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A QUALIFICAÇÃO DA FORMAÇÃO ACADÊMICA: O CIÊNCIA & CULTURA E O SEU REFLEXO NA GRADUAÇÃO
Alan Goularte Knuth – Acadêmico Bolsista do PET/ESEF/UFPel
Verner Vieira Nunes – Acadêmico Bolsista do PET/ESEF/UFPel
Luiz Carlos Rigo – Tutor do PET/ESEF/UFPel
RESUMO
Este trabalho objetivou apresentar, analisar e avaliar o Ciência & Cultura,
evento organizado pelo grupo PET da Escola Superior de Educação Física
(PET/ESEF). Além de divulgar as atividades organizadas pelo PET/ESEF, a escolha
por fazer essa análise avaliativa, em especial, devese ao fato de que o Ciência &
Cultura, pela tradição que conquistou, vem se caracterizando como uma das
principais atividades do PET/ESEF. Através do indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão, esse evento vem contribuindo de forma significativa na
qualificação do curso buscando temas inerentes, o que reflete um dos objetivos do
Programa.
INTRODUÇÃO
A Constituição Federal propõe que o exercício das funções da Universidade
Brasileira deve estar firmado no trabalho indissociável entre o ensino, a pesquisa e a
extensão. Conforme este documento, o qual descreve os direitos e deveres dos
cidadãos brasileiros, essa unicidade entre as vertentes do conhecimento nortearia as
ações no âmbito do ensino superior no país.
Entretanto, os objetivos dessas propostas de trabalho nem sempre são
alcançados ou conduzidos de forma satisfatória, no decorrer das atividades dos
espaços acadêmicos. Professores e pesquisadores, proponentes dessa empreitada,
são unânimes ao afirmar ser difícil a tarefa de seguir à risca a aplicabilidade deste
tripé. Se para muitos a discussão tornase complexa quando se tenta isolar cada um
dos meios de produção de conhecimento da Universidade – ensino, pesquisa ou
extensão, difícil também tem se mostrado aproximálos de forma coerente e concreta.
Com o intuito de potencializar, no âmbito da graduação, a formação dos
futuros profissionais, surge, em 1979, o Programa Especial de Treinamento,
atualmente denominado Programa de Educação Tutorial (PET). Baseado no trabalho
coletivo em prol de uma formação mais social, tendo como princípio básico, a
intervenção de forma conjunta entre ensino, pesquisa e extensão e a partir da
indissociabilidade são sistematizadas atividades nos cursos de graduação, nos quais,
o PET está inserido, fomentando a qualificação da formação acadêmica, social e
científica.
Assim, o Programa de Educação Tutorial da Escola Superior de Educação
Física da Universidade Federal de Pelotas (PET/ESEF/UFPel) tem na sua
intervenção, os objetivos direcionados não só para a qualificação de seus bolsistas,
mas também voltados para a proposição de atividades destinadas à comunidade onde
está inserido. A sistematização de suas atividades é realizada a partir de um
planejamento anual definido e aprovado pelo grupo, no início de cada ano. Desta
forma, dentre as diversas ações, está o Ciência & Cultura (C&C), evento que nos
últimos dois anos se fortalece, junto à unidade, como uma ação agregadora e
inovadora no que tange as propostas de uma Universidade Publica e comprometida
com a formação crítica e social.
ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO: O CAMINHO DA INDISSOCIABILIDADE NA PRODUÇÃO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSITÁRIA
Historicamente, o desafio da Universidade em realizar sua reconstrução, no
sentido de melhorar a qualidade do ensino que oferece e providenciar condições
adequadas para a atuação de acadêmicos e professores, é repleto de discussões e
temas polêmicos. Em consonância com Fernandes (1975), entendese que o debate é
de suma importância, considerando necessária a reflexão sobre os problemas das
Instituições de Ensino Superior (IES), buscando novas formas e fórmulas para a
Educação. “É preciso que saibamos, com plena convicção, o que pretendemos e
como avaliar as funções sociais construtivas da Universidade” (Ibid, 1975). Essa
busca pela transformação social, econômica, política e cultural traduz a ansiedade de
grupos, formados por espíritos críticos e mais lúcidos, em reformar um ensino
decadente e apoiado, não em pessoas, mas sim, em idéias e pensamentos “idosos”.
