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5/20/2018 APINTURAALEO.doc-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/a-pintura-a-oleodoc 1/3 A PINTURA A ÓLEO  A pintura a óleo, na qual o pigmento é misturado (na maioria das vezes) ao óleo de linhaça, é a mais tradicional das técnicas de pintura. Hoje em dia sabemos que monges budistas, entre os séculos e !", j# utilizavam$se da pintura a óleo. %ambém é conhecido um tratado geral sobre arte, do séc. "!!, no qual um estudioso europeu d# instruç&es sobre a utilizaç'o do óleo. oi porém no séc. ", nos a*ses +aios, que as técnicas da pintura a óleo que hoje conhecemos começaram a ser desenvolvidas, por pintores que buscavam dar um acabamento mais so-isticado a suas tmperas. !sso ocorreu no in*cio da /enascença, e em pouco tempo essa técnica di-undiu$se pela 0uropa, suplantando todas as outras.  A pintura a óleo o-erece um n1mero muito grande de recursos2 di-erentes suportes (madeira, pano, papel ou metal), pincéis para cada tipo de tratamento e estilo, tintas que podem ser usadas puras ou em di-erentes graus de diluiç'o, e muitas técnicas de aplicaç'o da tinta e dos vernizes. 0istem também no mercado v#rios produtos que complementam o uso da tinta a óleo, como a terebintina, o óleo de linhaça, vernizes e o gel oleoso, para dar corte e transparncia 3s cores. 0m seguida -alaremos um pouco sobre as técnicas do empasto, do es-regaço e da veladura, trs recursos dispon*veis na pintura a óleo. 04A5%62 0sta é a técnica na qual se pinta com o pincel bem carregado de tinta, valorizando a matéria

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A PINTURA A LEO

A PINTURA A LEO

A pintura a leo, na qual o pigmento misturado (na maioria das vezes) ao leo de linhaa, a mais tradicional das tcnicas de pintura.

Hoje em dia sabemos que monges budistas, entre os sculos V e IX, j utilizavam-se da pintura a leo. Tambm conhecido um tratado geral sobre arte, do sc. XII, no qual um estudioso europeu d instrues sobre a utilizao do leo. Foi porm no sc. XV, nos Pases Baixos, que as tcnicas da pintura a leo que hoje conhecemos comearam a ser desenvolvidas, por pintores que buscavam dar um acabamento mais sofisticado a suas tmperas. Isso ocorreu no incio da Renascena, e em pouco tempo essa tcnica difundiu-se pela Europa, suplantando todas as outras.

A pintura a leo oferece um nmero muito grande de recursos: diferentes suportes (madeira, pano, papel ou metal), pincis para cada tipo de tratamento e estilo, tintas que podem ser usadas puras ou em diferentes graus de diluio, e muitas tcnicas de aplicao da tinta e dos vernizes. Existem tambm no mercado vrios produtos que complementam o uso da tinta a leo, como a terebintina, o leo de linhaa, vernizes e o gel oleoso, para dar corte e transparncia s cores. Em seguida falaremos um pouco sobre as tcnicas do empasto, do esfregao e da veladura, trs recursos disponveis na pintura a leo.

EMPASTO: Esta a tcnica na qual se pinta com o pincel bem carregado de tinta, valorizando a matria e tornando explcito o gesto da pincelada. Uma dica importante para quem pinta desta maneira no misturar demais as tintas na paleta, deixando que os matizes se mostrem na tela. Outro detalhe importante a densidade da tinta. Evite o uso excessivo de leo de linhaa, terebintina e outros produtos que diluem a tinta. Esta deve estar "macia" porm firme, devendo ser aplicada com pincis de cerdas firmes ou duras. Novas camadas de empasto podem ser aplicadas sobre a primeira, que deve estar seca ao toque. Deixe para aplicar as camadas mais grossas por ltimo. Na ilustrao selecionamos um detalhe de uma pintura a leo no qual podemos observar o acabamento feito em empasto.

ESFREGAO: Tcnica na qual se "esfrega" o pincel entintado sobre a tela. Pode ser usado no incio do trabalho, durante a aplicao da primeira camada de tinta, ou ento para conseguir passagens de tons em etapas posteriores. Quem pinta em camadas e usa inicialmente manchas de cores para determinar a atmosfera ou reas de interesses diversos, deve aplicar o esfregao com a tinta mais diluda, misturando a ela o leo de linhaa e a terebintina. Se o esfregao for usado para criar passagem de tons, deve-se usar a tinta um pouco mais encorpada. Em ambos os casos, o pincel ideal o de cerdas duras.

O esfregao confere pintura elementos do desenho. Assemelha-se muitas vezes maneira como espalhamos o carvo com o esfuminho. Deve-se ter ateno especial para o nvel de diluio da tinta, e optar por pigmentos opacos, a menos que se queira criar um filtro transparente e colorido com a tinta de pigmentos transparentes.

VELADURA: Muito usada na pintura a leo, a tcnica da veladura consiste na aplicao sucessiva de finas lminas de tinta diluda, sobre camadas j secas. Fazendo isso os pintores obtm mais preciso nas gradaes de tom e cor. A veladura tambm facilita a aplicao de tons luminosos e transparentes, possibilitando resultados nem sempre alcanados atravs da mistura de tintas. Ao trabalharmos com veladuras, devemos usar tintas transparentes, diludas em leo de linhaa ou terebintina. (O leo de linhaa retarda o tempo de secagem, e pode ser substitudo pelo gel mdium.) Os pincis mais apropriados so os de cerdas macias e mdias. Na ilustrao, vemos o pintor aplicando uma veladura de amarelo indiano para reforar o tom e ao mesmo tempo "amaciar" as pinceladas subseqentes.