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02/10/2015 A nova comunidade ideal de fala | Observatório da Imprensa – Você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito http://observatoriodaimprensa.com.br/interessepublico/_ed782_a_nova_comunidade_ideal_de_fala/ 1/8 Sexta-feira, 02 de Outubro de 2015 ISSN 1519-7670 - Ano 19 - nº870 Edição nº 870 Edição nº 869 Edição nº 868 Edição nº 867 Edição nº 866 Anteriores >> INTERESSE PÚBLICO > DIREITO DE INFORMAR A nova comunidade ideal de fala Por Luiz Martins da Silva e Thiago Dutra Vilela em 21/01/2014 na edição 782 Trabalho apresentado no VII Seminario Latinoamericano de Investigación de la Comunicación (GI 3 Ética, Libertad de Expressión y Derecho a La Comunicación) da Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación (ALAIC), realizado em La Paz (25 a 27 de setembro de 2013) O binômio informar e ser informado constitui o âmago do Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, tendo havido, porém, ao longo de sua história, uma supremacia do segundo direito sobre o primeiro, refletida historicamente na hegemonia do pólo emissor da comunicação sobre o pólo receptor, especialmente ao longo do século XX, marcado pela comunicação de massa, ou seja, aquela em que poucos se dirigem a muitos. Vejamos a íntegra do Art. 19: Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras. A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), de 1948, constitui um marco extraordinário nos avanços ocorridos ao longo da história da Humanidade em prol da consolidação das liberdades e dos direitos fundamentais, num contexto também marcante, ou seja, da implantação recente da Organização das Nações Unidas (1945) e da compreensão do ser humano como universalidade e, portanto, a ser reconhecido e respeitado em sua dignidade, qualquer que seja a sua etnia, crença e nacionalidade. A primeira “consideração”, a que abre a DUDH, refere-se ao “reconhecimento […] à dignidade inerente a todos os membros da família humana e seus direitos iguais e inalienáveis [como] o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”. Há de se destacar a transcendência do indivíduo, de sua condição natural de consangüinidade, para a pertença a uma “família humana” e, no seio dela, a pertença a uma cidadania que transcende territórios, sobretudo aqueles demarcados pelas fronteiras dos Estados-nação. Do discurso teórico para o discurso prático, no entanto, o exercício das liberdades e dos direitos fundamentais – e entre eles a Comunicação como um direito –, encontra pela frente o condicionamento de algumas complexidades sobre as quais nos deteremos, a começar pela liberdade fundamental e progressiva, de: pensar, expressar, imprimir e, de maneira geral, publicar informações e ideias. A primeira dessas complexidades refere-se ao meio (medium) de comunicação e ao seu contexto multidimensional: meios (media). A imprensa – escrita, falada e audiovisual –, mostrou, desde os seus primórdios, uma tendência para se afirmar como atividade econômica, de capital intensivo e, portanto, pouco acessível aos cidadãos não inseridos numa ampla estrutura financeira e mercantil. Ao longo de mais meio século, os fatores econômico, político e tecnológico tornaram- se crescentes obstáculos ao acesso dos cidadãos financeiramente não empoderados aos meios de comunicação de massa, sendo mesmo uma característica apontada para a comunicação de massa o fato de ela “atomizar” os indivíduos em seus alcance e efeitos. Poderes midiáticos Perante a comunicação de massa, pessoas físicas e jurídicas se destacam ou são destacadas, na proporção de um poder midiático adquirido, mediante um lastro, ou de celebridade ou de anunciante, em ambas as situações personalidades geradoras de interesse econômico para a mídia, as primeiras, pelo que são capazes de catalisar e capitalizar simbolicamente. No segundo caso, destacam-se os detentores de contas publicitárias e a sua localização nos rankings dos investimentos em espaços de mídia. Acumula-se, em decorrência do contexto da comunicação massiva, uma dupla condição midiática: tanto os meios são de massa, quanto massivos e concentradores de tempo midiático são os seus patrocinadores. As celebridades, mesmo que não representem um investimento econômico direto, são fornecedoras de acontecimentos midiáticos e de valores-notícia, emprestando assim o seu capital simbólico, elemento subsidiador dos meios massivos que, em contrapartida, lhes devolvem mais fama, mais ressonância. Quanto aos anunciantes, tanto eles precisam da mídia para exponenciar o seu convencimento (um certo poder de ‘persuasão’) em torno do consumo, 1 Mais vistos Curadoria de Notícias Financial Times aposta em assinaturas de um dólar Textos recomendados O executivo chefe do Financial Times explica a nova estratégia de sustentabilidade financeira do jornal. 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A Nova Comunidade Ideal de Fala _ Observatório Da Imprensa – Você Nunca Mais Vai Ler Jornal Do Mesmo Jeito