Habermas (1987) aponta para a idéia de que o conhecimento aparece mediado
por um instrumento e por um espaço intermediário. O instrumento é parte fundamental
na formação dos objetos, enquanto o espaço intermediário se torna o meio pelo qual a
luz do mundo penetra no sujeito. Vendo nesta ótica, o ensino – o instrumento – na sua
concepção mais abrangente é o fertilizador no entendimento da formação do sujeito,
de modo que a Universidade se transforma num possível elemento espacial dessa
construção.
Fernandes (1975) coloca o conhecimento como grande aliado para “(…)
combater a desigualdade e favorecer a mudança da sociedade (…)”, e a Universidade
como lócus de produção deste, deve se engajar nessa luta. O conhecimento e a
educação se comportam como estratégias primordiais do desenvolvimento humano,
sendo a primeira, “(…) a necessária competência formal para melhor realizar os fins,
inovar a serviço da humanidade (…)” (Demo, 1995), e a segunda, a brecha para a
“(…) qualidade política, o humanismo, a formação da cidadania, a cultura comum (…)”
(Ibid, 1995)
Deste modo, considerando o artigo 207 da Constituição Federal, promulgada
em 1988, o qual trata do funcionamento da Universidade Brasileira, remetese a esta
o comprometimento em trabalhar com a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extensão, fundando bases para sua aplicabilidade e sua transformação na construção
do sujeito (Brasil, 1988). Sendo assim, esse documento opera na tentativa de que
essa unicidade entre as vertentes do conhecimento norteie as ações no âmbito do
ensino superior no país.
Contudo, esse rumo nem sempre é direcionado de forma correta ao que
transparece as ações no âmbito acadêmico. Os profissionais que lideram essas
atividades (geralmente professores) concordam com o fato de não ser simples
conseguir englobar o ensino, a pesquisa e a extensão como atividadesmeio de sua
atuação. Os próprios relatórios institucionais das IES exigem que cada docente
mencione em qual modalidade do conhecimento seus projetos se enquadram,
burocratizando e segmentando assim a sua ação profissional.
Em muitos casos, a discussão tornase complexa, e na tentativa de conceituar
cada um desses princípios universitários, tentase unilos. O desafio é tentador.
Branco et al. (2005), assinala:
(…) a Extensão Universitária é o processo educativo, cultural e
científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e
viabiliza a relação transformadora entre Universidade e Sociedade. A
Extensão é uma via de mãodupla, com trânsito assegurado à
comunidade acadêmica, que encontrará, na sociedade, a
oportunidade de elaboração da práxis de um conhecimento
acadêmico. No retorno à Universidade, docentes e discentes trarão
um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido
àquele conhecimento. Esse fluxo, que estabelece a troca de saberes
sistematizados, acadêmico e popular, terá como conseqüências a
produção do conhecimento resultante do confronto com a realidade
brasileira e regional, a democratização do conhecimento acadêmico e
a participação efetiva da comunidade na atuação da Universidade.
Além de instrumentalizadora deste processo dialético de
teoria/prática, a Extensão é um trabalho interdisciplinar que favorece
a visão integrada do social.
Assim, ações de Extensão, como também as de Pesquisa, ao serem
selecionadas para fazerem parte da estrutura curricular, devem manter uma estreita
vinculação com o núcleo epistemológico do curso, a partir do perfil do profissional
cidadão delineado no projeto pedagógico (Ibid, 2005). O tipo de formação que um
sujeito pode obter neste processo depende de inúmeros fatores intrínsecos e
extrínsecos a sua posição de aprendiz. No ensino, estes fatores são multiplicados
infinitamente, pois dependem, em muito, da relação com outras pessoas e com
formas de associação para a construção do conhecimento. É o velho desafio de
aprender uns com os outros e também com os meios. Concordando com este ponto,
Carreiro da Costa apud RangelBetti e Galvão (2001) afirma a importância da
graduação, como fase de formação do profissional, principalmente na aérea da
educação, onde este adquire conhecimentos científicos e pedagógicos, além das
competências necessárias para enfrentar a carreira docente. Neste contexto, tornase
importante, ações que possibilitem ao estudante, a vivência de experiências
significativas que dêem ao mesmo, condições de refletir sobre as grandes questões
da atualidade e, a partir da experiência e dos conhecimentos produzidos e
acumulados, construir uma formação compatível com as necessidades da realidade,
tendo uma visão social desta.
