3
18 janeiro/fevereiro 2016 [email protected] • www.sindipneus.com.br 18 janeiro/fevereiro 2016 com com com m co uni uni u u un cac cac ac ca cac ca ao@ ao@ a @ a a sin sin ndip dipneu neu eu u u u eu u u s s s s s. s.c c s s.c s. s s om. om om. om. om o om. r br br br br b br • w w • w ww ww. w ww. ww. w n sin sin sindip dip dip dip dip neu neu u eu eu u u u u u neu u u u u us s s.c s.c s.c .c c .c s.c s s om. om. om. om m. . br br b b b SERVIÇOS Foto: Divulgação A FUNÇÃO DO CONTROLADOR DE PNEUS ALGUMAS EMPRESAS AINDA RESISTEM EM RECONHECER, MAS ESSES PROFISSIONAIS PODEM DIMINUIR, EM ATÉ 20%, OS GASTOS COM OS PNEUS Por Ana Flávia Tornelli

A FUNÇÃO DO CONTROLADOR DE PNEUS...área de suprimentos quais os pneus e reformas a empresa pode adquirir e quais deve evitar, e a dica serve tanto para produtos quanto para fornecedores

  • Upload
    others

  • View
    5

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: A FUNÇÃO DO CONTROLADOR DE PNEUS...área de suprimentos quais os pneus e reformas a empresa pode adquirir e quais deve evitar, e a dica serve tanto para produtos quanto para fornecedores

18 janeiro/fevereiro 2016 [email protected] • www.sindipneus.com.br18 janeiro/fevereiro 2016 comcomcomcomcomuniuniuniuniunicaccaccaccaccaccacao@ao@ao@ao@ao@ao@ao@sinsinsindipdipneuneuneuneuneuneuneuneuneus.cs.cs.cs.cs.cs.cs.cs.cs.cs.cs.cs.cs.cs.cs.cs.com.om.om.om.om.om.om.br br br br br br br • w• w• w• w• w• www.ww.ww.ww.ww.ww.sinsinsinsindipdipdipdipdipdipdipneuneuneuneuneuneuneuneuneuneuneuneuneuneuneuneus.cs.cs.cs.cs.cs.cs.cs.cs.cs.cs.com.om.om.om.om.om.brbrbrbrbr

SERVIÇOS

Foto: Divulgação

A FUNÇÃO DO CONTROLADOR

DE PNEUSALGUMAS EMPRESAS AINDA RESISTEM EM RECONHECER, MAS ESSES

PROFISSIONAIS PODEM DIMINUIR, EM ATÉ 20%, OS GASTOS COM OS

PNEUS

Por Ana Flávia Tornelli

Page 2: A FUNÇÃO DO CONTROLADOR DE PNEUS...área de suprimentos quais os pneus e reformas a empresa pode adquirir e quais deve evitar, e a dica serve tanto para produtos quanto para fornecedores

SERVIÇOS

Controlador ou gestor de pneus. Não importa o nome que se dê. Este é o pro#ssional responsável por realizar o controle total dos pneus de uma frota, desde o exame dos pneus montados e retirados dos caminhões até a avaliação dos que retornam do conserto e da reforma, cuidando do emparelhamento, calibragem, montagem, estoque etc. De forma geral, os pro#ssionais são contratados pelas trans-portadoras interessadas em reduzir os gastos da empresa com os pneus, que hoje representam o segundo maior custo da frota, atrás apenas do combustível. “A posição na escala de despesas não é o mais importante. O fato de estar entre os maiores custos já justi#ca que lhe seja dada uma atenção proporcional à sua importância na planilha de despesas”, alerta o especialista em Pneus da Pró-Sul, Pércio Schneider.

