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Módulo II

Evangelizando a Família

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Capítulo 1

Lá vem nosso parente chato, ele acha que só a Igreja dele é a certa!

Aprendendo deixar a alegria cristã ir à sua frente.

I Pedro 3:15

Nem sempre a familia desfruta do mesmo nível espiritual entre todos os seus componentes. Pelo contrário, a regra é quase sempre existirem parentes próximos ou não que ainda não crêem em Jesus e sua Salvação.

Quando estamos aquecidos pelo Senhor nosso primeiro ímpeto é correr até essas pessoas, contar a elas o que Cristo fez por nós. As vezes chegamos a nutrir uma falsa esperança de que quando falarmos será algo quase irresistível para aqueles que não conhecem a Deus e eles se converterão imediatamente.

Não demora muito, os primeiros conflitos começam aparecer, ainda mais quando se tratamos de famílias tradicionais dentro de um determinado modelo de religiosidade.

Tente inverter os papeis. Quanto tempo você demorou para ter seu encontro com Deus? O que você pensava antes a respeito de pessoas que professavam uma Fé diferente da sua? Às vezes um coração mais receptivo, outras vezes totalmente avesso. Você tinha suas opiniões.

Porém, algo no meio do caminho fez você mudar de idéia. Mesmo aqueles que conheceram o evangelho por herança dos pais também. Você vinha a Igreja, mas não entendia muito bem o porque até que um dia algo falou em teu interior e mudou a sua vida.

As vezes, queremos que a obra de Deus aconteça a todo custo na vida daqueles que são nossos familiares. Tentamos empurrar nossa experiência cristã forçadamente e então ao invés das pessoas serem salvas acabamos por inserir barreiras para que elas se converterem. Geramos feridas e acabamos por sermos intitulados de arrogantes e chatos.

Devemos tomar todo cuidado para nunca nos enveredarmos em assuntos que geram debates e polemicas em torno da religião. A Bíblia diz que isso é falatório inútil.

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Eu particularmente nunca ouvi falar de alguém que tenha se convertido em um debate de idéias. O evangelho não é algo a ser debatido e sim algo para ser vivido e pregado.

Não obstante, erramos de igual maneira se escondermos de todos nossa posição de Fé e não testemunharmos do amor de Deus a quem quer que seja.

Como devemos agir então? Qual a hora para falarmos e a hora para ficarmos em silencio?

Temos que ser estratégicos. Inserir alvos de oração diante de Deus. Nomes de pessoas específicas que têm o potencial para influenciar outras quando se entregarem verdadeiramente a Cristo, mas principalmente devemos tomar cuidado para não retardarmos a conversão dos nossos familiares com comentários por vezes negativos a respeito dos por menores denominacionais.

Devemos evitar que aqueles que estão de fora à Fé sejam expostos a constrangimentos ocasionados por nossos problemas e dificuldades internos. Não é questão de usarmos máscaras para esconder nossos defeitos e sim não permitirmos que nossos defeitos ocultem quem realmente somos.

No mais, precisamos revelar Jesus em nossas atitudes diárias.

Muito mais do que falarmos ou tentamos convencer as pessoas, oitenta por cento do nosso testemunho deveria ser prático e apenas vinte por cento falado propriamente.

Para aqueles núcleos familiares que possuem integrantes que vivem numa mesma casa espiritualidades distintas, devemos tomar cuidado redobrado para policiarmos constantemente se não passamos àqueles que crêem de maneira diferente da nossa uma falsa idéia de arrogância ou superioridade por nossa condição religiosa. Será muito difícil testemunhar minha Fé dentro de casa se minha vida espiritual é apenas uma religiosidade que diferencia meu comportamento para qual direção devo caminhar nos dias de culto.

Como o relato de um cristão da Irlanda do Norte, país marcado por uma intensa rivalidade religiosa entre dois segmentos do cristianismo: Protestantismo e Catolicismo. Sem entrar no mérito da questão histórica que desencadeou este desentendimento o relato feito a partir da visão de um adolescente irlandês era: “- Meus pais eram bons amigos dos nossos vizinhos, chegávamos até mesmo a compartilhar coisas comuns da casa, como ferramentas e outros utensílios, porém

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quando chegava o Domingo nós procurávamos nem nos olhar, nós íamos para o norte para a Igreja Protestante e eles para o sul, onde estava a Igreja Católica mais próxima. Esta era a única diferença entre nós.”

Cabe a nós respondermos algumas perguntas agora.

Será que nossas marcas como cristãos e cristãs tem sido simplesmente o fato de não irmos ao mesmo lugar que outros integrantes da nossa família no dia de Domingo?

