1982, 1999, 2006; CONTI, 2009; CORTEZZI, 2011). Com uma
posição geográfica característica dessa categoria hierárquica de cidades – no entroncamento viário de
três importantes rodovias: BRs 381, 494 e 369 –, Oliveira apresenta um significativo espaço de
relações externas e uma organização interna relativamente complexa. De acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, o município de Oliveira possuía um total de
39.469 habitantes, sendo que mais de 98% (39.001) dessa população residiam no núcleo urbano
principal.
Figura 1 – Localização do Brasil na América do Sul e do estado de Minas Gerais no território brasileiro Fonte: Elaborado pelos autores
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Figura 2 – Localização do município e da sede de Oliveira Fonte: Elaborado pelos autores
A marcha para Goiás e o pouso do Oliveira são algumas das principais razões da criação do
povoado que deu origem à cidade de Oliveira. As expedições para o noroeste e os entroncamentos da
Picada de Goiás muito contribuíram para o processo de ocupação desse território (FONSECA, 1961).
Finalizada a marcha aurífera, a cidade foi se consolidando a partir de alguns serviços e pequenos
comércios que ali se instalaram ocupando, no primeiro momento, o topo do espigão onde hoje se
encontra a igreja matriz de Nossa Senhora da Oliveira.
Segundo relatos da Secretaria de Obras de Oliveira, após essa região (atualmente o centro
comercial), os primeiros aglomerados a se constituírem em bairros foram: Aparecida, São Sebastião e
Bairro das Graças (Figura 3). Ressaltemos que antes de se consolidarem em parcelas contínuas de
construções, esses aglomerados eram dispersos e pouco organizados, visto que a cidade cresceu de
acordo com as circunstâncias, isto é, sem prévio planejamento. Essa razão conjuntural de ser da
cidade é percebida ao chegarmos no complexo urbano. Já no primeiro semáforo, vindo da BR 381,
observa-se a igreja e o prolongamento da área central no topo do espigão, mostrando que o sítio
acidentado não foi um obstáculo para os primeiros habitantes.
Vencidas, parcialmente, as dificuldades do sítio pelos avanços da engenharia, hoje a cidade se
expande em diferentes direções, ocupando as margens do rio Maracanã, os topos de seus divisores de
água e até mesmo algumas encostas mais íngremes (Figuras 4 e 5).
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As abordagens utilizadas neste estudo seguem alguns princípios orientadores:
o tecido urbano, além de ser representado e descrito, é visto em sua dimensão
morfológica que, como se sabe, está relacionada a outras dimensões epistemológicas,
como as do processo (tempo/evolução), funções (relações externas) e estrutura
(organização geral);
o uso de tecnologias de ponta no tratamento das informações espaciais mas, sem
negligenciar os controles fundamentais de campo;
a morfologia urbana encontrada nesta pesquisa não é avaliada e explicada como um fim
em si mesmo, mas sempre em conexão com vários outros estudos morfológicos feitos
em Minas Gerais, especialmente por Amorim Filho e associados desde 1973.
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Figura 4 - Vista parcial (porção leste) do sítio de Oliveira Foto: CORTEZZI, 2011
Figura 5 - Av. Maracanã (primeiro plano) e algumas construções ao longo da vertente de um dos principais divisores de água do rio Maracanã (segundo plano), na periferia de Oliveira-MG Foto: CORTEZZI, 2011
2 – METODOLOGIA E PRINCIPAIS RESULTADOS
A abordagem utilizada no trabalho pode ser subdividido em duas partes principais. A primeira
delas está diretamente relacionada com o mapeamento da evolução do tecido urbano de Oliveira. Para
tal mapeamento, utilizamos imagens do satélite Landsat, disponibilizadas pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE). Trabalhou-se com imagens dos anos de 1975, 1984, 1994, 2004 e 2010,
referentes aos satélites Landsat 1 (imagem de 1975) e Landsat 5 (demais imagens). As escolhas dos
anos foram definidas, principalmente, em função da disponibilidade e qualidade das imagens
(percentual de cobertura de nuvens). Após a coleta, as imagens foram tratadas em ambiente de
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Sistemas de Informações Geográficas (SIGs), mais especificamente através do software ArcGis® v.9.3.