Após uma minuciosa análise, cabe ainda ao controlador fazer a “ponte” entre diversos setores da empresa. Ao avaliar os desgastes apresentados nos pneus, ele envia o alerta ao setor de manutenção, que, por sua vez, deverá corrigir eventuais problemas mecânicos identi#cados como causadores dos desgastes. Se nesta etapa forem detectados sinais de má uti-lização ou abuso por parte dos condutores, o controlador deve comunicar às áreas responsáveis pelo pessoal. “Nesse caso, é aconselhável que a área promova o aperfeiçoamento dos próprios motoristas, com cursos e treinamentos. Mui-tas falhas e desgastes dos pneus podem ser corrigidos ali mesmo, na condução do veículo”, explica Pércio. Com os resultados obtidos em mãos, o controlador deve indicar à área de suprimentos quais os pneus e reformas a empresa pode adquirir e quais deve evitar, e a dica serve tanto para produtos quanto para fornecedores. “De forma geral, cabe ao controlador detectar as necessidades da frota e indicar soluções de pessoal, equipamentos, recursos, instalações e tudo o mais que possa contribuir para a melhoria dos re-sultados, fazendo valer a velha máxima que diz que o mel-hor pneu não é o que roda a maior quilometragem, e sim o que apresenta o menor custo por quilômetro”, complementa Pércio.

Em um primeiro momento, para empresas que não pos-suem um controle efetivo, a atividade se dará, basicamente, por meio da coleta de dados, fase que pode demorar até dois anos para gerar números su#cientemente con#áveis para análise. A partir daí, a empresa deve adotar ações com base nos resultados obtidos. “O ciclo de vida de um pneu dentro da realidade da frota é que irá determinar o momento da transição da fase de coleta e avalição para o efetivo uso das informações em benefício dos resultados. Resultados com pneus demoram algum tempo para surgir, pelo próprio ciclo de vida do pneu, e os administradores das frotas querem respostas rápidas. Esse imediatismo os impede de avaliar corretamente a importância de se ter con-trole e, sem ter respostas na velocidade que desejam, julgam ser desnecessário”, salienta Pércio, que aproveita para lem-brar que apenas em algumas situações, principalmente em relação à calibragem, alguns bons resultados poderão ser observados em curto tempo.

Ainda segundo o especialista, é importante que os gestores das empresas se conscientizem sobre a importância de o controlador trabalhar com infraestrutura, recursos e mate-riais adequados, viabilizando a correta realização das tare-fas e a exatidão dos resultados. “É preciso entender que con-trole ou gestão de pneus não se faz numa sala ou na frente

33 3331-4290 | www.globalrastreamento.com

A Global sempre ofereceas melhores soluções.

Aqui não tem adivinhação. Tem Tecnologia!

Especializada em Gestão de Frotas.

- Segurança- Gestor Logístico- Monitoramento On-line- Bloqueio e desbloqueio remoto- Rastreamento completo

Por isso agora somosparceiros do Sindipneus.

“Cabe ao controlador detectar as

necessidades da frota e indicar solu-

ções fazendo valer a velha máxima

que diz que o melhor pneu não é o

que roda a maior quilometragem, e

sim o que apresenta o menor custo

por quilômetro”

Page 3: A FUNÇÃO DO CONTROLADOR DE PNEUS...área de suprimentos quais os pneus e reformas a empresa pode adquirir e quais deve evitar, e a dica serve tanto para produtos quanto para fornecedores

20 janeiro/fevereiro 2016 [email protected] • www.sindipneus.com.br

SERVIÇOS

de um computador. Ali são feitos os lançamentos, e sem-pre de algo que está no passado. Por mais automatizados que sejam os processos, com medição de sulco e pressão conectados a um dispositivo que transmita dados direta e instantaneamente para um so1ware, por exemplo, são infor-mações de algo que já aconteceu. Controle ou gestão são feitos na o#cina ou no pátio, em meio aos pneus e veícu-los.” Outro problema recorrente entre as transportadoras, de pequeno, médio ou grande porte, é designar a função a um pro#ssional com pouco ou nenhum conhecimento sobre pneus. “O controlador precisa ter domínio sobre o assunto, saber interpretar os códigos do pneu. Receber treinamentos constantes é essencial para desempenhar suas atividades”.