Tente agora olhar por outro ângulo da vida e pense um pouco como seu cônjuge ou seus pais enxergam sua Fé em Jesus. Se você já tem a família alcançada por Cristo será que existe alguém que ainda precise conhecer o Amor de Deus? Se existe, o que eu tenho feito para que isso seja possível?

Hoje, muitas pessoas se escondem atrás de slogans denominacionais para evitarem ser “constrangidas” com relação ao tipo de vida espiritual que levam. Até um tempo atrás quando ia testemunhar de Cristo a alguém e esta pessoa logo respondia: “-Sou da Igreja Tal!”, ou ainda “Pertenço a Tal denominação evangélica” logo eu parava e dizia: “Então que Deus te abençoe meu irmão!” e me retirava da conversa. Porém, de alguns anos para cá tenho me apercebido de duas realidades importantíssimas da mensagem de Cristo. Primeiro: ninguém será salvo em nome de Igreja alguma; Segundo: Sou conclamado a anunciar Boas Notícias e todos nós precisamos delas, até mesmo eu que as anuncio;

Então hoje, quando compartilho minha Fé com alguém e sou interrompido com a afirmação sobre qual denominação ela ou ele pertence, continuo dizendo o seguinte: “Que ótimo, então falamos a mesma linguagem!” e continuo apresentando o Plano de Salvação.

Se você fizer isso descobrirá quantas pessoas, até mesmo na Igreja Local, estão carentes de conhecer a verdadeira graça que liberta.

Assim como existem Leis físicas que regem o universo, existem princípios espirituais que estão descritos na Palavra de Deus.

Podemos resumir em quatro pontos principais as bases do nosso testemunho cristão.

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1° Ponto

DEUS É AMOR.

Devemos demonstrar o amor de Deus sendo amor como Ele é. Deus ama a todas as pessoas criadas independente de cor, sexo, condição social ou mesmo religiosidade. No seio da família devemos demonstrar este amor sempre, constantemente. De maneira constrangedora devemos amar, revelar esta realidade. Nossa vida deve emanar esta verdade com atos práticos. As pessoas devem perceber que Deus é nossa fonte e motivo de amor.

2° Ponto

O SER HUMANO ESTÁ SEPARADO DESTE AMOR.

Ao demonstrar o amor de Deus você irá perceber que as pessoas que te cercam começarão a notar que você é diferente delas. Algumas zombarão, outras passarão para um próximo estágio: perceber que não conseguem ser como você. Algumas poderão até mesmo te questionar sobre isso. Está aí a chance de compartilhar o porquê.

A Bíblia diz: “Todos pecaram e estão separados da Glória de Deus”.

Esteja sempre pronto a falar sobre isso nas diversas circunstancias da vida onde você tiver oportunidade. Comentários sobre alguma notícia do jornal, histórias de família, etc... Deus mostrará a você o “link” que estas situações podem fazer com este segundo ponto da verdade de Deus.

3° Ponto

DEUS ENVIOU A JESUS PARA NOS RECONCILIAR NO SEU AMOR.

Algumas pessoas alegam que se Deus fosse realmente amor ninguém iria para o Inferno. Mas a verdade é que a humanidade escolheu virar as costas para Deus e todos nós éramos filhos da ira. Deus pelo seu infinito amor, providenciou um meio pelo qual podemos ser salvos – o sangue de Jesus.

Este é o ponto chave do nosso testemunho e também o mais difícil de ser compartilhado. Ninguém pode crer que Jesus é o Cristo se não for pelo Espírito de Deus. Nós devemos semear esta verdade, mas somente Deus poderá fazer aquele

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que a ouve crer. Deus não te chamou para convencer pessoas pela argumentação de idéias. As vezes queremos discipular as pessoas antes mesmo delas serem salvas. Se alguém realmente crer será salvo e Deus o guiará a toda verdade.

4° Ponto

DEVEMOS ACEITAR A JESUS PARA RECEBERMOS O AMOR DE DEUS EM NÓS.

Este é o ponto final e decisivo. Depois de crer realmente que Jesus é o Cristo. Estou posto entre rejeitar seu projeto para minha vida ou recebê-lo em me meu coração me tornando uma nova criatura.

Não é uma questão de qual denominação eu pertenço, mas sim se sou verdadeiramente de Cristo e sigo seu projeto para minha vida.

Dentro do lar podemos ter diferenças na nossa espiritualidade, mas todos precisam de Cristo. Não podemos desistir da nossa família depois de algumas tentativas fracassadas.

As vezes muito já foi dito mas pouco ou nenhum fruto foi colhido até agora. Mesmo assim não devemos desistir ou nos conformarmos. Se amarmos nossos familiares, devemos amá-los não desistindo de crer na salvação deles.

