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CAIO VICTOR DE BARROS SILVA DANIEL CHRISTIANO DE LEMOS SANTOS
A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE PROTEÇÕES NO TRABALHO EM ALTURA – ESTUDO DE CASO EM UMA
OBRA VERTICAL NA CIDADE DE MACEIÓ-AL
Trabalho Final de Graduação apresentado ao Centro
Universitário CESMAC, no Curso de Engenharia Civil,
como requisito final para obtenção do título de
Engenheiro Civil, desenvolvido sob a orientação do
MsC. Daniel Almeida Tenório.
Aprovado em: ___/___/2019
___________________________________________
MsC.: Daniel Almeida Tenório
CAIO VICTOR DE BARROS SILVA DANIEL CHRISTIANO DE LEMOS SANTOS
A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE PROTEÇÕES NO TRABALHO EM ALTURA – ESTUDO DE CASO EM UMA
OBRA VERTICAL NA CIDADE DE MACEIÓ-AL
Trabalho Final de Graduação apresentado ao Centro
Universitário CESMAC, no Curso de Engenharia Civil,
como requisito final para obtenção do título de
Engenheiro Civil, desenvolvido sob a orientação do
MsC. Daniel Almeida Tenório
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________
MsC.: Daniel Almeida Tenório
-Orientador-
_______________________________________
Maycon Sullivan Araújo de Santana
Avaliador interno
_______________________________________
Avaliador externo
Dedicamos este trabalho a todos que nos
auxiliaram nessa jornada.
AGRADECIMENTOS
Caio Victor de Barros Silva
Agradeço a Deus, primeiramente, que me deu força para concluir esta etapa
de minha vida. Agradeço a todos que me incentivaram e me apoiou durante esses
anos de faculdade, meus familiares, amigos e professores. Em especial meus avós
maternos Hilda Barros (in memoriam) e Manoel Leandro (in memoriam), minha mãe
Eliane Barros, minha irmã Márcia Vasconcelos, meus padrinhos Glenio Barros, Gleide
Barbosa, José Severino Barbosa (in memoriam) e Daniela Barbosa, minha tia Nêdja
Barros e minha noiva Ranny Soares.
AGRADECIMENTOS
Daniel Christiano de Lemos Santos
Esta fase da minha vida é muito especial e não posso deixar de agradecer a
Deus por toda força, ânimo e coragem que me ofereceu para ter alcançado minha
meta. À Universidade quero deixar uma palavra de gratidão por ter me recebido de
braços abertos e com todas as condições que me proporcionaram dias de
aprendizagem. É claro que não posso esquecer da minha família e amigos, porque
foram eles que me incentivaram e inspiraram através de gestos e palavras a superar
todas as dificuldades. A todas as pessoas que de uma alguma forma me ajudaram a
acreditar em mim eu quero deixar um agradecimento eterno, porque sem elas não
teria sido possível
“Que todos os nossos esforços estejam sempre focados no desafio à impossibilidade. Todas as grandes conquistas humanas vieram daquilo que parecia impossível.”
Charles Chaplin
RESUMO
O sub-setor da segurança do trabalho tornou-se uma ferramenta imprescindível para o desenvolvimento da indústria da construção civil, viabilizando a execução das atividades garantindo a integridade física dos trabalhadores e, simultaneamente, manter a elevada produtividade dos serviços e lucratividade das construtoras. Este estudo monográfico abordou a problemática voltada para a ausência de proteção dos colaboradores e a relação com os acidentes de trabalho, tendo como objetivo enaltecer a relevância da utilização dos equipamentos de proteção, especialmente para execução de serviços em altura, diante dos riscos diretos a segurança e integridade física dos mesmos. Para tanto, a primeira etapa do trabalho consiste na apresentação dos principais aspectos relacionados à temática central, tais como as normas regulamentadoras e procedimentos de segurança. Esta produção teve também um estudo prático, sendo este desenvolvido em uma obra vertical, situada na cidade de Maceió-AL, com a coleta de dados realizada por meio de visitas técnicas a edificação e entrega de um questionário entregue aos técnicos de segurança do trabalho presente no empreendimento, expondo resultados encontrados para quantificar e qualificar esses dados expostos durante o trabalho, afim de encontrar medidas e soluções que possam vir a minimizar os acidentes de trabalho, principalmente os relacionados a altura na construção civil. De forma inegável, a segurança no trabalho se reveste de grande valia para o desenvolvimento de um ambiente com redução de riscos, logo, a necessidade de estudos e análises das promoções de capacitações e programas de segurança, pautados nas NR 18 e NR 35 da construção civil. Palavras – chave: Segurança. Equipamentos de Proteção. Colaboradores.
ABSTRACT
The labor security sub-sector has become an essential tool for the development of the construction industry, enabling the execution of activities to ensure the physical integrity of workers while maintaining the high productivity of services and the profitability of construction companies. This monographic study dealt with the problem related to the absence of employee protection and the relation with work accidents, aiming to highlight the relevance of the use of protective equipment, especially for the execution of services at a height, in view of the direct risks to safety and physical integrity of them. Therefore, the first stage of the work consists of presenting the main aspects related to the central theme, such as regulatory norms and safety procedures. This production also had a practical study, being developed in a vertical work, located in the city of Maceió-AL, with the data collection accomplished through technical visits to the construction and delivery of a questionnaire delivered to safety technicians present work in the enterprise, exposing results found to quantify and qualify these data exposed during work, in order to find measures and solutions that may minimize work accidents, especially those related to height in construction. Undoubtedly, safety at work is of great value for the development of a risk-reducing environment, hence the need for studies and analyzes of training promotions and safety programs, based on NR 18 and NR 35 of construction civil.
