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Design é planejamento, traz solução aos problemas e é sinônimo de inovação.O design foi analisado ao longo do trabalho, assim como a sua relação com amoda e os benefícios dessa união para empresas de moda. O foco do estudo éna cidade de Goiânia, pólo confeccionista. O estudo expõe dados ecomentários da realidade do setor de vestuário, desde a ausência do designaté os casos de sucesso. Além da pesquisa de campo realizada comempresários de moda goianiense, em que a eficiência do design para osucesso das empresas de moda em Goiânia é comprovado.
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Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Trindade
Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda
Nadima Chalup Ribas
A IMPORTÂNCIA DO DESIGN PARA O SUCESSO DAS EMPRESAS
DE MODA EM GOIÂNIA
Trindade
Novembro/2009
Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Trindade
Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda
Nadima Chalup Ribas
A IMPORTÂNCIA DO DESIGN PARA O SUCESSO DAS EMPRESAS
DE MODA EM GOIÂNIA
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Universidade Estadual
de Goiás como requisito parcial para a
obtenção do título de graduanda em
Design de Moda. Orientada pela Profª
especialista Suely Moreira Borges
Calafiori.
Trindade
Novembro/2009
Nadima Chalup Ribas
A IMPORTÂNCIA DO DESIGN PARA O SUCESSO DAS EMPRESAS
DE MODA EM GOIÂNIA
Trabalho de Conclusão de Curso defendido e aprovado em
____de______________________de________
Banca Examinadora:
_____________________________________________________ Suely Moreira Borges Calafiori – UEG
Orientadora e Presidente da Banca
_____________________________________________________ Nélia Cristina Pinheiro Finotti – UEG
Avaliadora
_____________________________________________________ Vivianne Cabral e Silva – UEG
Avaliadora
Nota Final: 9,0
A Deus por proporcionar
conhecimento e vôos altos. A
meus pais, pelo ombro amigo e
o apoio incondicional. E a todos
que acreditam, compartilham e
fazem parte de meus planos.
AGRADECIMENTOS
� Primeiramente a Deus, por me trazer a vida e pelo
amor incondicional.
� A minha mãe, pelo grande amor e carinho, pelas
madrugadas sem dormir, por secar minhas lágrimas e
sempre dar corda aos meus sonhos. A meu pai pelo
amor, apoio, esforço sem medidas e por sempre me fazer
sorrir.
� A Lucilene e a minha irmã Luísa por estar sempre ao
meu lado e pelo apoio.
� A todos os meus amigos verdadeiros, por me ouvir
tantas vezes, por me proporcionar momentos de diversão
e compreender a minha falta de tempo.
� Aos meus mestres que sempre acreditaram em mim
e nunca mediram esforço para transmitir conhecimentos.
Não considero apenas professores, porém amigos.
� Ao Frederico Evangelista, por fornecer dados do
setor confeccionista que contribuíram para o trabalho e a
todos os confeccionistas que participaram da pesquisa.
� E a minha orientadora Suely Calafiori, pela paciência
e por não medir esforços para ajudar, não apenas no
trabalho final, mas ao longo de todo curso.
- O senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui? - Isso depende muito de para onde você quer ir, respondeu o Gato. - Não me importo muito para onde, retrucou Alice. - Então não importa o caminho que você escolha, disse o Gato. - Contanto que dê em algum lugar, Alice completou. - Oh, você pode ter certeza que vai chegar se você caminhar bastante, disse o Gato. (Lewis Carrol em Alice no País das Maravilhas)
RESUMO
Design é planejamento, traz solução aos problemas e é sinônimo de inovação. O design foi analisado ao longo do trabalho, assim como a sua relação com a moda e os benefícios dessa união para empresas de moda. O foco do estudo é na cidade de Goiânia, pólo confeccionista. O estudo expõe dados e comentários da realidade do setor de vestuário, desde a ausência do design até os casos de sucesso. Além da pesquisa de campo realizada com empresários de moda goianiense, em que a eficiência do design para o sucesso das empresas de moda em Goiânia é comprovado. Palavras Chave: Design, Inovação, Moda, Goiânia
ABSTRACT
Design is planning, bringing solution to the problems and it is a synonym of innovation. The design was analyzed during our work, as well as its relation with fashion and the benefits of this union for fashion companies. The study field is the city of Goiânia, a clothing business center. The study shows data and comments of the reality of the clothes sector, from the absence of design to the successful cases. The field research done with fashion entrepreneurs from Goiânia prove the efficiency of design for the Goiânia's fashion companies success.
Keywords: Design, Innovation, Fashion, Goiânia
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Silhueta...........................................................................................21
Figura 02 – Linha...............................................................................................21
Figura 03 – Textura............................................................................................22
Figura 04 – Cor..................................................................................................22
Figura 05 - Desfile Priscilla Darolt......................................................................25
Figura 06 - Desfile Ronaldo Fraga, camisa com estampa de biscoito
tradicional...........................................................................................................26
Figura 07 - Bolsa Louis Vuitton, objeto de desejo e status................................27
Figura 08 - Goóc, produz sandálias e acessórios com pneu reciclado.............28
Figura 09 - Adidas por Stella McCartney, tecidos tecnológicos e conforto........28
Figura 10 - Ronaldo Fraga em talk show realizado em Goiânia........................34
Figura 11 – A marca Thalyta Reis no Fashion Business...................................39
Figura 12 – Campanha da Contraponto............................................................40
Figura 13 – Campanha da Eckzem...................................................................41
Figura 14 – Campanha da Pactus.....................................................................42
Figura 15 - Ronaldo Fraga e Nadima Chalup Ribas..........................................52
Figura 16 – Designer Guto Índio........................................................................52
Figura 17 - Recorte Digital da Matéria do Jornal Tribuna Campineira...............53
Figura 18 – Foto do recorte do Jornal O Popular – parte 1...............................54
Figura 18 – Foto do recorte do Jornal O Popular – parte 2...............................55
LISTA DE GRÁFICOS
� Gráfico 01................................................................................................32
� Gráfico 02................................................................................................33
� Gráfico 03................................................................................................37
� Gráfico 04................................................................................................43
� Gráfico 05................................................................................................43
� Gráfico 06................................................................................................44
� Gráfico 07................................................................................................44
� Gráfico 08................................................................................................45
� Gráfico 09................................................................................................45
� Gráfico 10................................................................................................46
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................12
1 PROBLEMATIZAÇÃO....................................................................................13
2 HIPÓTESE......................................................................................................14
3 JUSTIFICATIVA..............................................................................................15
3.1 Importância..................................................................................................15
4 OBJETIVOS....................................................................................................16
4.1 Geral............................................................................................................16
4.1.1 Especificos................................................................................................16
5 METODOLOGIA.............................................................................................17
6 DESIGN E MODA...........................................................................................18
6.1 O que é Design?..........................................................................................18
6.2 Moda e Design.............................................................................................19
6.3 Design de Moda...........................................................................................23
6.4 O Design na Moda.......................................................................................24
7 GOIÂNIA E A MODA................................. .....................................................29
7.1 Goiânia.........................................................................................................29
7.2 Moda em Goiânia.........................................................................................30
7.2.1 Histórico....................................................................................................30
7.2.2 Dados do Setor.........................................................................................31
7.2.3 A Ausência do Design em Goiânia...........................................................34
7.2.4 Iniciativas que Promovem o Design em Goiânia......................................36
8 A IMPORTÂNCIA DO DESIGN PARA O SUCESSO DAS EMPRES AS DE
MODA EM GOIÂNIA.................................... .....................................................38
8.1 Casos de Sucesso.......................................................................................38
8.2 Pesquisa de Campo.....................................................................................42
9 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES....................... .................................47
10 REFERÊNCIAS............................................................................................48
11 ANEXOS.......................................................................................................51
12
INTRODUÇÃO
A palavra sucesso, conforme o dicionário Aurélio, deriva do latim
successu, significa bom êxito. Para ter um resultado bem sucedido, é
necessário planejamento. Dentro de empresas de moda, esse planejamento
está diretamente relacionado ao uso do design.
