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A Psicologia como A Psicologia como Campo de Campo de Conhecimento Conhecimento Científico Científico Prof. Me. Robson Araujo Prof. Me. Robson Araujo 1 Bibliografia Figueiredo e Santi (2003): caps. 1- 3 Figueiredo (1995a): caps. 1 e 2

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A Psicologia como A Psicologia como Campo de Campo de Conhecimento Conhecimento CientíficoCientífico

Prof. Me. Robson AraujoProf. Me. Robson Araujo

1BibliografiaFigueiredo e Santi (2003): caps. 1- 3Figueiredo (1995a): caps. 1 e 2

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Conteúdo GeralConteúdo Geral O sujeito da modernidade e o nascimento O sujeito da modernidade e o nascimento

das ciênciasdas ciências Os desdobramentos sociais da Os desdobramentos sociais da

modernidade: a individualização modernidade: a individualização A invenção do “psicológico”: o espaço de A invenção do “psicológico”: o espaço de

dispersão dos saberes e éticas psicológicasdispersão dos saberes e éticas psicológicas Panorama das matrizes do pensamento Panorama das matrizes do pensamento

psicológicopsicológico A compreensão crítica do projeto científico A compreensão crítica do projeto científico

da psicologiada psicologia

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IntroduçãoIntrodução

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Visão Histórico-DescritivaVisão Histórico-Descritiva Concepção historiográfica tradicionalConcepção historiográfica tradicional Compreensão de uma história como encadeamento linear de Compreensão de uma história como encadeamento linear de

fatos e teoriasfatos e teorias Exemplos: Exemplos: SchultzSchultz, Wertheimer e Heidebreder, Wertheimer e Heidebreder

Visão Crítico-EstruturalVisão Crítico-Estrutural Busca elucidar os fundamentos epistemológicos e os Busca elucidar os fundamentos epistemológicos e os

determinantes histórico-sociais que levaram à criação da determinantes histórico-sociais que levaram à criação da psicologia como campo de conhecimento científicopsicologia como campo de conhecimento científico

Preocupa-se com as matrizes das diversas teorias e práticas Preocupa-se com as matrizes das diversas teorias e práticas psicológicas independente do seu encadeamento temporalpsicológicas independente do seu encadeamento temporal

Exemplos: Exemplos: FigueiredoFigueiredo, Foucault e Japiassu, Foucault e Japiassu

Visões sobre aVisões sobre aHistória da PsicologiaHistória da Psicologia

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A Psicologia como Ciência A Psicologia como Ciência IndependenteIndependente

As psicologias pré-científicasAs psicologias pré-científicas Concepções psicológicas imbuídas nos sistemas filosóficos e Concepções psicológicas imbuídas nos sistemas filosóficos e

teológicosteológicos O “marco” da psicologia científicaO “marco” da psicologia científica

Laboratório de psicofisiologia sensorial de Wilhelm Wundt Laboratório de psicofisiologia sensorial de Wilhelm Wundt (Leipzig, Alemanha, 1879)(Leipzig, Alemanha, 1879)

Necessidade de compreender a ruptura em jogo nessa Necessidade de compreender a ruptura em jogo nessa passagempassagem Não se trata apenas da passagem do conhecimento Não se trata apenas da passagem do conhecimento

filosófico ou do senso comum para o científico mas, filosófico ou do senso comum para o científico mas, também, da constituição sócio-histórica do espaço das também, da constituição sócio-histórica do espaço das psicologias e a necessidade de um discurso científico sobre psicologias e a necessidade de um discurso científico sobre elaselas

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Nascimento dasNascimento dasCiências HumanasCiências Humanas

Psicologia emerge junto outros campos científicos de estudo Psicologia emerge junto outros campos científicos de estudo do homemdo homem Economia, Antropologia, Biologia, SociologiaEconomia, Antropologia, Biologia, Sociologia

O positivismo e o paradoxo da psicologiaO positivismo e o paradoxo da psicologia Filosofia positivista como fundamento de todo conhecimento Filosofia positivista como fundamento de todo conhecimento

científicocientífico Teoria dos três estágios do conhecimento:Teoria dos três estágios do conhecimento:

• Teológico ou fictícioTeológico ou fictício• Abstrato ou metafísicoAbstrato ou metafísico• Científico ou positivoCientífico ou positivo

A impossibilidade da psicologia como ciência objetiva e positiva:A impossibilidade da psicologia como ciência objetiva e positiva:• Superposição entre sujeito e objeto como limite epistemológicoSuperposição entre sujeito e objeto como limite epistemológico• Situada entre as ciências biológicas e sociaisSituada entre as ciências biológicas e sociais