Keywords: Safety. Protective equipment. Contributors.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Esquema de fatores potenciais de acidente de trabalho ........................ 16
Figura 2 – EPI’s utilizados na construção civil ........................................................ 22
Figura 3 – Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) ............................................ 23
Figura 4 – Funcionário caminhando sobre a viga sem a guia ................................ 26
Figura 5 – Funcionário prendendo o cinto de segurança na peça pré-moldada ...... 26
Figura 6 – Uso do cinto de segurança durante transporte em “gaiola” ................... 27
Figura 7 – Sistemas de restrição de movimentos X sistema de retenção de queda 27
Figura 8 – Equipamentos de segurança da NBR 35.6.2 ........................................ 29
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – EPI’s disponibilizados pela construtora ................................................. 33
Gráfico 2 – Quantidade de colaboradores que usam EPI’s ..................................... 33
Gráfico 3 – Representatividade do uso de EPI’s ..................................................... 34
Gráfico 4 – EPC’s disponibilizados pela construtora .............................................. 35
Gráfico 5 – Responsáveis pela fiscalização de trabalhos em altura ........................ 36
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Esqu Dados da Inspeção em Segurança e Saúde no Trabalho - Brasil 13
Tabela 2 – Organização dos fatos e fatores de causa de acidentes associados a
atividade e seu caráter habitual ou não .................................................................... 15
Tabela 3 – Tabela de conformidades encontradas .................................................. 25
SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13
1.1. Tema ................................................................................................................ 14
1.2. Problema ......................................................................................................... 14
1.3. Objetivo Geral ................................................................................................. 15
1.3.1. Objetivos Específicos ...................................................................................... 15
1.4. Justificativa ..................................................................................................... 16
1.5. Referencial Teórico ........................................................................................ 16
1.6. Descrição de Capítulos .................................................................................. 17
Y2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................. 18
2.1. Postura da empresa ....................................................................................... 19
2.2. Comunicação eficiente no ambiente de trabalho ........................................ 23
2.3. Procedimentos de segurança na construção civil ...................................... 24
2.3.1. Treinamento ................................................................................................... 25
2.3.2. Norma regulamentadora NR 18 ..................................................................... 26
2.3.3. Equipamento de proteção individual (EPI) ..................................................... 27
2.3.4. Equipamento de proteção coletiva (EPC) ....................................................... 28
2.4. Normas regulamentadoras para trabalho em altura ................................... 30
2.4.1. NR 35 – Trabalho em altura ........................................................................... 30
2.4.2. NR 35.5 – Equipamentos de proteção individual e acessórios ....................... 34
2.5. Prevenção de riscos ...................................................................................... 35
3. METODOLOGIA ................................................................................................ 37
4. RESULTADO E DISCUSSÕES ......................................................................... 38
5. CONCLUSÃO .................................................................................................... 43
APÊNCIDE A ........................................................................................................... 45
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 46
15
1 INTRODUÇÃO
Acidentes e eventuais riscos no ambiente de trabalho são uma realidade
bastante preocupante, dados alarmantes mostram que cada vez mais trabalhadores
estão sendo alvo de lesões graves e até óbitos em virtude de não seguirem as normas
de segurança.
Quando abordados esses acidentes, destaca-se a questão das condições de
trabalho, evitando ambientes e materiais inadequados ao desempenho de tarefas que
possam se transformar em riscos à integridade física. Entretanto, há setores de
atividade que são mais afetados que outros, onde o risco de ocorrência de acidente é
mais elevado, como é o caso da construção civil (LIMA, 2004).
A construção civil representa uma quantidade significativa no quadro de
trabalhadores brasileiros, por representar 16,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do
país, logo, a incidência de riscos à saúde e à vida desses trabalhadores também
aumenta (ALENCAR, 2014).
Apesar da implementação da NR-18 na Indústria da Construção Civil (ICC), os
acidentes de trabalho ainda estão bastante presentes nesse setor, gerando alto custo
econômico e social ao país, além do próprio trabalhador, que passará a receber um
auxílio menor do que seu salário mensal, reduzindo sua renda familiar.
Inúmeros fatores influenciam de forma direta ou indireta no aumento desses
casos, seja pelas condições sanitárias dos canteiros de obras que nem sempre são
adequados, ou pela falta de planejamento e organização do trabalho. A interação
destes com os itens de segurança são considerados como um risco para acidentes
de trabalho (AGUIAR, 2006).
Tratando-se de trabalho em altura, é de suma importância ter uma atenção
redobrada, porque qualquer situação inesperada pode ser de maior gravidade e
ofensivo à saúde estando trabalhando em altura. A constante convivência com
situações de risco, em conjunto da ausência ou fragilidade de práticas preventivas,
tem sido um pesado ônus para os operários da construção civil, principalmente com
aqueles que trabalham em altura. Acidentes dessa magnitude seriam evitados, caso
fossem respeitados os princípios fundamentais de proteção coletiva e individual
presentes na NR-18. (MANGAS, GÔMEZ & THEDIM-COSTA, 2008).
16
Além da NR-18, foi elaborada a NR-35, a qual aborda princípios e deveres
específicos para trabalhos em alturas elevadas, estabelecendo níveis de
planejamento com o intuito de reduzir a exposição dos profissionais que executam
esses serviços, os quais devem ser seguidos rigorosamente, prevenindo qualquer tipo
de acidente.
Esta NR foi regulamentada devido aos altos índices de acidentes ocorridos no
país, principalmente nessas atividades desempenhadas em altura, atingindo 40% ao
ano em ramos diversificados, porém com maior destaque na construção civil (BAU &
ROSINHA, 2012).
1.1 Tema
A denominação do tema escolhido para o desenvolvimento desta pesquisa
monográfica partiu da identificação das precárias condições de trabalho fornecidas ao
quadro de funcionários de empresas do segmento da construção civil, principalmente
no que diz respeito a execução de trabalhos em altura, que resulta diretamente na
segurança dos colaboradores.
Desta necessidade de investigar surgiu o presente tema a importância da
utilização de proteções no trabalho em altura – estudo de caso em uma obra vertical
na cidade de Maceió-AL, aqui abordado que trata de apresentar ao leitor um panorama
do atual cenário presente nos canteiros de obra na presente cidade, bem como a
relevância do uso das proteções para execução de atividades em altura.
1.2 Problema
A pesquisa monográfica aqui denominada de “a importância da utilização de
proteções no trabalho em altura”, foi realizada com a finalidade de auxiliar na
resolução do problema encontrado pela maioria das construtoras, que são os altos
índices de acidentes de trabalho e afastamento de trabalhadores, especialmente
ocorridos na execução de trabalhos em altura, originando a presente produção.
Conseqüentemente, esse fato se traduz num elevado prejuízo financeiro para as
empresas contratantes da mão de obra em questão.
17
A utilização de proteções nos serviços realizados em altura na construção civil
é extremamente benéfica tanto aos trabalhadores quanto a própria empresa
responsável, logo que a aplicação das normas regulamentadoras aliadas ao
gerenciamento de medidas voltadas as condições do ambiente de trabalho
proporciona segurança aos colaboradores e como resultado, maior produtividade do
funcionário.
Com fins de solucionar o problema relacionado às más condições de trabalho
no caso de atividades em altura, podendo resultar no afastamento dos trabalhadores
da construção civil, como o observado neste objeto de pesquisa, estes pesquisadores
foram em busca de soluções eficazes que garantissem a devida aplicação das normas
regulamentadoras destinadas à segurança dos colaboradores, diminuindo o índice de
afastamento dos mesmos.
1.3 Objetivo Geral
Apresentar conceitos e definições a respeito da temática central, bem como
identificar e analisar os procedimentos de segurança voltados a trabalhos em altura
em um canteiro de obra na cidade de Maceió-AL e propor melhorias baseadas em
diretrizes das normas regulamentadoras correspondentes ao tema, evidenciando a
relevância da mesma.
1.3.1 Objetivos Específicos
Apresentar ao leitor os conceitos e definições do tema de abordado;
Identificar e analisar o cenário de um canteiro de obra na cidade de
Maceió-AL no tocante aos procedimentos de segurança para trabalhos
em altura;
Propor melhorias a serem adotadas baseadas em nr’s, visando
evidenciar a relevância do uso de proteções na execução de atividades
em altura.