Durante o tratamento, as bandas utilizadas foram 3, 4 e 5 com a composição 4R5G3B. Após esta
composição, foi possível visualizar a área construída da cidade em cada um dos períodos analisados.
A partir dessa geovisualização, essas áreas foram vetorizadas e mensuradas.
De posse dos cinco cartogramas, o segundo passo foi realizar uma análise temporal descritiva
do processo de evolução do tecido urbano da cidade. Durante essas análises, foram feitas
comparações entre os tamanhos e formas de setores do tecido urbano nos diferentes anos analisados,
assim como a identificação e o monitoramento dos principais vetores de crescimento de Oliveira.
Outro ponto considerado dentro desta abordagem foram os trabalhos de campos compreendidos
no período de 2009 a 2011. Esses trabalhos foram extremamente importantes para o controle e
validação dos resultados obtidos nas etapas anteriores da pesquisa.
Com a finalidade de melhor compreender o processo evolutivo do tecido urbano da cidade de
Oliveira, foram utilizadas ferramentas disponíveis em alguns SIGs – principalmente aquelas voltadas
para o Sensoriamento Remoto –, com o intuito de melhor analisar esse processo a partir de uma
perspectiva espacial. Foram elaborados cinco cartogramas para o acompanhamento de tal dinâmica
espacial.
Analisando as imagens extraídas do satélite LandSat, pode-se perceber que o tecido urbano de
Oliveira evoluiu consideravelmente dentro do recorte temporal de 35 anos3.
No ano de 1975, a área da sede urbana de Oliveira limitava-se às principais vias de acesso ao
centro urbano, prolongando-se para sul-sudoeste, principalmente, em função da suavização do relevo.
A av. Nossa Senhora de Fátima (que se encontra com a rodovia que dá acesso à BR 381), juntamente
com a região sul-sudoeste e com a área central, apresentavam-se como os principais setores
ocupados pelos citadinos. Com menor expressão, as saídas para Campo Belo (BR 369) e Divinópolis
(BR 494) também possuíam alguma ocupação urbana. Possuindo um formato “estrelar”, o tecido
urbano da sede media, aproximadamente, 2,7 km2 de extensão (Figura 6Figura ).
3 Esse recorte temporal e, por conseguinte, a média do intervalo (7 anos) foram estabelecidos em função das imagens disponíveis no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
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Figura 6 - A mancha urbana da sede de Oliveira no município e as principais rodovias (1975) Fonte: Elaborado pelos autores
Analisando a imagem de 1984, observa-se que Oliveira adquire um formato espacial diferente
em comparação com aquele apresentado em 1975. Com uma área urbana sensivelmente mais extensa
(medindo aproximadamente 3,2 km2), nota-se que o vetor de crescimento da cidade caminha em
direção às BRs 381 e 369. A saída para Divinópolis (BR 494) e a região sul-sudoeste, apesar de se
apresentarem um pouco mais densas em comparação com a análise anterior, não se destacam como
um vetor expressivo de crescimento durante o final da década de 1980.
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Deixando de apresentar o formato “estrelar”, o tecido urbano de Oliveira assume um formato
espacial mais compacto, fortalecendo-se ao longo das principais vias de acesso e ocupando as partes
mais planas do relevo (Figura 7).
Figura 7 - A mancha urbana da sede de Oliveira no município e as principais rodovias (1984) Fonte: Elaborado pelos autores
Observando a imagem satélite de 1994, notamos que, além das principais vias de acesso e da
porção sul-sudoeste, a área urbana atinge o topo de um espigão que se localiza junto à rodovia que dá
acesso à BR 381. Essa ocupação – atualmente o Bairro São Sebastião (Figura 3) – teve início no final
da década de 1980 e apresenta altitudes de até 110 metros. Além da ocupação da área menos
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irregular desse espigão (o topo, no sentido linear), Oliveira apresenta diferenciação morfológica na
saída da BR 369 e também no aglomerado urbano central (Figura 8).