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Um campo de saber entre o humano e Um campo de saber entre o humano e o científico; entre o biológico e o socialo científico; entre o biológico e o social

Uma disciplina científica Uma disciplina científica permanentemente em crisepermanentemente em crise

Um espaço de dispersão sem Um espaço de dispersão sem perspectiva de unificaçãoperspectiva de unificação

Paradoxo da PsicologiaParadoxo da Psicologia

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A Constituição doA Constituição doEspaço PsicológicoEspaço Psicológico

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1.1.Crença nos Crença nos métodos e técnicas da métodos e técnicas da ciênciaciência em obter um conhecimento em obter um conhecimento rigorosorigoroso

2.2.Experiência muito clara da Experiência muito clara da subjetividade subjetividade privatizadaprivatizada

3.3.Experiência de Experiência de crisecrise dessa subjetividade dessa subjetividade

Condições para a Criação da Condições para a Criação da Psicologia CientíficaPsicologia Científica

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Período históricoPeríodo histórico compreendido entre compreendido entre 14541454 (fim (fim da idade média) e da idade média) e 17891789 (começo da idade (começo da idade contemporânea)contemporânea)

Passagem das sociedades Passagem das sociedades tradicionaistradicionais para a para a mercantil mercantil ee burguesa burguesa

Marcada pelos movimentos do Marcada pelos movimentos do RenascimentoRenascimento e e IluminismoIluminismo

Período em que se origina e Período em que se origina e consolida a noção de consolida a noção de subjetividade privadasubjetividade privada

A ModernidadeA Modernidade

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Falência do sistema medieval Falência do sistema medieval Abertura da Europa ao resto do mundoAbertura da Europa ao resto do mundo Perda dos lugares sociais tradicionaisPerda dos lugares sociais tradicionais Destruição das ilusões míticas e teológicasDestruição das ilusões míticas e teológicas O antropocentrismo e o humanismoO antropocentrismo e o humanismo Crença em uma razão e vontade fundantes do homemCrença em uma razão e vontade fundantes do homem O nascimento da ciência e o problema do conhecimento O nascimento da ciência e o problema do conhecimento

verdadeiroverdadeiro A revolução francesa: Liberdade, Igualdade e FraternidadeA revolução francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade Angústia da liberdadeAngústia da liberdade

Características da ModernidadeCaracterísticas da Modernidade

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Sujeito ModernoSujeito Moderno O Racionalismo como marco da O Racionalismo como marco da

ModernidadeModernidade A incerteza do conhecimento e a A incerteza do conhecimento e a

dúvida metódica como garantia de dúvida metódica como garantia de verdadeverdade

O sujeito transcendental e a O sujeito transcendental e a verdade como representação verdade como representação correta do mundocorreta do mundo

O dualismo entre mente e corpo na O dualismo entre mente e corpo na compreensão do homemcompreensão do homem

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Dualismo Corpo e MenteDualismo Corpo e MenteMENTEMENTESubstância pensanteSubstância pensanteInterior e privadaInterior e privadaFonte da razãoFonte da razãoSede da vontadeSede da vontadeCampo de autonomiaCampo de autonomiaDimensão de sujeitoDimensão de sujeito

CORPOCORPOSubstância extensaSubstância extensa

Exterior e públicoExterior e públicoFonte de enganosFonte de enganos

Sede das paixões e Sede das paixões e afetosafetos

Submetido a controlesSubmetido a controlesDimensão de objetoDimensão de objeto

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Ilustração:Ilustração:O Cavaleiro InexistenteO Cavaleiro Inexistente Romance de Italo Calvino (1993)Romance de Italo Calvino (1993) Conto de literatura fantástica que Conto de literatura fantástica que

satiriza os romances de cavalariasatiriza os romances de cavalaria Apresenta uma ilustração da noção Apresenta uma ilustração da noção

de sujeito característica da de sujeito característica da modernidademodernidade Cavaleiro sem corpoCavaleiro sem corpo Pura razão autônomaPura razão autônoma Mantido pela vontade de servirMantido pela vontade de servir

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Liberalismo e ImperialismoLiberalismo e Imperialismo Período históricoPeríodo histórico compreendido compreendido

entre entre 17891789 (começo da idade (começo da idade contemporânea) e contemporânea) e 19081908 (primeira (primeira guerra mundial)guerra mundial)

Consolidação do Consolidação do Estado liberal Estado liberal burguêsburguês na Europa na Europa

Marcado pela Marcado pela Revolução Revolução IndustrialIndustrial e suas conseqüências e suas conseqüências geopolíticasgeopolíticas

