A Falácia da Janela Quebrada

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  • 8/3/2019 A Falcia da Janela Quebrada

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    A Falcia da Janela Quebrada

    por Robert P. Murphy*

    Economistas pr livre mercado tem triunfalmente citado a falcia da janela quebrada

    sempre que algum opina que um ato destrutivo, seja ele um desastre natural ou uma

    catstrofe provocada pelo homem seria, paradoxalmente, "bom para a economia." A

    referncia feita a uma lio clssica dada pelo economista Frdric Bastiat, em 1850.

    Especialmente depois que Paul Krugman foi CNN e discutiu as virtudes de fingir uma

    invaso aliengena, os libertrios estavam tendo um dia ativo com a acusao de "janela

    quebrada". A assim chamada esquerda progressista temcontra-argumentado, alegando

    que os crticos de Krugmanno compreendem realmenteo que Bastiat estava dizendo.

    No presente artigo, iremos rever a lio original de Bastiat e aplic-la aos debates

    modernos sobre os possveis benefcios de eventos destrutivos.

    A Fbula de Bastiat

    Vamos citar extensivamente do exemplo de abertura de Bastiat, em sua obra clssica,O

    que se v e o que no se v:

    Ser que algum presenciou o ataque de raiva que acometeu o bom burgus Jacques

    Bonhomme[1], quando seu terrvel filho quebrou uma vidraa? Quem assistiu a esse

    espetculo seguramente constatou que todos os presentes, e eram para mais de trinta,

    foram unnimes em hipotecar solidariedade ao infeliz proprietrio da vidraa quebrada:

    "H males que vm para o bem. So acidentes desse tipo que ajudam a indstria a

    progredir. preciso que todos possam ganhar a vida. O que seria dos vidraceiros, se os

    vidros nunca se quebrassem?"

    http://escola-austriaca.blogspot.com/2011/09/falacia-da-janela-quebrada.htmlhttp://escola-austriaca.blogspot.com/2011/09/falacia-da-janela-quebrada.htmlhttp://www.youtube.com/watch?v=E1Fzzs7oVaA#t=1m0shttp://www.youtube.com/watch?v=E1Fzzs7oVaA#t=1m0shttp://www.youtube.com/watch?v=E1Fzzs7oVaA#t=1m0shttp://www.youtube.com/watch?v=E1Fzzs7oVaA#t=1m0shttp://thinkprogress.org/yglesias/2011/08/16/296903/the-denial-of-money/http://thinkprogress.org/yglesias/2011/08/16/296903/the-denial-of-money/http://thinkprogress.org/yglesias/2011/08/16/296903/the-denial-of-money/http://factsandotherstubbornthings.blogspot.com/2011/08/bastiat-yglesias-and-krugman.htmlhttp://factsandotherstubbornthings.blogspot.com/2011/08/bastiat-yglesias-and-krugman.htmlhttp://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=342http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=342http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=342http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=342http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=342http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=342http://factsandotherstubbornthings.blogspot.com/2011/08/bastiat-yglesias-and-krugman.htmlhttp://thinkprogress.org/yglesias/2011/08/16/296903/the-denial-of-money/http://www.youtube.com/watch?v=E1Fzzs7oVaA#t=1m0shttp://www.youtube.com/watch?v=E1Fzzs7oVaA#t=1m0shttp://escola-austriaca.blogspot.com/2011/09/falacia-da-janela-quebrada.html
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    Ora, h nessas frmulas de condolncia toda uma teoria que importante captar-

    seflagrante delito, pois exatamente igual quela teoria que, infelizmente, rege a maior

    parte de nossas instituies econmicas.

    Supondo-se que seja necessrio gastar seis francos para reparar os danos feitos, pode-se

    dizer, com toda justeza, e estou de acordo com isso, que o incidente faz chegar seis

    francos indstria de vidros, ocasionando o seu desenvolvimento na proporo de seis

    francos. O vidraceiro vir, far o seu servio, ganhar seis francos, esfregar as mos

    de contente e abenoar no fundo de seu corao o garoto levado que quebrou a

    vidraa. o que se v.

    Mas se, por deduo, chegamos concluso, como pode acontecer, de que bom que se

    quebrem vidraas, de que isto faz o dinheiro circular, de que da resulta um efeito

    propulsor do desenvolvimento da indstria em geral, ento eu serei obrigado a

    exclamar: Alto l! Essa teoria para naquilo que se v, mas no leva em considerao

    aquilo que no se v.

    Nose v que, se o nosso burgus gastou seis francos numa determinada coisa, no vaipoder gast-los noutra! No se v que, se ele no tivesse nenhuma vidraa para

    substituir, ele teria trocado, por exemplo, seus sapatos velhos ou posto um livro a mais

    em sua biblioteca. Enfim, ele teria aplicado seus seis francos em alguma outra coisa

    que, agora, no poder mais comprar.

    Faamos, pois, as contas da indstria em geral.

    Tendo sido quebrada a vidraa, a fabricao de vidros foi estimulada em seis francos;

    o que se v.

    Se a vidraa no tivesse sido quebrada, a fabricao de sapatos (ou de qualquer outra

    coisa) teria sido estimulada na proporo de seis francos; o que no se v.

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    E se levssemos em considerao o que no se v por ser um fato negativo, como

    tambm o que se v, por ser um fato positivo, compreenderamos que no h nenhum

    interesse para a indstria em geral, ou para o conjunto do trabalho nacional, o fato de

    vidraas serem quebradas ou no.

    H dois elementos importantes na anlise de Bastiat:

    1. uma suposio sobre o que hoje chamamos de "crowding out", ou, o que amesma coisa, a negao de que h "recursos ociosos", e

    2. a distino entre riqueza e emprego.

    Abaixo vamos lidar com cada um deles, um de cada vez.

    Bastiat Assume "Pleno Emprego", i.e., Inexistncia de

    "Recursos Ociosos"

    Para chegar a sua concluso de que o menino vndalo no conferiu nenhum benefcio

    econmico para a comunidade, Bastiat primeiro estabelece que no h nenhum estmulo

    lquido ao emprego ou renda. verdade, a renda do vidraceiro maior do que teria

    sido. Isto o que o que se v. No entanto, Bastiat argumenta que este benefcio

    inegvel para o vidraceiro perfeitamente compensado por uma reduo na renda de

    outra pessoa na comunidade, que agora est ganhando menos por causa do vndalo.

    Especificamente, Bastiat assume que o lojista teria gasto seus seis francos de alguma

    forma, e que o menino apenas o forou a gastar o dinheiro na reparao da janela

    quebrada. errado ver o emprego do vidraceiro como um ganho lquido para aeconomia, porque o lojista (na ausncia da janela quebrada) poderia ter gasto esses seis

    francos reparando seus sapatos, por exemplo. Nesse caso, o ganho do vidraceiro

    exatamente compensado pela perda do sapateiro.

    Assim, se assumirmos que os trabalhadores na comunidade estariam em "plenamente

    empregados" tendo o menino quebrado ou no a janela, ento claro que o menino no

    est "criando empregos" nem "aumentando a renda total". Tudo que ele fez foi dar mais

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    trabalho/renda ao vidraceiro, s custas de trabalho/renda de algumas outras pessoas na

    comunidade.

    Riqueza versus Renda/Emprego

    Nesse ponto, pode-se pensar que todo o episdio uma bobagem. Claro, o vandalismo

    do menino no ajuda, mas como eleprejudica? Bastiat est implicitamente

    argumentando que melhor incentivar os negcios do sapateiro, ao invs do vidraceiro?

    Como ele consegue escapar ileso fazendo esse juzo de valor?

    A resposta envolve a distino entre riqueza versus o rendimento ou emprego. S

    porque a "renda total", ou "emprego total", ou o "PIB total" no foi alterado pela ao

    do menino - ocorreu apenas que a composio foi rearranjada - no obstante o rapaz

    vndalo objetivamente tornou a comunidade mais pobre.