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Sexta-feira, 02 de Outubro de 2015 ISSN 1519-7670 - Ano 19 - nº870

Edição nº 870 Edição nº 869 Edição nº 868 Edição nº 867 Edição nº 866 Anteriores >>

INTERESSE PÚBLICO > DIREITO DE INFORMAR

A nova comunidade ideal de falaPor Luiz Martins da Silva e Thiago Dutra Vilela em 21/01/2014 na edição 782

Trabalho apresentado no VII Seminario Latinoamericano de Investigación de la Comunicación (GI 3 Ética,Libertad de Expressión y Derecho a La Comunicación) da Asociación Latinoamericana de Investigadores dela Comunicación (ALAIC), realizado em La Paz (25 a 27 de setembro de 2013)

O binômio informar e ser informado constitui o âmago do Artigo 19 da Declaração Universal dosDireitos Humanos, tendo havido, porém, ao longo de sua história, uma supremacia do segundodireito sobre o primeiro, refletida historicamente na hegemonia do pólo emissor da comunicaçãosobre o pólo receptor, especialmente ao longo do século XX, marcado pela comunicação demassa, ou seja, aquela em que poucos se dirigem a muitos. Vejamos a íntegra do Art. 19:

Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui aliberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitirinformações e idéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), de 1948, constitui um marcoextraordinário nos avanços ocorridos ao longo da história da Humanidade em prol daconsolidação das liberdades e dos direitos fundamentais, num contexto também marcante, ouseja, da implantação recente da Organização das Nações Unidas (1945) e da compreensão do serhumano como universalidade e, portanto, a ser reconhecido e respeitado em sua dignidade,qualquer que seja a sua etnia, crença e nacionalidade.

A primeira “consideração”, a que abre a DUDH, refere-se ao “reconhecimento […] à dignidadeinerente a todos os membros da família humana e seus direitos iguais e inalienáveis [como] ofundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”. Há de se destacar a transcendência doindivíduo, de sua condição natural de consangüinidade, para a pertença a uma “família humana”e, no seio dela, a pertença a uma cidadania que transcende territórios, sobretudo aquelesdemarcados pelas fronteiras dos Estados-nação.

Do discurso teórico para o discurso prático, no entanto, o exercício das liberdades e dos direitosfundamentais – e entre eles a Comunicação como um direito –, encontra pela frente ocondicionamento de algumas complexidades sobre as quais nos deteremos, a começar pelaliberdade fundamental e progressiva, de: pensar, expressar, imprimir e, de maneira geral,publicar informações e ideias.

A primeira dessas complexidades refere-se ao meio (medium) de comunicação e ao seu contextomultidimensional: meios (media). A imprensa – escrita, falada e audiovisual –, mostrou, desde osseus primórdios, uma tendência para se afirmar como atividade econômica, de capital intensivo e,portanto, pouco acessível aos cidadãos não inseridos numa ampla estrutura financeira emercantil. Ao longo de mais meio século, os fatores econômico, político e tecnológico tornaram-se crescentes obstáculos ao acesso dos cidadãos financeiramente não empoderados aos meiosde comunicação de massa, sendo mesmo uma característica apontada para a comunicação demassa o fato de ela “atomizar” os indivíduos em seus alcance e efeitos.