Na cidade de Goiânia, o número de empresas de confecções tem
crescido a cada dia, mas não na mesma proporção da qualidade. Há pouco
investimento na questão do design na produção, que é o grande diferencial da
indústria de moda. Ferramenta esta que, grande parte das confecções abrem
mão para redução de custos. Havendo uma inversão de valores, pois, com o
mercado cada vez mais competitivo e exigente, essas empresas correm o risco
de ficar para trás, deixando de ter o Design de Moda em sua linha de criação e
produtos.
O seguinte trabalho trás um estudo sobre o design, desde o seu
histórico, uso, a junção do design com a moda e a sua importância. Além da
pesquisa e análise do design dentro de confecções da cidade de Goiânia, será
apresentados dados que, comprovam a eficácia da ferramenta chamada
design.
13
1. PROBLEMATIZAÇÃO
A cidade de Goiânia possui um pólo confeccionista com cerca de
2.745 empresas de acordo com a Rais 2004 (Relação Anual de Informações
Sociais). O design, ferramenta que traz inovação e agrega valor ao produto
final, por muitas vezes não é utilizado por redução de custos em confecções
goianienses. A indústria de moda ainda não foi totalmente implantada na
cidade, assim como a consciência de moda. O resultado são peças pouco
criativas e por muitas vezes sem um diferencial.
Seria o uso do design a alternativa para o sucesso das empresas de
moda em Goiânia? Como ativar essa consciência em empresários de moda
goianienses?
14
2. HIPÓTESE
Segundo Cobra (2007), um dos itens que englobam o
desenvolvimento de uma coleção é o design. O design não pode ser
compreendido fora do contexto social, econômico, político, cultural e
tecnológico que influenciaram para o seu resultado final (Charlotte & Peter Fiell
2005). Uma coleção planejada de acordo com um estudo do público alvo
possui identidade e tem maiores chances de ser aceita, colaborando para o
sucesso e reconhecimento da empresa.
A consciência para o uso do design pode ser despertada através
da comprovação por meio de dados e depoimentos de quem utiliza a
ferramenta solucionando problemas e convertendo-os em lucro.
15
3. JUSTIFICATIVA
A escolha do tema “A importância do design para o sucesso de
uma empresa de moda em Goiânia” é resultado da insatisfação e ausência do
uso de design e da falta de profissionalização em muitas empresas de moda
em Goiânia.
O estudo tem o intuito de explanar sobre o design e a moda,
comprovando que o uso do mesmo é de grande relevância para uma empresa
de moda que almeja a permanência e uma boa colocação no mercado. Fala-se
muito sobre a importância do uso do design, mas ainda pouco explorado
Importância
O estudo será feito e se comprovado a hipótese, o trabalho será
divulgado em sites especializados em pesquisas e artigos academicos
cientificos e enviados aos colaboradores e as empresas pesquisadas, com o
intuito de alertar para uma nova atitude dentro das empresas, contribuindo para
o crescimento qualitativo da moda goianiense.
16
4. OBJETIVOS:
4.1 Geral
Provar por meio de dados e exemplos que o design é
indispensável para o sucesso de uma empresa de moda em Goiânia.
4.1.1. Específicos:
I - Explanar sobre o design e a sua relação com a moda
II - Alertar para uma nova atitude dentro das empresas
goianienses, contribuindo para um crescimento qualitativo.
17
5 – METODOLOGIA
Busca em livros especializados, revistas de moda, recortes dos
principais jornais de Goiânia, entrevistas com profissionais da área em Goiânia,
dados divulgados por instituições de pesquisas e artigos na Internet.
Além da pesquisa de campo, realizada com questionário para
empresários de moda, de Goiânia.
18
6 DESIGN E MODA
6.1 O que é Design?
A palavra inglesa design deriva do latim designiu. Na língua
portuguesa, o significado literal é desenho (de algo) ou projeto. A origem do
design segundo Charlotte & Peter Fiell (2005, p. 6) remonta à Revolução
Industrial, no século XIX. Antes os produtos eram manufaturados, a concepção
e realização de um objeto estavam ligadas a um criador individual. Com a
divisão do trabalho, o design foi desmembrado da execução. Ainda segundo
Charlotte & Peter Fiell (2005, p. 6) na Revolução Industrial o design foi
oficializado, o que não significa que antes disso não tenha existido nenhuma
manifestação ou atitude que correspondem ao design.
Edson do Prado Pfützenreuter (2005, p.186-188) em seu artigo
publicado no livro “O chip e o Caleidoscópio” afirma que muitos acreditam que
qualquer intervenção intencional no meio ambiente com o objetivo de
proporcionar conforto do ser humano pode ser considerado design.
Bruno Munari (1998, p.29) defende que o design está diretamente
relacionado à resolução de um problema. Archer (apud MUNARI, 1998, p.29-
30) afirma que “O problema do design resulta de uma necessidade”. A
resolução desse problema, que é a necessidade, pode trazer melhoria na
qualidade de vida, se tornando algo indispensável.
O design busca solução, mas ainda não é totalmente utilizado na
maioria das indústrias. Charlotte & Peter Fiell (2005, p.6) explica que essa falta
de impacto na natureza do processo industrial e na sociedade se deve a
ausência de um fundamento intelectual, teórico ou filosófico no primeiro
pensamento que foi introduzido no design.
A palavra design é facilmente associada a elementos de estilo ou
mesmo ao próprio desenho, este último faz parte de uma das etapas do design.
Entre o problema e a solução, ainda existe um caminho longo. A primeira etapa
19
é a definição de um problema, seguido de componentes do problema, coleta de
dados, análise de dados, criatividade, materiais e tecnologias disponíveis ao
projeto, experimentação, modelo ou um protótipo, verificação e por último o
desenho de construção. (MUNARI, 2008)
Segundo Bruno Munari (1998, p.11) fazer design é projetar e
projetar é usar métodos, a utilização de métodos não bloqueia a criatividade,
pois a mesma não é sinônimo de improvisação sem método. Os métodos são
apenas para facilitar o trabalho e possibilitar novas descobertas. Josef Albers
define em simples palavras tal oficio, com um poema (apud RICKEY, 2002,
p.67)
Fazer design é planejar e organizar, ordenar, relacionar e controlar. Em resumo, abarca todos os meios que se opõem à desordem e ao acidente.