Todavia, é importante lembrar que, para o corre-to desempenho das tarefas, o controlador não conseg-ue agir isoladamente. Ele depende de outras pes-soas e funções, como os borracheiros, motoristas, setor de manutenção, de compras etc. “Já vi casos em que o controlador não recebia as informações de compras de pneus ou reformas, e sem isso não podia registrar valor pago (para o cálculo do custo quilométrico) ou identi#car o fornecedor. No caso de reformas, uma etiqueta existente no pneu identi#ca o reformador, mas, para pneus novos, somente com a informação da nota #scal. Quando a frota não dispõe de borracharia própria e os serviços são real-izados fora dos limites da empresa, ou no caso de trocas realizadas durante o percurso, as informações devem ser trazidas pelos motoristas, que nem sempre o fazem.” Em suma, o controlador é dependente de todos os que estão envolvidos com pneus, direta ou indiretamente. Sozinho, não atingirá os resultados almejados.

Valorização da função

A pro#ssão, embora comprovadamente importante para a redução de custos com os pneus, ainda não é valoriza-da por muitas empresas que resistem em fazer o investi-mento, hesitando sobre o retorno que proporcionaria. Em outros casos, as empresas até contratam o pro#ssional, mas exigem que o mesmo acumule outras funções como, por exemplo, almoxarife. “Em frotas pequenas, isso até é admissível, tudo depende do volume de trabalho e desde que os pneus sejam priorizados. Basta haver organização e

metodologia, e pode ser feito sem prejuízo para nenhuma das atividades. Porém, na maioria dos casos, os pneus aca-bam negligenciados”, explica Pércio.

Existem casos em que, ao mostrar aptidão e bom desem-penho de suas funções, o controlador é “promovido” ao cargo de almoxarife. “Na visão dessas empresas, pelo fato de um almoxarifado de peças conter muito mais itens a controlar... Elas consideram mais importante que os pne-us, mesmo que esta alegação esteja na contramão da es-cala de custos da frota. Se o pneu representa uma parcela maior na planilha de despesas, tirar um funcionário do controle de pneu para colocá-lo em outra função não é

promoção, é rebaixamento.”

Investimento válido

Algumas transportadoras conseguiram otimizar con-sideravelmente os resultados após a contratação do contro-lador de pneus. É o caso da Pallet Portus, de Santos, que, após a contratação de um controlador e a implantação do sistema de controle dos pneus, registrou uma econo-mia de 20% ao ano. Para o gerente de Manutenção de Frota da empresa, Antônio

Carlos Santos, os pneus precisam de um cuidado especial, principalmente porque interferem diretamente no con-sumo de combustível, que exige o maior investimento da frota. “Há cinco anos contratamos o controlador e imple-mentamos o sistema necessário para o desempenho de sua função, onde as informações coletadas no pátio são lança-das. Os resultados foram realmente muito satisfatórios. Superaram as nossas expectativas”, observa Santos.

Pércio concorda que o investimento em um funcionário para exercer esta função pode ser fácil e rapidamente amortizado pela redução no consumo de combustível e pneus, pela melhoria dos índices de quilometragem média e recapabilidade, pela redução dos índices de sucata, entre outros. “É claro, desde que lhes sejam dadas as condições necessárias para trabalhar e, principalmente, seguidas suas orientações”, #naliza Pércio Schneider, que há cerca de 20 anos atua no setor ministrando palestras e cursos voltados para o controlador, que abordam todas as etapas da função, desde como é feito o controle dos pneus até técnicas de montagem e desmontagem dos pneus, calibra-gem, emparelhamento etc.

“Há cinco anos contratamos o controlador e implementamos o sistema necessário para o de-sempenho de sua função, onde as informações coletadas no pátio são lançadas. Os resultados foram realmente muito satisfatórios. Su-

peraram as nossas expectativas”