A Inclusão Escolar de Estudantes com Autismo _______________________________________

Módulo V

Autismo:Estratégias

Pedagógicas

Autismo: Estratégias Pedagógicas___________________________________

Apurando o Olhar...• Começo com Proscuto...

“Algumas pessoas podem chegar a sentir-se muito seguras dentro de alguma teoria/e ou técnica, encerrando-se nela, sem

poder ver o que existe a seu redor. Isto lembra o tão notário Procusto, um gigante que segundo Plutarco supõe-se viver na

Grécia.Este sujeito tinha a gentileza de convidar os viajantes à

sua caverna; dava-lhes de comer e oferecia-lhes uma cama para passar a noite. Até aí, tudo bem. Mas, se a estatura do

convidado era maior do que a longitude da cama, o tal Procusto (um pouquinho obsessivo, o homem) cortava-lhe o que sobrava. Se era menor, o estirava até que a cabeça e os pés coincidiam

com os extremos da cama. Quem se salvava? Somente aqueles que tinham a medida exata”.

Miguel Ángel García Coto

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Apurando o olhar...• Certamente, uma das mais importantes estratégias pedagó-gicas para o processo de inclusão de crianças com autismo nas escolas regulares é compreensão de que não existe um plano rígido a ser aplicado.• É preciso conhecer o aluno, sua trajetória anterior, seu contexto familiar, suas relações sociais. Portanto, as primei-ras observações serão definidoras dos passos seguintes.• As observações apontarão quais os primeiros obstáculos a serem superados. Os professores elegerão a primeira meta a ser atingida, e estas irão possibilitar a implementação das práticas mais ligadas à perspectivas da escolarização.

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Construindo estratégias...

• A inflexibilidade característica (fixação obsessiva ) das pessoas com autismo, somada às dificuldades de generalizar conceitos exige o uso de estratégias concretas, sobretudo as visuais, para se alcançar os objetivos traçados.

• A conhecida dificuldade em associar situações futuras às orientações dadas pode seu minimizada e, futuramente supe-rada, desde que a antecipação dos eventos seja rea-lizada de forma sistematizada.

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Construindo estratégias...• Escola

• Antecipar para a criança que está na hora de ir à escola pode evitar situações de estresse.

• É fundamental que a criança esteja na porta da escola no mesmo horário que seus colegas. A “muvuca” característica da entrada é um poderoso referencial, já que TODOS entrarão no mesmo horário. • A família não deve entrar junto. A criança chegará à sala de aula “imitando” o movimento natural dos colegas.

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Construindo estratégias...• Sala de Aula

• A organização da carteiras em dupla ou em pequenos grupos potencializa a “troca” entre os alunos, o que é muito benéfico à toda a turma.

• Deve-se evitar que a criança com autismo se sente em cantos. O ideal é que ele esteja cercado de seus colegas por todos os lados.

• A sala deverá ser decorada ao máximo na perspectiva do letramento.

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Construindo estratégias...• Trabalho na Carteira

• Verificar o nível de compreensão de conceitos básicos como cores, formas e letras.

• Tentar usar ao máximo a mesma materialidade dispo- nibilizada aos demais alunos. Obviamente o professor terá que flexibilizar sua avaliação sobre a produção. • Será preciso “tatear” o tempo que o aluno suportará a atividade. Esse tempo deverá ser ampliado gradualmente.

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Construindo estratégias...• Trabalho na Carteira

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Construindo estratégias...

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Construindo estratégias...• Saídas de sala

• As saídas não devem ser consideradas como uma burla às regras da escola. Tais saídas são cartas escondidas na manga. Deve-se antecipar as saídas e o retorno.• Assegurar que as saídas ocorram sempre na companhia de um ou mais colegas, pois além de contribuir com o exemplo, pode significar uma democratização do acesso de todos.• Nesta estratégia, assim como nas anteriores, é funda-mental a utilização do diálogo.

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Construindo estratégias...• Recreio

• Os momentos de interação social não deveriam estar relegados ao recreio da escola, onde muitas vezes o controle e não a mediação se faz presente, em oposição aos momentos de ensino e aprendizagem em sala de aula.• No recreio surgem as melhores oportunidades de auto regulação do grupo, onde as “regras” da galera são cons-truídas, muitas vezes de forma mais legítima.