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A origem do porto de santos A expansão da cultura do café na província de São Paulo, na segunda metade do século passado, atingindo a Baixada Santista, originou a necessidade de novas instalações portuárias adequadas concessões, em 1870 e 1882, sem que resultasse no início das implantações previstas, o Decreto Imperial nº 9.979, de 12 de julho de 1888, autorizou o grupo liderado por José Pinto de Oliveira, Cândido Gaffrée e Eduardo Palassin Guinle, como resultado de concorrência pública, a construir e a explorar o porto de Santos pelo prazo de 39 anos – prorrogado partir do decreto nº966, de 7 de novembro de 1890, para 90 anos. Com base em projeto do engenheiro Domingos Saboya e Silva, as obras envolviam um cais , aterro, via férrea e edificações para armazenagem. A assinatura do contrato de concessão ocorreu em 20 de julho de 1888 e, para o seu cumprimento, foi constituída a empresa Gaffrée, Guinle & Cia., com sede no Rio de Janeiro, mais tarde transformada em Empresa de Melhoramentos do Porto de Santos, e, por fim, em Companhia Docas de Santos. Em 2 de fevereiro de 1892, com a atracação do vapor Nasmith, de bandeira inglesa, foram inaugurados os primeiros 260m de cais, em substituição aos trapiches e pontes que existiam no Valongo, representando o início do funcionamento das instalações do porto de Santos como porto organizado. A partir de 7 de novembro de 1980, a administração foi assumida pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Do passado aos dias atuais, a cais santista passou por muitas transformações. Da origem, basicamente vinculada à comercialização do café, passou à diversificação de importação e

A Origem Do Porto de Santos

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A origem do porto de santos

A expanso da cultura do caf na provncia de So Paulo, na segunda metade do sculo passado, atingindo a Baixada Santista, originou a necessidade de novas instalaes porturias adequadas concesses, em 1870 e 1882, sem que resultasse no incio das implantaes previstas, o Decreto Imperial n 9.979, de 12 de julho de 1888, autorizou o grupo liderado por Jos Pinto de Oliveira, Cndido Gaffre e Eduardo Palassin Guinle, como resultado de concorrncia pblica, a construir e a explorar o porto de Santos pelo prazo de 39 anos prorrogado partir do decreto n966, de 7 de novembro de 1890, para 90 anos. Com base em projeto do engenheiro Domingos Saboya e Silva, as obras envolviam um cais , aterro, via frrea e edificaes para armazenagem.A assinatura do contrato de concesso ocorreu em 20 de julho de 1888 e, para o seucumprimento, foi constituda a empresa Gaffre, Guinle & Cia., com sede no Rio de Janeiro,mais tarde transformada em Empresa de Melhoramentos do Porto de Santos, e, por fim, emCompanhia Docas de Santos.Em 2 de fevereiro de 1892, com a atracao do vapor Nasmith, de bandeira inglesa, foraminaugurados os primeiros 260m de cais, em substituio aos trapiches e pontes que existiamno Valongo, representando o incio do funcionamento das instalaes do porto de Santos comoporto organizado. A partir de 7 de novembro de 1980, a administrao foi assumida pelaCompanhia Docas do Estado de So Paulo (Codesp).