Marcado pelos movimentos do Marcado pelos movimentos do RomantismoRomantismo e pela emergência e pela emergência do do Regime DisciplinarRegime Disciplinar

Período em que a noção de Período em que a noção de subjetividade privada subjetividade privada começa começa a declinara declinar

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Emergência e Ruína do SujeitoEmergência e Ruína do Sujeito Análise das condições epistemológicas em jogo nas teorias Análise das condições epistemológicas em jogo nas teorias

modernas a respeito do homemmodernas a respeito do homem Emergência do sujeito moderno como decorrência da condição Emergência do sujeito moderno como decorrência da condição

de desamparo em que se encontrava o homem europeu na de desamparo em que se encontrava o homem europeu na passagem do Renascimento para a Idade Modernapassagem do Renascimento para a Idade Moderna Perda da tradição como parâmetro de verdade: o Perda da tradição como parâmetro de verdade: o

desencantamento do mundo como essência da modernidadedesencantamento do mundo como essência da modernidade Valorização do Homem como centro do mundo: o sujeito auto-Valorização do Homem como centro do mundo: o sujeito auto-

fundado em sua vontade e razão livres para dominar a Naturezafundado em sua vontade e razão livres para dominar a Natureza Nascimento de uma subjetividade privatizada a partir da distinção Nascimento de uma subjetividade privatizada a partir da distinção

entre público e privado: a valorização do “eu”entre público e privado: a valorização do “eu” Valorização da razão como legitimadora do conhecimento: o Valorização da razão como legitimadora do conhecimento: o

sujeito como fundamento da verdadesujeito como fundamento da verdade

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1° Momento (séc. XVI)1° Momento (séc. XVI) – racionalismo (Descartes) e empirismo – racionalismo (Descartes) e empirismo (Bacon) como métodos de obter acesso ao conhecimento (Bacon) como métodos de obter acesso ao conhecimento verdadeiro e, assim, embasar as crenças e ações humanas.verdadeiro e, assim, embasar as crenças e ações humanas.

2° Momento (séc. XVIII)2° Momento (séc. XVIII) – o iluminismo como aprofundamento – o iluminismo como aprofundamento da investigação epistemológica, conciliando racionalismo e da investigação epistemológica, conciliando racionalismo e empirismo, mas, simultaneamente, reconhecendo as limitações empirismo, mas, simultaneamente, reconhecendo as limitações da hipótese de um sujeito transcendental (Hume e Kant).da hipótese de um sujeito transcendental (Hume e Kant).

3° Momento (séc. XVIII e XIX)3° Momento (séc. XVIII e XIX) – reação ao projeto iluminista – reação ao projeto iluminista liberal, por meio do movimento Romântico, em que a vontade, a liberal, por meio do movimento Romântico, em que a vontade, a expressividade e o retorno ao Absoluto adquirem o papel central expressividade e o retorno ao Absoluto adquirem o papel central na atividade subjetiva, levando a um aniquilamento da idéia de na atividade subjetiva, levando a um aniquilamento da idéia de “eu” ou de “sujeito” (Schopenhauer e Nietzsche).“eu” ou de “sujeito” (Schopenhauer e Nietzsche).

4° Momento (séc. XIX)4° Momento (séc. XIX) – retomada do projeto da modernidade – retomada do projeto da modernidade por meio do nascimento das ciências humanas e, em especial, por meio do nascimento das ciências humanas e, em especial, da psicologia.da psicologia.

Os Sistemas Filosóficos eOs Sistemas Filosóficos eo Sujeito do Conhecimentoo Sujeito do Conhecimento

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Emergência e Ruína do IndivíduoEmergência e Ruína do Indivíduo Análise das condições sócio-econômicas que deram sustentação Análise das condições sócio-econômicas que deram sustentação

ao processo de individualização no ocidente modernoao processo de individualização no ocidente moderno As concepções teóricas e filosóficas acerca do homem emergem As concepções teóricas e filosóficas acerca do homem emergem

a partir de um contexto de mudança das relações sociais e a partir de um contexto de mudança das relações sociais e econômicas em jogo na modernidadeeconômicas em jogo na modernidade A ruína do feudalismo e das relações tradicionais de filiação social e A ruína do feudalismo e das relações tradicionais de filiação social e

organização do trabalho: a perda do sentido comunitárioorganização do trabalho: a perda do sentido comunitário A emergência do mercantilismo e da lógica de mercado: a A emergência do mercantilismo e da lógica de mercado: a

sobreposição das relações econômicas sobre o social, universalizando sobreposição das relações econômicas sobre o social, universalizando a idéia de que o interesse particular se sobrepõe ao interesse gerala idéia de que o interesse particular se sobrepõe ao interesse geral