Portanto significa uma necessidade humana e qualifica o pensar e o fazer dos homens.
O design essencialmente é uma ferramenta para melhorar a
qualidade de vida, suprir necessidades e trazer inovação.
6.2 Moda e Design
Se pararmos para observar como é o vestuário hoje, e olharmos
para trás por um instante, vamos perceber, com facilidade, a mudança. Essa
mudança é a moda. Segundo Marcos Cobra (2007) “A mudança é o único fator
constante na moda” (p.18).
A palavra “moda” origina do latim modus, que significa “modo” ou
“maneira”. Segundo Érika Palomino (2003, p.15), a consciência de moda
passou a existir no fim da Idade Média, a partir do momento em que os Nobres
inventavam algo novo para vestir. A intenção era se diferenciar ao máximo dos
Burgueses, que devido às novas condições financeiras, se espelhavam nos
20
Nobres para compor a vestimenta. Assim nascia o ciclo que podia ser chamado
de moda. (PALOMINO, 2003).
Doris Treptow (2005, p.25) defende que as pessoas mudam a forma
de vestir a partir das influências sociais, entende-se então que moda não é
referente apenas à vestimenta, e sim comportamento e valores. Como diz
Denise Pollini (2007, p.17), a roupa é apenas a ponta do iceberg. A maior parte
do iceberg é a que fica submersa no mar, que pode ser comparada ao contexto
social que gera a moda, e a ponta do iceberg é comparada ao produto final que
é a vestimenta.
A moda aliada ao design agrega valor ao produto final. Os
elementos do design na moda, de acordo com Jenkyn Jones (2002, p.76) são:
silhueta, linha e textura. Segundo Treptow (2007, p.133), além da silhueta, que
corresponde ao volume da roupa, que geralmente é a primeira informação que
os olhos conseguem captar ao observar uma roupa. A linha interfere no volume
da peça, pode ser observada através de recortes, costuras e estampas. A
textura oferece além da sensação visual, a sensorial, define o caimento de uma
roupa. Treptow (2007) inclui a cor como elemento do design, pois o tratamento
da superfície é a parte complementar do design e influência na percepção da
forma.
21
Figura 01 – Silhueta. Fonte: <http://elle.abril.com.br/imagem/moda/editorial/238_duble_01.jpg>
Figura 02 – Linha. Fonte: <http://www.fashionbubbles.com/wp-content/uploads/2009/07/Reinaldo-Louren%C3%A7o.bmp>
22
Figura 03 – Textura. Fonte: <http://dusinfernus.files.wordpress.com/2008/02/prada-2.jpg>
Figura 04 – Cor. Fonte:
<http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos/WALTER%20RODRIGUES%20FOTO%201.jpg>
Os elementos do design na moda auxiliam a traduzir influências,
comportamentos e valores em roupas e acessórios agregando identidade,
originalidade às peças e auxilia na percepção, analise de tendências e
transformações de mercado.
23
6.3 Design de Moda
“Hoje o design se renova com a velocidade de uma coleção de
moda”
(Ettore Sottsass)
Dario Caldas (2004, p.54) afirma que o primeiro registro de um
criador de moda, nasceu com Charles Frédéric Worth, por volta de 1857,
quando ele abriu o seu atelier, que posteriormente passou a ser conhecido
como a primeira casa de alta-costura. Worth revolucionou a moda, pois era o
primeiro costureiro a ter autonomia para decidir pelas pessoas o que elas
deveriam usar. Era a primeira vez que um costureiro passava a ser valorizado
e se tornar o centro das atenções.
Antes disso, as clientes eram responsáveis pela escolha dos
modelos e detalhes que eram realizados por profissionais conhecidos como
alfaiates e costureiras. Um exemplo a ser citado é de Rose Bertin, que ficou
famosa por dar vida á roupas elaboradas e ricas em detalhes, escolhidos pela
rainha Maria Antonieta, famosa por seu estilo de vida extravagante.
(PALOMINO, 2003, p. 15-16).
Segundo Dario Caldas (2004, p.55), durante cem anos, as
tendências de moda eram baseadas na percepção de estilistas franceses.
Através de desfiles e das casas parisienses em que eram retirados os modelos
que apareciam em publicações. Os modelos poderiam ser reproduzidos por
costureiras no mundo inteiro.
A Segunda Guerra Mundial (1939) impulsionou um grande esforço de
otimização da produção industrial, de acordo com Dario Caldas (2004, p.55),
nascia então nos Estados Unidos, o ready-to-wear (pronto para vestir),
traduzido posteriormente na França como prêt-à-porter. O ready-to-wear,
segundo Dario Caldas (2004, p.56) consistia em produtos de luxo, produzidos
em série, graças á grade de tamanho que começava a ser implantada.
24
Dario Caldas (2004, p.56-57) atribui ao ready-to-wear e a produção
em série o surgimento de duas profissões, aparentemente semelhantes, o
estilista industrial, que pode ser conhecido também como designer de moda e o
estilista-criador.
Dario Caldas (2004, p.56) aponta que o estilista industrial, ou
designer de moda não assina suas criações, e sim adapta as tendências ao
estilo da empresa em que trabalha. As habilidades do designer de moda, de
acordo com Rech (apud TREPTOW, 2007, p.46), compreendem entre:
pesquisa, elaborar respostas para problemas novos. Testar essas respostas,
através de peças-piloto. Saber comunicar esse desenvolvimento do produto
através de croquis, modelagem e peça piloto. Saber combinar elementos como
forma, técnica, condições humanas, sabedoria para prever as conseqüências
desse produto em todos os meios e compreensão para trabalhar em equipes
multidisciplinares.
Dario Caldas (2004, p.57) faz referência ao estilista criador a
partir do surgimento das butiques, lojas com espírito jovem e de moda
vanguardista. O estilista-criador é aquele que desenvolve coleções baseadas
em seu estilo pessoal.
A figura do criador de moda, seja ele estilista ou designer de moda, é
de suma importância para dar um novo fôlego ao processo criativo dentro de
uma confecção, além de trazer originalidade e agregar valor ao produto.
6.4 O Design na Moda
O design encontra uma ligação com a moda a partir do momento em
que existe a necessidade de inovar, pois a moda esta em constante mudança.
O designer Guto Índio da Costa1 afirma que o design não tem valor sem
1 É diretor do escritório Indio da Costa Design, no Rio de Janeiro. Um de seus projetos mais conhecidos é o ventilador de teto Spirit. Conquistou o prêmio no Salão Design Casa Brasil 2007 com o sistema
25
inovação2. Ou seja, não há necessidade de mais um produto igual no mercado,
exceto se esse produto tiver um diferencial. Essa inovação, segundo o
designer, pode ser funcional, técnica e estética. A inovação funcional esta
relacionada ao conforto ou facilidade no uso do produto. Na moda, pode ser
uma modelagem ou um tecido inteligente. A inovação técnica é referente ao
modo como esse produto é fabricado, por exemplo, o material utilizado, a
preocupação de como esse material será descartado depois. E a inovação
estética é a beleza do produto, o atrativo aos olhos, por muitas vezes o fator
mais importante dentro da moda. “Como é bom ver roupa com design!
