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A relação entre a pesquisa na universidade pública e o setor produtivo na região Sudeste. Rafael Dias UFABC, 04/06/2012. Contextualização regional Elementos da racionalidade da PCT Interpretação “política” da política. Taxa de Inovação por região. - PowerPoint PPT Presentation
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A relação entre a pesquisa na universidade pública e o setor produtivo na região Sudeste
Rafael Dias
UFABC, 04/06/2012
Contextualização regional
Elementos da racionalidade da PCT
Interpretação “política” da política
Taxa de Inovação por região
Qualquer grau de novidade
Novo para o mercado nacional
Brasil 38,1% 4,1%Norte 35,8% 1,4%Nordeste 33,8% 2,2%Centro-Oeste 39,9% 3,0%Sul 41,6% 3,6%Sudeste 37,2% 5,0% ES 35,6% 0,3% MG 41,4% 4,4% RJ 32,9% 2,5% SP 36,4% 5,9%
Elaboração própria com base nos dados da PINTEC
Fonte: PNUD (2001)
Por que as empresas brasileiras são pouco inovadoras?
Compressão dos salários
Rentabilidade do mercado financeiro
Mercado consumidor atrofiado
Riscos associados às atividades de P&D
Possibilidade de roubar, copiar ou comprar tecnologias
Empresas que conferiram alta importância a...
Atividades internas de P&D
Aquisição de máquinas e equipamentos
Brasil 7,9% 61,9%Norte 6,9% 63,7%Nordeste 4,9% 61,2%Centro-Oeste 8,5% 68,2%Sul 8,1% 64,6%Sudeste 8,3% 59,8% ES 0,7% 68,6% MG 5,9% 68,2% RJ 10,6% 65,2% SP 9,6% 54,8%
Elaboração própria com base nos dados da PINTEC
Empresas que conferiram alta importância à interação com...
Universidades Institutos de Pesquisa
Brasil 6,5% 5,3%Norte 4,2% 7,6%Nordeste 8,3% 7,1%Centro-Oeste 11,4% 10,0%Sul 5,9% 5,4%Sudeste 6,1% 4,3% ES 5,0% 6,1% MG 3,4% 3,1% RJ 3,4% 5,4% SP 7,7% 4,5%
Elaboração própria com base nos dados da PINTEC
Empresas que conferiram baixa ou nenhuma importância à interação
com...Universidades Institutos de Pesquisa
Brasil 86,6% 88,0%Norte 91,0% 87,4%Nordeste 88,2% 89,8%Centro-Oeste 78,1% 85,0%Sul 84,6% 88,2%Sudeste 88,1% 88,0% ES 93,5% 89,9% MG 88,3% 90,0% RJ 93,1% 91,2% SP 86,9% 86,6%
Elaboração própria com base nos dados da PINTEC
Por que as empresas procuram as universidades?
• Transferência de conhecimento e tecnologia?
• Projetos conjuntos de P&D?
• Ou seria por outros motivos?
A racionalidade da PCT
• Ofertismo
“Quanto mais (mestres e doutores, dinheiro), mais C&T e mais desenvolvimento”
Resultado: “excesso de oferta” de M&D
Ofertismo
• O Brasil tem cerca de 44 mil profissionais fazendo P&D nas empresas, dos quais 4,4 mil são pós-graduados (PINTEC 2010)
• E forma por ano 41 mil mestres e 12 mil doutores (dados da Capes referentes a 2010)
A racionalidade da PCT
• Inovacionismo
“Inovação é condição necessária e suficiente para o progresso”
“Empresa é lócus privilegiado da inovação”
A racionalidade da PCT
• Inovacionismo
“É função da universidade promover o empreendedorismo e a inovação”
Resultado: Brasil dá recursos a fundo perdido para empresas privadas (inclusive multinacionais) fazerem pesquisa
A racionalidade da PCT
• Emulação de políticas
• “Boas experiências internacionais deveriam ser replicadas no Brasil para melhorar o resultado da PCT local”
• Resultado: práticas pouco aderentes ao contexto local, que muitas vezes reforçam os problemas que buscam atacar
Excepcionalismo científico (Bimber & Guston, 1995)
• Excepcionalismo epistemológico: ciência como a busca pela verdade;
• Excepcionalismo platônico: ideia de que somente um grupo restrito de pessoas de intelecto privilegiado deve ficar responsável pela condução do processo político;
Excepcionalismo científico (Bimber & Guston, 1995)
• Excepcionalismo sociológico – ciência tem uma ordem normativa única que garante seu bom funcionamento;
• Excepcionalismo econômico – ciência constitui um investimento produtivo que possibilita um extraordinário retorno futuro.
Excepcionalismo científico (Bimber & Guston, 1995)
• Os três primeiros já foram contestados pelos ESCT. O último é cada vez mais forte.
• Por que?
Raízes da PCT
• EUA, 1945: Relatório Science: the Endless Frontier
• “O progresso científico é essencial para a guerra contra as doenças, para a segurança nacional e para o bem-estar da população”
• “É atribuição do governo preocupar-se com a ciência"
Trajetória da PCT brasileira
• 1950s: institucionalização da PCT brasileira
• 1960s-1980s: projeto de autonomia tecnológica dos militares
• 1990s-2010s: foco na inovação e na competitividade
Considerações Finais
• O que fazer no sentido de reorientar o atual padrão da PCT, tornando-a mais aderente ao(s) contexto(s) brasileiro(s)?
• Como tornar o processo decisório mais democrático?
• Que outras abordagens podem contribuir para a compreensão das especificidades da PCT e suas dinâmicas de funcionamento?
Obrigado!