Figura 8 - A mancha urbana da sede de Oliveira no município e as principais rodovias (1994) Fonte: Elaborado pelos autores
Durante o decênio seguinte, o tecido urbano de Oliveira continuou sua expansão, passando de
4,7 km2, em 1994, chegando a atingir 6,5 km2, em 2004. Se observarmos bem, esse foi o período
(analisado por nós) em que a área urbana da cidade mais evoluiu, chegando a somar quase 2 km2 de
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área construída. As principais modificações ocorreram de forma similar à análise anterior, ou seja, na
saída para Campo Belo (BR 369) e em direção a BR 381. O destaque dessa imagem (Figura 9) em
comparação à anterior é a ocupação, quase em sua totalidade, do espigão localizado na porção
sudeste.
Figura 9 - A mancha urbana da sede de Oliveira no município e as principais rodovias (2004) Fonte: Elaborado pelos autores
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Analisando a imagem mais recente (Figura 10), percebemos uma configuração morfológica mais
robusta e melhor distribuída nas principais vias de acesso e no aglomerado urbano central. Evoluindo
cerca de 1,5 km2 em 6 anos, o tecido urbano de Oliveira, em 2010, chega a atingir aproximadamente 8
km2 de extensão. Nesse período, o Bairro São Sebastião ocupa tanto o topo do espigão quando suas
encostas mais íngremes.
Figura 10- A mancha urbana da sede de Oliveira no município e as principais rodovias (2010) Fonte: Elaborado pelos autores
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Após as análises da evolução do tecido urbano de Oliveira, caracterizamos funcionalmente os
diferentes setores que atualmente constituem a cidade. Como principal resultado, elaboramos um
cartograma sintético com as principais zonas morfológico-funcionais do espaço intra-urbano (Figura
11).
Figura 11 - Zoneamento morfológico-funcional de Oliveira-MG Fonte: Elaborado pelos autores
Através deste cartograma, podemos perceber que a morfologia funcional da área urbana
apresenta-se relativamente complexa, composta por um centro principal bem definido, três subcentros
polifuncionais, uma extensa zona pericentral e periferias que se distinguem em áreas organizadas e
desorganizadas.
Sendo o local mais dinâmico de toda cidade, o centro de Oliveira, em função das atividades
comerciais e de serviços, concentra a maior densidade de construções, de veículos e pessoas.
Funcionalmente bem estruturado, alguns de seus equipamentos possuem alcance microrregional. Os
três “subcentros” identificados (dois na zona pericentral e um na zona periférica) atuam de forma
complementar a área central. Os mais distantes buscam atender as necessidades básicas da
população, e o mais próximo é formado por equipamentos que, se não fosse pela falta de espaço,
poderiam ser perfeitamente instalados na zona central. As periferias, contínuas e descontínuas,
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completam o zoneamento. Como podemos observar no cartograma, elas representam a maior parte do
conjunto urbano.
Sobre o processo evolutivo do tecido urbano (dentro dos 35 anos analisados – 1975-2010),
podemos dizer que sua expansão segue um padrão “lógico” de crescimento, ou seja, a urbanização se
dá em direção às principais vias de acesso e também nos lugares onde o sítio é, de maneira geral,
mais favorável. Neste caso, os principais vetores de crescimento são áreas oeste e sudeste, possuindo
as BRs 369 e 381, respectivamente, como principais eixos condutores deste processo. A primeira
rodovia possui um fluxo diário intenso, pois, antes de chegar a Campo Belo, esse eixo viário vai em
direção a cidade de São Francisco de Paula (com a qual Oliveira mantém intensas relações). No caso
do vetor sudeste, a dinâmica está diretamente relacionada com o acesso à rodovia federal Fernão Dias
(BR 381) que, de um lado, liga a cidade à capital mineira, e do outro, segue em direção à cidade de
São Paulo.
3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao final desta pesquisa sobre o tecido urbano da cidade mineira de Oliveira, algumas
considerações gerais podem ser feitas, inclusive levando-se em contato um contexto investigativo mais
abrangente.