    Especificamente, ao destruir a janela, o menino obrigou as pessoas na comunidade a

    dedicarem o seu escasso tempo de trabalho (e outros materiais), ao fim de meramente

    restaurar a quantidade de riqueza tangvel de volta ao seu estado original. No entanto, se

    o menino no tivesse quebrado a janela, ento o trabalho e outros materiais teriam sido

    usados (novamente, assumindo o pleno emprego em ambos os cenrios), com o fim de

    fazer riqueza tangvel da comunidade crescer.

    Em resumo, Bastiat est argumentando que o menino no estimulou o emprego total ou

    renda, ele apenas os deslocou de um setor para outro. Mas, no desenrolar dos fatos, acomunidade ter menos riqueza aps o vandalismo do menino do que teria na outra

    situao. Especificamente, os ganhos e perdas no resto da comunidade se distribuiro -

    o vidraceiros tero mais riqueza, enquanto o sapateiro tem menos - mas o lojista estar

    definitivamente mais pobre. Ao invs de ter uma janela e um novo par de sapatos, agora

    ele ter apenas uma janela.

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    Ironicamente, levou-se vrios pargrafos de anlise econmica para retornar ao que o

    senso comum nos disse o tempo todo: Quando um menino vndalo quebra a janela do

    lojista (e o lojista quem tem de pagar para substitu-la), o lojista estar mais pobre na

    exata quantia necessria para cobrir os custos da substituio dela. Ao do menino

    destrutiva; ela tornou a comunidade mais pobre; ele no deveria ser parabenizado, de

    nenhuma forma. D!

    Os Keynesianos Flertam com a Exaltao de Desastres

    Especialmente luz darecente fraudeconduzida s custas de Paul Krugman, devemos

    agir com cuidado aqui. Para ser justo, deixe-me ser claro: Paul Krugman nunca

    realmente pediu por uma invaso aliengena, nem disse que queria uma nova guerra

    mundial. No entanto, ele tem de fato escrito coisas que, compreensivelmente, deram

    essa impresso a seus crticos. por isso que tantos libertrios estavam fazendo

    referncias falcia da janela quebrada como doidos. Aqui esto as duas frases mais

    contundentes de Krugman (alm daanlise da invaso aliengenadiscutida

    anteriormente):

    A vida e os negcios continuam; portanto, acho que temos que falar sobre os impactos

    econmicos do pesadelo de Fukushima.

    Alguns desses impactos envolvem uma paralisao das cadeias de abastecimento [...]

    Mas o que estou observando muito so preocupaes sobre os impactos financeiros.

    Com certeza, o Japo ter de despender centenas de bilhes (de dlares, no ienes) para

    limitar os danos e recuperar o pas, mesmo com a queda de receita graas ao impacto

    econmico direto. Assim, ele se tornar menos um pas exportador de capital, talvez um

    importador de capital, durante um determinado perodo. E isso, a continuao da

    histria, levar a uma alta nas taxas de juro.

    http://www.huffingtonpost.com/2011/08/24/paul-krugman-impersonator_n_935186.htmlhttp://www.huffingtonpost.com/2011/08/24/paul-krugman-impersonator_n_935186.htmlhttp://www.huffingtonpost.com/2011/08/24/paul-krugman-impersonator_n_935186.htmlhttp://www.youtube.com/watch?v=E1Fzzs7oVaA#t=1m0shttp://www.youtube.com/watch?v=E1Fzzs7oVaA#t=1m0shttp://www.youtube.com/watch?v=E1Fzzs7oVaA#t=1m0shttp://www.huffingtonpost.com/2011/08/24/paul-krugman-impersonator_n_935186.html
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    E o que ocorre? Em tempos normais, aumentos nas taxas de juro seriam corretos. Mas

    no estamos em tempos normais. Continuamos numa armadilha de liquidez, com juros

    de curto prazo subindo acima de zero [...]

    Portanto os emprstimos tomados pelo governo no precisam ser s custas do

    investimento privado, levando a uma alta nas taxas de juro; em vez disso, eles apenas

    mobilizam parte daquela poupana desejada, mas no realizada.

    E sim, isso significa que a catstrofe nuclear pode acabar se tornando expansionista, se

    no para o Japo, mas pelo menos para o mundo como um todo. Se isso parece loucura,

    bem, economia numa armadilha de liquidez issolembre-se, a 2a. Guerra Mundialps fim Grande Depresso. (Paul Krugman,15 maro de 2011, grifo do autor)

    E esta:

    Parece quase de mau gosto falar sobre dlares e centavos, aps um ato de assassinato

    em massa. No entanto, devemos perguntar sobre os abalos econmicos de horror tera-

    feira.

    Estes abalos no precisam ser grandes. Por mais medonho que dizer isto possa parecer,

    o ataque terrorista - como o dia original da infmia, que ps fim Grande Depresso -

    poderia at trazer algum benefcio econmico ....

    Sobre o impacto econmico direto: a base produtiva do pas no foi seriamente

    danificada. Nossa economia to grande que as cenas de destruio, por mais

    impressionantes que sejam, so apenas uma picada de agulha .... Ningum tem

    estimativa do dano em dlares, mas eu ficaria surpreso se a perda for mais do que 0,1

    porcento da riqueza dos EUA - comparvel aos efeitos materiais de um grande

    terremoto ou furaco.

    O coringa aqui a confiana .... Durante algumas semanas, americanos horrorizados

    podem estar sem humor para comprar nada mais do que bens necessrios. Mas, passado

    o choque, difcil acreditar que os gastos dos consumidores sero muito afetados.

    http://blogs.estadao.com.br/paul-krugman/2011/03/15/fusao-macroeconomica/http://blogs.estadao.com.br/paul-krugman/2011/03/15/fusao-macroeconomica/http://blogs.estadao.com.br/paul-krugman/2011/03/15/fusao-macroeconomica/http://blogs.estadao.com.br/paul-krugman/2011/03/15/fusao-macroeconomica/
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    Iro os investidores fugir de aes e ttulos corporativos para ativos mais seguros? Tal

    reao no faria muito sentido - afinal, os terroristas no vo explodir a S.&P. 500 ... No

    momento em que os mercados se reabrirem, o pior pnico provavelmente j ter

    passado.

    Assim, o impacto econmico direto dos ataques provavelmente no ser assim to

    ruim. E haver, potencialmente, dois efeitos favorveis.

    Primeiro, a fora motriz por trs do arrefecimento econmico tem sido uma queda do

    investimento empresarial.Agora, de repente, precisamos de alguns novos edifcios de

    escritrios. Como eu j indiquei, a destruio no grande em comparao com a

    economia, mas a reconstruo vai gerar ao menos algum aumento nos gastos

    empresariais.

    Em segundo lugar, o ataque abre a porta a algumas medidas sensatas de combate

    recesso. Para as ltimas semanas tem havido um intenso debate entre os liberais sobre

    se eles devem defender a resposta keynesiana clssica ao arrefecimento econmico,

    uma exploso temporria de gastos pblicos. ... Agora parece que vamos realmente ter

    uma rpida exploso de gastos pblicos, por mais trgicas que sejam as razes." (Paul

    Krugman,14 de setembro de 2001, grifos do autor)

    A relevncia da fbula de Bastiat para anlise de Krugman (tpico keynesiano) deveria

    ser evidente. Existe apenas uma ltima lacuna para preencher no caso contra a

    "embalagem de prata" de janelas quebradas, tsunamis e atentados terroristas.

    Qual o Objetivo do Emprego?