Poderes midiáticos

Perante a comunicação de massa, pessoas físicas e jurídicas se destacam ou são destacadas, naproporção de um poder midiático adquirido, mediante um lastro, ou de celebridade ou deanunciante, em ambas as situações personalidades geradoras de interesse econômico para amídia, as primeiras, pelo que são capazes de catalisar e capitalizar simbolicamente. No segundocaso, destacam-se os detentores de contas publicitárias e a sua localização nos rankings dosinvestimentos em espaços de mídia.

Acumula-se, em decorrência do contexto da comunicação massiva, uma dupla condição midiática:tanto os meios são de massa, quanto massivos e concentradores de tempo midiático são os seuspatrocinadores. As celebridades, mesmo que não representem um investimento econômicodireto, são fornecedoras de acontecimentos midiáticos e de valores-notícia, emprestando assim oseu capital simbólico, elemento subsidiador dos meios massivos que, em contrapartida, lhesdevolvem mais fama, mais ressonância. Quanto aos anunciantes, tanto eles precisam da mídiapara exponenciar o seu convencimento (um certo poder de ‘persuasão’) em torno do consumo,quanto representam para os meios massivos o seu principal suporte econômico. 1

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quanto representam para os meios massivos o seu principal suporte econômico.

Foi nesse contexto de dupla hegemonia – dos meios massivos sobre as audiências e dascelebridades e anunciantes sobre esses meios –, que, ao longo do século XX uma face dacomunicação como um Direito Humano ficou inflacionada, a face do direito de ser informado, emque pese uma informação colonizada por um triplo poder midiático:

a) a capacidade massiva dos meios e sua unilateralidade (poucos para muitos);

b) o fetiche das celebridades sobre os fatos, sendo elas próprias metafatos(qualquer coisa que façam vira acontecimento midiático ou valor-notícia); e

c) o predomínio privatizado dos apelos comerciais e dos patrocínios comerciaissobre a informação como um interesse público e como um bem público.

Esta primeira face é a face do ‘procurar e receber’ informações. Mas, e a outra face, a face de‘transmitir’ informações [… e idéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras]?Ironicamente, os denominados meios de comunicação de massa, não são massivos (pró-massa),mas, ao contrário, são meios de emissão massiva utilizados pelas elites para se servir das massas,de modo a difundir para elas conteúdos triplamente interessados:

a) o interesse de exploração dos meios como meios mercadológicos (em que oimaginário é uma mercadoria em oferta);

b) o interesse dos anunciantes; e

c) o interesse dos mass media em difundir a sua visão de mundo (ideologia).

Todavia, a própria evolução tecnológica se encarregaria de engendrar uma grandetransformação, configurada em etapas:

a) o advento da internet e, consequentemente, da mudança do paradigma dacomunicação de poucos para muitos (few to many) para o paradigma dacomunicação de muitos para muitos (many to many);

b) a passagem da internet de linha discada para a internet de alta velocidade; e

c) o advento das redes sociais e, com elas, a troca rápida de textos, imagens evídeos, além de funcionar com um efetivo canal de mobilização social, como foi achamada Primavera Árabe e todo um conjunto de manifestações de rua, comoocorreu na Europa Ocidental, na Turquia e no Brasil.

Os constrangimentos à democratização dos meios de informar e de ser informado nãodesapareceram com o aceleramento da espiral tecnológica, mas foram imensamente reduzidoscom a popularização da internet no mundo, acompanhada de novos protocolos de interação einteratividade. As novas amplitudes de acesso, velocidade e armazenamento de pesados pacotesde informações possibilitaram a concretização de uma utopia, numa nova ágora, desta vez,situada numa comunidade de fala mundial, e também a oferta de um supermeio (hipermídia) aserviço de toda sorte de ilícitos e desrespeitos à pessoa humana e aos direitos humanos. Ainflexão dos desserviços, no entanto, não invalida os benefícios coletivos da internet e das redessociais, muito pelo contrário, os novos cenários de interatividade funcionam como fatoresgerativos não somente do direito de informar como também da sua consequência civil maiseloquente: o exercício de uma cidadania ativa e discursiva. Pode-se inferir que os cidadãosreúnem hoje muito mais condições de ter uma vita activa (Hannah Arendt), no que ela dependede relações de interatividade, do que em todas as eras passadas.