18
1.4 Justificativa
Diante do crescente índice de acidentes de trabalho que resultaram em
afastamento dos colaboradores dos seus locais de trabalho e o alto custo gerado às
empresas, que comprometem um significativo valor destinado a mão de obra parada,
obtendo assim prejuízo financeiro e perca de produtividade na equipe responsável
pela execução do serviço.
Com isso, torna-se necessário o investimento em pesquisas que tragam
soluções viáveis para a implantação de procedimentos e orientações, que aliados ao
ambiente adequado de trabalho, propiciam segurança para os funcionários, de forma
que os mesmos poderão realizar o serviço exercendo de modo seguro, sem prejudicar
o próprio organismo e ainda aumentar a produtividade.
Enfatizando a ocorrência dos acidentes de trabalho numa obra vertical situada
na cidade de Maceió-AL, constatou-se que a maioria das lesões foi ocasionada
através da não utilização das devidas proteções ao ambiente ou dos equipamentos
de proteção, individual e coletivo. No decorrer deste trabalho poderão ser visualizadas
informações acerca das diretrizes das NR 18 e 35, bem como dados sobre a obra
visitada e propostas do melhor método da aplicação de tais normas no canteiro de
obra para redução dos acidentes de trabalho.
1.5 Referencial Teórico
A presente pesquisa tem como referencial o teórico Simões (2010), que tem
dentre suas obras as destacadas abaixo:
Promover segurança nos canteiros de obra vai muito além de dar
treinamentos e fornecer equipamentos de proteção. Uma política de
comunicação efetiva, também é um dos principais elementos para prevenir
esses problemas (Simões, 2010).
19
1.6 Descrição de Capítulos
Este trabalho foi estruturado em seis capítulos, sendo estes distribuídos da
seguinte forma:
No primeiro capítulo do trabalho compreende a introdução, onde também
consta o tema da pesquisa, o problema, objetivos, justificativa e referencial teórico;
No capítulo dois, é apresentada uma revisão bibliográfica, onde é realizada a
fundamentação teórica da temática central, descrevendo os principais conceitos e
orientações sobre o conteúdo;
O terceiro capítulo abordou a metodologia adotada, descrevendo sobre todos
os processos realizados para o desenvolvimento da produção;
No capítulo quatro estão presentes os dados coletados por meio das
informações fornecidas pelo departamento pessoal do empreendimento escolhido
acerca do uso de proteções na execução de trabalhos em altura.
No quinto capítulo foram apresentadas discussões em face ao resultado da
coleta de dados e propostas de melhorias quanto à segurança dos profissionais;
Por fim, o capítulo seis traz a explanação da conclusão da pesquisa e
sugestões para trabalho futuros.
20
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O grande número de acidentes fatais que ocorrem com os trabalhadores da
construção civil mostra que ainda há ausência de uma fundamentada política de
segurança do trabalhador nas empresas deste setor. Muitas dessas empresas
recorrem a práticas de terceirização como medida de reduzir seus custos com mão-
de-obra, sendo que às vezes essas práticas são ilegais e podem acabar pondo os
operários em condições precárias de trabalho (MANGAS, GÓMEZ & THEDIM-
COSTA, 2008).
Como visto na cartilha “Dicas de prevenção de acidentes e doenças no
trabalho” (SESI & SEBRAE, 2005), a maior parte dos acidentes e doenças gerados
no trabalho ocorrem sobretudo porque nas empresas ainda não existe um
planejamento e uma gestão de gerenciamento que esteja focada integralmente neste
assunto. São vários os fatores que induzem para acidentes nos lugares de serviços,
dentre eles: falta de treinamento e orientação profissional, ausência de placas
informativas e sinalizações, equipamentos e máquinas defeituosos ou antigos, não
fornecimento de equipamentos de proteção adequados, condições inseguras de
trabalho.
Perdas são geradas devido aos acidentes de trabalho, estas podendo ser de
vários tipos, desde as pessoas até produtos, serviços e propriedades. Independente
do grau que essa perda gere mesmo sendo desprezíveis ou trágicos, há um custo
para as empresas a ser pago (PESENTE, 2011).
Analisando os parâmetros da construção civil, podemos observar na tabela 1
da próxima página, como esta área é conhecida por não adotar sistemas de proteção
adequados, de forma a afetar esse setor econômico, o qual sofreu mais interdições e
embargos no ano de 2012, do que os demais setores, tendo 2.339 interdições e
também o que mais teve casos de acidente, sendo 381 no período acompanhado
(ALVES & SAVI, 2012).
21
Tabela 1 - Dados da Inspeção em Segurança e Saúde no Trabalho - Brasil
Fonte - Cleidson Rosa Alves & Clóvis Norberto Savi, 2012.
2.1 Postura da Empresa
Com o constante crescimento da construção civil, as empresas devem
aumentar sua preocupação e seus investimentos na segurança de seus
trabalhadores, através de equipamentos e treinamentos, tornando assim mais
acessível o projeto final, visando as funções de seus funcionários devido ao grau de
insegurança a que serão expostos (AMARAL, 2013).
Para Jerris (1995), o treinamento traz ao trabalhador um novo comportamento
diante sua profissão, proporcionando a pessoa treinada desenvolver maior
autoconfiança, tornando-o mais decisivo, interativo e comunicativo no seu espaço de
trabalho. Ainda, faz com que os trabalhadores se sintam prestigiados pelo fato da
empresa está preocupada com a segurança dos seus funcionários.
No estudo “Um sistema de gestão da segurança do trabalho alinhado à
produtividade e à integridade dos colaboradores” admite que, a segurança do trabalho
tem que estar ligada ao cotidiano da empresa, caminhando unido com o sistema
produtivo, para isso, ela deve estar atrelada ao sistema de gestão da empresa. Então,
todo o processo interno tem que acontecer em ligação entre ambas as partes (SILVA,
2006).
22
Segundo Palasio (2003), é de tamanha necessidade a existência de um
controle de gestão nas empresas. Esses são feitos por pacotes que são interessantes
para o desenvolvimento da qualidade. Mas há um problema que deve ser rapidamente
corrigido, que é a ausência de conhecimento por parte dos especialistas internamente
nas empresas.
Segundo o trabalho “A importância do treinamento técnico na construção civil,
em atividades com riscos de quedas de altura” devem existir pessoas qualificadas
produzindo para que o serviço tenha qualidade e segurança. Então, a empresa deve
tratar o treinamento não só como aprimoramento no cumprimento de tarefas, dando
capacitação aos trabalhadores para que se conscientizem sobre a importância da
utilização dos EPC’s e do EPI’s no seu ambiente trabalho, através de habilidades
técnicas e profissionais para que se previnam os acidentes (PELEGRIN & CORAl,
2005).
Como visto no trabalho: “Medidas de proteções contra acidentes em altura na
construção civil”, os especialistas precisam estar sempre ligados nas necessidades
da empresa para assim poderem prestar seus treinamentos. Com isso, é fundamental
a preparação e adaptação aos meios de segurança a partir das características e
necessidades de sua corporação. Os assuntos passados aos grupos interessados
devem ser tratados com coerência, com uma linguagem simples e ilustrativa possível
através de cursos rápidos ou palestras como DDS (Diálogo Diário de Segurança),
SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidente de Trabalho) (SIMÕES, 2010).