    Como eu disse anteriormente, os keynesianos tem recentemente lanado contra-ataques

    acusao de que eles esto cometendo a falcia da janela quebrada. Uma das suas

    respostas afirmar que os crticos conservadores/libertrios esto ignorando a distino

    entre riqueza e emprego, e que eles so inconscientemente assumindo que h pleno

    emprego (ou seja, que no h "recursos ociosos").

    http://www.nytimes.com/2001/09/14/opinion/reckonings-after-the-horror.htmlhttp://www.nytimes.com/2001/09/14/opinion/reckonings-after-the-horror.htmlhttp://www.nytimes.com/2001/09/14/opinion/reckonings-after-the-horror.htmlhttp://thinkprogress.org/yglesias/2011/08/23/302565/the-anti-keynesian-two-step/http://thinkprogress.org/yglesias/2011/08/23/302565/the-anti-keynesian-two-step/http://thinkprogress.org/yglesias/2011/08/23/302565/the-anti-keynesian-two-step/http://thinkprogress.org/yglesias/2011/08/23/302565/the-anti-keynesian-two-step/http://thinkprogress.org/yglesias/2011/08/23/302565/the-anti-keynesian-two-step/http://thinkprogress.org/yglesias/2011/08/23/302565/the-anti-keynesian-two-step/http://www.nytimes.com/2001/09/14/opinion/reckonings-after-the-horror.html
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    Espectadores simpticos tementrado no debate, alegando que Bastiat poderia estar

    errado. Afinal, suponha que um furaco veio e atingiu uma comunidade que

    inicialmente tinham um grande nmero de trabalhadores da construo civil

    desempregados. Quem poderia negar que o furacopode (sob as circunstncias corretas)

    realmente levar a mais emprego e a um maior "produto interno bruto", da forma como

    ele atualmente medido?

    Nesta fase do debate, acho que h duas respostas principais. Em primeiro lugar, temos

    que perguntarpor que existem tantos "recursos ociosos" por a? Se for o caso de o

    governo e polticas destrutivas do banco central so os culpados - e no uma

    indisposio sbita de as pessoas "gastarem o suficiente" - ento os gastos forados

    (devido a um desastre natural ou a um ataque terrorista) no vo realmente consertar o

    mercado de trabalho . Misteriosamente, a economia vai de repente se tornar "pior do

    que imaginvamos", de modo que mesmo luz dos novos gastos, o desemprego ainda

    estar muito alto. (Isto o que aconteceu com opacote de estmulo de Obama.)

    Em segundo lugar, podemos encarar a crtica frontalmente. Suponha que realmente o

    caso de que, na ausncia de um furaco (ataque terrorista, tsunami, invaso aliengena,

    etc), as pessoas em uma comunidade iriam trabalhar menos horas, e que o PIB

    mensurado seria menor. Isso significa que existe alguma "embalagem de prata" no

    desastre que poderia, pelo menos parcialmente, compensar a inegvel perda de riqueza?

    Por exemplo, faria sentido dizer: "Claro, os aliengenas vieram e explodiram alguns

    edifcios, e nos obrigaram a usar alguns dos nossos msseis e muito combustvel parajatos para os repelir, mas pelo menos eles estimularam nossa economia deprimida; por

    isso temos que por na balana a perda de riqueza por um lado, e o ganho da atividade

    econmica, pelo outro lado, para ver se, de forma geral, os aliens foram um benefcio

    lquido"?

    A posio padro pr livre mercado nessa questo no, no faz sentido falar assim. O

    objetivo da atividade econmica aproduo de bens de consumo e servios. O

    http://gene-callahan.blogspot.com/2011/08/goodnight-irene.htmlhttp://gene-callahan.blogspot.com/2011/08/goodnight-irene.htmlhttp://gene-callahan.blogspot.com/2011/08/goodnight-irene.htmlhttp://mises.org/daily/3290/Does-Depression-Economics-Change-the-Ruleshttp://mises.org/daily/3290/Does-Depression-Economics-Change-the-Ruleshttp://mises.org/daily/3290/Does-Depression-Economics-Change-the-Ruleshttp://mises.org/daily/4916/Have-Events-Vindicated-Keynesian-Modelshttp://mises.org/daily/4916/Have-Events-Vindicated-Keynesian-Modelshttp://mises.org/daily/4916/Have-Events-Vindicated-Keynesian-Modelshttp://mises.org/daily/4916/Have-Events-Vindicated-Keynesian-Modelshttp://mises.org/daily/3290/Does-Depression-Economics-Change-the-Ruleshttp://gene-callahan.blogspot.com/2011/08/goodnight-irene.html
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    trabalho um mal necessrio e no um fim em si mesmo. Comodisse Henry Hazlitt

    num contexto semelhante,

    No fcil empregar todo mundo, mesmo (ou especialmente) na mais primitiva

    economia. Pleno emprego - emprego integral, demorado e que requer esforo - uma

    caracterstica, precisamente, das naes industrialmente mais atrasadas.

    Adaptando outra analogia de Hazlitt, suponha que Jim v o seu vizinho sentado em uma

    espreguiadeira, tomando um martini num sbado noite. Jim decide, ento, por fogo

    na casa do vizinho. Obviamente, o vizinho pula da cadeira, e gasta (digamos) a prxima

    hora apagando o fogo e minimizando o dano o melhor que pode. Ser que algum noseu perfeito juzo diz deste cenrio: "Claro, Jim causou alguma destruio fsica de

    riqueza, e isso uma coisa ruim, no entanto, no vamos perder de vista o lado positivo:

    o vizinho usou mais do seu prprio trabalho do que teria usado em algum outro caso"?

    O mesmo princpio opera no nvel social, quando se trata de furaces, ataques terroristas

    e invases aliengenas. A nica diferena que indivduos especficos podem realmentese beneficiar, mas a comunidade como um todo estar mais pobre. Por exemplo, se uma

    nave aliengena explode uma fbrica (deserta) e depois sai, possvel que certas pessoas

    (como trabalhadores da construo civil e seus fornecedores) vo, liquidamente, se

    beneficiar. Eles iro com prazer abandonar o seu tempo de lazer em troca do salrio que

    recebero para reconstruir a fbrica.

    No entanto, existem outras pessoas na comunidade que so claramente as perdedoras.

    No s eles perderam a riqueza da fbrica, mas eles tambm devem pagar o suficiente

    de seus bens remanescentes para induzir os trabalhadores da construo civil e outras

    pessoas a reconstru-la.

    Ao contabilizar os custos e benefcios a nvel social, o fato de que centenas de

    trabalhadores tem que gastar horas de seu tempo, e que os proprietrios de coisas

    http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=76http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=76http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=76http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=76
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    *Robert P. Murphy Ph.D em economia pela New York University, economista do

    Institute for Energy Research, um scholar adjunto do Mises Institute, membro docente

    da Mises University e autor do livroThe Politically Incorrect Guide to Capitalism, alm

    dos guias de estudo para as obrasAo HumanaeMan, Economy, and State with Power

    and Market. tambm dono do blogFree Advice.

    Traduo de Gabriel Oliva

    Postado por GEEA s15:440 comentriosEnviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar noFacebookCompartilhar no orkutMarcadores:bastiat,destruio,falcia da janela quebrada,keynesianismo,plenoemprego,recursos ociosos

    sexta-feira, 22 de julho de 2011

    A guerra contra as drogas, e contra o bom-senso econmico

    por Nilo B. P.

    Com o desaquecimento econmico global, parece que multiplicam-se pelo mundo

    afora iniciativas pela legalizao de drogas recreativas. A surpresa mais recente veio

    quando umacomisso internacionalformada por figuras polticas eminentes, citando

    dados da ONU, chamou a guerra contra as drogas de um fracasso.

    Os nomes na comisso no so de ativistas rastafarianos caricatos, e a ONU no

    nenhum paladino imparcial. Estas so pessoas que defendem o uso da mo estatal para

    resolver problemas sociais de todos os naipes, e no tm nada em princpio contra a

    proibio de uma mercadoria ou outra, se acharem que pode sair algum bem social de

    tal poltica. Por que, ento, tantos intervencionistas de respeito esto se voltando contra

    o conceito que tem definido a poltica criminal de Estados ao redor do mundo desde o

    sculo passado?