As três eras da informação jornalística

Uma das deduções que pudemos tirar quando do encerramento de pesquisa junto ao ConselhoNacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), intitulada “A ideia do pós-jornalismo” (2009-2012), foi a de que a história do jornalismo pode-se ser dividida em trêsgrandes etapas, que denominamos, respectivamente, de: protojornalismo; jornalismo; e pós-jornalismo, sendo próprio da primeira o predomínio da informação comosensação; sendopróprio da segunda a busca da informação separada da ficção e da opinião (e, supostamente,alicerçada pelos princípios da objetividade, neutralidade e imparcialidade); e sendo próprio daterceira a passagem da informação para a comunicação, paradigma marcado sobretudo pelaagregação de valor aos fatos, de maneira a transformar o jornalismo numa prestação de serviçosao cidadão, sendo o principal desses serviços o acréscimo de elementos para que elecompreenda melhor os fatos, de acordo com o seu contexto (social, político e econômico).

A narrativa dos fatos, de acordo com as três eras citadas, caracterizou-se, numa primeirademarcação, por agregar aos fatos um conjunto de ingredientes dramáticos, catárticos e atéespetaculares, daí, não predominar propriamente um jornalismo, mas uma espécie deprotojornalismo. Na sua segunda episteme, o jornalismo procurará se despojar de impurezasemotivas e psicológicas, de modo a não abandonar a singularidade dos fatos, que é inerente aoscritérios de noticiabilidade (e que no seu conjunto configuram os chamados valores-notícia), masprocurando apresentá-los como tal e dentro de uma codificação eminentemente jornalística enão mais literária. Trata-se da era dos fatos e nada mais do que os fatos. Esta era nasce com oadvento das agências noticiosas, desenvolve-se com a estruturação da notícia segundo a

estrutura da pirâmide invertida e do lide e se estende até o final do século XX, quando o

1 Morrem os jornais, surgem asmarcas jornalísticas

2 Papa em Cuba, Opus Dei naretranca

3 O vale tudo das redes sociais

4 Projeto de lei ameaça marcocivil da internet

5 A “twiterização” do jornalismo

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estrutura da pirâmide invertida e do lide e se estende até o final do século XX, quando ojornalismo já não se contenta em apresentar apenas os fatos tais e quais, buscando agregarutilidade púbica e serviço ao público. É quando a notícia deixa de ser uma simples mercadoria decirculação e consumo, para ser um insumo para a melhor gestão do cotidiano do cidadão nasociedade e na vida civil.

Da última década do século XX para as duas primeiras do século XXI, o público deixará de ser tãosomente massa, de indivíduos passivamente receptores de conteúdos e atomizados face osmeios massivos, para voltar a ser o público esclarecido, no sentido que já lhe havia dado JeanJacques Rousseau (publique eclairé). O público em si passa a ter identidade, subjetividade epropósitos de emancipação, inclusive, em relação à própria heteronomia da mídia. A pluralidadede fontes e o cotejo da opinião (ter opinião é um direito previsto no Artigo 19) tornam-seelementos intrínsecos a uma esfera argumentativa (dialógica e discursiva). E a comunicaçãodeixa de ser simplesmente o que um polo emissor enviou para um polo receptor, para ser umatroca compartilhada de sentido. É nesta mudança de paradigma que se dará a ultrapassagem dainformação pela comunicação. A informação já não é a comunicação em si, mas um elementopara tal.

Com o funcionamento de uma internet veloz e interativa – e num nível de interação não somentereativo –, a notícia também deixará de ser um produto exclusivo dos meios massivos, para ter oseu sentido compartilhado, para além dos polos emissores. Não que os meios massivos tenhamperdido a sua condição de fontes hegemônicas de notícias, embora, com certeza, tenham deixadode exercer um certo monopólio, aquele “monopólio da opinião” típico dos contextos demanipulação da informação. E, tecnologicamente, já estão dadas as condições para o advento deuma interatividade genuína, qual seja aquela em que a construção de sentido possa – em elevadograu –, resultar em uma produção cooperada de dois ou mais partícipes de um processo de‘informar’, e não apenas de se informar.