Então Mutti (1995) diz que, é importante que operário participe dos
treinamentos pois é uma forma de motivar e conscientizar sobre os riscos que antes
passavam despercebidos.
No “Estudo de caso de dois acidentes do trabalho investigados com o método
de árvore de causas” de (Binder & Almeida, 1997), é utilizado o método árvore de
causas (ADC), que trata de uma metodologia baseada na teoria de sistemas que
aborda os acidentes de trabalho de forma pluricausal e define de certa forma a
empresa. A aplicação desse método consiste em evidenciar condições frequentes
toleradas no ambiente de trabalho que geram acidentes, e a partir disso criou-se uma
tabela 2 mostrando a organização dos fatos e fatores, como podemos analisar a
seguir:
23
Tabela 2 - Organização dos fatos e fatores de causa de acidentes associados a
atividade e seu caráter habitual ou não
Fonte - Maria Cecília Pereira Binder & Ildeberto Muniz de Almeida, 1997.
Já na figura 1 foi montado o esquema de FPA – Fatores potenciais de acidente
de trabalho (AT), onde a análise da árvore expõe as diversas causas que
possivelmente vão causar esses incidentes, além de mostrar um panorama geral das
24
atividades executadas de manutenção seriamente prejudiciais na perspectiva da
segurança do trabalho. O esquema aborda também como as decisões tomadas foram
feitas por trabalhadores que possuíam um total despreparo técnico para realizar as
reparações, além de não dispor do material necessário para tal serviço (BINDER &
ALMEIDA, 1997).
Figura 1 - Esquema de fatores potenciais de acidente de trabalho
Fonte - Maria Cecília Pereira Binder & Ildeberto Muniz de Almeida, 1997.
Prevenir os acidentes no trabalho corresponde ao fim das condições inseguras
existentes nos locais de atividades, evitar que seja repetido em outras ocasiões e fazer
com que os trabalhadores não perpetuem práticas inseguras. Então, é de
responsabilidade da construtora proporcionar condições seguras para um trabalho
que tenha segurança e ao prevenir os acidentes, gere uma qualidade de vida a seus
funcionários (ZOCCHIO, 2002).
25
2.2 Comunicação Eficiente no Ambiente de Trabalho
Para Maximiano (2000), a comunicação se constitui em: “uma ferramenta que
visa à transferência e recebimento de informações, sendo estas caracterizadas como
dados que propiciam a tomada de decisão e análise de situações”. Nesse contexto,
observa-se que a comunicação representa um instrumento indispensável no tocante
à transmissão de informações a outrem, o que é relevante para se conduzir ao alcance
de objetivos específicos.
A instrução e condições básicas necessárias do trabalhador, é essencial para
o funcionamento e seguimento das normas necessárias. Segundo o “estudo de
recepção de impressos por trabalhadores da construção civil: um debate das relações
entre saúde e trabalho”, que mostrou através da entrega de cartilhas para
trabalhadores da área da construção civil, que lista itens da Norma Regulamentadora
18 (NR 18), que mostra os direitos e as condições de trabalhos. Com o objetivo de
informar ao trabalhador a importância do cumprimento da norma, expondo também os
fatores que de acordo com os trabalhadores, contribuem para uma melhora nas
condições de trabalho (KELLY-SANTOS & ROZEMBERG, 2006).
Promover segurança nos canteiros de obra vai muito além de dar treinamentos
e fornecer equipamentos de proteção. Uma política de comunicação efetiva, também
é um dos principais elementos para prevenir esses problemas. Perante todos os
pontos em que possam ser analisados, esses incidentes mostram vários fatores
negativos, tanto para o trabalhador acidentado, quanto para a empresa e para a
sociedade (SIMÕES, 2010).
Incidentes são eventos não planejados que acarretam doenças, danos ou
perdas de equipamentos, bens e materiais. Desta forma, no ambiente de trabalho os
investimentos pelos empregadores, devem estar voltados para a redução de agravos
à integridade física dos trabalhadores, não havendo dano à saúde. Com o grande
número de acidentes fatais, nota-se a importância dos trabalhos em altura em utilizar
equipamentos adequados à segurança desse trabalho, com o uso de cinto de recarga,
conectores de grande abertura, talabartes duplos, dentre outros (BAXENDALE &
JONES, 2000).
26
O Programa de Saúde do Trabalhador (PST) constitui-se de processos
comunicativos, mediados através de cartazes, folhetos e cartilhas, os quais são
produzidos e disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e do Emprego e pelo
Ministério da Saúde. Para aprimorar o campo da saúde do trabalhador, são
necessários subsídios teórico-metodológicos, que geram maiores reflexões e ões nos
processos comunicativos, no que se refere a saúde e trabalho, junto à população
(KELLY-SANTOS & ROZEMBERG, 2006).
Além de tudo, outros problemas são enfrentados na gestão da construção civil,
desde os primórdios uma grande parte da mão-de-obra não tem qualificação, com um
baixo nível de escolaridade, aumentando o número desses, devido às crises
enfrentadas em outros setores.
Com isso há a necessidade de uma maior divulgação das especificações
técnicas e dos padrões operacionais, a fim de atingir todos os níveis hierárquicos da
empresa envolvida (NASSER, 2009).
2.3 Procedimentos de Segurança na Construção Civil
No período de 2003 a 2005, junto ao crescimento da construção civil, cresceu
também o número de ocorrências de acidentes de trabalho e de doenças
ocupacionais, onde o Instituto Nacional do Seguro Social registrou 83.842 casos, se
destacando como o um dos setores de produtividade mais perigosos.
Na construção civil os trabalhadores têm uma maior precarização do trabalho
quando se comparado a trabalhadores de outros ramos, pelo maior número de
trabalhadores informais, sem carteira assinada e contrato, tornando o controle de uso
dos equipamentos adequados de proteção e medidas protetivas mais difícil,
aumentando assim a sua vulnerabilidade (TAKAHASHI, 2012).
Para os procedimentos de segurança na construção civil, inegavelmente é
relevante propostas de treinamento, haja vista, contribuírem para a melhor
qualificação dos trabalhadores e sua segurança frente aos riscos iminentes das obras.
27
2.3.1 Treinamentos
Para Gonçalves (2005), o treinamento representa uma ferramenta de
socialização para o seu novo colaborador, pois, irá qualificá-lo segundo as propostas
de qualificação e aprendizagem da organização. Então, o trabalhador que já está
instruído terá uma maior facilidade de assimilar as informações que lhe foram
concedidas durante os treinamentos, inclusive as que tratam das normas de
segurança do trabalho, o deixando mais seguro a uma situação de risco e destacando-
o dos carentes de tais recursos.
Para Bartlett & Goschal (2000) é importante que as empresas não objetivem
apenas treinar, mas treinar e desenvolver funcionários para o seu crescimento e
segurança interna, como é o caso da construção civil.