    No se trata de iluminao repentina. O pntano econmico mundial tambm torna

    mais difcil a vida dos governos, e nos pases desenvolvidos, dcadas de expanso fiscal

    e promessas imponderadas de benefcios aos eleitores esto batendo porta com uma

    fora crescente. Os polticos mais previdentes esto cata de programas suprfluos quepossam ser cortados com um mnimo de dor.

    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  • 8/3/2019 A Falcia da Janela Quebrada

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    Polticas suprfluas no faltam, mas aqui focamos em uma das mais universais e

    destrutivas, a guerra contra as drogas. Assim como dirigir sem cinto de segurana, ter

    uma vida sexual promscua, fumar e beber, poucas coisas boas podem ser ditas sobre o

    hbito de usar drogas para se divertir. No entanto, quanto a maus hbitos no trnsito, e

    drogas geralmente aceitas, o governo procura estimular aquilo que visto como um

    comportamento desejvel taxando o vcio. A prostituio, um assunto de certa maneira

    mais sensvel do que drogas, de jure proibida, mas de facto aceita. Apenas o uso de

    drogas objeto de represso direta.

    Os usurios so vistos como marginais, um preconceito que tem os seus mritos; mas

    a criminalizao das drogas que tornam seus usurios foras-da-lei. Pode-se argumentar

    que existe uma associao entre drogas e crimes violentos; realmente, est bem

    estabelecido que usurios de drogas so, ceteris paribus, mais propensos a

    comportamentos indesejveis, e at mesmo violentos, do que os que no o so. No

    entanto, a maioria esmagadora da violncia diretamente associada com drogas no

    resultado de drogados irresponsveis, mas da proibio em si.

    No h qualquer argumento plausvel a favor da idia de que o trfico, com todos os

    seus aspectos tenebrosos, algo intrnseco a narcticos. Onde quer que se verifiquem

    prticas escusas associadas com o comrcio de uma mercadoria, pode-se ter certeza de

    que o Estado est tentando control-lose pepinos fossem proibidos, logo os

    empreendedores com menos escrpulos comeariam a matar-se uns aos outros pelo

    direito de controlar o trfico de legumes. Pode parecer estranho usar a palavra

    empreendedores para descrever pessoas de carter to duvidoso, mas isso

    justamente o que so.

    A guerra contra as drogas um cone de como o governo gasta recursos para tornar

    nossas vidaspiores. Tudo que compramos com nosso dinheiro encaminhado represso

    do comrcio e uso de drogas um aumento da violncia e corrupo; alm disso, diga-

    se de passagem, tornar as drogas ilegais apenas tende a atrair indivduos (geralmente

    adolescentes e jovens) procurando experincias perigosas e excitantes para essas

    substncias, ao mesmo tempo que repele os potenciais usurios mais responsveis.

  • 8/3/2019 A Falcia da Janela Quebrada

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    Se a proibio das drogas to ruim, por que no foi descartada antes? pergunta o

    conservador. Realmente, quando falamos do mercado, esse um timo ponto. Afinal,

    essa a mecnica por traz de lucros e prejuzos, expanso e falncia: aqueles que

    melhor usam os recursos escassos disposio da sociedade so recompensados e

    encorajados; aqueles que desperdiam tais recursos so penalizados e, caso se apeguem

    sua estratgia malsucedida, eventualmente seroforados a se retirar.

    Este um ponto importantssimo. Uma das grandes virtudes do mercado forar

    sonhadores a lidar com a dura realidade. Mas as pessoas tendem a mudar radicalmente

    quando vo de consumidores a eleitores. Os custos so pulverizados, e os resultados

    esto distantes. A realidade do bolso d lugar a opinies levianas. Como diz o ditado,

    falar fcil. por isso que o argumento conservadorse assim, deve haver um

    motivo uma falcia no caso de polticas governamentais.

    Na verdade, as polticas estatais mal-sucedidas tendem a receber mais recursos. Para

    um exemplo pouco controverso, basta ver o sistema financeiro mundial: a pesada

    regulao aplicada a esse setor em todos os pases falhou fragorosamente em prevenir a

    crise de 2008, e outras antes dela. Mas ningum questionou a eficcia ou a sabedoria do

    sistema regulatrio: ao invs disso, o poder das agncias reguladoras foi ampliado.

    Felizmente, nem mesmo o Estado imune perptua mar da realidade. medida

    que polticas mal concebidas tornam-se mais destrutivas, passando a afetar a vida

    daqueles que antes eram indiferentes ou mesmo as apoiavam, a opinio do eleitorado

    comea a mudar. Para algo to universal como a guerra contra as drogas, mesmo a

    obviedade do horror causado pela poltica pode demorar uma gerao para levar ao fim

    da mesma, pois as pessoas demoram a admitir, para o mundo e para si mesmas, queestavam to erradas.

    O mercado tambm est atacando com firmeza crescente o lado do custo da guerra

    contra as drogas. medida que as dvidas pblicas atingem patamares cada vez mais

    preocupantes, polticos como os da Comisso Global sobre as Drogas, e seus

    representantes burocrticos como os da ONU, procuram programas suprfluos para

    serem cortados. Ao mesmo tempo, os governos ameaam subir impostos para lidar com

  • 8/3/2019 A Falcia da Janela Quebrada

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    o dficit, e o eleitorado, finalmente com o bolso ameaado, passa a questionar a

    necessidade de certas polticas.

    H poucas dvidas que a virtude requer que combatamos o vcio das drogas, as quais

    afetam forte e negativamente as vidas de muitas pessoas. Mas trata-se de um problema

    privado e delicado, como aqueles prximos a usurios podem bem atestar. O governo,

    que em ltima instncia a institucionalizao da violncia, o pior agente possvel

    para intervir em nome das famlias e dos jovens, neste caso, e na maioria.

    Postado por GEEA s12:480 comentriosEnviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar noFacebookCompartilhar no orkutMarcadores:descriminaizao,drogas,economia,guerra,legalizao

    quarta-feira, 13 de julho de 2011

    O Significado da Competio

    por F. A. Hayek*[Extrado e traduzido deIndividualism and Economic Order(1948)]

    H sinais de crescente percepo entre os economistas de que o que eles vm discutindo

    nos ltimos anos sob o nome de "competio" no a mesma coisa que chamadadessa mesma forma na linguagem comum.

    Mas, embora tenha havido algumas tentativas valentes para trazer a discusso

    de volta a terra e chamar a ateno para os problemas da vida real,

    especialmente por J.M. Clark e F. Machlup, [1]a opinio geral ainda,

    aparentemente, considera a concepo de competio atualmente empregada por

    economistas como sendo a que significativa, e trata a concepo dos empresrios

    como sendo um mau uso.

