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A purificação do templo (Mt 21:12-16). Jesus havia começado seu ministério com um ato semelhante (Jo 2:13-25). Agora, três anos depois, o templo estava sendo profanado novamente pelos "negócios religiosos" dos líderes. Haviam transformado o pátio dos gentios num lugar onde judeus vindos de outros lugares poderiam trocar dinheiro e comprar sacrifícios. O que começou como um serviço de conveniência para os visitantes de outras regiões logo se transformou num negócio lucrativo. Os negociantes cobravam valores exorbitantes, e ninguém podia competir com eles nem se opor a eles. De acordo com os historiadores, esses negócios eram administrados por Anás, o antigo sumo sacerdote, e seus filhos. O pátio dos gentios no templo tinha como propósito oferecer aos "rejeitados" uma oportunidade de entrar no templo e de aprender sobre o verdadeiro Deus de Israel. Mas a presença desse "mercado religioso" levou muitos gentios mais escrupulosos a rejeitar o testemunho de Israel. Em vez de ser usado para trabalhos missionários, o pátio dos gentios estava sendo empregado para negócios mercenários. Ao chamar o templo de "minha casa", Jesus estava declarando ser Deus. Ao chamá-lo de "minha Casa de Oração", estava citando Isaías 56:7. O capítulo 56 de Isaías é uma denúncia contra os líderes infiéis de Israel. A frase "covil de ladrões" vem de Jeremias 7:11 e é parte de um longo sermão que Jeremias pregou junto aos portões do templo, repreendendo o povo pelos mesmos pecados que Jesus viu e julgou em seus dias. Por que Jesus chamou o templo de "covil de salteadores"? Porque o covil é o lugar onde os salteadores se escondem. Os líderes religiosos e alguns do povo estavam usando o templo e a religião judaica para encobrir seus pecados. O que Deus quer em sua casa? Quer oração no meio do povo (1 Tm 2:1 ss), pois a verdadeira oração é evidência de nossa dependência de Deus e de nossa fé em sua Palavra. Também deseja que as pessoas sejam ajudadas (Mt 21 :14). Os necessitados deveriam sentir-se acolhidos e encontrar a ajuda de que precisavam. Deveria haver poder na casa de Deus, o poder de Deus trabalhando para transformar as pessoas. Outro elemento que deve estar presente na casa de Deus é o louvor (Mt 21 :15, 16). Aqui, Jesus cita o Salmo 8:2. Mesmo vivendo numa cultura tão distinta da cultura de Israel e mesmo vivendo em épocas tão distantes como à época de Jesus Cristo, podemos afirmar que seus ensinamentos são aplicáveis em nossos dias, pois a igreja contemporânea passa por um momento muito semelhante ao ocorrido no século I. São líderes que não ensinam as verdades do evangelho de Jesus Cristo, mas usam do evangelho para se dar bem na vida às custas da fé alheia e

A Purificação Do Templo

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A purifcao do templo (Mt 21:12-16).Jesus havia comeado seu ministrio com um ato semelhante (Jo 2:13-25). Agora, trs anos de!ois, o tem!lo estava sendo !ro"anado novamente !elos #neg$cios religiosos# dos l%deres. &aviam trans"ormado o !'tio dos gentios num lugar onde (udeus vindos de outros lugares !oderiam trocar dinheiro e com!rar sacri"%cios. ) *ue comeou como um servio de convenincia !ara os visitantes de outras regi+es logo se trans"ormou num neg$cio lucrativo. )s negociantes co,ravam valores e-or,itantes, e ningum !odia com!etir com eles nem se o!or a eles. .e acordo com os historiadores, esses neg$cios eram administrados !or An's, o antigo sumo sacerdote, e seus /lhos. ) !'tio dos gentios no tem!lo tinha como !ro!$sito o"erecer aos #re(eitados# uma o!ortunidade de entrar no tem!lo e de a!render so,re o verdadeiro .eus de 0srael. 1as a !resena desse #mercado religioso# levou muitos gentios mais escru!ulosos a re(eitar o testemunho de 0srael. 2m ve3 de ser usado !ara tra,alhos mission'rios, o !'tio dos gentios estava sendo em!regado !ara neg$cios mercen'rios. Ao chamar o tem!lo de #minha casa#, Jesus estava declarando ser .eus. Ao cham'-lo de #minha 4asa de )ra5o#, estava citando 0sa%as 56:7. ) ca!%tulo 56 de 0sa%as uma den8ncia contra os l%deres in/is de 0srael. A "rase #covil de ladr+es# vem de Jeremias 7:11 e !arte de um longo serm5o *ue Jeremias !regou (unto aos !ort+es do tem!lo, re!reendendo o !ovo !elos mesmos !ecados *ue Jesus viu e (ulgou em seus dias. 9or *ue Jesus chamou o tem!lo de #covilde salteadores#: 9or*ue o covil o lugar onde os salteadores se escondem. )s l%deres religiosos e alguns do !ovo estavam usando o tem!lo e a religi5o (udaica !ara enco,rir seus !ecados. ) *ue .eus *uer em sua casa: ;uer orao no meio do !ovo (1 almo ?:2.1esmo vivendo numa cultura t5o distinta da cultura de 0srael e mesmo vivendo em !ocas t5o distantes como @ !oca de Jesus 4risto, !odemos a/rmar *ue seus ensinamentos s5o a!lic'veis em nossos dias, !ois a igre(a contem!orAnea !assa !or um momento muito semelhante ao ocorrido no sculo 0. >5o l%deres *ue n5o ensinam as verdades do evangelho de Jesus 4risto, mas usam do evangelho !ara se dar ,em na vida @s custas da " alheia e crist5os *ue ,uscam a ,en5o a *ual*uer !reo. ;ue !ossamos dar as m5os e lutarmos !elos o,(etivos de 4risto e "ormarmos uma gera5o de verdadeiros adoradores, os *uais, como disse o a!$stolo 9aulo aos Bomanos, n5o se con"ormam (tomar "orma) com este mundo, mas trans"ormam-se !ela renova5o do entendimento, !ara *ue e-!erimentem *ual se(a a ,oa, agrad'vel e !er"eita vontade de .eus !ara suas vidas.) e-em!lo dado !or Jesus, descrito na !assagem do evangelho a*ui estudada, demonstra *ue 4risto "oi veemente contra a "orma de como o comrcio era e-ecutado dentro das de!endncias do tem!lo, !ois na*uelas a+es e-istiam engano, e-tors+es e comerciali3a+es corru!tas. 2m outras !alavras, o lugar onde se re8ne os crentes deve limitar-se @ adora5o, e-alta5o e ora5o ao 9ai, ao Cilho e ao 2s!%rito >anto. .a mesma "orma, a*ueles *ue !ossuem o correto entendimento da " n5o devem com!artilhardeste es!%rito mercantilista e devem ensinar a todos os !receitos corretos de uma " sadia *ue n5o ,usca os !r$!rios interesses, mas *ue a/rma: Dse(a "eita a