A partir destas considerações, entendese que a construção de um espaço, no
qual vislumbre e estimule a indissociabilidade entre as três vertentes da Universidade
se faz continuamente necessária. Assim, o PET/ESEF/UFPel traz a tona o evento
intitulado Ciência & Cultura, na tentativa de consolidarse na atuação orientada pela
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão para a promoção dos objetivos
da Universidade Brasileira.
UM POUCO DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL DA ESEF/ UFPEL
Na Universidade Federal de Pelotas, o Programa PET se faz representado
por oito grupos (Artes, Agronomia, Odontologia, Arquitetura, Física, Engenharia
Agrícola, Meteorologia, além da Educação Física). Na Escola Superior de Educação
Física, o PET encontrase em vigência desde 1991, tendo auxiliado na formação de
aproximadamente 60 profissionais. Neste período, o grupo teve quatro professores
como tutores, sendo o primeiro desses o Professor Airton José Rombaldi, sucedido
pelos Professores Renato Siqueira Rochefort, Florismar Oliveira Thomaz e,
atualmente, Luiz Carlos Rigo.
OBJETIVOS
O objetivo deste estudo é realizar uma análise do Ciência & Cultura, evento de
caráter científico que ocorre na ESEF/UFPel e que se orienta na interrelação entre
ensino, pesquisa e extensão. Também é intuito deste trabalho divulgar uma das ações
do PET/ESEF/UFPel, dividindo com a comunidade acadêmica, em geral, os frutos
desta experiência, fortificando assim, a produção e registro das atividades do
programa.
METODOLOGIA
Este trabalho se caracteriza como um estudo analíticodescritivo do evento
Ciência & Cultura, bem como da repercussão acadêmica alcançada. Para atingir
escopo deste processo, pautouse essa análise, principalmente, nos dois últimos
eventos, realizados em 2004 e 2005.
O CIÊNCIA & CULTURA COMO REFERÊNCIA NA DISCUSSÃO
O projeto “Ciência & Cultura”, criado em 1995 pelos componentes do
PET/ESEF/UFPel daquela época, surgiu como uma proposta de palestras periódicas
para os alunos da graduação, com temas de significância expressiva aos acadêmicos
de Educação Física. Passados alguns anos, o projeto foi sacado do planejamento do
grupo e somente há dois anos, com a iniciativa dos integrantes atuais do PET/ESEF,
é que este evento foi retirado da gaveta, sendo reformulado com uma nova proposta
de intervenção no curso.
A CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CIÊNCIA & CULTURA
O PET/ESEF/UFPel possui por prática organizacional, a elaboração de um
planejamento das atividades pretendidas para o ano, realizado sempre no início de
suas atividades.
Quando da aproximação da data programada do C&C, o grupo organizou um
subgrupo, denominado “Base”, a qual se reúne em horário extraordinário ao da
reunião administrativa semanal do PET/ESEF/UFPel, para que providências mais
urgentes e/ou necessárias sejam tomadas, sempre com o aval dos demais membros
não presentes. Nesses espaços, temas possíveis para o evento são formulados e
discutidos, além do formato deste, dos critérios para publicação de trabalhos, dos
nomes de palestrantes, da disposição de datas e horários, dos recursos materiais
necessários e da parte burocrática de liberação de aulas, chaves, espaços e etc.
Os temas que servem de subsídios para sistematização das atividades
desenvolvidas relacionamse com a formação profissional comprometida com a
formação continuada e a inclusão social de grupos historicamente desprivilegiados.