    Parece ser geralmente defendido que a assim chamada teoria da "competio perfeita"

    fornece o modelo apropriado para avaliar a eficcia da competio na vida real e que, na

    medida em que a competio real difere do modelo, ela indesejvel e at mesmo

    prejudicial. Para essa atitude me parece existir muito pouca justificao. Tentarei

    mostrar que aquilo que a teoria da competio perfeita discute tem pouca razo de ser

    sequer chamado de "competio", e que suas concluses so de pouca utilidade como

    guias para polticas.

    http://escola-austriaca.blogspot.com/2011/07/guerra-contra-as-drogas-e-contra-o-bom.htmlhttp://escola-austriaca.blogspot.com/2011/07/guerra-contra-as-drogas-e-contra-o-bom.htmlhttp://escola-austriaca.blogspot.com/2011/07/guerra-contra-as-drogas-e-contra-o-bom.html#commentshttp://escola-austriaca.blogspot.com/2011/07/guerra-contra-as-drogas-e-contra-o-bom.html#commentshttp://escola-austriaca.blogspot.com/2011/07/guerra-contra-as-drogas-e-contra-o-bom.html#commentshttp://www.blogger.com/share-post.g?blogID=1896324948541843497&postID=5196778891822922591&target=emailhttp://www.blogger.com/share-post.g?blogID=1896324948541843497&postID=5196778891822922591&target=twitterhttp://www.blogger.com/share-post.g?blogID=1896324948541843497&postID=5196778891822922591&target=facebookhttp://www.blogger.com/share-post.g?blogID=1896324948541843497&postID=5196778891822922591&target=facebookhttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/descriminaiza%C3%A7%C3%A3ohttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/descriminaiza%C3%A7%C3%A3ohttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/descriminaiza%C3%A7%C3%A3ohttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/drogashttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/drogashttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/drogashttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/economiahttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/economiahttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/economiahttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/guerrahttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/guerrahttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/guerrahttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/legaliza%C3%A7%C3%A3ohttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/legaliza%C3%A7%C3%A3ohttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/legaliza%C3%A7%C3%A3ohttp://escola-austriaca.blogspot.com/2011/07/o-significado-da-competicao.htmlhttp://escola-austriaca.blogspot.com/2011/07/o-significado-da-competicao.htmlhttp://mises.org/store/Individualism-and-Economic-Order-P255.aspxhttp://mises.org/store/Individualism-and-Economic-Order-P255.aspxhttp://mises.org/store/Individualism-and-Economic-Order-P255.aspxhttp://mises.org/store/Individualism-and-Economic-Order-P255.aspxhttp://escola-austriaca.blogspot.com/2011/07/o-significado-da-competicao.htmlhttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/legaliza%C3%A7%C3%A3ohttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/guerrahttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/economiahttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/drogashttp://escola-austriaca.blogspot.com/search/label/descriminaiza%C3%A7%C3%A3ohttp://www.blogger.com/share-post.g?blogID=1896324948541843497&postID=5196778891822922591&target=facebookhttp://www.blogger.com/share-post.g?blogID=1896324948541843497&postID=5196778891822922591&target=facebookhttp://www.blogger.com/share-post.g?blogID=1896324948541843497&postID=5196778891822922591&target=twitterhttp://www.blogger.com/share-post.g?blogID=1896324948541843497&postID=5196778891822922591&target=twitterhttp://www.blogger.com/share-post.g?blogID=1896324948541843497&postID=5196778891822922591&target=emailhttp://www.blogger.com/share-post.g?blogID=1896324948541843497&postID=5196778891822922591&target=emailhttp://escola-austriaca.blogspot.com/2011/07/guerra-contra-as-drogas-e-contra-o-bom.html#commentshttp://escola-austriaca.blogspot.com/2011/07/guerra-contra-as-drogas-e-contra-o-bom.html
  • 8/3/2019 A Falcia da Janela Quebrada

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    A razo para isso parece-me ser que essa teoria assume que existe um estado de coisas

    em que, de acordo com a viso mais verdadeira da teoria velha, o processo de

    competio tende a trazer (ou se aproximar) e que, se o estado de coisas assumido pela

    teoria da competio perfeita alguma vez viesse a existir, ele no s privaria em seu

    escopo todas as atividades que o verbo "competir" descreve, como as tornariam

    virtualmente impossveis.

    Se tudo isso afetasse apenas o uso da palavra "competio", isso no importaria muito.

    Mas parece quase como se os economistas, atravs desse uso peculiar da linguagem,

    estivessem enganando-se na crena de que, ao discutir "competio", eles esto dizendo

    algo sobre a natureza e importncia do processo atravs do qual trazido o estado de

    coisas que eles meramente assumem existir. Na verdade, essa fora motriz da vidaeconmica deixada de lado sem praticamente nenhuma discusso.

    Eu no desejo discutir aqui as razes que levaram a teoria da competio para

    esse estado curioso. Como sugeri em outra parte desse volume, [2]o mtodo

    tautolgico que apropriado e indispensvel para a anlise da ao individual parece,

    nesse caso, ter sido ilegitimamente estendido para problemas nos quais temos de lidar

    com um processo social em que as decises de muitos indivduos influenciam umas s

    outras e necessariamente sucedem umas s outras no tempo.

    O clculo econmico (ou a Lgica Pura da Escolha), que lida com o primeiro tipo de

    problema, consiste em um aparato de classificao das possveis atitudes humanas e nos

    fornece uma tcnica para descrever as inter-relaes das diferentes partes de um nico

    plano. Suas concluses esto implcitas nos seus pressupostos: os desejos e o

    conhecimento dos fatos, que so assumidos como estando simultaneamente presentes

    em uma nica mente, determinam uma soluo nica. As relaes discutidas nesse tipo

    de anlise so relaes lgicas, preocupadas apenas com as concluses que seguem daspremissas dadas para a mente do indivduo planejador.

    Quando lidamos, no entanto, com uma situao na qual vrias pessoas esto tentando

    executar os seus planos separados, no podemos mais assumir que os dados so os

    mesmos para todas as mentes do planejamento.

    O problema vem a ser como os "dados" dos diferentes indivduos, dados nos quais seus

    planos se baseiam, so ajustados aos fatos objetivos do seu ambiente (o que inclui asaes das outras pessoas).

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    Embora na soluo deste tipo de problema ns ainda tenhamos que fazer uso de nossa

    tcnica para rapidamente elaborar as implicaes de um determinado conjunto de dados,

    ns temos agora de lidar no s com vrios conjuntos separados de dados das diferentes

    pessoas, mas tambm - e isso ainda mais importante - com um processo que envolve

    necessariamente mudanas contnuas nos dados dos diferentes indivduos. Como sugeri

    antes, o fator causal entra aqui na forma de aquisio de conhecimento novo pelos

    diferentes indivduos ou na de mudanas em seus dados trazidas pelos contatos entre

    esses indivduos.

    A relevncia disso para o meu problema atual aparece quando se recorda que a moderna

    teoria da competio trata quase exclusivamente de um estado que chamado de

    "equilbrio competitivo", no qual assumido que os dados para os diferentes indivduosso totalmente ajustados entre si, embora o problema que requer explicao a natureza

    do processo atravs do qual os dados so ajustados dessa forma.

    Em outras palavras, a descrio do equilbrio competitivo nem sequer tenta dizer que, se

    encontrarmos certas condies, certas conseqncias seguiro, mas se limita a definir as

    condies nas quais as suas concluses j esto implicitamente contidas e que podem

    concebivelmente existir, mas como elas poderiam ser alguma vez trazidas no nos

    dito.

    Ou, para antecipar a nossa concluso principal com uma afirmao breve, a competio

    , por sua natureza, um processo dinmico, cujas caractersticas essenciais so

    assumidas como inexistentes pelas suposies subjacentes anlise esttica.

    Que a moderna teoria do equilbrio competitivo assume existir a situao a

    qual deveria ser considerada como sendo o efeito de um processo competitivo

    por uma verdadeira explicao melhor mostrado atravs do exame dafamiliar lista de condies encontradas em qualquer livro-texto moderno. A

    maioria dessas condies, alis, no s esto na base da anlise da

    competio "perfeita", como so igualmente assumidas na discusso dos vrios

    mercados "imperfeitos" ou "monopolsticos", a qual assume certas "perfeies"

    irrealistas. [3]Para nosso propsito imediato, no entanto, a teoria da competio

    perfeita ser o caso mais instrutivo de se examinar.

    Enquanto diferentes autores podem expor a lista de condies essenciais da competioperfeita de maneiras diferentes, o que se segue provavelmente mais do que

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    dos principais fins considerando-se que somente atravs do processo de competio

    que os fatos sero descobertos.

    Parece-me ser uma das questes mais importantes que o ponto de partida da teoria do

    equilbrio competitivo assume como inexistente a tarefa principal que somente oprocesso de competio pode resolver.