Como se sabe, existe uma forte correlação entre a estrutura morfológico-funcional e vários
outros aspectos da geografia das cidades, entre eles o dinamismo econômico-demográfico, as relações
intraurbanas e externas (particularmente as regionais) e a posição das cidades nos níveis hierárquicos
das redes urbanas de que fazem parte.
Em 2007, Amorim Filho publicou um texto no qual são propostos padrões de zoneamento
morfológico-funcional para quatro níveis da hierarquia urbana, desde cidades gigantescas
(megalópoles e metrópoles), passando pelas grandes cidades, cidades médias, até chegar aos
organismos urbanos elementares (pequenas cidades).
Por tudo que se pesquisou no presente trabalho, é evidente que os níveis hierárquicos que
poderiam ter alguma conexão com o zoneamento morfológico-funcional identificado em Oliveira são os
das pequenas e médias cidades.
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NÍVEIS DA HIERARQUIA
URBANA
ZONA CENTRAL
ZONA PERICENTRAL
ZONA PERIFÉRICA
ZONA PERIURBANA
CIDADE PEQUENA
- Praça e rua principal; poucos equipamentos terciários (administrativos, comerciais, religiosos); forte presença de função residencial; pequena diferenciação morfológica e paisagística.
- Pouca diferenciação em relação ao centro; confundindo-se, igualmente com a periferia.
- A não ser por algumas “vilas” que acompanham estradas, pouco se distingue da zona pericentral; transição brusca para a zona rural.
- Praticamente não existe, enquanto zona de transição urbanorural, já que não ocorre, na prática, tal transição.
CIDADE MÉDIA
- Centro principal bem definido funcionalmente (forte presença de equipamentos “raros”, de alcance regional); diferenciação funcional interna; paisagem e morfologia típicas (construções em altura; maior densidade de construções; forte movimento de veículos e de pessoas, animação); função residencial superada pelas funções terciárias; centro com polarização pelo menos microrregional, podendo alcançar o nível regional de polarização.
- Extensa espacialmente; função residencial predominante; presença de subcentros especializados ou polifuncionais (estes últimos pequenos), ao longo dos eixos, de praças e de entroncamentos; diferenciação morfológica e paisagística em função de diferenças sócio-econômicas; presença de equipamentos especiais como hospitais, universidades, casernas, estações rodoviárias e ferroviárias, etc.
- De dois tipos: contínua (como prolongamento da zona pericentral) e descontínua, ou polinuclear, formada por loteamentos (unidades organizadas) ou “vilas” (desorganizadas e, em certas regiões, verdadeiras favelas); presença de subcentros polifuncionais bem modestos (comércio e serviços de vizinhança) e de alguns subcentros especializados; extensão proporcional ao nível hierárquico e tamanho da cidade.
- Presença de uma zona de transição urbano-rural mais ou menos extensa, e que se confunde, nas imediações da cidade, com a periferia polinuclear e descontínua; presença de alguns equipamentos terciários pontuais; aumento das casas de campo, de clubes campestres e hotéis-fazenda; diminuição das fazendas e aumento das pequenas propriedades com produtos para a cidade média.
Quadro 01 – Zoneamento morfológico-funcional e níveis da hierarquia urbana: cidades pequenas e médias. Fonte: Amorim Filho; Sena Filho (2007), páginas 60 e 72.
A observação criteriosa do quadro acima, assim como da figura 11, conduz à constatação final
de que o zoneamento morfológico-funcional da cidade de Oliveira não corresponde mais àqueles das
cidades pequenas típicas. Por outro lado, também fica claro que, em termos morfológicos, a cidade de
Oliveira ainda não alcançou a complexidade relativa das cidades médias propriamente ditas.
Assim, o critério da estrutura morfológico-funcional vem se juntar a outros já estudados para
caracterizar, com clareza ainda maior, a atual situação hierárquica transicional de Oliveira, ou seja, a
de um centro urbano emergente que deixou de ser uma pequena cidade, mas que não é, totalmente,
uma cidade média.
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