Após a programação fechada e acertada, dáse início ao evento. São
promovidas diversas atividades que buscam atingir os objetivos do PET. Dentre essas
estão mesas redondas, palestras, mostras, sessões de filme (com discussões ao final
destas), comunicações científicas e sessão de pôsteres. A maioria dessas ações são
propostas na tentativa de se produzir espaços para a construção do conhecimento,
utilizandose de temáticas orientadas na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extensão, na ação espacial e temporal da Universidade.
O Ciência & Cultura se consolida numa pesquisa contínua, tanto para escolher
o tema, quanto do momento de apresentação de trabalhos pelos acadêmicos, assim
como se confunde com ensino, pois a comissão científica estabeleceu diálogo com os
autores de trabalhos. Os mesmos trabalhos em alguns momentos tratam de relatos
sobre suas experiências em projetos de extensão, ou seja, o universo acadêmico está
misturado neste momento.
As palestras podem ser tipicamente caracterizadas como espaços de ensino.
Apesar disso, no C&C de 2005, o tema Ato Médico além de agregar um assunto
insuficientemente debatido no âmbito da sala de aula, pôde ser usado como diálogo
interdisciplinar e multidisciplinar, além de conter indícios extensionistas na sua
proposição. Explicase essa afirmativa pela presença de médicos, como palestrantes,
que fornecem um panorama do propósito e alcance do evento, e estudantes de outras
profissões da área da saúde, o que proporciona um debate que vai além dos assuntos
inerentes à Educação Física.
Em 2004 o tema gerador do Ciência & Cultura foi a mostra dos laboratórios da
ESEF/UFPel, onde os variados espaços de construção do conhecimento da unidade
puderam apresentar suas atividades, de pesquisa e/ou extensão, além de convidar os
novos acadêmicos a integrarem esses espaços, esclarecendo dúvidas e ressaltando
as linhas de estudo desenvolvidas por cada laboratório. Exatamente neste momento,
percebemos uma plena interação docente/discente, a qual nem sempre é atingida.
Essa interação se dava durante as apresentações de cada laboratório, através do
diálogo, onde professores e dezenas de alunos acompanhavam esta etapa do evento,
indagando e esclarecendo dúvidas sobre varias questões. Fazse necessário registrar
também, que em alguns laboratórios os próprios alunos participantes relataram sobre
as atividades de seu espaço.
Para a produção científica dos acadêmicos da ESEF/UFPel existiu duas
possibilidades no C&C: apresentação oral de pesquisas, além de projetos de extensão
e trabalhos na forma de painel, com textos reduzidos. A comissão científica, na tarefa
de fazer o parecer dos trabalhos inscritos, é formada por alunos petianos e pelo
professor tutor. No ano de 2005, o grupo procurou inovar neste processo, retornando
aqueles textos que apresentavam incoerências metodológicas aos autores, mas não
para serem impossibilitados de serem inscritos no evento, e sim, para que pudessem
enquadrar melhorias e transformar o texto, adequandoos às normas previstas,
tornando também esta prática diferenciada do que acontece normalmente em eventos
científicos. Outro ponto a destacar nesse aspecto é a chance de acadêmicos poderem
apresentar suas produções para a comunidade da ESEF, adquirindo experiências e se
preparando para eventos de dimensões maiores.
Com essa correlação de vertentes (ensino, pesquisa e extensão), Pierson e
Filho (2002), trabalham diversos sentidos, onde colocam que ensino com extensão
aponta para a formação contextualizada às questões da sociedade contemporânea.
Ensino com pesquisa propõe o verdadeiro domínio dos instrumentos nos quais cada
profissão se expressa em seu processo evolutivo.
Uma dificuldade encontrada pelo grupo remete ao caráter que se deve dar no
momento das apresentações culturais, pois temos a percepção ou impressão que
estas ficam desvinculadas, ou recebem pouco interesse da forma como estão sendo
exploradas, o grupo tenta conceder espaços para projetos exteriores à universidade
para que tenham o status de algo “diferente”, entretanto a participação neste
momento ainda é insuficiente, desintegrada.
Assim, após a ocorrência do C&C há espaço no seminário mensal do grupo
(reunião mensal com um tempo maior para avaliações do andamento das ações do
grupo no mês corrente) para que este exerça a avaliação acerca do evento. Quais
pontos foram cumpridos satisfatoriamente. Se a ação foi bem recebida pela
graduação. Se houve participação ativa dos alunos e professores. E também avaliar
os tópicos a serem melhorados nos próximos anos, entre outros.