Dessa forma, Robbins (2000) enfatiza sobre algumas necessidades de
implantação de treinamento, na página seguinte:
Mudança nas responsabilidades do cargo;
Produtividade baixa de um funcionário e queda na qualidade de seus serviços;
Maior quantidade acidentes devido a violações das normas de segurança;
Aumento de perguntas dos funcionários ao instrutor de segurança ou a colegas
de trabalho, para tirar suas dúvidas;
Reclamações por parte dos colegas de trabalho e dos clientes.
Se tratando do setor administrativo da empresa, esses programas de
treinamento visam acompanhar e examinar as práticas através da estratégia
empresarial, relacionamento ambiental e organizacional, remodelando e motivando os
profissionais, o que estimula o trabalhador no desenvolvimento de suas competências.
Para as áreas técnicas de produção de serviços, essas capacitações devem estar
contidas no treinamento fundamental para o aumento da produtividade, competências
e consciência das normas de segurança no ambiente de trabalho (FUJIMOTO, 2005).
28
2.3.2 Norma Regulamentadora NR 18
A Norma Regulamentadora NR 18 aborda as condições na construção civil e
ambiente de trabalho onde será empregada, segue em vigor desde 1995 e entre seus
principais assuntos tratados, destacam-se os que seguem, segundo Hirschfeld,
(2005): a implantação de canteiros de obras que condizem com a norma em terrenos
urbanos de dimensões reduzidas. Escolha do sistema construtivo a ser utilizado na
execução das instalações do canteiro.
Mendes (2013) cita que, a NR 18 trata de diretrizes, sob ordem administrativa,
organização e planejamento, com o objetivo de implementar medidas controladoras e
preventivas de segurança no ambiente de trabalho das Construções.
Vale enfatizar que, a NR 18 determina a composição do Programa de
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), o qual
exige por parte da empresa, que a mesma implemente medidas de controle no
ambiente de trabalho, além de sistemas preventivos de segurança nas condições da
construção civil, em estabelecimentos que tenham 20 funcionários ou mais
(CARVALHO, 2011).
O PCMAT objetiva, a garantia da integridade física dos operários, por meio de
ações de preventivas, mesmo que atue direta ou indiretamente na obra. Já a sua
elaboração precisa ser estabelecida pelo Serviço Especializado em Segurança e
Medicina do Trabalho – SESMT (NR 4), que abrange várias atribuições técnico-
administrativas para atender as peculiaridades da empresa, assim os serviços de
segurança e saúde do trabalho adaptam-se aos tipos de organização, extensão,
atividades e cultura da empresa (ZOCCHIO, 2002).
Para Fiocruz (2016), esta proposta que o PCMAT prevê para prevenir os riscos
passando informações e treinamentos para os trabalhadores deve ser posta em
prática, tanto na segurança quanto na saúde, para reduzir acidentes e suas
consequências quando ocorridos. Sendo assim ela deve prever rigidamente as
normas de segurança.
Nesse limiar, também se faz necessário que todo estabelecimento possua o
PCMAT, para qualquer fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),
através da Delegacia Regional do Trabalho (DRT). Vale enfatizar que este programa
29
deve se realizar de acordo com as Resoluções do Conselho Federal de Engenharia e
Arquitetura (CONFEA), pelo engenheiro de segurança do trabalho (ALMEIDA, 2010).
2.3.3 Equipamento de Proteção Individual (EPI)
Os equipamentos de segurança representam uma importante ferramenta para
melhor assegurar os funcionários de acidentes, haja vista, o ambiente de trabalho na
construção civil apresentar riscos intrínsecos que podem resultar em lesões mentais
e físicas (WOODHEAD, 2004).
Entendendo a relevância dos equipamentos de proteção para a proteção da
força de trabalho da construção civil, o Equipamento de Proteção Individual (EPI) com
base no (Manual de Legislação Atlas, 2002), corresponde a todo ou qualquer produto
de uso individual pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos que ameaçam sua
segurança ou sua saúde.
Segundo a Norma Regulamentadora NR 6, é de incumbência da empresa em
fornecer os equipamentos aos seus funcionários e em perfeitas condições para o uso
diário e de forma gratuita (RIBEIRO NETO, 2008).
O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), fazem-se necessários na
execução dos seguintes serviços, segundo Pini (2008):
Aplicação de chapisco: utilização de óculos de segurança.
Assentamento de blocos de concreto e preparo de argamassa: uso de luvas
impermeáveis.
Trabalho em altura superior a 2 metros de altura: é obrigatório usar o cinto de
segurança tipo pára-quedista.
Vale ressaltar que o Equipamento de Proteção Individual (EPI) deve apresentar
obrigatoriamente o Certificado de Aprovação, cujo documento é expedido pelo órgão
relacionado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) (MONTENEGRO &
SANTANA, 2013).
30
Afim de melhor ilustrar o EPI no âmbito da construção civil, segue na próxima página
figura 2:
Figura 2 - EPI’s utilizados na construção civil
Fonte - Adaptado de Agrofer (2016).
Concernente à resistência dos trabalhadores em utilizar o EPI (PELLOSO &
ZADONADI, 2012) destacam a falta de informação, pouca consciência e utilização
adequada do equipamento, resultando na retirada de algum nas atividades
operacionais.
2.3.4 Equipamento de Proteção Coletiva (EPC)
Para Jeronymo (2014), o uso de EPC’s são disposições tomadas a respeito da
proteção coletiva dos trabalhadores de uma obra, que favoreçam a todos os
funcionários, sendo priorizados de acordo como determina a legislação que acerca da
segurança e medicina do trabalho. Sendo desde a equipamentos acessíveis, como
corrimãos de escadas até dispositivos para detecção de gases, que visam proteger
um maior número de trabalhadores.
31
Segundo Lucas (2015), define-se como EPC toda ação, aparato e
equipamento, imagem indicativa, instrumentos sonoros de alerta, que tenham como
objetivo de proteger os trabalhadores que exercem esses tipos de trabalhos.
Como principal vantagem do EPC, tem-se a integridade física dos
trabalhadores na construção civil, sem que cause incômodo aos funcionários e é de
proteção coletiva. Além disso, favorece no aumento da segurança da coletividade e
redução de perdas. Dentre todos os tipos de Equipamentos de Proteção Coletiva
(EPC) para uso na construção civil, os principais são: tapumes, sinalização de
segurança, prevenção de incêndio, guarda corpos, telas, plataformas e kit primeiro
socorros (CISZ, 2015).
Como principal vantagem do EPC, tem-se a integridade física do corpo
funcional na construção civil, sem acarretar desconforto aos funcionários e é de
proteção coletiva. Além disso, favorece no aumento da segurança da coletividade e
redução de perdas. Assim, segue figura 3 com os principais EPC’s:
Figura 3 - Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)
Fonte - Adaptado de Preventmed (2016).
Em linhas gerais, a proposta do EPC para a segurança é proteger o maior
número de funcionários no ambiente de trabalho, através de equipamentos destinados
a mais de uma pessoa no mesmo local.
32
2.4 Normas Regulamentadoras para Trabalho em Altura
De acordo com Konig (2015), a construção civil classifica-se como o 5º setor
econômico em número de acidentes e o 2º que mais mata trabalhadores no Brasil.