A atomização do social: a idéia de indivíduo livre e dono de sua força A atomização do social: a idéia de indivíduo livre e dono de sua força de trabalho para vendê-la a proprietários privados, implicando a de trabalho para vendê-la a proprietários privados, implicando a responsabilidade sobre seu próprio destinoresponsabilidade sobre seu próprio destino

Nascimento do individualismo moderno como base de compreensão Nascimento do individualismo moderno como base de compreensão das dinâmicas sociais e econômicasdas dinâmicas sociais e econômicas

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Confluência de CrisesConfluência de Crises A modernidade e sua crise no século XIXA modernidade e sua crise no século XIX

A ruína dos ideais de subjetivação e individualidadeA ruína dos ideais de subjetivação e individualidade A destruição das utopias e a manutenção das desigualdades A destruição das utopias e a manutenção das desigualdades

sociaissociais O crescimento dos regimes disciplinaresO crescimento dos regimes disciplinares

A emergência das condições de constituição do espaço do A emergência das condições de constituição do espaço do “psicológico”“psicológico” A constituição da subjetividade privatizadaA constituição da subjetividade privatizada A consolidação dos métodos e técnicas da ciênciaA consolidação dos métodos e técnicas da ciência A crise da subjetividade privatizadaA crise da subjetividade privatizada

A ocupação da subjetividade pela ciênciaA ocupação da subjetividade pela ciência Agora como forma de tomar o psíquico como objeto de Agora como forma de tomar o psíquico como objeto de

conhecimento e não seu fundamento transcendentalconhecimento e não seu fundamento transcendental

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O Espaço das IdeologiasO Espaço das Ideologias LiberalismoLiberalismo

Sujeitos livres e iguais, dotados de razão e iniciativaSujeitos livres e iguais, dotados de razão e iniciativa Com interesses próprios, mas solidários em seus direitosCom interesses próprios, mas solidários em seus direitos Sociedade atomizada e democratizadaSociedade atomizada e democratizada

RomantismoRomantismo Sujeitos expressivos e singulares, dotados de criatividadeSujeitos expressivos e singulares, dotados de criatividade A expressão da singularidade, por meio dos sentimentos A expressão da singularidade, por meio dos sentimentos

permite a comunhão com a natureza comumpermite a comunhão com a natureza comum Sociedade organizada em tornos de gêniosSociedade organizada em tornos de gênios

Regime DisciplinarRegime Disciplinar Sistemas de redução da liberdade e docilização dos Sistemas de redução da liberdade e docilização dos

indivíduosindivíduos Elaboração de técnicas de controle social e individual que Elaboração de técnicas de controle social e individual que

redundam na tecnocracia e no cientificismo utilitaristaredundam na tecnocracia e no cientificismo utilitarista

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O Espaço PsicológicoO Espaço Psicológico

Uma tentativa de dar conta da crise da subjetividade no final do Uma tentativa de dar conta da crise da subjetividade no final do século XIX, criando um espaço de discursos e práticas sobre o século XIX, criando um espaço de discursos e práticas sobre o

“psicológico” que se orienta segundo os vértices do triângulo formado “psicológico” que se orienta segundo os vértices do triângulo formado pelas polaridades das éticas romântica, liberal e disciplinarpelas polaridades das éticas romântica, liberal e disciplinar

RomânticaRomântica

LiberalLiberal DisciplinarDisciplinar

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A Ocupação doA Ocupação doEspaço PsicológicoEspaço Psicológico

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Alguns Projetos de PsicologiaAlguns Projetos de Psicologia Duas vertentes:Duas vertentes:

Teorias “Científicas”Teorias “Científicas”• Estruturalismo, Funcionalismo e BehaviorismoEstruturalismo, Funcionalismo e Behaviorismo• GestaltGestalt• Psicologia Cognitiva e ConstrutivismoPsicologia Cognitiva e Construtivismo

Teorias “Compreensivas”Teorias “Compreensivas”• Fenomenologia e ExistencialismoFenomenologia e Existencialismo• HumanismosHumanismos• PsicanálisesPsicanálises

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As Psicologias CientíficasAs Psicologias Científicas Objetivam explicar os fenômenos psíquicos e comportamentais a Objetivam explicar os fenômenos psíquicos e comportamentais a

partir de métodos experimentaispartir de métodos experimentais Estudos sobre sensação, percepção, memória e cogniçãoEstudos sobre sensação, percepção, memória e cognição Estudos sobre a adaptação do homem ao seu ambiente de trabalho e Estudos sobre a adaptação do homem ao seu ambiente de trabalho e

estudoestudo Parte da mensuração quantitativa, de teorias explicativas e Parte da mensuração quantitativa, de teorias explicativas e

pressupostos funcionalistaspressupostos funcionalistas Encontram familiaridade com os campos biológico e físico-Encontram familiaridade com os campos biológico e físico-

matemáticomatemático Histórico:Histórico:

Estruturalismo: primeira vertente Estruturalismo: primeira vertente Funcionalismo e Gestalt: reações ao elementarismoFuncionalismo e Gestalt: reações ao elementarismo Behaviorismo: comportamento observávelBehaviorismo: comportamento observável Cognitivismo e Neurociências: modelos atuaisCognitivismo e Neurociências: modelos atuais

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As Psicologias CompreensivasAs Psicologias Compreensivas Visam compreender os fenômenos psíquicos naquilo Visam compreender os fenômenos psíquicos naquilo

que expressam do sentido da vida humanaque expressam do sentido da vida humana Estudos sobre a singularidade, a criatividade e a originalidade Estudos sobre a singularidade, a criatividade e a originalidade

da experiência humanada experiência humana Preocupação com o sentido do sofrimento e da felicidadePreocupação com o sentido do sofrimento e da felicidade

Parte de experiências qualitativas, teorias Parte de experiências qualitativas, teorias compreensivas e pressupostos humanistas e compreensivas e pressupostos humanistas e existenciaisexistenciais Encontram familiaridade com os campos das ciências Encontram familiaridade com os campos das ciências

humanas e de algumas filosofiashumanas e de algumas filosofias Histórico:Histórico:

Psicologia como ciência do espírito: primeira vertente Psicologia como ciência do espírito: primeira vertente Fenomenologia e Existencialismo: embasamento filosóficoFenomenologia e Existencialismo: embasamento filosófico Psicologias humanistas: um amplo lequePsicologias humanistas: um amplo leque

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A Psicanálise e a PsiquiatriaA Psicanálise e a Psiquiatria Saberes de origem médica, não psicológica, que, contudo, estão Saberes de origem médica, não psicológica, que, contudo, estão

intimamente ligados a este campo intimamente ligados a este campo PsiquiatriaPsiquiatria

Uma especialidade médica que data do século XIX, junto com a Uma especialidade médica que data do século XIX, junto com a criação dos manicômioscriação dos manicômios

Ganhou força nos anos 50 com o avanço da psicofarmacologia, que, Ganhou força nos anos 50 com o avanço da psicofarmacologia, que, atualmente, é seu grande referencial teórico e técnicoatualmente, é seu grande referencial teórico e técnico

PsicanálisePsicanálise Embora tenha nascido no seio da medicina, representa uma ruptura Embora tenha nascido no seio da medicina, representa uma ruptura

tanto com o saber médico, que considera o corpo do ponto de vista tanto com o saber médico, que considera o corpo do ponto de vista biológico, quanto o psicológico, que considera a mente apenas do biológico, quanto o psicológico, que considera a mente apenas do ponto de vista da razão conscienteponto de vista da razão consciente

Se constituiu como a primeira psicoterapia, de forma tal que a grande Se constituiu como a primeira psicoterapia, de forma tal que a grande maioria das escolas de psicologia clínica dela derivam, de alguma maioria das escolas de psicologia clínica dela derivam, de alguma maneira maneira

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Algumas PolaridadesAlgumas Polaridades Explicação e CompreensãoExplicação e Compreensão Força e SentidoForça e Sentido Inato e AprendidoInato e Aprendido Biológico e ComportamentalBiológico e Comportamental Individual e SocialIndividual e Social Razão e EmoçãoRazão e Emoção Ciência e ArteCiência e Arte

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Fronteiras com outros Campos de Fronteiras com outros Campos de SaberSaber Ciências Biológicas e da SaúdeCiências Biológicas e da Saúde

Biologia, Medicina, etc.Biologia, Medicina, etc. Ciências SociaisCiências Sociais

Antropologia, Sociologia, Economia, etc.Antropologia, Sociologia, Economia, etc. FilosofiaFilosofia

Estética, Ética, Metafísica, Epistemologia, etc.Estética, Ética, Metafísica, Epistemologia, etc. Arte, Cultura e PolíticaArte, Cultura e Política

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Matrizes do Pensamento Matrizes do Pensamento PsicológicoPsicológico Proposta de Figueiredo (1995a)Proposta de Figueiredo (1995a) Mapeamento dos fundamentos epistemológicos das Mapeamento dos fundamentos epistemológicos das

diversas teorias e práticas psicológicasdiversas teorias e práticas psicológicas Objetivo além das dicotomias tradicionais:Objetivo além das dicotomias tradicionais:

Biológico ou HumanoBiológico ou Humano Científico ou Especulativo-FilosóficoCientífico ou Especulativo-Filosófico Explicação e CompreensãoExplicação e Compreensão

Preocupação com a estrutura e o fundamento das teorias, Preocupação com a estrutura e o fundamento das teorias, mais do que com a história linear de seu desenvolvimento mais do que com a história linear de seu desenvolvimento e suas particularidades práticas e metodológicase suas particularidades práticas e metodológicas

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Matrizes Cientifici

stas

Matrizes Romântic

as

MatrizesPós-

Românticas

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Matrizes Cientificistas

Matrizes Românticas

Matrizes Pós-Românticas

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Matrizes CientificistasMatrizes Cientificistas- Nomotética e Nomotética e QuantificadoraQuantificadora- Atomicista e MecanicistaAtomicista e Mecanicista- Funcionalista e Funcionalista e OrganicistaOrganicista

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Define a natureza dos objetivos e Define a natureza dos objetivos e procedimentos de uma prática como sendo procedimentos de uma prática como sendo realmente científicosrealmente científicos

Considerada uma super matriz, presente em Considerada uma super matriz, presente em todas as tentativas de se fazer da psicologia todas as tentativas de se fazer da psicologia uma ciência naturaluma ciência natural

Busca a ordem natural dos fenômenos Busca a ordem natural dos fenômenos psicológicos na forma de classificações e leis psicológicos na forma de classificações e leis gerais com caráter preditivogerais com caráter preditivo

Esquema geral da lógica experimental:Esquema geral da lógica experimental: Hipotetização – Cálculo – MensuraçãoHipotetização – Cálculo – Mensuração

Matriz Nomotética e Matriz Nomotética e QuantificadoraQuantificadora

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Matriz muito influente no início da psicologia científicaMatriz muito influente no início da psicologia científica Busca de relações deterministas ou probabilísticas, segundo uma Busca de relações deterministas ou probabilísticas, segundo uma

concepção linear e unidirecional de causalidadeconcepção linear e unidirecional de causalidade Como preliminar ao estudo da causalidade, efetua a análise dos Como preliminar ao estudo da causalidade, efetua a análise dos

fenômenos de forma a identificar seus elementos constituintes fenômenos de forma a identificar seus elementos constituintes mínimosmínimos

Subjacente a esse procedimento analítico está a concepção Subjacente a esse procedimento analítico está a concepção atomística da realidadeatomística da realidade

Dessa forma, a temporalidade encontra-se reduzida a um Dessa forma, a temporalidade encontra-se reduzida a um processo mecânico de desdobramento das potencialidades de um processo mecânico de desdobramento das potencialidades de um estado inicial, segundo um encadeamento de causas e efeitosestado inicial, segundo um encadeamento de causas e efeitos

Esquema geral da causalidade mecanicista:Esquema geral da causalidade mecanicista: SS→ → RR TT11→→TT22→→TT3 3

Matriz Atomicista e MecanicistaMatriz Atomicista e Mecanicista

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Matriz Funcionalista e Matriz Funcionalista e OrganicistaOrganicista Matriz mais influente na história da psicologiaMatriz mais influente na história da psicologia Baseada em uma noção de causalidade funcional, em que os fenômenos mantêm Baseada em uma noção de causalidade funcional, em que os fenômenos mantêm

relação com as conseqüências e as incorporam em suas próprias definiçõesrelação com as conseqüências e as incorporam em suas próprias definições A análise é feita de tal forma a identificar e respeitar a totalidade estruturada do A análise é feita de tal forma a identificar e respeitar a totalidade estruturada do

organismo e seus padrões de interação funcional com o ambienteorganismo e seus padrões de interação funcional com o ambiente A temporalidade é pensada em termos da história do organismo, em termos de A temporalidade é pensada em termos da história do organismo, em termos de

desenvolvimento e evoluçãodesenvolvimento e evolução A compreensão da temporalidade no esquema funcional levará a duas A compreensão da temporalidade no esquema funcional levará a duas

submatrizes:submatrizes: Ambientalista – Ambientalista – desenvolvimento da função por suas conseqüências adaptativas desenvolvimento da função por suas conseqüências adaptativas

imediatasimediatas Nativista – Nativista – natureza biologicamente herdada das funções adaptativasnatureza biologicamente herdada das funções adaptativas

Há um resgate do sentido, pensado em termos de processos de adaptaçãoHá um resgate do sentido, pensado em termos de processos de adaptação Esquema geral da causalidade funcional:Esquema geral da causalidade funcional:

SSDD→→RR↔↔SS TT11↔↔TT22↔↔ T T33

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Matrizes Românticas e Matrizes Românticas e Pós-RomânticasPós-Românticas- Vitalista e NaturistaVitalista e Naturista- Historicismo IdiográficoHistoricismo Idiográfico- Fenomenológica e ExistencialFenomenológica e Existencial- EstruturalismosEstruturalismos

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Compreende aquilo que fora excluído pelas matrizes Compreende aquilo que fora excluído pelas matrizes cientificistas do campo da psicologiacientificistas do campo da psicologia

Fundamenta-se na divisão entre a ordem natural e a ordem Fundamenta-se na divisão entre a ordem natural e a ordem vital, como dois campos distintosvital, como dois campos distintos

Dentro da divisão entre razão e vida, toma o partido do Dentro da divisão entre razão e vida, toma o partido do qualitativo, indeterminado, criativo e espiritual, em lugar do qualitativo, indeterminado, criativo e espiritual, em lugar do interesse tecnológico e científicointeresse tecnológico e científico

Predomina o interesse estético, contemplativo e Predomina o interesse estético, contemplativo e apaixonado, em que se anulam as diferenças entre sujeito e apaixonado, em que se anulam as diferenças entre sujeito e objeto de conhecimento e a diferença entre ser e conhecerobjeto de conhecimento e a diferença entre ser e conhecer

Esquema geral da ordem vital e natural: “amor, integração Esquema geral da ordem vital e natural: “amor, integração e harmonia”e harmonia”

Matriz Vitalista e NaturistaMatriz Vitalista e Naturista

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Matrizes CompreensivasMatrizes Compreensivas As linhas compreensivas partem todas de uma problemática As linhas compreensivas partem todas de uma problemática

instaurada pelo Romantismo (cujo vitalismo-naturismo é instaurada pelo Romantismo (cujo vitalismo-naturismo é expressão direta): a expressão.expressão direta): a expressão.

Buscam pensar a experiência humana inserida no universo Buscam pensar a experiência humana inserida no universo cultural, estruturada e definida por ele, manifesta simbolicamentecultural, estruturada e definida por ele, manifesta simbolicamente

Diante dos fenômenos vitais de natureza expressiva coloca-se a Diante dos fenômenos vitais de natureza expressiva coloca-se a exigência de compreensão, que pressupõe uma intenção exigência de compreensão, que pressupõe uma intenção comunicativa e um ato interpretativocomunicativa e um ato interpretativo

Saídas distintas para esse problema foram encontradas pelos três Saídas distintas para esse problema foram encontradas pelos três movimentos:movimentos: Historicismo idiográficoHistoricismo idiográfico Estruturalismo Estruturalismo Fenomenologia e existencialismoFenomenologia e existencialismo

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Busca a captação da experiência tal como se constitui na Busca a captação da experiência tal como se constitui na vivência imediata do sujeito, com sua estrutura particular de vivência imediata do sujeito, com sua estrutura particular de significados e valores, irredutível a esquemas formais e significados e valores, irredutível a esquemas formais e generalizantesgeneralizantes

A compreensão psicológica deve individualizar o sujeito, A compreensão psicológica deve individualizar o sujeito, buscando o sentido de sua históriabuscando o sentido de sua história

O método pressupõe categorias como a reconstrução do O método pressupõe categorias como a reconstrução do sentido e a simpatia, caindo, em última instância no problema sentido e a simpatia, caindo, em última instância no problema do ciclo hermenêuticodo ciclo hermenêutico

As limitações metodológicas e a impossibilidade de uma As limitações metodológicas e a impossibilidade de uma fundamentação rigorosa das ciências do espírito no fundamentação rigorosa das ciências do espírito no historicismo idiográfico levaram às reações pós-românticashistoricismo idiográfico levaram às reações pós-românticas

Historicismo IdiográficoHistoricismo Idiográfico

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Trata-se de uma reação anti-romântica de tendência cientificistaTrata-se de uma reação anti-romântica de tendência cientificista Preocupação em elaborar métodos e técnicas de interpretação Preocupação em elaborar métodos e técnicas de interpretação

que conquistem o mesmo grau de segurança e objetividade que que conquistem o mesmo grau de segurança e objetividade que o obtido pelas ciências naturaiso obtido pelas ciências naturais Para tanto, a interpretação tenta se modelar pelos procedimentos Para tanto, a interpretação tenta se modelar pelos procedimentos

de hipotetização, cálculo e mensuração, tentando desenvolver uma de hipotetização, cálculo e mensuração, tentando desenvolver uma mediação metodológica que neutralize a subjetividade do mediação metodológica que neutralize a subjetividade do pesquisador e a consciência imediata do sujeitopesquisador e a consciência imediata do sujeito