CIÊNCIA & CULTURA
Inscrições (gratuitas) na secretaria ou no PET até 17/11.
Um olhar crítico sobre a produção do conhecimento na ESEF
Programação:17 de Novembro (8h às 12h): Mesa de Abertura Apresentação dos Laboratórios Apresentações de Trabalhos
18 de Novembro (14h às 18h): Encerramento
Apresentação dos LaboratóriosApresentações de Trabalhos
Serão aceitos trabalhos para apresentação
oral e pôster.
inscritos até 09/11,
Programação Completa:Terçafeira 21/0614h Mesa Redonda
“A formação Acadêmica e o CREF/CONFEF”Prof. Rogério WurdiProfa. Jeane Marques Cazelato (Presidenta do CREF)
15h 30min. Abertura Oficial16h Apresentação Cultural16h 30min. Comunicações Científicas
Quartafeira 22/068h Mesa Redonda
“O Ato Médico”Médica Maria Fernanda PenkalaMédico Nauro José Aguiar da Silva
9h 30min. Apresentação Cultural10h Comunicações Científicas
14h PETPremier Sessão com filme “O Clube do Imperador”Palestra “Cinema e Educação”Jornalista Flávia Garcia Guidotti
Figura 1: material de divulgação do Ciência &Cultura 2004
Figura 1: material de divulgação do Ciência &Cultura 2005
CONCLUSÕES
Após a análise realizada, concluise que as iniciativas de resgate e de dar um
novo significado ao evento Ciência & Cultura foram uma atitude bastante feliz por
parte do grupo PET/ESEF/UFPel. Além de retomar um projeto próprio e tradicional do
grupo, a sua reestruturação, a partir de 2004, demonstra uma consolidação perante a
comunidade acadêmica da Escola Superior de Educação Física da UFPel, refletindo
tanto no seu corpo discente como no docente. É notável a expectativa de saber como
ele acontecerá a cada ano, qual o formato terá e que tema o evento priorizará tratar.
Avaliouse também que a crescente aceitação do evento por parte de docentes
e discentes um pouco se deve ao caráter intimista desse. Tratase de uma ação de
cunho micro política, micro pedagógica, além de ser um evento gratuito, pensado,
estruturado e organizado por acadêmicos da própria escola com fins de atingir a
comunidade universitária, façanha que o difere significativamente de outros eventos
científicos que possuem objetivos diversos.
Apesar de apontar a acertada reestruturação do C&C, considerase a
necessidade de reflexão sobre os espaços destinados às apresentações culturais, as
quais, julgamos, ainda, focos potenciais para qualificar o evento.
Portanto, considerase que as propostas trazidas pelo Ciência & Cultura estão
tendo uma boa receptividade, por toda a comunidade da ESEF, como ilustra a maciça
participação que tivemos nas duas últimas edições do evento (2004 e 2005). Apesar
disso, avaliase a necessidade de não mumificar a sua concepção. Não deve se tornar
um projeto pronto e acabado. Acreditase na importância do Ciência & Cultura,
pensando na possibilidade novas redefinições e reestruturações sempre que se
avaliar necessário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GUIMARÃES, N. C.; SILVA, R. F. T.; GUIMARÃES, R. G. M.; ARAÚJO FILHO, T. e
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www.udesc.br/reitoria/procom/ pagina/flexibilizacao.doc>, 2005.
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Disponível em: <http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/const>, 1988.
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HABERMAS, Jürgen. Conhecimento e interesse. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.
PIERSON, A. H. C., FILHO, T. A. F. Proposta PROGRAD/PROEX Atividade
Curricular de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão. São Carlos: PROEX, 2002.
RANGELBETTI, I. C. e GALVÃO, Z. Ensino reflexivo em uma experiência no ensino
superior em Educação Física. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 22, 3,
105116, 2001.
Endereço para contato:
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Verner Vieira Nunes – [email protected]
Luiz Carlos Rigo – [email protected]