Do passado aos dias atuais, a cais santista passou por muitas transformaes. Da origem, basicamente vinculada comercializao do caf, passou diversificao de importao e exportao de todo tipo de mercadoria. Hoje, um gigante de 13 quilmetros de extenso, responsvel pela movimentao de 96 milhes de toneladas de carga.Mais importante complexo porturio da Amrica Latina, Santos destaca-se pelo seu atendimento diversificado e sua grande capacidade. Alm disso, o porto com a maior rea de influncia no pas, interligado por uma extensa malha rodoferroviria que garante contnuo fluxo de carga para os principais centros consumidores e produtores brasileiros.Trata-se do porto com maior participao na balana comercial do pas. Em 2010, respondemos por US$ 95,8 bilhes, refletindo um crescimento da ordem de 29,45% em relao ao ano anterior. Essa responsabilidade se traduz, no aspecto da autoridade porturia, em trabalho e planejamento. Essa responsabilidade , tambm, dividida com o governo federal, atravs da Secretaria Especial de Portos, principal instrumento de ao para encaminhar os programas de obras e investimentos porturios no pas.O grande desafio manter e expandir esse complexo de forma a atender a crescente demanda de movimentao prevista para os prximos anos. Um detalhado estudo foi produzido e apontou, dentro de um cenrio otimista, uma demanda de 240 milhes de toneladas para o ano de 2024. com esse nmero que o porto trabalha, analisando a capacidade j instalada, os projetos em execuo e previstos, de forma a garantir um crescimento compatvel.Dentro do PAC 1, o porto foi contemplado com recursos de R$ 493 milhes, previstos para obras e projetos de implantao do novo virio as Perimetrais e de aprofundamento do canal de navegao. No PAC 2, a previso de recursos da ordem de R$ 1,55 bilho, at 2014, destinados continuidade dos servios no virio, e aprofundamento do canal, alm da construo e reforo de beros de atracao.Hoje, os principais empreendimentos so a construo dos terminais da Embraport e da Brasil Terminal Porturio BTP, instalaes que iro agregar mais 3 milhes Teu (unidade equivalente a um continer de 20 ps) na movimentao de contineres e 3,2 milhes de toneladas em granis lquidos.Estes investimentos garantem a Santos capacidade de atendimento demanda de movimentao dessas cargas nos prximos anos.Os estudos sobre capacidade e demanda so as principais ferramentas que a Autoridade Porturia possui para ampliar a oferta a partir de expanso de terminais j instalados, implantao de novos terminais, alm do aumento da produtividade com novos equipamentos e uma logstica mais afinada. H tambm a criao do modal hidrovirio, uma iniciativa que estamos promovendo e j temos um diagnstico inicial do potencial crescimento que uma malha hidroviria na regio pode agregar capacidade do porto de Santos.Com a concluso do novo virio do porto, estamos eliminando as principais interferncias para expanso do transporte ferrovirio na rea interna do porto. No entanto, necessria uma srie de aes, visando ampliar a oferta desse transporte na malha ferroviria que faz a conexo com Santos.As alternativas j so realidade com a concluso dos trechos em obras da Avenida Perimetral da Margem Direita, o que garantir um fluxo gil na rea interna do porto, principalmente com a entrada em operao do viaduto da Santa estabelecendo uma logstica de trfego compatvel com a demanda do porto. Em 2013, o Porto de Santos superou a marca dos 114 milhes de toneladas movimentadas, antecipando em um ano a projeo base para 2014 que era a movimentao de 112,6 milhes de toneladas.

ADMINISTRAOO porto administrado pela Companhia Docas do Estado de So Paulo (Codesp).LOCALIZAOEst localizado no centro do litoral do estado de So Paulo, estendendo-se ao longo de umesturio limitado pelas ilhas de So Vicente e de Santo Amaro, distando 2km do oceanoAtlntico.REA DE INFLUNCIACompreende o estado de So Paulo e grande parte de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso,Gois, Minas Gerais e Paran.REA DO PORTO ORGANIZADOConforme a Portaria-MT n 94, de 15/2/95 (D.O.U. de 17/2/95), a rea do porto organizado deSantos, no estado de So Paulo, constituda:a) pelas instalaes porturias terrestres, existentes na margem direita do