    A situao um pouco semelhante no que diz respeito ao segundo ponto no qual se

    assume que os produtores so plenamente informados: os desejos e vontades dos

    consumidores, incluindo os tipos de bens e servios que eles demandam e os preos que

    eles esto dispostos a pagar. Tais coisas no podem ser consideradas propriamente

    como fatos dados, mas deveriam antes ser consideradas como problemas a serem

    resolvidos atravs do processo de competio.

    A mesma situao existe do lado dos consumidores ou compradores. Novamente, o

    conhecimento que se supe que eles tenham em um estado de equilbrio competitivo

    no pode ser legitimamente assumido como estando sob o domnio deles antes que o

    processo de competio inicie. O conhecimento deles sobre as alternativas que possuem

    diante de si mesmos o resultado do que acontece no mercado, de atividades como a

    publicidade, etc.; e a organizao do mercado como um todo serve principalmente

    necessidade de disseminar a informao a partir da qual o comprador agir.

    A natureza peculiar dos pressupostos dos quais parte a teoria do equilbrio competitivo

    destaca-se muito claramente se questionarmos quais das atividades que so comumente

    designadas pelo verbo "competir" ainda seriam possveis se essas condies fossem

    satisfeitas.

    Talvez valha a pena recordar que, segundo o Dr. Johnson, a competio "a ao de se

    esforar para ganhar o que o outro ao mesmo tempo se esfora para ganhar."

    Agora, quantas estratgias adotadas na vida comum para esse fim ainda estariam

    disponveis a um vendedor em um mercado em que a assim chamada "competio

    perfeita" est vigente? Eu acredito que a resposta exatamente nenhuma.

    Publicidade, diminuio de preos, e melhoramentos ("diferenciao") dos bens ou

    servios produzidos so todos excludos, por definio - a competio "perfeita", de

    fato, significa a ausncia de todas as atividades competitivas.

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    Especialmente notvel, neste contexto, a explcita e completa excluso de

    todas as relaes pessoais existentes entre as partes na teoria da competio

    perfeita. [5]Na vida real, o fato de que o nosso conhecimento inadequado dos produtos

    e servios disponveis composto por nossa experincia com as pessoas ou empresas

    que os ofertam - que a competio , em grande medida, competio por reputao ou

    boa vontade - um dos mais importantes fatos que nos permite resolver os nossos

    problemas dirios.

    A funo da competio aqui precisamente nos ensinar quem ir nos servir bem: que

    merceeiro ou agncia de viagens, que loja de departamento ou hotel, que mdico ou

    advogado, podemos esperar que fornea a soluo mais satisfatria para qualquer que

    seja o problema pessoal particular que ns podemos enfrentar.

    Evidentemente, em todos esses domnios a competio pode ser muito intensa,

    justamente porque os servios das diferentes pessoas ou empresas nunca sero

    exatamente iguais, e ser devido a essa competio que estamos em posio de sermos

    servidos to bem quanto somos.

    As razes pelas quais a competio neste campo descrita como imperfeita tem, de

    fato, nada a ver com o carter competitivo das atividades dessas pessoas; o motivo disso

    reside na natureza das mercadorias ou servios em si. Se no houver dois mdicos

    perfeitamente iguais, isso no significa que a competio entre eles menos intensa,

    mas simplesmente que qualquer grau de competio entre eles no vai produzir

    exatamente os resultados que seriam produzidos se os seus servios fossem exatamente

    iguais.

    Esse no um ponto de vista puramente verbal. A conversa sobre os defeitos ou

    competio, quando na verdade estamos falando sobre a diferena necessria entre

    mercadorias e servios esconde uma confuso muito real e ocasionalmente leva a

    concluses absurdas.

    Embora, primeira vista, o pressuposto de conhecimento perfeito possudo pelas partes

    parea ser o mais surpreendente e artificial de todos os pressupostos nos quais a teoria

    da competio perfeita se baseia, ele pode na verdade no ser mais do que uma

    consequncia de, e em parte at justificado por, outro dos pressupostos em que ela se

    baseia.

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    recursos poderia ser atingida se a variedade de produtos existentes fosse

    reduzida atravs de padronizao compulsria.

    Agora, h, sem dvida, muito a ser dito em muitos campos para ajudar a padronizao

    de recomendaes acordadas ou normas que sero aplicadas a menos que requisitos

    diferentes sejam explicitamente estipulados nos contratos. Mas isso algo muito

    diferente das demandas daqueles que acreditam que a variedade de gostos das pessoas

    deve ser desconsiderada e que a experimentao constante de melhorias deve ser

    suprimida, a fim de obter as vantagens da competio perfeita.

    Claramente, no seria um progresso construir todas as casas de forma exatamente igual,

    a fim de criar um mercado perfeito para casas, e o mesmo verdade para a maioria dos

    outros campos onde as diferenas entre os produtos individuais evitam que acompetio seja alguma vez perfeita.

    Vamos, provavelmente, aprender mais sobre a natureza e o significado do processo

    competitivo, se por um momento esquecermos os pressupostos artificiais subjacentes

    teoria da competio perfeita e questionar se a competio seria menos importante se,

    por exemplo, no existirem duas mercadorias exatamente iguais.

    Se no fosse pela dificuldade da anlise de tal situao, seria bem interessanteconsiderar com algum detalhe o caso em que diferentes mercadorias no podem ser

    facilmente classificadas em grupos distintos, mas no qual ns temos que lidar com um

    intervalo contnuo de substitutos prximos, cada unidade um pouco diferente da outra,

    mas sem qualquer quebra acentuada na variao contnua. O resultado da anlise da

    competio em tal situao pode, em muitos aspectos, serem bem mais relevantes para

    as condies da vida real do que aqueles da anlise da competio em uma nica

    indstria produzindo uma mercadoria homognea acentuadamente diferenciada de todas

    as outras.

    Ou, se o caso em que no h duas mercadorias exatamente iguais ser considerado muito

    extremo, poderamos, pelo menos, voltar-nos para o caso em que no h dois produtores

    produzindo exatamente a mesma mercadoria, como a regra, no s com todos os

    servios pessoais, mas tambm nos mercados de muitos produtos manufaturados, como

    os mercados de livros ou instrumentos musicais. Para o nosso propsito presente, eu no

    preciso tentar qualquer coisa parecida com uma anlise completa de tais tipos demercados, mas irei apenas questionar qual seria o papel da competio neles.

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    Embora o resultado naturalmente seria indeterminado dentro de margens

    bastante amplas, o mercado ainda traria um conjunto de preos aos quais

    cada mercadoria seria vendida barata o suficiente para sobrepujar o seus

    potenciais substitutos prximos - e isso por si s no pouca coisa quando ns

    consideramos as dificuldades insuperveis de descobrir at mesmo um tal

    sistema de preos por qualquer outro mtodo que no o da tentativa e erro no

    mercado, com os participantes individuais gradualmente aprendendo as

    circunstncias relevantes.

    verdade, claro, que, em tal mercado a correspondncia entre preos e custos

    marginais seria esperada apenas na medida em que as elasticidades da demanda pelos

    produtos individuais se aproximarem das condies assumidas pela teoria dacompetio perfeita, ou em que as elasticidades de substituio entre as mercadorias

    diferentes se aproximarem de infinito.

    Mas o ponto que, nesse caso, tal padro de perfeio como algo desejvel ou a ser

    buscado totalmente irrelevante. A base de comparao, a partir da qual o

    empreendimento da competio deve ser julgado, no pode ser uma situao que

    diferente dos fatos objetivos e que no pode ser trazida por qualquer meio conhecido.

    Ela deveria ser a situao que existiria se a competio fosse impedida de operar. O

    teste deveria ser no a aproximao de um ideal inatingvel e sem sentido, mas a

    melhoria em relao s condies que existiriam sem competio.

