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A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA Artigo elaborado a partir do estudo desenvolvido para a Linha 1: Muitas formas de ser professor: significados e sentidos da formação e do trabalho docente expressos por alunos e egressos das licenciaturas do Uni-BH. Lúcia Maria da Silva 1 INTRODUÇÃO Este artigo propõe e defende a importância da metodologia de pesquisa para a pesquisa do ensino na formação do professor de história. Neste sentido é introduzido o estudo interdisciplinar nas universidades focando as praticas cotidianas nas escolas, na busca de uma construção coletiva, numa diversidade de abordagens, com perspectivas teóricas, sociais, econômicas e culturais. A FORMAÇÃO DO EDUCADOR 1 Aluna do 4º período do curso de História do Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH). 1

A Formação do Professor de História - Lucia Maria da Silva

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Artigo elaborado a partir do estudo desenvolvido para a Linha 1: Muitas formas de ser professor: significados e sentidos da formação e do trabalho docente expressos por alunos e egressos das licenciaturas do Uni-BH.Lúcia Maria da Silva INTRODUÇÃO Este artigo propõe e defende a importância da metodologia de pesquisa para a pesquisa do ensino na formação do professor de história. Neste sentido é introduzido o estudo interdisciplinar nas universidades focando as praticas cotidianas nas escolas, na busca de uma construção coletiva, numa diversidade de abordagens, com perspectivas teóricas, sociais, econômicas e culturais.

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Page 1: A Formação do Professor de História - Lucia Maria da Silva

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA

 

Artigo elaborado a partir do estudo desenvolvido para a Linha 1: Muitas formas

de ser professor: significados e sentidos da formação e do trabalho docente

expressos por alunos e egressos das licenciaturas do Uni-BH.

Lúcia Maria da Silva1

 

 

INTRODUÇÃO

 

   Este artigo propõe e defende a importância da metodologia de

pesquisa para a pesquisa do ensino na formação do professor de história.

    Neste sentido é introduzido o estudo interdisciplinar nas universidades

focando as praticas cotidianas nas escolas, na busca de uma construção

coletiva, numa diversidade de abordagens, com perspectivas teóricas, sociais,

econômicas e culturais.

 

                                      

A FORMAÇÃO DO EDUCADOR

 

   A formação de professores de história requer o conhecimento de

outras áreas, como língua portuguesa, matemática, ciências, geografia, artes,

filosofia, economia, didática, sociologia, etc. introduzindo-se dessa forma a

interdisciplinaridade no ensino na tentativa de aprofundar o conhecimento

necessário para o bom exercício na área de história, pois para conhecer a

disciplina de história o discente necessita de anos de estudo, algo que torna

sua formação muito lenta e exige o estudo continuamente. 

1 Aluna do 4º período do curso de História do Centro Universitário de

Belo Horizonte (Uni-BH).

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Sobre esse aspecto, Borges (1993, p. 81 - 82) observou que a

formação universitária de professores de história é demorada e supõem que o

professor conheça muito bem como é produzido essa forma de conhecimento,

pois deste modo "estará ele em condições de evitar um ensino repetitivo e

memorizado em defesa da cultura, pautando ao acesso do conhecimento por

meio, por exemplo, de realização de leituras e participação de congressos". E

trabalhar por este ângulo é trabalhar a história de uma forma, reconhecendo

que nela existe toda uma diversidade de abordagens, fazendo do passado uma

leitura com termos de referências recentes que abrangem o hoje e o agora,

com perspectivas sociais teóricas, ou uma concepção de vida de mundo.

     Para muitos autores como: Clarice Nunes e Marta Carvalho, a história

da educação é percebida como um campo de investigação da historia cultural,

pois se decifraria a realidade do passado por meio das representações, pelas

quais os homens expressam a si e ao mundo por  meio de olhares e ações

continuas. Este estudo foi realizado sobre o ensino de história na década de

setenta, levou em conta essa nova abordagem historiográfica, que tem

influenciado deste então a história da educação e a formação do professor de

história no que diz respeito à implicação dos instrumentos conceituais.

Sendo assim é introduzido o estágio na academia, como sendo

essencial para a formação do professor que necessita de um forte

embasamento teórico, que propicie um olhar investigativo, crítico e reflexivo

sobre o contexto escolar. Mantendo um contato direto com a realidade da

escola, focando as praticas cotidianas da sala de aula, com diferentes

enfoques na pratica educativa, ampliando os trabalhos interdisciplinares

redigidos com colegas e professores da universidade, incentivando-os e

colocando-os em pratica na escola - num projeto adotivo entre escola,

universidade, família e sociedade.

Neste sentido é lançado um desafio para a didática, já que ocupa um

lugar de destaque na formação de educadores, especialistas e professores

numa perspectiva multidimensional, pois a educação perpassa todos os

setores da sociedade sendo assim, a educação deve assumir um elo entre

escola e sociedade numa visão global-informatizada, capacitando os formados

com vistas as sua vida pessoal e profissional.

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Nessa parte, deve ser adjetivo de qualquer professor de história

preocupar-se com a formação de um espírito critico e reflexivo, voltando para a

compreensão do processo histórico na busca de um ensino que venha romper

com o ainda "insistente ensino tradicional" na luta por uma escola mais

democrática que venha trabalhar com a realidade do aluno, permitindo assim

trabalhar com a memória e visão critica na esfera local em que vive.

 

   CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

   Diante do que foi apresentado, a formação do professor de história

deve conservar a ele a noção de tempo histórico não apenas como tempo

cronológico, linear e progressista, mas principalmente como tempo social

marcado pela pluralidade de ritmos, acontecimentos, anterioridade e

posteridade de fatos, bem como pelas constantes rupturas.

Ao ser inserida a interdisciplinaridade na formação do professor de

história é apontado o caminho para construção de uma escada mais

democrática que conscientize os alunos a excederem a sua cidadania.

 

Referências:

 

FAZENDA, Ivani. Metodologia da pesquisa educacional. 7.ed. São Paulo:

Cortez, 2001. 174 p.

GUIMARÃES, Selva Fonseca. Caminho da história ensinada. 6.ed. Campinas:

Papirus, 2001. 169 p.

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