Caracterizadas como importantes normativas para melhor direcionamento de
garantias de segurança, as Normas da NR 35 dispõem acerca do trabalho em altura.
E as áreas na construção civil que apresentam mais risco de queda: fachadas,
andaimes suspensos, escadas móveis e fixas, áreas de carga, telhados, beirais e
áreas confinadas (BATISTA, 2016).
2.4.1 NR 35 - Trabalho em Altura
Conforme a NR 35 determina, as condições mínimas e padrões de proteção
para o trabalho em altura, incluindo o planejamento, administração e a execução, tem
que ser de forma que garanta segurança e saúde dos colaboradores que trabalham
direta ou indiretamente nesta atividade de obra. Então, a partir do momento que o
trabalhador já se encontra trabalhando acima de 2 metros do nível inferior, já é
considerado trabalho em altura. Almejando uma redução dos índices estatísticos de
acidentes em altura no mercado brasileiro (MENDES, 2013).
A NR 35 foi regulamentada pelos altos índices de acidentes ocorridos no país,
principalmente nas atividades desempenhadas em altura, atingindo 40% ao ano em
ramos diversificados, porém com maior destaque para a construção civil (BAU &
ROSINHA, 2012).
Vale ressaltar que a NR 35 deve determinar níveis de planejamento, a fim de
hierarquizar formas de execução de atividades. Desse modo, mais especificamente a
NR 35.1.1 é designada a proporcionar condições de proteção para trabalho em altura,
abrangendo medidas de planejamento e execução para a saúde e segurança dos
trabalhadores, independentemente de estarem trabalhando de forma direta ou indireta
(BRASIL, 2012).
A necessidade de tornar cada vez mais protegidos os funcionários da
Construção Civil, fez-se que o Ministério do Trabalho procurasse os mais importantes
pontos críticos relacionados a área da Segurança do trabalho. Sendo o trabalho em
altura, o setor que mais acontecem acidentes e que é regulamentado pela NR 35.
33
(ALVES & SAVI, 2012) realizaram um estudo, “Aplicação da norma regulamentadora
nr-35 referente a trabalhos em altura: estudo de caso”, que tinha como objetivo
analisar o uso de equipamentos de proteção coletivos (EPC) e individuais (EPI)
associados a altura. E foi encontrado uma média de 29% de conformidades das obras
estudadas, acerca do uso desses equipamentos, os resultados podem ser mostrados
na tabela 3.
Tabela 3 - Tabela de conformidades encontradas
Fonte - Cleidson Rosa Alves & Clóvis Norberto Savi, 2012.
De acordo com a tabela exposta acima podemos observar o quanto as
empresas deixam a desejar nos parâmetros de segurança em relação a fiscalização
do uso devido de proteção.
Conforme leciona Amazonas (2016), a NR 35 é de grande relevância para o
trabalho em altura que engloba os mais diversos padrões de atividades que
contenham riscos de acidentes para esses trabalhadores.
Como mostrado no estudo “Execução de pré-moldados de concreto
considerando aspectos da segurança e saúde do trabalho (SST) segundo a
Engenharia de Resiliência (ER) ”, A Engenharia da Resiliência é um novo enfoque no
estudo da segurança e saúde no ambiente de trabalho e suas aplicações preocupam-
se com a ligação homem-máquina de modo que baseados na SST não podem estar
separados.
34
Onde foi exposto uma obra na cidade de São Carlos - SP, que durante as visitas
foi constatado que apesar de toda a precaução e recomendação através de
treinamentos da empresa sobre os riscos em trabalho em altura, ainda foi visto
flagrantes de exposições a esses riscos, como mostra na figura 4 (KATO & SERRA,
2012).
Figura 4 - Funcionário caminhando sobre a viga sem a guia
Fonte - Ricardo M Kato & Sheyla M. B. Serra, 2012.
Figura 5 - Funcionário prendendo o cinto de segurança na peça pré-moldada
Fonte - Ricardo M Kato & Sheyla M. B. Serra, 2012.
Sendo através da ER que a empresa conseguiu desenvolver a habilidades de
antecipar os problemas e aprender com eles, buscando soluções que visam a redução
do risco de acidentes. Onde foram adotadas práticas de treinamento e capacitação,
35
como indicado, para incentivar práticas de segurança mais eficazes na empresa.
Podendo ser observados nas figuras 5 e 6, onde os funcionários seguiram
adequadamente as devidas normas de segurança (KATO & SERRA, 2012).
Figura 6 – Uso do cinto de segurança durante transporte em “gaiola”
Fonte - Ricardo M Kato & Sheyla M. B. Serra, 2012.
Ainda sob a linha de análise de Amazonas (2016), para a análise de risco, NR
35.4.2 é utilizada, uma vez que, faz menção a uma hierarquia de grau de exposição,
onde a principal hierarquia é evitar riscos no trabalho. Para melhor esclarecer a
importância de retenção de quedas, segue figura 7.
Figura 7 - Sistemas de restrição de movimentos X sistema de retenção de queda
Talabarte simples Talabarte y
36
Trava quedas Cinto de segurança tipo paraquedista
Fonte - Adaptado de Angare (2016).
2.4.2 NR 35.5 - Equipamentos de Proteção Individual e Acessórios
Segundo a NR 35.5, os EPI’s, sistemas de ancoragem e acessórios precisam
ser identificados e selecionados a partir da sua eficácia, a segurança apresentada
quando houver risco de queda, conforto e a carga que é empregada os mesmos. No
momento que for selecionar os EPI’s, tem que ser considerado não somente os riscos
a que o empregado estará exposto, como os riscos que poderá vim causar no futuro
(ROCHA, 2012).
Para Lima (2013), os EPC para os trabalhos em altura são assim classificados:
“pontos de ancoragem, linhas de vida ou cabos guia, redes de proteção e estruturas
que combatam zona de risco”.
O dispositivo de ancoragem é destinado a resistir esforços de 1.200 Kgf, sem
promover cortes em cordas e apresenta alta resistência, enquanto o cinto de
segurança é usado juntamente com o sistema de ancoragem, que por sua vez é
responsável pela análise de riscos (NAVARRO; LIMA, 2012).
Assim, não se podem esquecer as grandes responsabilidades do empregador,
visto que, deve disponibilizar recursos para situações emergenciais, onde o risco
iminente não pode ser desconsiderado. Logo, devem dispor de equipes próprias,
recursos e equipamentos específicos para segurança no trabalho em altura.
Cumpre destacar ainda os casos emergenciais, onde deve ser observada a NR
35.6.2, visto que o empregador deve se certificar que a equipe disponha de recursos
básicos para casos emergenciais, conforme como pode ser visto na figura 8 abaixo
(DRSERGIO, 2012).
37
Figura 8 - Equipamentos de segurança da NBR 35.6.2
Fonte - Adaptado de Drsergio (2012).
Com a figura anterior, observa-se a relevância dos EPC’s na construção civil,
haja vista, coibir quedas, lesões graves e até óbitos, por precauções de equipamentos
instituídos pelas próprias empresas.