    Em tal situao, de que forma as condies so diferentes se a competio for "livre",

    no sentido tradicional, daquelas que existiriam se, por exemplo, apenas pessoas

    licenciadas por uma autoridade fossem autorizadas a produzir coisas particulares, ou os

    preos fossem fixados por uma autoridade, ou ambos? Claramente, seria no s

    implausvel que as coisas diferentes fossem produzidos por aqueles que soubessem a

    melhor forma de faz-lo e que, portanto, pudessem faz-lo com menor custo, como

    tambm seria implausvel que todas as coisas que os consumidores prefeririam, se eles

    pudessem ter escolha, fossem sequer produzidas.

    Haveria pouca relao entre os preos reais e o menor custo com o qual algum seria

    capaz de produzir essas mercadorias; de fato, as alternativas entre as quais tanto os

    produtores quanto os consumidores estariam em posio de escolher, seus dados, seriam

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    completamente diferentes daquelas que eles estariam em posio de escolher sob

    competio.

    O verdadeiro problema em tudo isso no se obteremos dados servios ou

    mercadorias a dados custos marginais, mas, principalmente, atravs de quaismercadorias e servios as necessidades das pessoas podem ser satisfeitas da

    maneira mais barata. A soluo do problema econmico da sociedade , nesse

    aspecto, sempre uma viagem de explorao para o desconhecido, uma

    tentativa de descobrir novas maneiras de fazer as coisas melhor do que elas

    tem sido feitas antes. Isso permanecer assim enquanto houver problemas

    econmicos a serem resolvidos, porque todos os problemas econmicos so

    criados por alteraes imprevistas que requerem adaptao.Apenas o que ns no prevemos e provisionamos requer novas decises. Se nenhuma

    dessas adaptaes for necessria, se em algum momento ns soubermos que toda

    mudana tenha parado e as coisas sempre iriam ficar exatamente como eles esto agora,

    no haveria mais problemas sobre o uso de recursos a serem resolvidos.

    Uma pessoa que possui o conhecimento ou habilidade exclusivos que lhe permitem

    reduzir o custo de produo de uma mercadoria em 50 por cento ainda presta um

    enorme servio sociedade se ela inicia sua produo e reduz seu preo em apenas 25

    por cento - no s atravs de sua reduo de preo, mas tambm atravs de sua

    economia adicional com os custos.

    Mas s atravs da competio que podemos supor que essas possveis economias de

    custo sero alcanadas. Mesmo se, em cada caso, os preos forem apenas baixos o

    suficiente para impedir a entrada de produtores que no tem essas ou outras vantagens

    equivalentes, de modo que cada mercadoria fosse produzida o mais barato possvel,

    embora muitas possam ser vendidas a preos consideravelmente superiores aos custos,

    esse provavelmente seria um resultado que no poderia ser alcanado por qualquer outro

    mtodo que no o de deixar a competio operar.

    Nas condies da vida real, a posio at mesmo de apenas dois produtores quaisquer

    quase nunca a mesma devido a fatos que a teoria da competio perfeita elimina por

    causa de sua concentrao num equilbrio de longo prazo, o qual, num mundo em

    constante mudana, jamais pode ser alcanado. Em um determinado momento, oequipamento de uma empresa particular sempre em grande parte determinado por

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    acidente histrico, e o problema que ela deve fazer o melhor uso do equipamento dado

    (incluindo as capacidades adquiridas dos componentes do seu quadro de funcionrios) e

    no o que ela deveria fazer se lhe fosse dado tempo ilimitado para ajustar-se a condies

    constantes.

    Para o problema da melhor utilizao de dados recursos durveis, porm esgotveis, o

    preo de equilbrio de longo prazo com o qual uma teoria discutindo competio

    "perfeita" se preocupa no s no relevante; as concluses relacionadas s polticas as

    quais a preocupao com esse modelo leva so altamente enganosas e at mesmo

    perigosas.

    A ideia de que sob competio "perfeita" os preos devem ser iguais aos custos de

    longo prazo frequentemente leva aprovao de prticas anti-sociais tais como a

    demanda por uma "competio organizada", que ir garantir um retorno justo sobre o

    capital, e a destruio do excesso de capacidade . Entusiasmo pela competio perfeita

    em teoria e o apoio ao monoplio na prtica so, de fato, surpreendentemente

    encontrados vivendo juntos.

    Isso , no entanto, apenas um dos muitos pontos em que a negligncia do elemento

    tempo faz com que o quadro terico da competio perfeita seja to completamente

    distante de tudo o que relevante para uma compreenso do processo de competio. Se

    raciocinarmos sobre isso, como deveramos, como uma sucesso de eventos, torna-se

    ainda mais evidente que, na vida real, a qualquer momento haver, via de regra, apenas

    um produtor que poder fabricar um determinado artigo ao menor custo e que pode, de

    fato, vender abaixo do custo do seu concorrente de sucesso mais prximo, mas que,

    enquanto ainda est tentando estender o seu mercado, muitas vezes ser ultrapassado

    por algum, o qual, por sua vez, ser impedido de capturar todo o mercado por outro

    algum, e assim por diante .

    Tal mercado, claramente, nunca estaria em um estado de competio perfeita, mas a

    competio nele pode ser no apenas to intensa o quanto possvel, mas tambm ser o

    fator essencial que faz com que o artigo em questo seja fornecido ao consumidor a

    qualquer momento to barato quanto isso pode ser feito atravs de qualquer mtodo

    conhecido.

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    Quando comparamos um mercado "imperfeito" como esse com um mercado

    relativamente "perfeito" com, digamos, o de gros, estamos em uma posio melhor

    para explicitar a distino que esteve subjacente a toda essa discusso - a distino entre

    o fatos objetivos subjacentes de uma situao que no pode ser alterada pela atividade

    humana e a natureza das atividades competitivas atravs das quais os homens se ajustam

    a essa situao.

    Quando, como no ltimo caso, temos um mercado altamente organizado de uma

    mercadoria completamente padronizada produzida por muitos produtores, h pouca

    necessidade ou escopo para atividades competitivas porque a situao tal que as

    condies que essas atividades podem trazer j esto satisfeitas antes do incio. As

    melhores formas de produzir a mercadoria, o seu carter e usos so, na maior parte dotempo, conhecidos quase no mesmo grau por todos os membros do mercado.

    O conhecimento de qualquer alterao importante espalha-se to rapidamente e a

    adaptao a ele ocorre to cedo que normalmente ns simplesmente ignoramos o que

    acontece durante esses curtos perodos de transio e nos limitamos a comparar os dois

    estados de quase-equilbrio que existem antes e depois deles.

    Mas durante esse curto e negligenciado intervalo de tempo que as foras da

    competio operam e tornam-se visveis, e so os eventos durante esse intervalo que

    devemos estudar se quisermos "explicar" o equilbrio que o segue.

    somente em um mercado onde a adaptao lenta em comparao com a

    taxa de mudana que o processo de competio est em funcionamento

    contnuo. E, embora a razo pela qual a adaptao lenta pode ser que a

    competio seja fraca, e.g., porque h obstculos especiais para a entrada no

    comrcio ou por causa de alguns outros fatores relativos ao carter dosmonoplios naturais, adaptao lenta de modo algum significa

    necessariamente competio fraca.

    Quando a variedade de substitutos-prximos grande e est em rpida mudana, onde

    se leva um longo tempo para descobrir mais sobre os mritos relativos das alternativas

    disponveis, ou onde a necessidade de toda uma classe de bens ou servios s ocorre de

    forma descontnua em intervalos irregulares, o ajuste deve ser lento, mesmo se a

    competio for forte e ativa.

