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A morte - Osho

A morte - Osho Música - Richard Clayderman Formatação – julho/2007 LhT

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A morte - Osho

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Música - Richard Clayderman

Formatação – julho/2007

LhT

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“Celebre a vida e também a morte”

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“A sua vida não é uma arte;Não é arte de maneira nenhuma –e Kabir disse que até a morte temde ser uma arte completa.A morte é uma arte assim como a vida; e a morte é o teste”.

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Qual o segredo da arte da vida?

O segredo é este; “Viva a vida comconsciência plena.”

Não tateie na escuridão;Não ande dormindo;Ande com consciência.

Faça o que quiser, mas façacom consciência.

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A vida se estende por um longo período – setenta, cem anos. A morte é intensa, porque ela não se estende; ela se concentra num único instante. A vida tem que se prolongar por setenta, cem anos; ela não pode ser intensa. A morte vem de uma só vez; vem inteira, não vem em partes. Ela será tão intensa que nada que você conhece a superará em intensidade.

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Mas, se ficar com medo, se antes da morte chegar você fugir, se ficar inconsciente por causa do medo, você perderá a oportunidade de ouro, o portal dourado. Se durante toda a sua vida você aceitar as coisas, quando a morte vier, com paciência e passividade, você a aceitará também e irá ao encontro dela sem fazer nenhum esforço para fugir. Se você conseguir aceitar a morte passivamente, em silêncio, sem esforço, ela desaparece.

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Nos upanishades conta-se uma história antiga de que eu sempre gostei muito. Um grande rei chamado Yayati fez cem anos. Já era o suficiente, ele vivera demais. Tinha aproveitado tudo o que a vida lhe dera. Fora um dos maiores reis de seu tempo. Mas a história é belíssima...

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A morte chegou e disse a Yayati, “Prepare-se. Chegou a sua hora e eu vim buscá-lo”. Diante da morte, Yayati que fora um grande guerreiro vencera muitas guerras, começou a tremer e disse: “mas é cedo demais!” A morte então disse, “cedo demais?” Você viveu cem anos! Até os seus filhos já estão velhos. O seu primogênito tem oitenta anos. O que mais você quer?

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Yayati tinha cem filhos, pois tivera cem esposas. Ele perguntou à morte, “Você pode me fazer o favor? Eu sei que você tem que levar alguém. Se eu conseguir convencer um dos meus filhos, você pode me deixar aqui por mais cem anos e levá-lo no meu lugar?” A morte respondeu “Para mim não há problema algum se houver alguém preparado para ir. Mas eu não acho que haverá... Se você não está preparado, você que ó o pai, já viveu mais e aproveitou tudo o que tinha para aproveitar, por que o seu filho estaria preparado?

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Yayati chamou os seus cem filhos. Os mais velhos permaneceram calados. Fez-se um grande silêncio, ninguém dizia nada. Só um, o filho mais novo, com dezesseis anos apenas, levantou-se e disse, “Eu estou preparado”. Até a morte lamentou pelo menino e lhe disse, “Talvez você seja inocente demais. Não vê que os seus noventa e nove irmãos ficaram em absoluto silêncio? Um tem oitenta anos, o outro tem setenta e cinco, o outro tem setenta e oito, o outro tem setenta, e o outro sessenta – eles já viveram, mas querem viver mais. E você ainda nem viveu. Até mesmo eu me entristeço por levar você. Pense melhor”.

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O rapaz respondeu, “Não, só de ver a situação já tenho certeza. Não se entristeça e nem lamente; eu vou com absoluta consciência. Posso ver que, se o meu pai não se satisfez em cem anos, que sentido faz permanecer aqui? Como eu posso me sentir satisfeito? Estou vendo os meus noventa e nove irmãos, ninguém está satisfeito. Então para que eu perder tempo?

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Pelo menos eu posso fazer esse favor ao meu pai. Na sua idade avançada, deixe-o aproveitar mais cem anos. Mas para mim acabou. Diante dessa situação em que ninguém está satisfeito, uma coisa ficou bem claro para mim: Mesmo que viva cem anos, também não ficarei satisfeito. Portanto, que diferença faz partir hoje ou daqui a noventa anos? Pode me levar.

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A morte levou o rapaz. Depois de cem anos ele voltou e Yayati teve a mesma atitude. Ele disse, “Esse cem anos passaram tão rápido! Todos os meus filhos morreram, mas eu tenho outros. Posse lhe dar um deles. Só tenha misericórdia de mim”

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E essa situação continuou, conta a historia, durante mil anos. Dez vezes a morte veio e nove vezes ela levou um dos filhos, deixando Yayati vivesse mais cem anos. Na décima vez, Yayati disse, “Embora eu esteja tão insatisfeito quanto estava quando você veio pela primeira vez, agora, embora de má vontade, relutante, eu irei, pois não posso continuar a lhe pedir favores. Já chega. Uma coisa ficou claro para mim: se mil anos mão me trouxeram contentamento, mais mil anos também não trarão”.

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Isso é apego. Você pode continuar vivendo, mas como a idéia da morte é chocante, você fica apreensivo. Mas, se você não estiver apegado a nada, a morte pode vir neste exato momento e você a receberá de bom grado. Estará absolutamente preparado para partir. Diante de uma pessoa assim, a morte é derrotada. Ela só é derrotada por aqueles que estão prontos para morrer a qualquer momento, sem nenhuma relutância. São esses que se tornam imortais, que se tornam budas.

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Essa liberdade é o objetiva da busca religiosa

Libertar-se do apego é libertar-se da morte.

Libertar-se do apego é libertar-se da roda de nascimento e morte

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Libertar-se do apego torna você capaz de seguir para a luz universal e de fundir a ela.

E essa é a maior de todas as bênçãos, o extase absoluto, além do que nada mais existe. Você estará em casa.

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O homem ou mulher que nasceu terá de morrer. Uma coisa que começou tem que acabar. Se não houver um fim também não pode haver começo. Portanto, se você quiser evitar o fim, nunca queira começar. Não anseie pelo começo se você quer o fim dos começos, se você quer o infinito. Simplesmente tente evitar o começo.