esturio formadopelas ilhas de So Vicente e de Santo Amaro, desde a Ponta da Praia at a Alamoa e, namargem esquerda, desde a ilha de Barnab at a embocadura do rio Santo Amaro,abrangendo todos os cais, docas, pontes, peres de atracao e de acostagem, armazns,ptios, edificaes em geral, vias internas de circulao rodoviria e ferroviria e, ainda, osterrenos ao longo dessas faixas marginais e em suas adjacncias, pertencentes Unio,incorporados ou no ao patrimnio do porto de Santos, ou sob sua guarda eresponsabilidade, incluindo-se tambm a Usina Hidreltrica de Itatinga e a faixa de domniode suas linhas de transmisso;b) pela infra-estrutura de proteo e acesso aquavirio, tais como reas de fundeio, bacias deevoluo, canal de acesso at o paralelo 2354'48''S e reas adjacentes a esse at asmargens das instalaes terrestres do porto organizado, conforme definido no item "a"anterior, existentes ou que venham a ser construdas e mantidas pela Administrao doPorto ou por outro rgo do poder pblico.ACESSOS RODOVIRIO Pelas SP-055 (rodovia Padre Manoel da Nbrega), sistema Anchieta-Imigrantes (ECOVIAS), SP-150 (via Anchieta) e SP-160 (Rodovia dos Imigrantes),Piaagera-Guaruj e BR 101 Rio-Santos. FERROVIRIO Pela M.R.S. Logstica S.A. (MRS); Ferrovias Bandeirantes S.A.(FERROBAN) e Ferronorte S.A. (FERRONORTE). MARTIMO O acesso franco, contendo um canal com largura de 130m e profundidadede 13m, na parte martima da baa de Santos, e, no esturio, largura de 100m eprofundidade de 12m.INSTALAESCais acostvel: 11.042m de extenso e profundidades variando entre 6,6m e 13,5m; 521m decais para fins especiais, com profundidade mnima de 5m, e 1.883m para uso privativo, comprofundidades de 5m a 11m.A armazenagem atendida por 45 armazns internos, sendo 34 na margem direita e 11 namargem esquerda do esturio, e 39 armazns externos. Esse conjunto perfaz 516.761m2, comuma capacidade esttica de 416.395t. Existe, ainda, um frigorfico com 7.070m2, e capacidadeesttica de 4.000t. O porto dispe de 33 ptios de estocagem, internos e externos, somando124.049m2, com capacidade esttica de 99.200t.Para contineres na margem direita o terminal 035, o terminal 037, TECONDI e outrasmovimentaes no cais so utilizados quatro ptios: um no Sabo para 1.000TEU, outro juntoao Armazm XXXVI para 800TEU, um terceiro, ao lado do Moinho Pacfico, comportando450TEU, e o do Terminal de Contineres (Tecon), na margem esquerda, com suporte para6.700TEU.As instalaes de tancagem compreendem: na Ilha do Barnab, 39 tanques para 149.726m3, e131 para 112.484m3; no Cais do Sabo, 24 para 2.712m3 e 28 para 14.400m3; no terminal doAlamoa, 10 tanques totalizam 105.078m3 e 50 somam 390.780m3.Terminais especializados:- Tecon: terminal para contineres, localizado na margem esquerda do porto, com rea de350.000m2, cais de 510m e profundidade de 13m. Permite atracao simultnea de trsnavios. Conta com trs armazns representando 1.530m2 e ptios com o total de198.450m2, podendo operar 140.000TEU por ano.- Terminal 035, Terminal 037, e TECONDI, na margem direita.- Tefer: terminal para fertilizantes, tambm na margem esquerda, utiliza um cais de 567mcom dois peres acostveis de 283,5m e profundidade de 17,5m. Possui seis armazns para30.000t cada um.- Carvo: instalado no Sabo, tem rea de 10.800m2 e capacidade para 50.000t.- Granis lquidos: no Alamoa, na margem direita do esturio, com um cais de 631m eprofundidade de 11m. Est ligado Ilha do Barnab, na margem esquerda com 341m decais e 10m de profundidade , por meio de dois dutos submarinos.- Ro-ro: o porto oferece seis beros, sendo dois no Sabo, dois junto ao ptio do armazm35, um no cais do armazm 29, e um no cais do futuro armazm 37.EQUIPAMENTOSPara movimentao (transferncia) de carga na linha do cais.DESCRIO QUANTIDADE CAPACIDADECais ComercialGuindaste eltrico 96 1,5 a 40,0tDescarregadora de trigo 4 150,0 a 700,0t/hEmbarcadora de cereais 5 600,0 a 1.500,0t/hEsteira 10 300,0 a 900,0t/hCbrea 2 150,0 a 250,0tPortiner (Terminal 37) 3 20 a 30u/hTerminais Especializados noPortoPortiner 6 20 a 30 u/hGuindaste eltrico 10 10,0tGuindaste eltrico 1 6,3tEsteira 52 300,0t/hEsteira 26 1.210,0t/hPara movimentao e transporte de cargas em ptios e armazns.DESCRIO QUANTIDADE CAPACIDADECais Comercialtranstiner 