2.5 Prevenção de Riscos
Afim de evitar acidentes o trabalho “Avaliação e prevenção de acidentes no
trabalho em altura na construção civil” fala que conforme a NR 35, no subitem 35.5.2,
sempre deve haver uma fiscalização tanto na aquisição, quanto periodicamente nos
equipamentos direcionados para proteger de quedas em altura como: sistemas de
ancoragem e os EPI’s. Sempre desconsiderando os que apontem imperfeições ou em
estado de deformação.
Essas inspeções devem ser rotineiras e acontecer antes do início dos
trabalhos. Tem que observar nas vistorias se os equipamentos estão apresentando:
trincas, cortes, deformações, oxidação acentuada, fitas danificadas, enfraquecimento
das molas e costuras rompidas (COELHO, 2015).
Segundo o estudo “Trabalho em altura: legislação, soluções e análise de risco
para instalação de calhas em telhados” são condições que colaboram para a perda
da vida útil do equipamento a exposição desnecessária a raios solares,
armazenamento, limpeza e manutenção inadequados, contato com produtos
38
químicos. Contudo, é de exigência que sejam seguidas certas regras para o uso de
equipamentos que permitam uma proteção correta e sua durabilidade, vida útil e
resistência não sejam reduzidas (FIRETTI, 2013).
Nas construções devem haver sinalizações que chamem atenção de forma
rápida para situações ou objetos que permitam riscos ou que possam gerar algum
perigo. Então, serve de alerta para os trabalhadores e os visitantes acerca dos perigos
existentes e a indispensabilidade do uso dos equipamentos de proteção. Sendo
assim, uma obra bem sinalizada e organizada apresenta uma menor chance de
ocorrer acidentes (SIMÕES, 2010).
39
3 METODOLOGIA
Este presente estudo tem como principal avaliar e analisar o nível de segurança
existente na execução de trabalhos em altura no segmento da construção em uma
obra vertical na cidade de Maceió-AL, no qual a coleta de dados foi realizada através
de visitas técnicas realizadas ao empreendimento, identificando quais procedimentos
e diretrizes são executados pela equipe operacional no momento da execução das
respectivas atividades, e apresentar a relevância da utilização de proteções diante da
segurança dos colaboradores, produtividade e qualidade do processo construtivo
executado nas edificações.
Na fase inicial do desenvolvimento desta produção, os pesquisadores
buscaram por informações que pudessem embasar e auxiliar na compreensão da
temática central a ser abordada, fundamentando-se através de uma revisão
bibliográfica que utilizou como fonte livros, manuais técnicos dos fabricantes, revistas
e dissertações.
Nesta fase foram pesquisados os detalhes mais significativos no que diz
respeito às normas correspondentes a temática central abordada nesta produção,
como as diretrizes acerca de treinamentos e equipamentos. Em sequência, a pesquisa
deu ênfase no levantamento de dados, sendo esse realizado diretamente na
edificação escolhida, através de um questionário pré-estruturado (APÊNDICE A)
entregue a pessoa responsável pelo departamento pessoal, sendo este questionário
direcionado a aplicação das orientações e procedimentos das NR 18 e 35, dando
ênfase aos serviços realizados em altura, no respectivo canteiro de obra.
Finalizada a revisão bibliográfica, foram identificadas e caracterizadas as
principais dificuldades presentes na edificação visitada, visando enaltecer a relevância
do uso das proteções em trabalhos em altura. O levantamento de dados foi realizado
na cidade de Maceió, por meio de visitas, acompanhamento e registro f da execução
dos trabalhos realizados em altura e avaliação dos questionários.
O questionário entregue continha perguntas com a finalidade de quantificar o
conhecimento que a empresa possui sobre as normas regulamentadoras, assim como
a aplicação das mesmas no seu canteiro de obra. Dessa forma, os dados coletados
foram analisados de forma qualitativa e quantitativamente.
40
4 RESULTADO E DISCUSSÕES
Este estudo de caso foi desenvolvido em uma construtora atuante no segmento
da construção civil na cidade de Maceió/AL, na qual foram realizadas visitas a três
edifícios pertencentes ao mesmo empreendimento (A, B e C), objetivando a coleta de
dados pertinentes a segurança no ambiente do trabalho direcionada as atividades
executadas à altura, justificando e trazendo a relevância atual acerca da temática
central dessa produção, especialmente no estado de Alagoas.
O levantamento de dados da pesquisa foi baseado em um questionário
previamente elaborado (APÊNDICE A), no qual continham perguntas relacionadas as
práticas da construtora no que diz respeito às medidas de segurança dentro do
canteiro de obra e como seus funcionários se portam diante da política exercida dentro
da empresa.
Foram entrevistados funcionários que estavam trabalhando em atividades em
altura nos três edifícios, totalizando o número de 70 colaboradores, estando 25 deles
executando trabalhos em altura no edifício A, 30 executando serviços em altura no
edifício B e 15 funcionários no edifício C. Durante o período de visitas técnicas ao
empreendimento, foi observada a execução das seguintes atividades em altura:
reboco externo na área da cobertura/coberta; revestimento cerâmico externo; rejunte
da fachada; montagem (forma e armação) e concretagem de laje.
Através das respostas obtidas com aplicação do questionário, sendo este
realizado a partir de entrevistas a tais colaboradores, foram obtidos os resultados
apresentados abaixo. Quanto à disponibilização de EPI’s das empresas para
execução de trabalhos em altura, destaca-se o resultado visualizado no Gráfico 1
abaixo.
Como é possível observar no Gráfico 1, apenas as capas de chuva, óculos e
protetor solar não foram disponibilizados para todos os colaboradores nos três
edifícios. Entretanto, a maior parte dos EPI’s fornecidos pela construtora encontrava-
se vencidos ou em más condições de uso. Os técnicos de segurança responsáveis
pelas torres do empreendimento informaram que o pedido para os novos
equipamentos de proteção individual já havia sido realizado e estavam aguardando a
chegada dos mesmos.
Gráfico 1- EPI’s disponibilizados pela construtora
41
Fonte – Autores, 2019.
Outra questão pertinente abordada é a utilização dos equipamentos de
proteção, sendo assim verificada a quantidade de trabalhadores que usam ou não os
EPI’s de maneira correta, conforme apontado no Gráfico 2 abaixo.
Gráfico 2 – Quantidade de colaboradores que usam EPI’s
Fonte – Autores, 2019.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3 3
1
3
2
1
3 3
Edifícios
Edifícios
0
2
4
6
8
10
12
14
EDIFÍCIO A EDIFÍCIO B EDIFÍCIO C
9
13
6
3
7
2
13
10
7 SIM
NÃO
ÁS VEZES
42
Como pode ser visualizado no Gráfico acima, são poucos os funcionários que
não utilizam os equipamentos de proteção. Ainda assim, há uma quantidade
considerável de trabalhadores que não usam os EPI’s diariamente para exercer suas
atividades em seus respectivos canteiros de obra. Estes dados foram obtidos através
do registro de advertências dos técnicos de segurança dos respectivos edifícios.