Empolga, inspira e aguça os sentidos.” (Érika Palomino)
Figura 05 – Desfile Priscilla Darolt. Fonte: < http://www.erikapalomino.com.br/moda/fashionview/imagem.php?id=13701>
Assim Érika Palomino descreve o desfile da designer de moda
Priscilla Darolt, em 17 de outubro de 2005, São Paulo, durante a edição de
Verão 2006 do projeto Amni Hot Spot. Doris Treptow (2003) afirma que o
beneficio que o design traz para a moda, pode ser também intangível.
Em uma pesquisa realizada para o artigo de Beatriz Russo e Paul
Hekert (2008, p.31), com o tema “Sobre amar um produto: os princípios
carrapixxxo. E também no concurso de design Handitec na França, com a carteira escolar inclusiva, que possibilitava que a cadeira de rodas entrasse por debaixo da mesa. 2 Palestra Ministrada na Feira do Empreendedor – SEBRAE em 2006, Belo Horizonte –MG. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=u98JkDMlAc8>. Acesso em 25 set. 2009.
26
fundamentais”; foram identificados os princípios fundamentais do amor (em
relação ao design de um produto). Traduzindo para o design de moda,
podemos associar alguns desses princípios com os benefícios do design na
moda.
Lembrança de memória afetiva: está ligada á sensações de
nostalgia, os produtos ganham valor simbólico quando fazem lembrar
memórias passadas. (RUSSO & HEKERT, 2008, p.39-40). Uma peça de roupa
pode trazer de volta alguma memória do passado e causar uma sensação já
sentida anteriormente. A figura 06 exemplifica esse conceito, a camisa possui a
estampa de uma bolacha tradicional, presente na memória de muitas pessoas,
principalmente as pessoas mais velhas.
Figura 06 – Desfile Ronaldo Fraga, camisa com estampa de biscoito tradicional. Fonte: < http://image.ig.com.br/chic/imagens/1359001-1359500/1359428.jpg>
Significado simbólico (social): está relacionado á exposição de um
produto para outras pessoas, como forma de diferenciação e comunicação dos
seus valores ou os valores da marca. As pessoas usam produtos para a
construção e familiarização da auto-identidade (RUSSO & HEKERT, 2008,
27
p.40-42). Um produto de moda pode trazer essa sensação, se a marca do
produto estiver relacionada a um ideal de vida a ser alcançado pelo
consumidor, seja por status ou por identificação com o estilo da marca. A figura
07 exibe uma bolsa da marca Louis Vuitton, objeto de desejo que pertence a
uma pequena quantidade de pessoas com alto poder aquisitivo.
Figura 07 – Bolsa Louis Vuitton, objeto de desejo e status. Fonte: < http://worldpink.files.wordpress.com/2009/04/bolsa-louis-vuitton.jpg>
Compartilhamento de valores morais: existem pessoas que
escolhem produtos que são produzidos seguindo uma série de valores éticos e
morais, e consumindo esses produtos elas podem compartilhar também esses
valores. A exemplo de produtos produzidos com material reciclável, produtos
orgânicos, sem a exploração de seres humanos e animais. (RUSSO &
HEKERT, 2008, p.42-43). Produtos de moda também podem carregar em seu
design valores éticos e morais, seja pela escolha da matéria-prima, processo
como esse produto é feito, como ele será descartado no meio ambiente ou
mesmo um produto que provém de uma empresa que investe em ações
sociais. A figura 08 mostra a campanha de uma empresa que produz sandálias
usando como matéria prima o pneu reciclado.
28
Figura 08 – Goóc, produz sandálias e acessórios com pneu reciclado. Fonte: < http://semanapp.files.wordpress.com/2009/09/gooc.jpg>
Interação física prazerosa: esta ligada à sensação de conforto do
próprio corpo ao entrar em contato com o produto, essa interação se refere às
propriedades táteis do produto. (RUSSO & HEKERT, 2008, p.43-44). Uma
peça do vestuário pode trazer essa sensação prazerosa, seja por uma
modelagem confortável ou o uso de um tecido tecnológico. É também um
exemplo da tecnologia agregando valor ao design. A figura 09 mostra a
campanha de Stella McCartney para a Adidas, uma linha de produtos com
tecidos tecnológicos e modelagens que trazem conforto.
Figura 09 – Adidas por Stella McCartney, tecidos tecnológicos e conforto. Fonte: < http://3.bp.blogspot.com/_XtuZ2MqgGGg/RcOI_Vc4kwI/AAAAAAAAAhM/iWIZCYlaBrg/s320/stella3.jpg>
29
7 GOIÂNIA E A MODA
7.1 Goiânia
Goiânia, cidade conhecida pela sua qualidade de vida, clima
primaveril, áreas verdes, localização estratégica, além do patrimônio Art Déco.
A cidade de Goiânia está localizada no estado de Goiás, na região
Centro Oeste do Brasil. Segundo o site do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a cidade foi planejada para receber a sede do governo
estadual, pois existia uma necessidade de localizá-la segundo interesses
econômicos e sociais de outros municípios. A pedra fundamental foi lançada
do dia 24 de outubro de 1933 por Pedro Ludovico Teixeira, idealizador da
construção da cidade. A obra foi assinada pelo urbanista Atílio Correia Lima, o
planejamento da cidade era direcionado para 50 mil habitantes, hoje, segundo
dados do IBGE (2007), a população da cidade de Goiânia varia em torno de 1,2
milhão de habitantes.
A economia de Goiânia é baseada principalmente na indústria, os
principais setores de acordo com a Secretaria Municipal de Turismo são: a
construção civil, a indústria química, frigoríficos e confecções. Em arrecadação
de ICMS3, o setor de comércio é o primeiro, em seguida, o setor de
combustível e indústria.
Goiânia é uma cidade em expansão, De acordo com o site da
prefeitura de Goiânia, em 1999, foi criada a Lei Complementar nº 27 que
nomeava a Região Metropolitana de Goiânia. A Região reúne onze municípios,
sendo eles, Goiânia, Trindade, Goianira, Santo Antônio de Goiás, Nerópolis,
Goianápolis, Senador Canedo, Aparecida de Goiânia, Hidrolândia, Aragoiânia e
Abadia de Goiás. O principal objetivo é integrar a organização, o planejamento
e desenvolver ações públicas de interesses comuns dos municípios.
3 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
30
O índice de crescimento da região metropolitana de Goiânia é alto.
Em matéria do Jornal Hoje, referente ao dia vinte e oito de agosto de 2009, cita
o acréscimo de 94 mil pessoas em dois anos. Fato preocupante, já que a
região não comporta uma economia que dê conta de acolher essa migração. O
professor de Economia da Universidade Católica de Goiás (UCG) Luís
Estevam comenta na reportagem que esse crescimento é resultado de
iniciativas governamentais e afirma que a situação só não é pior por conta das
atividades econômicas informais.