Busca reconstruir as estruturas geradoras das mensagens, as Busca reconstruir as estruturas geradoras das mensagens, as regras que inconscientemente controlam a organização das regras que inconscientemente controlam a organização das formas simbólicas e a emissão dos discursosformas simbólicas e a emissão dos discursos As estruturas geradoras possuem uma existência trans-histórica e As estruturas geradoras possuem uma existência trans-histórica e

transindividual, sendo capazes de a partir de um conjunto finito de transindividual, sendo capazes de a partir de um conjunto finito de elementos engendrar uma variedade infinita de formaselementos engendrar uma variedade infinita de formas

EstruturalismosEstruturalismos

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Fenomenologia: faz um resgate da tradição filosófica racionalista e Fenomenologia: faz um resgate da tradição filosófica racionalista e iluministailuminista Propõe uma alternativa para a fundamentação do conhecimento, sem Propõe uma alternativa para a fundamentação do conhecimento, sem

cair na legitimação naturalista-empirista ou subjetivista-historicista, cair na legitimação naturalista-empirista ou subjetivista-historicista, por meio de um resgate do sujeito transcendental como estrutura por meio de um resgate do sujeito transcendental como estrutura apriorística da existênciaapriorística da existência

O fenômeno é intencionalidade: a consciência e sempre consciência O fenômeno é intencionalidade: a consciência e sempre consciência de algode algo

Sendo os eventos subjetivos atos constitutivos do mundo, a Sendo os eventos subjetivos atos constitutivos do mundo, a fenomenologia proporciona as normas para compreender e interpretar fenomenologia proporciona as normas para compreender e interpretar as modulações da consciência individualas modulações da consciência individual

Existencialismos: tem origens comuns à fenomenologia, mas com Existencialismos: tem origens comuns à fenomenologia, mas com repercussões ainda mais profundas no campo psicológicorepercussões ainda mais profundas no campo psicológico As várias correntes existencialistas têm em comum o intuito de As várias correntes existencialistas têm em comum o intuito de

descrever e elaborar as categorias analíticas da existência concretadescrever e elaborar as categorias analíticas da existência concreta Nessa perspectiva, o homem é um ser que não tem essência alguma Nessa perspectiva, o homem é um ser que não tem essência alguma

pré-definidapré-definida Compreensão como reconstrução do mundo: explicitação dos Compreensão como reconstrução do mundo: explicitação dos

horizontes implícitos que conferem sentidos aos atos e vivências horizontes implícitos que conferem sentidos aos atos e vivências conscientes, desvelando o projeto existencial que subjaz a todas as conscientes, desvelando o projeto existencial que subjaz a todas as ações.ações.

Fenomenologia e Fenomenologia e ExistencialismosExistencialismos

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Matrizes Pós-Matrizes Pós-RomânticasRomânticas

ÉticaÉticaRomânticaRomântica

ÉticaÉticaLiberalLiberal

Ética Ética DisciplinarDisciplinar

Matrizes Matrizes RomânticasRomânticas

Matrizes Matrizes CientificistasCientificistas

O Espaço “Psicológico”O Espaço “Psicológico”

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ConclusãoConclusão

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Uma compreensão multifacetada do espaço da psicologia, levando Uma compreensão multifacetada do espaço da psicologia, levando em consideração suas oposições e triangulações em todos os níveis em consideração suas oposições e triangulações em todos os níveis teóricos, constituindo um espaço de dispersão sem perspectiva de teóricos, constituindo um espaço de dispersão sem perspectiva de unificaçãounificação

Desse modo, é preferível falar em uma constelação ou arquipélago Desse modo, é preferível falar em uma constelação ou arquipélago das psicologias, ao invés de uma única Psicologiadas psicologias, ao invés de uma única Psicologia

Reprodução no plano teórico da ambigüidade da posição de seu Reprodução no plano teórico da ambigüidade da posição de seu objeto:objeto: Sujeito: dominador e dominadoSujeito: dominador e dominado Indivíduo: liberto e reprimidoIndivíduo: liberto e reprimido

Sem um direcionamento epistemológico seguro, é preciso atentar Sem um direcionamento epistemológico seguro, é preciso atentar para os posicionamentos éticos que demarcam as polaridades do para os posicionamentos éticos que demarcam as polaridades do campocampo

Características da Psicologia como Características da Psicologia como Campo do SaberCampo do Saber