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Federação Espírita Brasileira Deus, Cristo e Caridade

A Lenda Do Peixinho Vermelho

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Adaptação do prefácio de Emmanuel à 2ª edição da obra LIBERTAÇÃO, André Luiz - Francisco Cândido Xavier

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No centro de formoso jardim havia grande lago, enfeitado de ladrilhos azul-turquesa.

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As águas nele entravam por um pequeno canal de pedra e saíam do outro lado, através de grade muito estreita.

Nesse lugar acolhedor viviam peixes que, tendo elegido um rei entre eles, não se preocupavam com mais nada, passando o tempo entre a gula e a preguiça.

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Junto deles havia um peixinho vermelho desprezado por todos. Ele não conseguia pescar a mais leve larva nem refugiar-se nos nichos barrentos.

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Os outros, gulosos e gorduchos ocupavam todos os lugares de descanso e comiam os alimentos existentes.O peixinho vermelho que nadasse e sofresse ! Por isso mesmo era visto em correria constante, passando fome e calor.

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Como não dispunha de tempo para muito lazer começou a estudar com bastante interesse.

Contou todos os ladrilhos das bordas do poço, todos os buracos nele existentes e sabia direitinho onde cabia mais lama quando havia temporal.

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Depois de muito estudar, descobriu a grade do escoadouro e teve uma idéia; iria pesquisar a vida e conhecer outros rumos !

Apesar de estar magrinho, perdeu várias escamas e sofreu muito a fim de atravessar a passagem estreita.

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Em breve alcançou grande rio. Após passar pelo rego d’água, conheceu novas paisagens, ricas em flores e luz. Conheceu também peixes de muitas famílias diferentes que lhe ensinaram muitas coisas...

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Aprendeu sobre os homens, embarcações, pontes, palácios, veículos, cabanas, plantas...Acostumado com o pouco, vivia com simplicidade, conservando a leveza e agilidade.

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Desse modo conseguiu chegar ao oceano, ansioso por aprender mais.

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Ao deparar-se com uma baleia ficou fascinado. Certamente toda a

água do lago onde ele vivera seria uma pequena ração para criatura tão grande, pensou.

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Empolgado, aproximou-se dela mais do que devia e foi engolido juntamente com outras coisas que serviam de alimento ao cetáceo!

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Aflito, o peixinho orou ao Deus dos Peixes, pedindo socorro. Logo a baleia começou a soluçar e ele foi atirado para fora. O pequeno viajante, agradecido e feliz procurou companhias simpáticas e aprendeu a evitar os perigos e tentações.

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Daquele momento em diante passou a apreciar melhor as belezas da vida e descobriu que havia muitos peixinhos magros e estudiosos como ele, junto dos quais vivia alegremente no Palácio de Coral.E foi lá que soube que somente no mar as criaturas aquáticas estavam mais seguras pois, quando houvesse seca nos lugares mais altos, as águas continuariam a correr para o oceano.

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Preocupado com os companheiros com os quais convivera no lago de ladrilhos azul-turquesa decidiu salvá-los.

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Fez todo o caminho de volta, entrou pela grade e procurou ansiosamente por eles, que nem lhe deram atenção. Continuavam na mesma vida de sempre.Pediu então ao Rei dos Peixes do Lago que o deixasse falar ao povo. O soberano, apenas para demonstrar seu poder, reuniu a peixarada.

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O peixinho vermelho contou-lhes então entusiasmado que além do poço havia um mundo enorme e maravilhoso, descrevendo com detalhes toda a aventura que vivera e oferecendo-se para levá-los ao Palácio de Coral.

Por fim avisou-lhes que todos deveriam emagrecer para poderem atravessar a grade e aprender a trabalhar e estudar.Estrondosas gargalhadas foram ouvidas assim que terminou de falar.

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Muitos disseram que ele estava delirando que era impossível outra vida além do poço e chegaram a declarar que falavam em nome do Deus dos Peixes o qual cuidava unicamente deles e que aquele lago era o centro do Universo.E o expulsaram dali, em grande algazarra.O peixinho vermelho voltou ao Palácio de Coral.

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Tempos depois apareceu pavorosa e devastadora seca. As águas desceram de nível. O lago esvaziou-se completamente e todos os peixes morreram, atolados na lama...

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Muitos homens agem como os peixes daquele lago. Passam a vida entre privilégios de toda sorte, indiferentes ao sofrimento alheio, surdos aos ensinamentos daqueles que tentam mostrar-lhes que a vida espiritual é infinitamente maior que o acanhado “lago” das suas ocupações corriqueiras. E quando a verdade surge, e as inalteráveis leis divinas se cumprem, sucumbem, atolados em seus círculos estreitos de visão.

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2º Congresso Espírita Brasileiro

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O Livro dos Espíritos