7.2 Moda em Goiânia
7.2.1 Histórico
A história da moda em Goiânia pode ser contada, a partir do início
das primeiras confecções. Registra-se que as primeiras confecções na cidade,
surgiram na década de 1970, segundo dados do SEPLAN4. A dificuldade de
deslocamento para a compra de roupas provenientes de outros centros do País
e a posição estratégica, entre o caminho das regiões Norte e Nordeste para
São Paulo podem ter sido os fatores para o surgimento do pólo confeccionista
em Goiânia. (SEPLAN).
A reportagem do Tribuna Campineira, datada em 25 de julho de
2009, conta um pouco da história do empresário Antônio Meneghello, um dos
pioneiros no setor de confecções. O início foi em 1967 com a “Criação
Sayonara”, em Campinas, até chegar a Bulk Confecções, que grande parte dos
goianienses conhecem. O empresário atuava como técnico de máquinas em
São Paulo, o que possibilitou o contato confecções do eixo São Paulo – Rio de
Janeiro.
4 Secretaria de Estado do Planejamento e Desenvolvimento
31
Além de Campinas, onde tudo começou, outros dois pólos de
confecções movimentam o setor do vestuário na cidade. A Avenida Bernardo
Sayão e a Avenida 85. Os primeiros registros da Avenida Bernardo Sayão
como pólo confeccionista podem se confundir um pouco com a indústria do
vestuário em Goiânia. A Avenida, localizada no setor Fama, iniciou com apenas
três indústrias, duas confecções em malha e uma em lingerie. Atualmente, a
Avenida possui cerca de duas mil lojas, possui mais de 2.200 metros e
extensão e gera mais de 45 mil empregos diretos e indiretos, de acordo com
informações da revista 7ª edição da revista Vitrine (2008).
A Avenida 85 escreve a sua história na moda, a partir da década de
1980. Segundo Leonardo Silvério5, presidente da ACIAA (Associação
Comercial e Industrial da Avenida 85 e Adjacências), o pólo da Avenida 85 foi o
primeiro a iniciar a cultura de atacado em Goiânia. A Avenida 85 e adjacências
contam com 450 lojas em um espaço de 1300 metros.
Além desses pólos confeccionistas, a cidade de Goiânia conta com o
Goiás Center Modas, shopping atacadista localizado no Setor Criméia Oeste,
próximo ao centro da cidade. Estação Goiânia, que se trata de uma feira
permanente, localizado no setor Norte Ferroviário que trabalha com produtos a
preços populares e a Avenida 44, que possui lojas atacadistas.
7.2.2 Dados do Setor
Os dados apontados sobre a indústria do vestuário no estado de
Goiás refletem na realidade do setor na cidade de Goiânia. De acordo com a
RAIS 2004, Goiás possui 4.5 mil empresas. Em Goiânia estão presentes 2.7
mil dessas empresas que empregam 17.2 mil pessoas. O porte das confecções
goianiense podem ser classificados como microempresas, 5.2% são pequenas
5 Entrevista cedida por Leonardo Silvério
32
empresas e 0.3% como média empresa, não existe registro de empresas de
grande porte.
Segundo dados da Agicon6, Goiás produz atualmente cerca de oito
milhões de peças por mês entre lingerie, linha infantil, jeanswear, modinha,
moda praia e roupas feminina e masculina. Em entrevista para a reportagem do
Jornal Hoje de 26 de abril de 2009, Frederico Martins Evangelista, presidente
da Agicon, afirma que Goiânia recebe cerca de 200 ônibus por semana. Quase
oito mil pessoas que chegam a cidade com o objetivo de comprar roupas para
revender em outras localidades.
No estado de Goiás, segundo dados da RAIS 2007, existem 20.7 mil
trabalhadores nas confecções. A maior parcela concentra no sexo feminino
com 13.8 mil, enquanto o sexo masculino chega a 6.8 mil. A diferença de idade
entre os sexos é grande, no sexo masculino, o maior número de trabalhadores,
41.8%, concentra-se na faixa etária de 18 a 24 anos. Enquanto que no sexo
feminino, o maior número de trabalhadores, 30.6%, concentra-se na faixa etária
de 30 a 39 anos.
Gráfico 01
Em relação ao nível de instrução, comparando os trabalhadores de
ambos os sexos, os números são homogêneos. Em um total, a maior parcela
desses trabalhadores, 33.4% possuem o ensino médio completo, enquanto
6 Agicon: Associação Goiana da Indústria de Confecções e Correlatas
33
25.7 possuem o ensino médio incompleto, 1.5% que possuem o ensino
superior incompleto e 0.9% com o ensino superior completo. (RAIS, 2007)
Gráfico 02
Ao longo dos anos, o setor do vestuário em Goiânia enfrentou muitas
dificuldades. Uma delas ocorreu no ano de 1997, segundo informações do
SEPLAN, resultado da precária situação da economia brasileira, por motivo da
hiperinflação. Os custos de produção aumentaram e as empresas ficaram sem
capital de giro. A situação reverteu a partir de 1999, com o maior apoio do
governo estadual.
Segundo dados do SEPLAN, em 2005, Goiás era o quarto maior pólo
confeccionista do Brasil. Atualmente, Goiás ocupa a sétima posição, segundo
dados da reportagem do Jornal Hoje datada em 26 de abril de 2009. A atual
crise financeira internacional trouxe uma queda de quase 20% nas vendas das
confecções de Goiás, em comparação ao primeiro trimestre de 2008.
Várias medidas estão sendo tomadas, a fim de reverter as
conseqüências da crise Uma delas, segundo a reportagem, foi a concessão da
isenção de ICMS para transações interestaduais e a diminuição do pagamento
do tributo de 17% para 7% nas vendas dentro do Estado. “O governo fez a sua
parte. Agora, os empresários devem incrementar o setor com criatividade”,
Ressalta Frederico Martins Evangelista, presidente da Agicon, para a
34
reportagem. Outra medida é a grande campanha de marketing coordenada
pela Goiás Turismo com o objetivo de expor a qualidade dos produtos goianos.
7.2.3 A Ausência do Design em Goiânia
Em talk show7 realizado durante a Feira do Empreendedor em
Goiânia, no dia 12 de Setembro de 2009 no Centro de Cultura e Convenções, o
estilista Ronaldo Fraga comentou um pouco sobre a moda goiana no contexto
Brasil. Primeiramente citou a existência da indústria de roupa, que existe no
Brasil há 30 anos e a indústria de moda, que é algo novo, assim como a cultura
de moda. Ronaldo Fraga citou Goiás como um estado que tem uma indústria
de roupa, e não de moda. Mas não descartou o potencial que o estado tem
para produzir moda, devido a elementos que o estado tem a oferecer, como a
literatura, natureza, música, além da localização estratégica, no centro do
Brasil.
Figura 10 – Ronaldo Fraga em talk show realizado em Goiânia. Fonte: Acervo SEBRAE
Ronaldo Fraga também destacou a vocação do estado para a
“modinha”, que atende as classes B e C, comentou ainda sobre a importância
da cultura de moda ser implantada em Goiás, pois valorizaria o produto feito no 7 Talk Show: Programa onde reúnem especialistas em torno de um tema e uma pessoa que apresenta e conduz a conversa.