Nos edifícios visitados, foram realizados anteriormente treinamentos
periódicos, sendo um dos assuntos abordados, a representatividade dos
equipamentos de proteção individual para os colaboradores. Os mesmos foram
consultados acerca de tal temática, assinalando qual das três opções apresentadas
no Gráfico 3 abaixo eles associavam a utilização dos EPI’s.
Gráfico 3- Representatividade do uso de EPI’s
Fonte – Autores, 2019.
Com relação ao gráfico visualizado acima, foi verificado que 19% dos
trabalhadores associam a utilização dos equipamentos ao incômodo e que o uso dos
mesmos atrapalha a execução das atividades, uma vez que em grande parte dos
casos não são fornecidos os tamanhos adequados para todos os colaboradores que
necessitam dos respectivos equipamentos, como as luvas impermeáveis.
28%
53%
19%
Edifícios
Segurança pessoal
Proteção contra acidentes
Incômodo
43
No que diz respeito a disponibilização dos equipamentos de proteção coletiva
(EPC’s) das construtoras para realização de serviços em altura, o Gráfico 4 abaixo
mostra o resultado obtido.
Gráfico 4 – EPC’s disponibilizados pela construtora
Fonte – Autores, 2019.
Sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), foi constatado que mesmo
tendo equipe executando trabalho que necessitavam de determinados EPC’s, alguns
deles estavam em falta, sendo esse controle realizado pelos técnicos de segurança.
Direcionando a pesquisa para o trabalho em altura, foram feitas perguntas
voltadas às exigências da NR 35 em relação a este serviço. Diante disso, um dos
fatores que a norma acrescenta é que, quando estiver havendo serviço em altura, a
empresa deve designar um responsável para fiscalização.
Sendo assim, a próxima pergunta do questionário foi direcionada para saber
quem são esses fiscais nos respectivos edifícios, tendo o resultado mostrado no
Gráfico 5 abaixo.
Gráfico 5 – Responsáveis pela fiscalização de trabalhos em altura
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
1
2
1
3 3 3 3
Edifícios
Edifícios
44
Fonte – Autores, 2019.
Como visualizado no gráfico acima, profissionais devidamente treinados na NR
35 podem fiscalizar os procedimentos operacionais, sendo que o Técnico de
Segurança o principal responsável pela fiscalização das mesmas. Nos três edifícios
acompanhados, os profissionais capacitados e designados a fiscalização e orientação
dos serviços em altura são: estagiários, técnicos de segurança do trabalho,
encarregado, mestre de obra e engenheiro.
Outro dado relevante é que todos os funcionários que estavam executando
algum tipo de serviço em altura tinham sido treinados pela NR 35, possuindo duração
mínima de 8 (oito) horas e sendo ministrado por um profissional da CIPA (Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes) especializado na norma. O treinamento foi
dividido em duas partes: parte teórica (slides e banners) e parte prática (execução do
serviço in loco).
Entretanto, apesar da empresa estar com os treinamentos dentro do prazo de
validade, principalmente os relacionados a NR 35 (trabalho em altura) e realizar o DDS
(Diálogo Diário de Segurança), constatou-se que ainda há falta conscientização dos
funcionários a respeito da real importância do uso dos equipamentos de proteção e
por parte da empresa quanto a fiscalização intensa para assegurar a segurança e
bem-estar dos funcionários.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
Engenheiro Mestre de Obra Técnico de segurança do
trabalho
Outros
Edifícios
Edifícios
45
5 CONCLUSÃO
A partir dos resultados obtidos foi possível concluir que com a quantidade
elevada de casos de acidentes e óbitos envolvendo colaboradores do segmento da
construção civil, consequentemente foram acarretados diretamente impactos
significativos nos serviços e programas de segurança no país. Entretanto, a aplicação
das diretrizes normas regulamentadoras direcionadas a execução de trabalho em
altura, auxilia para redução no número de incidentes.
Grande parte dos acidentes é ocasionada devido ao despreparo e descuido
dos trabalhadores, tendo como causa mais recorrente a falta de utilização dos
equipamentos de proteção individual. Foi notado pelos pesquisadores que o uso dos
EPI’s é considerado inicialmente, de difícil adaptação por de certo modo afetar a
mobilidade dos colaboradores.
Dessa forma, para promover a segurança dos funcionários, é de fundamental
importância que sejam elaborados planejamentos considerando os serviços a serem
executados e os equipamentos necessários para realização dos mesmos. Ainda
nesse contexto, outro aspecto relevante é a integridade destes colaboradores,
evidenciando a necessidade também da prática de novas orientações e
acompanhamento, aliada a adesão de programas de segurança nos canteiros de
obra, sendo esta de responsabilidade das construtoras.
A implantação de programas de treinamento para equipe operacional da
construção civil, não se constitui em uma das tarefas mais fáceis, especialmente
devido ao fato de possuir uma quantidade considerável de trabalhadores que exigem
maiores cuidados por ter um nível de instrução baixo e práticas de trabalho
reincidentes sem equipamentos adequados por trabalhos informais.
Uma realidade nos canteiros de obras que também gera um número alto de
acidentes e precisa ter uma atenção especial em relação ao seu serviço, é o trabalho
em altura. Este deve ser tratado com relevância a instrução de programas e normas
regulamentadoras ligadas diretamente a essa vertente de serviço, pois requer uma
cautela por estar lidando com a integridade física de seus colaboradores, bem como
agindo simultaneamente na redução de eventuais acidentes.
Desse modo, medidas preventivas e mitigadoras de acidentes são de grande
valia para a promoção da segurança, logo, ratifica-se o papel da gestão através do
46
domínio de metodologias de planejamento e treinamentos para os trabalhadores, e
estes a necessidade de se valer não somente dos equipamentos destinados à sua
segurança, mas em ações preventivas baseadas em um desejo genuíno de prevenir
acidentes.
Em suma, cumpre ressaltar ainda que, os equipamentos de segurança querem
sejam Equipamento de Proteção Individual (EPI) ou Equipamento de Proteção
Coletiva (EPC) e as normas regulamentadoras em nada serão eficazes, sem a devida
precaução por parte dos trabalhadores.
APÊNDICE A
47
ROTEIRO DA ENTREVISTA
1 - Quais são os EPI’s disponibilizados pela empresa para os trabalhos em altura?
(A empresa fornece todos os tipos de EPI, sem nenhum custo e em perfeito estado
de utilização)
2 - Número de funcionários que fazem uso de EPI’s na empresa.
A – Sim
B – Não
C – Às vezes
3 - Qual a representatividade do uso de EPI?
A – Uso para proteção individual.
B – Proteção contra acidentes.
C – Causa desconforto.
4 - Quais são os EPC’s disponibilizados pela empresa?
(Específico para funcionários que exercem trabalho em altura)
5 - Quem é o responsável pela fiscalização do trabalho em altura?
6 - Os trabalhadores recebem todos os treinamentos direcionados ao trabalho em
altura? E como são realizados esses treinamentos?
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