2 20u/hempilhadeira comum 90 3,0 a 30,0tempilhadeira para contineres 6 30,5 a 42,0tempilhadeira para bobina 18 1,2 a 2,0tempilhadeira para desova 20 2,0tp carregadeira 45 1,91 a 3,0m3guindaste automvel 12 5,0 a 140,0tguindaste eltrico 4 15,0 a 30,0tcaminho 9 carro-trator 58 vago fechado 13 26,0 a 30,0tvago raso 71 30,0 a 55,5tvago-plataforma 63 40,0 a 55,0tDESCRIO QUANTIDADE CAPACIDADETerminais Especializadostranstiner sobre trilhos 3 20u/htranstiner sobre pneus 2 20u/hguindaste sobre pneus 2 5,0tStacker 5 40,0tempilhadeira especial 14 30,0 a 37,0tempilhadeira comum 21 3,0 a 10,0tempilhadeira para clip-on 4 empilhadeira para bobina 2 1,2 a 2,0tempilhadeira para desova 11 2,0tcarro-trator 33 p carregadeira 1 2m3p carregadeira 4 3,5m3FACILIDADESO porto de Santos conta com fornecimento prprio de energia eltrica, suprida pela usinasituada em Itatinga, o que possibilita operaes noturnas, sendo a linha do cais, armazns eptios dotados de iluminao, com o terminal de contineres e alguns ptios dotados detomadas para ligao de contineres frigorficos.O porto opera continuamente em fins de semana e feriados, 24 horas.O suprimento de gua feito pela Sabesp, com hidrmetros instalados ao longo do cais,permitindo fornecimento medido a navios.O porto provido de malha ferroviria para trnsito de vages prprios e de ferrovias que oservem, e conta com locais para armazenagem de carga geral, inclusive contineres, slidos elquidos a granel, sendo todo o complexo administrado pela Codesp e policiado pela guardaporturia.Em resumo, o porto dispe de 500.000m2 de armazns cobertos, 980.000 m2 de ptios585.000 m3 de tanques, 55km de dutos e 200km de linhas frreas internas. O porto dispe dearmazns especiais para granis slidos, acar, soja, farelos, trigo, fertilizantes e sal etanques para produtos qumicos e combustveis.TERMINAIS DE USO PRIVATIVO CARACTERSTICASTerminal Martimo Sucoctrico Cutrale - C.A. n 041/95Comprimento do pier: 198,5m.Profundidade: 12m.Cargas: granis lquidos (sucos ctricos) e granis slidos (farelo de polpa ctrica).Localizao: rea do porto organizado margem esquerda do esturio de Santos.Terminal Martimo Dow Qumica - C.A. n 077/99Comprimento do pier: 30m, dotado de 5 dolfins de amarrao com distncia total de 180m.Profundidade: 12m.Cargas: granis lquidos (produtos qumicos).Localizao: rea do porto organizado ilha de Santo Amaro, na baa de Santos.Terminal Martimo de Cubato - C.A. n 035/95 (Usiminas)Comprimento do cais: 2 cais de atracao sendo um com 342m e outro com 302,5m, mais umpier com 400m, totalizando 1.044,5m de instalaes acostveis.Profundidade: 11m.Cargas: carga geral (chapa de ao).Granis slidos: carvo, minrio de ferro e produto siderrgico.Localizao: fora da rea do porto organizado.Obs.: Movimenta carga de terceiros como contineres, granis slidos e carga geral.Terminal Martimo Misto da Ultrafrtil - C.A. n 017/94Comprimento do per: 164m, e um dolfin de amarrao.Profundidade: 12m.Cargas: granis slidos (adubos e enxofre); granis lquidos (produtos qumicos).Localizao: fora da rea do porto organizado ilha do Cardoso.Terminal da CargillCargas: granis slidos (soja em gros, soja pelotizada, acar e polpa ctrica pelotizada).Localizao: rea do porto organizado (arrendado).O quadro seguinte mostra a interface porto/navio, dos terminais Tecon, trs beros deatracao, Terminal 037, dois beros e Terminal 035 dois beros, no perodo de quatro meses.Nos quadros vale chamar ateno para a quantidade de navios atendidos nos terminais,bastante concentrados em torno da mdia, bem como aos seus rendimentos operacionaiscalculados em funo do tempo atracado.Vale registrar tambm que o tempo de espera para atracao somado ao tempo atracadoresulta na estadia dos navios nos terminais. O tempo operando somado ao tempo nooperando resulta no tempo atracado. Assim, alguns terminais de contineres consideram emsuas operaes trs a quatro horas, o tempo no operando, o que resultaria numa reduo dotempo atracado, para elaborao do clculo do rendimento operacional.COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SO PAULO (CODESP)Av. Conselheiro Rodrigues Alves, s/n MacucoCEP: 11015-900 Santos (SP)PABX: (13) 3233-6565Tel.: (13) 3222-5485Telefax: (13) 3222-3068e-mail:[email protected]