35
estado. No entanto para implantar essa cultura, a indústria precisaria estar
fixada no local. O estilista ainda fez uma comparação com o estado de Rio
Grande do Norte, colocando Goiás em uma posição superior, pois aqui já
existe a indústria.
Criar moda requer criatividade, fator que nem sempre é o
combustível de muitas confecções de Goiânia. A jornalista Margareth Gomes
em reportagem para o caderno Magazine referente à data de 18 de abril de
2009, do jornal O Popular, destaca que a atenção ao processo de criação foi
um elemento pouco visível durante a nona edição do CMB Fashion8 (2009). E
essa atenção ao processo de criação é um preceito básico e termômetro
infalível de vendas, de acordo com a jornalista.
Ainda na mesma reportagem, Margareth Gomes comenta sobre o
caminho que a maioria das confecções utilizaram, o caminho de replicar. E o
resultado são roupas, segundo a jornalista, repetitivas, como se tivessem saído
de uma mesma linha de montagem. A crítica fica mais severa quando a
jornalista comenta que nem um time de mulheres esculturais conseguem
realçar peças que não fazem uma boa escolha de tecidos e nem na
modelagem final.
Em um total de 36 marcas que estiveram presentes no evento, a
reportagem cita apenas uma marca que trouxe inovação, a Ondão. A marca
surpreendeu por usar um tema pouco comum no meio da moda e trouxe
ousadia na medida certa. A jornalista ainda elogia o trabalho de produção de
moda do desfile: “Acessórios bem escolhidos entraram em cena como o
diferencial que não deixou a peteca cair ás vezes em produções nada
originais”.
8 Evento organizado pela galeria atacadista CMB (Companhia Moda Brasil), localizada em Goiânia.
36
7.2.4 Iniciativas que promovem o Design em Goiânia
A necessidade de profissionalização e maior conhecimento para a
indústria do vestuário impulsionou a criação do curso de Design de Moda, em
1995, na Universidade Federal de Goiás. Em 2003, a Universidade Salgado de
Oliveira começava também a implantar o curso de Design de Moda na cidade
para atender o mercado. Em 2006, a Universidade Estadual de Goiás trouxe o
curso de Tecnologia em Design de Moda na Unidade Universitária de Trindade
(18 km de Goiânia). Atendendo alunos de Trindade e também Goiânia. Em
2008, o Instituto Europeo di Design, presente no Brasil apenas em São Paulo,
Rio de Janeiro e Brasília chegava a Goiânia com a pós-graduação em Fashion
Design.
Em um total de 4.5 mil confecções em Goiás, cerca de 3 mil
empresas participam do Arranjo Produtivo Local (APL) 9, sendo que 85% de
todas elas, ou seja, 2,7 mil, estão localizadas na cidade de Goiânia (RAIS,
2004). Em Goiás, de acordo com a Pesquisa Delphi do Relatório Final
2004/2009 10 realizado pelo SEBRAE-GO, o APL de Moda é apontado como o
mais estruturado e dinâmico em todos os critérios realizados. O ponto mais
forte é a existência de várias empresas atuando no setor, além do alto grau de
exigência dos consumidores. O gráfico a seguir, demonstra a visão sobre as
oportunidades de negócios dentro do setor.
9 Arranjo Produtivo Local (APL) segundo o Relatório Final do SEBRAE é um conjunto de empresas e instituições inter-relacionadas que atuam em um setor em determinada região. 10 Pesquisa Delphi segundo o Relatório Final do SEBRAE é uma metodologia de pesquisa que é utilizada pelo Programa de Estudos do Futuro desde início dos anos 80, onde participam especialistas sobre o tema selecionado. O estudo foi realizado por meio da Internet (WebDelphi), mas mantendo as mesmas características como o anonimato dos respondentes e a publicação dos resultados da primeira rodada para analise e preenchimento da segunda rodada. O perfil dos participantes da pesquisa do Relatório Final 2004/2009 – SEBRAE - é composto por 85% de pessoas que lidam com pequenos e médios negócios em Goiás e mais de 71% são Diretores, Consultores, Professores ou Gerentes, entre diversas outras qualificações.
37
Gráfico 03
Oportunidades de negócios em Confecção,
Moda e Indústria Têxtil
Número de
respondentes na
rodada 02
% em relação
ao total de
respondentes
Valorização do design goiano 43 52%
Confecção de peças ligadas a temas da natureza
goiana
25 30%
Moda que ressalte a pluralidade da identidade
goiana (ex.: culturas indígenas, sertanejas etc.
25 30%
Bordados 11 13%
Crochê 2 2%
Tricot 1 1%
Produção de tecidos com padronagens típicas da
região (estamparia)
0 0%
Dentre algumas ações com o propósito de tornar o APL mais
competitivo, os respondentes da pesquisa apontaram algumas como:
Realização de concurso de design, o que estimula pesquisas. Trabalhar
ativamente o conceito de design nos produtos. Implantar no Estado um Centro
de Tecnologia especifico para desenvolver estudos, pesquisas com relação a
tecidos, tinturaria, padronização dos produtos e design.
O APL de Confecções da Moda Feminina na Grande Goiânia, serviço
prestado pelo SEBRAE, iniciou em 2005 e passou por um processo de
reestruturação e renovação seguindo um planejamento para o triênio
2008/2010. O APL oferece consultorias, palestras, cursos, participação em
feiras, desfiles e eventos de negócios. Cerca de 40 micros e pequenas
indústrias participam do projeto e são beneficiadas pelas ações promovidas
pelo APL. O principal objetivo do APL é o aumento da competitividade do setor
de confecções de moda feminina da Grande Goiânia, com ênfase no aumento
da lucratividade, da visibilidade, da qualidade e produtividade e de acesso a
novos mercados, de acordo com informações do site do APL.
Em entrevista para a Revista Vitrine (2008), Camilla Costa, gestora
do projeto moda feminina do SEBRAE, afirma que dentro do APL de
38
Confecções da Moda Feminina na Grande Goiânia as empresas possuem um
atendimento dirigido exclusivo, por meio de agendamento quinzenal. Por meio
desses atendimentos, as dificuldades das empresas são expostas e juntos
buscam encaminhamentos para solução dos problemas. Outra ação que vale
ressaltar, é a Manhã de Tendências. Todo mês, o SEBRAE juntamente com
outros parceiros trazem a Goiânia personalidades da moda nacional para
ministrar palestras, abordando diversos assuntos do setor. Além de ações
ligadas à capacitação e técnica empresarial e programa de capacitação
avançada (design).
8 A IMPORTÂNCIA DO DESIGN PARA O SUCESSO DAS EMPRES AS DE
MODA EM GOIÂNIA
8.1 Casos de Sucesso
Direcionar um foco e planejar as ações são desafios para confecções
goianienses, o primeiro caso de sucesso a ser retratado, exemplifica como a
falta desses elementos pode acarretar em problemas que podem chegar até a
falência. Hoje a história tomou outro rumo e ilustra mais um caso de sucesso
registrado artigo que faz parte do livro Histórias de Sucesso do SEBRAE
(2006).