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    A confuso entre os fatos objetivos da situao e o carter das respostas

    humanas a ela tende a esconder de ns o fato importante de que a

    competio mais importante quanto mais complexas ou "imperfeitas" forem

    as condies objetivas nas quais ela tem que operar. De fato, a competio

    est longe de ser benfica apenas quando "perfeita", e eu estou inclinado a

    argumentar que a necessidade de competio no em nenhum lugar maior

    do que nos campos em que a natureza dos produtos ou servios torna

    impossvel que venha a ser criado um mercado perfeito no sentido terico. As

    imperfeies reais inevitveis da competio no so, nem remotamente, um

    argumento contra a competio assim como as dificuldades de alcanar uma

    soluo perfeita em qualquer outra tarefa seriam um argumento contra a

    mera tentativa de resolv-la, ou to remotamente quanto a sade imperfeita

    seria um argumento contra a sade.

    Sob condies nas quais nunca podemos ter muitas pessoas oferecendo o mesmo

    produto ou servio homogneo, devido ao em constante mudana carter das nossas

    necessidades e do nosso conhecimento, ou devido infinita variedade de habilidades e

    capacidades humanas, o estado ideal no pode ser um que exija um carter idntico de

    um grande nmero de produtos e servios.

    O problema econmico um problema de se fazer o melhor uso dos recursos que

    temos, e no um sobre o que deveramos fazer se a situao fosse diferente do que

    realmente . No h sentido em falar de um uso de recursos "como se" um mercado

    perfeito existisse, se isso significa que os recursos teriam que ser diferentes do que so,

    ou em discutir o que algum com conhecimento perfeito faria se a nossa tarefa tem de

    ser a de fazer o melhor uso do conhecimento que as pessoas existentes possuem.

    O argumento a favor da competio no se baseia nas condies que existiriam se ela

    fosse perfeita. Embora, quando os fatos objetivos tornariam possvel que a competio

    se aproximasse da perfeio, assegurada a utilizao mais eficaz dos recursos, e,

    embora, portanto, todos os argumentos favoream a remoo de obstculos humanos

    competio, isso no significa que a competio tambm no traga um uso to efetivo

    de recursos quanto pode ser trazido por qualquer meio conhecido quando, na natureza

    do caso, ela deve ser imperfeita.

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    Mesmo onde a entrada livre ir garantir no mais do que, a qualquer

    momento, que todos os bens e servios para os quais haveria uma demanda

    efetiva se estivessem disponveis sejam, de fato, produzidos com o atual

    mnimo dispndio [6]de recursos atravs dos quais, na dada situao histrica, eles

    podem ser produzidos, mesmo que o preo que o consumidor tenha que pagar por eles

    seja consideravelmente maior e apenas um pouco abaixo do custo da segunda melhor

    maneira atravs da qual sua necessidade poderia ser satisfeita - isso, creio eu, mais do

    que o podemos esperar de qualquer outro sistema conhecido.

    O ponto decisivo e elementar que muito improvvel que, sem os obstculos

    artificiais que a atividade governamental ou cria ou pode remover, qualquer produto ou

    servio, em qualquer perodo de tempo, estar disponvel apenas a um preo dos quais

    as pessoas de fora poderiam esperar um lucro maior que o normal, se entrarem no setor.

    A lio prtica de tudo isso, eu acho, que devemos nos preocupar muito menos com a

    competio em um determinado lugar ser ou no perfeita e nos preocuparmos muito

    mais com a existncia ou no de competio. O que nossos modelos tericos de

    indstrias distintas escondem que, na prtica, um abismo muito maior divide a

    competio da no competio do que a competio perfeita da imperfeita.

    No entanto, a tendncia atual nas discusses ser intolerante com as imperfeies e

    ficar em silncio sobre o impedimento da competio. Ns provavelmente podemos

    aprender mais sobre o significado real da competio estudando os resultados que

    regularmente ocorrem onde a competio deliberadamente suprimida do que nos

    concentrando nas deficincias das competies reais comparadas com um ideal que

    irrelevante para os fatos dados.

    Digo ponderadamente "onde a competio deliberadamente suprimida" e no

    meramente "onde ela est ausente", porque seus principais efeitos esto geralmente em

    operao, mesmo que mais lentamente, enquanto ela no for completamente suprimida

    com o apoio ou tolerncia do estado.

    Os males que a experincia tem demonstrado serem a consequncia normal de uma

    supresso da competio esto em um plano diferente daqueles que as imperfeies da

    competio podem causar. Muito mais grave do que o fato de que os preos podem no

    corresponder ao custo marginal o fato de que, com um monoplio estabelecido, oscustos tendem a ser muito maiores do que o necessrio.

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    Um monoplio baseado na eficincia superior, por outro lado, prejudica relativamente

    pouco, enquanto for assegurado que ele ir desaparecer assim que outra pessoa se tornar

    mais eficiente em fornecer satisfao aos consumidores.

    Na concluso, eu desejo, por um momento, voltar ao ponto de onde eu comecei ereafirmar a concluso mais importante de uma forma mais geral.

    A competio essencialmente um processo de formao de opinio: pela divulgao

    de informaes, ela cria a unidade e a coerncia do sistema econmico que se pressupe

    quando pensamos nele como um mercado. Ela cria as vises que as pessoas tem sobre o

    que melhor e mais barato, e por causa dela que as pessoas sabem ao menos tanto

    sobre as possibilidades e oportunidades quanto elas de fato sabem.

    Ela , portanto, um processo que envolve uma mudana contnua nos dados e cujo

    significado deve ser completamente perdido por qualquer teoria que trate esses dados

    como constantes.

    Notas:

    [1] J.M. Clark,"Toward a Concept of Workable Competition," American

    Economic Review, Vol. XXX (June, 1940); F. Machlup, "Competition, Pliopoly,

    and Profit," Economica, Vol. IX (new ser.; February and May, 1942).

    [2]Ver os captulossegundo e quarto.

    [3]Particularmente os pressupostos de que em todos os momentos, para uma

    determinada mercadoria, um preo uniforme deve governar em todo o mercado e que os

    vendedores conhecem o formato da curva de demanda.

    [4]Ver O. Morgenstern, "Vollkommene Voraussicht und wirtschaftlichesGleichgewicht",Zeitschrift fr konomie Nacional, vol. VI (1935).

    [5]Cf.. G.J. Stigler, The Theory of Price (1946), p. 24: "As relaes econmicas

    nunca so perfeitamente competitivas se envolverem qualquer tipo de

    relacionamento pessoal entre as unidades econmicas" (ver tambm ibid, p.

    226.).

    [6]Custo "atual" neste contexto exclui todos os passados mas inclui, claro, o

    "custo do usurio."

    http://mises.org/books/individualismandeconomicorder.pdfhttp://mises.org/books/individualismandeconomicorder.pdfhttp://mises.org/books/individualismandeconomicorder.pdfhttp://mises.org/books/individualismandeconomicorder.pdf
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    *F. A. Hayek (1899-1992) foi um membro fundador do Mises Institute. Ele dividiu o

    Prmio Nobel 1974 em Economia com seu rival ideolgico Gunnar Myrdal "por seu

    trabalho pioneiro na teoria da moeda e flutuaes econmicas e pela anlise penetrante

    da interdependncia dos fenmenos econmicos, sociais e institucionais".

    Traduo de Gabriel Oliva

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    Pensadores da EA

    Carl Menger (1840-1921)

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  • 8/3/2019 A Falcia da Janela Quebrada

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    Eugen Bhm-Bawerk (1851-1914)

    Ludwig von Mises (1881-1973)

    Friedrich August Hayek (1899-1992)

    Murray Rothbard (1926-1995)

    Israel Kirzner (1930- )

  • 8/3/2019 A Falcia da Janela Quebrada

    31/31

    Austracos do Brasil

    Instituto Mises Brasil Ordem Livre Escola Austraca DF Liberdade no Jardim da Serra Gacha Alfredo Marcolin Peringer Lucas Mendes Rodrigo Constantino Rafael Hotz

    Austracos Estrangeiros

    Mises Institute Free Banking Think Markets Taking Hayek Seriously Coordination Problem Cafe Hayek Organizations and Markets Foundation for Economic Education Free Advice

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