Condições ideais de fala

Estarão plasmadas, finalmente, as chamadas “condições ideais de fala”, a que se referiu JürgenHabermas ao formular a sua Teoria da Ação Comunicativa? Certamente que não, em suaplenitude, mas o próprio Habermas, ao conceber a possibilidade de uma esfera argumentativamarcada pela simetria de interlocutores, seguramente não fazia ideia de que estariam tãopróximas os suportes tecnológicos facilitadores de processos intensa e extensivamentediscursivos. Em meados da década de 1980, a internet era apenas um vislumbre, embora já noinício dos anos 1990 alguns próceres da internet, como Howard Rheingold, já fossem capazes deantever que uma “comunidade virtual” estava por se formar.

Uma projeção possível, a partir das concepções teóricas de Habermas, pode ser feita de modo ase compreender que houve uma expansão do que ele denominou de “mundo da vida”(Lebenswelt), ou seja, o mundo das interações cotidianas, espontâneas e consensuais, emcontraponto com o “mundo sistêmico”, aquele em que o predomínio é o das categorias do Podere do Dinheiro, fulcro do exercício de uma “razão estratégica” (em contraposição a uma “razãocomunicativa”). Nesse cenário, os novos meios desempenhariam um papel não mais de“colonização do mundo da vida pelo mundo sistêmico” (típico dos contextos de comunicação demassa e de supremacia de um polo emissor sobre um polo receptor), e sim, de facilitadores deuma mudança de paradigma, qual seja a mudança do “paradigma da consciência” (razãoestratégica) para o “paradigma da comunicação” (razão comunicativa).

Cenários de interatividade intensiva, como é o das redes sociais, predisporiam mais facilmente osurgimento de uma situação que possa ser caracterizada, segundo Habermas, pelo “reengate” do“mundo sistêmico” com o “mundo da vida”, reduzindo-se a forte colonização do “mundo da vida”pelo “mundo sistêmico” que tem marcado fortemente o grosso das relações sociais.

Queremos acreditar que Habermas fornece as bases para a projeção utópica (u-topos) de um“horizonte ético” comunicacional, caracterizado por uma maior isonomia entre os interlocutoresde uma fala coletiva, isonomia certamente não encontrada num tradicional contexto em que os“meios de comunicação” não desempenhavam um papel autêntico de comunicação, mas dedominação ou, no mínimo, de manipulação. Não se trata, evidentemente, de uma mudançaradical e brusca, talvez muito mais de alguns sinais de esperança, já vistos nesse horizonte comuma razoável visibilidade. E, nesse momento, a menos que seja uma vultosa miragem, um dossinais que parece mais distinto é o de que o Direito de Informar se tornou menos acanhado doque tem sido perante o Direito de Se Informar.

Em outros termos, trata-se de recolocar os direitos humanos e dentro deles, a comunicação,numa perspectiva dialógica e numa perspectiva da esfera comunicacional, esta, em contrapontocom a esfera informacional, sem prejuízo desta. E, de alguma forma, cada qual ao seu modo, foi aisto que se propuserem tantos autores que se distinguiram do enfoque funcionalista dosprocessos de comunicação. Habermas, Apel, Morin e Paulo Freire são apenas grandes estrelas,fulgurantes, às quais estamos recorrendo, por terem tratado em sua obra da importância dalinguagem e da comunicação como fatores de humanismo e de humanização das relaçõeshumanas, relações estas, agora, mais do que nunca, colocadas numa interface com todos ossistemas que interagem num contexto de sustentabilidade. Vejamos, o que a esse respeito, jápontuava Paulo Freire, tanto tempo atrás:

Entendemos que, para o homem, o mundo é uma realidade objetiva, independentedele, possível de ser conhecida. É fundamental, contudo, partirmos de que ohomem, ser de relações e não só de contatos, não apenas está no mundo, mascom o mundo. Estar com o mundo resulta de sua abertura à realidade, que o faz

ser o ente de relações que é (FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade, p.

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ser o ente de relações que é (FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade, p.39).

