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Conto de Vergílio Ferreira “A galinha” (págs. 40 a 47) Educação literária e Leitura 2.1. Entre os dois momentos decorrem vários anos. 2.2. As expressões temporais são: “à tarde” (l. 42); “No domingo seguinte” (l. 95); “Num outro domingo” (l. 102); “E desde então” (l. 104); “No domingo seguinte” (l. 109); “dois ou três meses depois” (l. 112); “agora, aos domingos” (l. 117); “alguns anos depois” (l. 134). 3. 1. Ida à feira. 2. Compra das galinhas. 3. Discussão sobre as galinhas. 4. Troca das galinhas. 5. Nova discussão entre as duas mulheres. 6. Alargamento da discussão a outras pessoas. 7. Violência generalizada. 8. Chegada da paz. 9. Nova tentativa de troca das galinhas. 4. Os diferentes espaços físicos onde decorre a ação são a feira, a casa dos pais do narrador, a rua, a taberna, a aldeia e a cadeia. 4.1. Trata-se de um espaço rural – uma aldeia pequena, em que todos se conhecem. 5. O narrador é filho da mulher que comprou a primeira galinha. 5.1. Dois exemplos da presença do narrador são: “Minha mãe e minha tia foram à feira.” (l. 1) e “Como eu era o único herdeiro, dispus-me a tomar posse do que era meu.” (l. 136). 5.2. O narrador intervém como personagem em, por exemplo, “...alguns anos depois de se fazerem as pazes...” (l. 134), quando herdou a casa dos pais – da linha 136 até ao fim do conto. 6.1. (1) a., f.; (2) b., e.; (3) b., c., d. 7.1. A mãe do narrador é poupada, irónica, pacífica, conciliadora, prestável, compreensiva, firme. A tia apresenta-se como conflituosa, agressiva, invejosa, dominadora, repressiva, calculista, desconfiada, espalhafatosa, rancorosa, colérica. 7.2. Os modos de caracterização são o direto e o indireto.

A GALINHA

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Vergílio Ferreira

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Page 1: A GALINHA

Conto de Vergílio Ferreira

“A galinha” (págs. 40 a 47) Educação literária e Leitura 2.1. Entre os dois momentos decorrem vários anos. 2.2. As expressões temporais são: “à tarde” (l. 42); “No domingo seguinte” (l. 95); “Num outro domingo” (l. 102); “E desde então” (l. 104); “No domingo seguinte” (l. 109); “dois ou três meses depois” (l. 112); “agora, aos domingos” (l. 117); “alguns anos depois” (l. 134).

3. 1. Ida à feira. 2. Compra das galinhas. 3. Discussão sobre as galinhas. 4. Troca das galinhas. 5. Nova discussão entre as duas mulheres. 6. Alargamento da discussão a outras pessoas. 7. Violência generalizada. 8. Chegada da paz. 9. Nova tentativa de troca das galinhas.

4. Os diferentes espaços físicos onde decorre a ação são a feira, a casa dos pais do narrador, a rua, a taberna, a aldeia e a cadeia. 4.1. Trata-se de um espaço rural – uma aldeia pequena, em que todos se conhecem. 5. O narrador é filho da mulher que comprou a primeira galinha. 5.1. Dois exemplos da presença do narrador são: “Minha mãe e minha tia foram à feira.” (l. 1) e “Como eu era o único herdeiro, dispus-me a tomar posse do que era meu.” (l. 136). 5.2. O narrador intervém como personagem em, por exemplo, “...alguns anos depois de se fazerem as pazes...” (l. 134), quando herdou a casa dos pais – da linha 136 até ao fim do conto. 6.1. (1) a., f.; (2) b., e.; (3) b., c., d. 7.1. A mãe do narrador é poupada, irónica, pacífica, conciliadora, prestável, compreensiva, firme. A tia apresenta-se como conflituosa, agressiva, invejosa, dominadora, repressiva, calculista, desconfiada, espalhafatosa, rancorosa, colérica. 7.2. Os modos de caracterização são o direto e o indireto.

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8.1. e 8.2. O marido da tia não interveio, por medo da mulher, o que revela um espírito submisso e covarde; o pai não interveio, por considerar que aquele era um “assunto de mulheres”, o que poderá revelar uma pessoa respeitadora, tranquila e discreta. 8.3. O verbo é utilizado no sentido figurado. Neste contexto, “engolia-o” significa “atacava-o”, “agredia-o”. 9.1. É reavivado após a morte da mãe do narrador, quando a tia aparece em casa dos pais dele. 9.2. Nessa altura, o narrador é dominado pelo ódio (“Então, com um ódio reforçado [...].” (l. 188).

9.3. A ironia reside no facto de Santa Bárbara ser “Especializada em trovoadas” (l. 181) e encontrar-se uma imagem sua precisamente dentro da galinha que tinha desencadeado uma enorme e prolongada “trovoada”. Por outro lado, é irónico o facto de a nova tentativa de troca das galinhas ter sido frustrada, visto que, quando o narrador destruiu a galinha, apareceu a estampa de Santa Bárbara, o que prova que a tia levou, de novo, a galinha que trouxera. 10. Resposta pessoal

11. a. “Estava agachada” até “era uma galinha de barro.” (ll. 5-8) b. Exemplos, por ordem: “– Olha que galinha engraçada.” (l. 4). “E perguntou quanto custava.” (l. 10). “Não se via que era diferente? Não se via que tinha o bico mais perfeito? E o rabo?” (ll. 18-19). 12.1. a. registo de língua familiar: “[...] minha mãe pôs fim ao sermão, por não gostar de trovoadas:” (ll. 21-22); “[...] já com vinho a empurrar [...].” (ll. 95-96); “[...] que não gramava o Capador [...].” (ll. 98-99); “[...] e já entusiasmado de briol [...].” (l. 102). b. sintaxe pouco estruturada... “A mulher disse que vinte mil réis, minha tia começou aos berros, que aquilo só se o fosse roubar [...]” (ll. 10-11). “– [...] Então eu toquei lá na galinha! Então a galinha não está ainda conforme tu ma entregaste? Então tu não vês ainda o papel dobrado? Então não estarás a ver o nó do fio?” (ll. 49-51). “[...] e meu pai lhe perguntou o que havia e ela lhe disse o que havia [...].” (ll. 68-70). c. expressões próprias da oralidade: “– Mas sempre te digo que a minha é de mais dura [...].” (l. 25). “– [...] andar com ela o dia inteiro num braçado [...].” (ll. 37-38). “– Louvado e adorado seja o Santíssimo Nome de Jesus!” (l. 49).