Linamara Reis Neves iniciou a sua empresa de moda em 1999, com
a marca Efatá, dentro de um mercado altamente competitivo. A empresa
confeccionava peças modeladas em série, sem estilo. Não tinha foco, atendia a
um público diversificado. O ciclo era sempre o mesmo: comprava,
confeccionava, vendia, não recebia e devia.
A situação agravou em 2003, quando a empresa quase faliu,
Linamara precisou abrir mão de máquinas e despedir costureiras. O desejo de
mudança fez Linamara buscar as causas do problema e tentar a solução.
Pesquisando novos mercados, ela observou a carência do segmento moda
39
maior11 e decidiu investir nesse público e então nascia uma nova marca,
Thalyta Reis Moda Maior.
Com orientações do Projeto de confecção de moda feminina de
Goiânia do SEBRAE, Linamara começou a planejar, tarefa agora mais fácil,
com o foco definido. A necessidade de investir em design, de acordo com ela,
foi a partir do momento em que houve a compreensão da diferença entre fazer
roupa e fazer moda. Após isso, a marca Thalyta Reis Moda Maior já participou
de feiras de renome nacional, como a Feninver12 realizada em São Paulo e
Fashion Business13. E a proposta da marca é sempre diferenciar.
Figura 11 – A marca Thalyta Reis no Fashion Business. Fonte: Livro Histórias de Sucesso SEBRAE
Em Goiânia existem marcas que já identificaram a necessidade de
planejar e a importância do design desde os primeiros anos. Fazem parte de
um cenário de sucesso, conquistaram a cidade e também diversos lugares do
país. Citarei três delas, Contraponto, Eckzem e Pactus.
11 Segmento de moda direcionado a pessoas acima do peso. 12 Feira Brasileira de Confecções e Acessórios de Moda. 13 Feira de Negócios que acontece paralelo ao evento de moda Fashion Rio, Rio de Janeiro.
40
A Contraponto iniciou em 1977, quando ainda não existia muita coisa
em Goiânia, principalmente se tratando de maquinários e aviamentos, tudo era
comprado em São Paulo. A marca trabalhava direcionada ao público infantil, a
mudança para o público feminino veio depois de um ano, após detectar a
carência no segmento.
Sônia Tahan14, diretora comercial, afirma que o design sempre foi
fundamental para a marca, pois cria uma identidade e se diferencia dos
demais. Após cinco anos no mercado, a equipe da Contraponto já realizava
viagens internacionais para fazer pesquisas, além da assinatura de books de
tendência e a contratação de estilistas de outros estados. Hoje a marca conta
com equipe própria de criação.
A Contraponto atende um público despojado, jovem e vanguardista,
masculino e feminino. A marca sempre foi criteriosa, desde o acabamento das
peças, o cuidado com a modelagem até na divulgação do produto final, na
escolha de modelos e fotógrafos. A marca conta com três lojas em Goiânia e
também no interior de Goiás, além de Tocantins e pontos de venda em todo o
Brasil.
Figura 12 – Campanha da Contraponto. Fonte: < http://1.bp.blogspot.com/_-wsXiDGKN78/STZ-nK5MvUI/AAAAAAAAAC4/OLIaCsidQFM/S660/out_door02.jpg>
A Eckzem iniciou em 1992, faz parte do grupo WGM2 que além de
Eckzem produz a marca Vellox. A marca iniciou confeccionando camisetas e
artigos de malha para o público masculino. Atualmente incorporou o segmento
feminino e produz artigos que vai desde o calçado até o boné, o produto que
mais se destaca é o jeans.
14 Entrevista cedida por Sônia Tahan
41
A Eckzem atende a um público de jovens antenados e modernos que
procuram se vestir de maneira descontraída e arrojada. A marca sempre
aparece em editoriais de revistas de renome nacional, além de vestir alguns
personagens de programas da Rede Globo, como a novela Malhação.
A Eckzem possui cinco lojas e inicia processo de expansão através
de franquias, fornece para lojas multimarcas de todo o país e começa a
exportar para alguns países da América do Sul, Europa e África.
Figura 13 – Campanha da Eckzem. Fonte: < http://finissimo.com.br/blogdoeditor/wp-content/uploads/2008/04/eckzem.jpg>
A Pactus foi fundada em 1995, a primeira loja era localizada na
Avenida T-9, logo em seguida transferida para o Centro. O grande passo foi a
abertura de mais uma loja no principal Shopping de Goiânia, o Flamboyant
Shopping Center.
A marca atende a um público de mulheres contemporâneas,
elegantes e antenadas com o mundo da moda. O conceito da Pactus é unir
42
originalidade e sensualidade. As peças são desenvolvidas sempre com base
em muita pesquisa e design, pois as consumidoras buscam isso na roupa.
A Pactus conta com sete lojas em Goiânia, quatro em Brasília, uma
em Anápolis e duas no Tocantins. A marca ainda pretende abrir mais lojas.
Figura 14 – Campanha da Pactus. Fonte: <http://farm4.static.flickr.com/3486/3878958070_15a154144c.jpg>
8.2 Pesquisa de Campo
A pesquisa foi realizada a partir de respostas de 30 empresários de
moda dentro da cidade de Goiânia no período de setembro a outubro de
20009. O objetivo da pesquisa era traçar o perfil das empresas de moda,
identificar a relação do design dentro das confecções e a partir dos resultados
trilhar um caminho para a solução de problemas.
Segundo a pesquisa, 69.3% dos entrevistados possuem designers
de moda dentro de suas empresas, enquanto 30,7% não empregam esse
profissional.
43
Gráfico 04
0
20
40
60
80
100
A empresa possui designer demoda?
Sim
Não
As empresas que não empregam designers de moda demonstram
interesse em contratar esse profissional. E esse interesse corresponde em
87.5%, contra 12,5% que ainda não identificaram a necessidade de um
designer de moda dentro da empresa.
Gráfico 05
0
20
40
60
80
100
Existe um interesse emcontratar esse profissional?
Sim
Não
Um dado otimista para o setor, que se torna cada vez mais
competitivo, não investir em design pode comprometer a permanência da
empresa no mercado.
Rech (apud TREPTOW, 2007, p.46) afirma que dentre uma das
habilidades do designer de moda esta a compreensão para trabalhar em
equipes multidisciplinares. Algumas empresas que possuem designers de
moda estão começando a compreender a importância do trabalho em equipe,
fato decorrente também do aumento da linha de produtos. 45% das empresas
possuem um designer, 39% já optam por empregar dois designers, enquanto
44
11% empregam 3 designers e 5,5% contratam serviços de designers
freelancer15
Gráfico 06
0
20
40
60
80
100
A empresa empregaquantos designers?
1
2
3
Freelancer
O valor investido em design ainda é baixo, considerando que esse
investimento envolve o salário pago ao designer, viagens de pesquisa,
aquisição de revistas e books de tendência, além de participação em
workshops e treinamentos. Conforme o gráfico abaixo, 31,25% investem até mil
reais, 50% investem de mil reais até três mil, enquanto 18,75% investem acima
de três mil reais.