Mas, é próprio educador brasileiro que nos fornece a antevisão, não de um mundo perfeito,pronto e acabado num futuro utópico, mas, como sempre compreendeu o mundo, como algo emconstrução e em processo:

Um dia, no processo histórico dessas sociedades, fatos novos sucedem e provocamas primeiras tentativas de uma volta sobre si mesmas. Um novo clima culturalcomeça a se formar. Representantes das elites dirigentes, até então inautênticas,por isto superpostas ao seu mundo, começam a com eles se integrar. Um mundonovo se levanta diante deles, com matizes até então despercebidos (idem, p. 46).

Ética, macrotéica, antropoética e holoética

Estamos utilizando um neologismo, holoética, para denominar a necessária projeção de umfuturo ético para a Humanidade, em cotejo com as noções utópicas nesse sentido já antecipadaspor pensadores que nos precederam, entre os quais destacamos Paulo Freire, Karl Otto-Apel eEdgar Morin.

Sobre Paulo Freire, embora não se tenha dedicado especificamente aos estudos de filosofiamoral, diríamos que a essência do seu pensamento foi orientada como uma proposta ética para oser humano e para a Humanidade, observando-se, sobretudo, dois aspectos: o primeiro, comoele propôs que fosse a base da relação educador-educando, ou seja, uma relação de simetriamoral e, portanto, de respeito mútuo. O segundo aspecto, diz respeito à própria concepção desseilustre brasileiro sobre o conhecimento como uma produção social. Freire concebeu um cogitosegundo o qual ‘nós pensamos, logo, eu existo’, que difere radicalmente do solitário cogito deDescartes, ‘penso, logo existo’.

Apel é o pensador que, já no início da década de 90, publica um artigo primoroso no qual concebetrês etapas de desenvolvimento moral para a Humanidade: a microética, a mesoética e amacroética, esta última, por ele denominada de “macroética universal e planetária”. A primeira,correspondendo ao contexto ético do clã, da aldeia, da pequena nação; a segunda, relacionada aoestágio em que o mundo se organizou em estados-nação, cada um deles vivido e governadosegundo interesses particulares ou quando a associação em blocos de países favorece interessesregionais. E, finalmente, a terceira, utópica, mas já com sinais de evidência no horizonte, aultrapassagem do estado-nação por uma universalidade do ser humano e de sua cidadania.

Sobre Edgar Morin é indispensável relembrar que ele foi o pensador a colocar a dimensão éticacomo um dos sete saberes necessários à educação do futuro, recorte este por ele denominado deantropoética, isto é, uma ética para o gênero humano e para a cidadania planetária e, portanto,capaz de conceber o desenvolvimento moral do ser humano dentro de uma perspectiva gregária,solidária e sem fronteiras (geográficas, culturais, religiosas e políticas).

Cabe-nos tirar uma síntese e estender em um ponto a sintaxe decorrente das formulações deFreire, Apel e Morin e contestualizá-la sob a episteme da Comunicação, mas, de forma a se poderrepensar o próprio conceito de comunicação, resultante de um processo de produção cooperadade sentido. Mas é, sobretudo, com relação à essa ‘produção cooperada’ que vamos buscar oenfoque de nossa contribuição. Ousaríamos inferir que estamos, global e universalmenteinseridos num contexto em que a existência e os direitos, agora, contemplados sob o paradigmada responsabilidade sócio-ambiental, têm de incluir, obrigatoriamente, todos os seres, contando,evidentemente, que a responsabilidade maior (porquê de um ser racional e cívico) recairá sobre oser humano.

Tornando-se necessário conceber a cidadania planetária não somente para o gênero humano,mas para todos, torna-se também necessário conceber uma visão ética descentrada do serhumano, pois ele já não é nem o centro nem a medida de todas as coisas. Torna-se necessáriocentralizar os interesses para um holocentro, restando ao antropocentro a descoberta de que osseres humanos devem, sim, buscar uma antropoética, mas no que tange à responsabilidade, acota maior de responsabilidade moral. Os outros seres, se deixados por si, sem as interferênciasperpetradas pelos humanos até aqui, certamente não seriam os autores dos desvios ocorridos noPlaneta em temos ecológicos e ambientais. É natural, portanto, que os seres humanos seorganizem sob um novo paradigma de responsabilidade, mas de responsabilidade integral, portudo e pelo todo, daí esta advertência, neste momento institucionalmente registrada, depassarmos a nos dedicar a uma holoética.

Quanto ao papel da Comunicação nesse contexto holoético, cabe lembrar que compete aosmeios de comunicação desempenhar, literalmente, o seu papel de serem meios e não fins.Mediar não significa tirar proveito de. Num contexto de redes sociais, a principal finalidade dosmeios deve ser a de proporcionar o êxito coletivo. Não estamos, aqui, pregando a expropriaçãoempresarial dos meios nem sendo contrários à exploração dos meios como um negócio, masapenas considerando que o seu negócio por excelência é o bom desempenho do seu papel para aintermediação do bem-comum, que está acima do bem-privado. Embora já há décadas se tenhaescrito sobre a ‘função social’ das empresas como fator de legitimação das mesmas, diríamos quea função social das empresas de comunicação é não só uma redundância, como um deverintrínseco, precípuo, acima dos seus negócios, sem prejuízo dos mesmos.

Recuperando um trecho por nós escrito há alguns anos, queremos reforçar o sentido do êxito,quando o êxito é comunicativo, em contraste com o êxito estratégico, que costuma ser particulare, portanto, egocentro. Do egocentro ao holocentro, existe o sociocentro, mas esse sociocentro,

desde Freire, Apel e Morin já havia adquirido uma dimensão ética universalizante. Eis o que já

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desde Freire, Apel e Morin já havia adquirido uma dimensão ética universalizante. Eis o que jáhavíamos escrito sobre comunicação e êxito:

A verdadeira comunicação não combina, portanto, com jogo, esperteza, trapaça,confronto, luta, coerção, guerra ou com artimanhas de manipulação e sedução.Comunicação não combina com opacidade, intenções não explícitas, indução,dominação, em síntese, não combina com o êxito estratégico, ou seja, de um sobreo outro. Num contexto comunicativo não há perdedores nem ganhadores, a menosque as regras – conhecidas claramente – assim o pré-determinem. O êxitocomunicativo é o êxito com o outro e não o êxito sobre o outro, êxito estratégico.Naturalmente, que estamos fazendo uma apropriação dos conceitos de agircomunicativo e agir estratégico, de Habermas, mas também se valendo da suaimaginação filosófica quando pressupõe a possibilidade de um reengate, de umaconciliação entre mundo sistêmico e mundo da vida e, consequentemente, entretécnica e ética, entre ação e norma, entre consciência e justiça. A esta conciliaçãoestamos denominando de comunicação (autêntica), uma saída para a clássicaantinomia tecnologia versus humanismo, de forma a projetar um cenário depossibilidade: a utopia da tecnologia a serviço do humanismo. E é sobre essa tópicaque também projetamos a nossa ousadia, a de que há indícios suficientes paraconcluirmos que já surgem no horizonte os primeiros sinais de uma sociedadeglobal comunicativa.

Referências

APEL, Karl-Otto. Estudos de Moral Moderna. Petrópolis, Vozes, 2008.

_____________. “A necessidade, a aparente dificuldade e a efectiva possibilidade de uma macroéticaplanetária da (para a) humanidade”, in Revista de Comunicação e Linguagens, Centro de Estudosda Comunicação e Linguagens (CECL), Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, n°. 15/16, julho de1992, p. 11-26.

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FREITAG, Barbara. Dialogando com Habermas. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 2005.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1967.

GENTILLI, Victor. Democracia de massas: jornalismo e cidadania: estudo sobre as sociedadescontemporâneas e o direito dos cidadãos à informação. Porto Alegre, EDIPUCRS, 2005.

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Luiz Martins da Silva é professor associado da Faculdade de Comunicação da Universidade deBrasília e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq);Thiago Dutra Vilela é bacharel em Jornalismo pela Universidade de Brasília e assessor deimprensa na Comissão Nacional da Verdade

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