Gráfico 07
0
20
40
60
80
100
O valor investido emdesign varia em torno
de:
Até R$:1000,00
R$:1000 atéR$:3000,00
Acima deR$:3000,00
No questionário da pesquisa, foi apresentada uma escala de 1 a 5,
referente à importância que os entrevistados atribuíam ao designer de moda
dentro da empresa. A média referente as empresas que investem em design
ficou em 4,5, enquanto a média das empresas que não investem ficou em 3,8.
Dentro das empresas que investem em design com até mil reais, a média ficou
em 5. As empresas que investem de mil a três mil reais, a média ficou em 4,3.
15 Freelancer: Profissional sem vínculo empregatício ou sem representação de agência.
45
Enquanto as empresas que investem acima de três mil reais, a média ficou em
5.
Quanto ao tempo de atuação das empresas que investem em design
no mercado, 47% estão há menos que dez anos, 47% atuam no mercado entre
10 a 20 anos e 6% estão presentes no mercado há mais de vinte anos.
Fazendo uma média da idade dessas empresas, temos um total de 10.8 anos,
enquanto a média de anos investidos em design correspondem a 6.2.
Gráfico 08
0
20
40
60
80
100
Tempo de atuaçãono mercado
(empresas queinvestem em design)
Menos que 10anos10 a 20 anos
Acima de 20anos
As empresas que não investem em design, são as que estão há
menos tempo no mercado. 96,5% possuem menos de dez anos, enquanto
37,5% se encaixam no período entre dez e vinte anos. Não consta nenhuma
empresa com mais de vinte anos.
Gráfico 09
0
20
40
60
80
100
Tempo de atuaçãono mercado
(empresas que nãoinvestem em design)
Menos que 10anos
10 a 20 anos
Observa-se que as empresas que estão há mais tempo no mercado,
no geral, são as que mais percebem a importância do design, fato que pode ser
46
associado á experiência adquirida ao longo dos anos. As empresas mais novas
são mais receosas ao investimento em design, apesar de reconhecer
importância. Esse fato pode ser atribuído a falta de recursos financeiros para
tal investimento.
Quando foi perguntado a partir de qual momento foi detectada a
necessidade de investir em design, alguns empresários responderam que essa
necessidade foi detectada desde o início. As respostas que apareceram com
maior freqüência foram: a necessidade do novo, ampliar as opções, peças
personalizadas, agradar os clientes. Construir uma administração profissional,
visão de mercado, aumento de concorrência. Além da compreensão da
diferença entre fazer roupa e fazer moda. Fazer roupa é reproduzir o que esta
sendo usado, fazer moda é propor conceitos e inovar.
A hipótese se confirmou, pois ao serem questionados se houve um
aumento nas vendas, a partir do momento em que o design passou a ser
utilizado, 100% dos empresários responderam que sim. Comprovando a
eficácia e as vantagens do uso do design. Além do produto se tornar
diferenciado, é agregado valor á ele e a empresa se torna mais competitiva.
Um produto com design atrai mais consumidores, que cada vez mais buscam
inovação, praticidade, conforto e beleza. O design é uma ferramenta
indispensável para o sucesso das empresas de moda em Goiânia.
Gráfico 10
0
20
40
60
80
100
Houve um crescimento nasvendas, a partir do
momento em que a empresacomeçou a investir em
design?
Sim
Não
47
9. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O trabalho apresentado expôs sobre a importância do design, seu
histórico e elementos. O design pode ser aplicado na prática dentro de
empresas, o que resulta em benefícios para ela e também para os
consumidores. A moda esta em constante mudança. É necessário pesquisa e
planejamento para produzir peças que condizem com os desejos dos
consumidores, que estão cada vez mais exigentes. O design além de ser
funcional, agrega também valores intangíveis ao produto.
O estudo é direcionado para empresários, estudantes e designers de
moda que buscam um crescimento qualitativo. O pólo da indústria do vestuário
em Goiânia, pode se tornar pólo de moda, se o design for adicionado á linha de
produtos, trazendo um diferencial em um mercado em que tudo parece ser
igual. A pesquisa de campo realizada pode comprovar que o design é
indispensável para o sucesso de uma empresa de moda.
48
10. REFERÊNCIAS
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CALDAS, Dario. Observatório de sinais: teoria e práctica da pesquisa de tendências. SENAC Rio. Rio de Janeiro. 2004.
COBRA, Marcos. Marketing e Moda . SENAC. São Paulo. 2007.
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JONES, Sue Jenkyn. Fashion Design . Cosacnaif. 2ª edição. São Paulo. 2005.
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49
TREPTOW, Doris. Inventando Moda . 4ª edição. Brusque. 2007.
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http://www.seplan.go.gov.br/sepin/pub/conj/conj7/05.htm>. Acesso em 15 de
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<http://www.tribunacampineira.com.br/index.php?option=com_content&view=ar
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Site Moda Feminina Goiânia . Disponível em:
<http://www.modafemininagoiania.com.br/pt-br/site.php?secao=projeto>.
Acesso em 20 de setembro de 2009.
50
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Acesso em 21 de setembro de 2009.
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Jornal:
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Revista:
Pólos de Moda. Revista Vitrine , Goiânia, v.7, 2008.
Publicações:
SEPLAN. Goiás se consolida como o 4º maior pólo de moda do País.
Julho/Setembro de 2005.
DIEESE. Indicadores do Setor de Confecções 2009. Goiânia, abril de 2009.
51
11. ANEXOS
Questionário
Esse questionário contribuirá para a pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso da aluna Nadima Chalup Ribas do curso de Design de Moda da Universidade Estadual de Goiás. O objetivo do trabalho é destacar a importância do design para o sucesso de uma empresa de moda em Goiânia. Empresa:_______________ 1) A sua empresa possui um designer de moda? ( )Sim ( )Não 2) Caso a resposta anterior seja negativa, existe um interesse em contratar esse profissional? ( )Sim ( )Não 3) A empresa emprega quantos designers?________ 4) O valor investido em design varia em torno de: ( ) Até R$:1000,00 (mil reais) ( ) 1000,00 (mil reais) á 3000,00 (três mil reais) ( ) Acima de 3000,00 (três mil reais) 5) Obedecendo a escala de 1 a 5, qual a importância do designer de moda para a sua empresa?___ 6) Há quanto tempo a sua empresa esta presente no mercado?_____________ 7) Há quanto tempo a empresa possui um designer de moda?______________ 8) Houve um crescimento nas vendas, a partir do momento em que a empresa começou a investir em design? ( )Sim ( )Não 9) A partir de que momento foi detectada a necessidade de investir em design?_________________________ ________________________________________________________________________________________ Caso houver interesse, após o término da pesquisa, o estudo será enviado por e-mail. E-mail__________________________________________________________________________________ Obrigada, Nadima Chalup Ribas ([email protected])
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Figura 15 - Ronaldo Fraga e Nadima Chalup Ribas – Acervo Pessoal
Figura 16 – Designer Guto Índio. Fonte: <http://www.youtube.com/watch?v=u98JkDMlAc8 >
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Figura 17 – Recorte Digital da Matéria do Jornal Tribuna Campineira
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Figura 18 – Foto do recorte do Jornal O Popular – parte 1
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Figura 18 – Foto do recorte do Jornal O Popular – parte 2