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Capítulo 2

Ir para a Igreja e ficar igual você?

O que nossa família espera de nós enquanto servos e servas de Deus.

Filipenses 2:15

Você já parou para pensar como as pessoas da sua família te vêm?

Às vezes, mesmo com toda nossa boa intenção não conseguimos passar para as pessoas que estão ao nosso redor a visão correta daquilo que somos ou desejamos ser.

Não estamos falando de aparência física, ou roupas que utilizo e deixo de utilizar, apesar da aparência externa ter seus indicativos estamos falando de como somos vistos no nosso caráter e maneira de ser.

Será que as pessoas que estão a nossa volta desejam ser como nós ou de alguma maneira conseguem ver em nós alguém que possa ser tomado como modelo ou se contar em uma hora difícil?

Imagine a seguinte situação – Pense na possibilidade de escrever uma carta convite para Jesus passar uma semana na sua casa. Quem não gostaria de ter o Senhor dos senhores e Rei dos reis por uma semana inteira morando com você? Agora, imagine de alguma maneira a possibilidade de Jesus atender este pedido. Como seria?

Será que a presença de Jesus nos constrangeria a sermos diferentes do que normalmente somos? Minhas falas, meus costumes, minhas “manias”. Como estas coisas ficariam expostas a Luz da presença de Deus?

Se seguirmos neste pensamento, não podemos imaginar outro final senão nossas vidas completamente transformadas pela presença Dele. No entanto, nos esquecemos que constantemente os olhos do Senhor estão sobre todo lugar. Deus está a par das minhas práticas, sejam elas boas ou ruins. Temos então que nos lembrar sempre disso: Deus está conosco!

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Todavia mesmo os olhos de Deus estando em todos os lugares, nem todos os lugares experimentarão a manifestação da presença Dele. Uma coisa é Deus estar presente outra é a manifestação da sua presença.

Pelo atributo da Onipresença de Deus sabemos de antemão pela bíblia que Ele está sempre presente em todos os lugares, inclusive naqueles onde Seu nome não é invocado, mas Sua presença só irá se manifestar nos corações que estão abertos para recebê-lo.

Muito se critica a famosa Bíblia aberta dentro de casa no salmo 91, talvez porque alguns na ignorância tentam atribuir significado especial ou poderes místicos ao simples fato de terem um altar em casa. Mas acredito que toda casa deva ter um espaço reservado à oração. Um lugar que nos remeta a Deus. Símbolos dos mais diversos podem ser usados de acordo com a sua própria espiritualidade, mas isso ajudará você a se lembrar que Deus está sempre presente.

Se nossas vidas estiverem completamente rendidas a Deus começaremos a desenvolver uma espiritualidade muito mais contagiante do que a que normalmente expressamos. Meu testemunho dentro do lar será muito prejudicado, para não dizer até mesmo anulado, se eu não testemunhar com minhas atitudes a diferença que Cristo faz em minha vida.

Se eu não consigo prestar aos meus familiares coerência entre minha vivencia espiritual e minhas práticas sou apenas mais um religioso, limitado a um conhecimento meramente humano e racional a respeito da Fé.

Algumas pessoas se acostumaram vir a igreja. Talvez desde pequenas são ensinadas a fazerem o caminho das suas casas para o templo, mas nunca deixaram Cristo realmente mudar suas vidas. Isso é rapidamente constatado na ausência de resposta para uma simples pergunta sobre a sua experiência pessoal com Deus.

Alguns, por mais que se esforcem não conseguem encontrar na vida um momento sequer onde possam dizer: Esta foi minha experiência de nascer de novo.

Ninguém esquece que nasceu. Nascer de novo por sua vez é algo que fica marcado para sempre na sua vida. É indeletável.

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Mesmo aquele que foi criado desde a infância em um lar cristão, precisa nascer de novo. Não se muda a natureza humana condicionando-a a um ambiente cristão. Só existe um caminho para a Salvação: Jesus Cristo.

Todos precisam entrar nas águas de Deus para serem regenerados. Pois todos pecaram e carecem da Glória de Deus nas suas vidas.

É uma questão simples. Tomando por base a própria Lei de Deus, os 10 mandamentos. Você passaria impune por todos eles durante toda sua vida até aqui?

Talvez você até pudesse se esquivar de alguns, mas Jesus nos ensinou que o pecado não está somente na prática e sim no desejo. Então, se eu odiar meu irmão, no meu coração eu estou matando ele. Se eu olhar para uma mulher, ou fotografia de uma mulher ou homem - literaturas pornográficas - e alimentar desejos carnais sobre isso no meu coração, já adulterei.

É necessário então sentirmos o peso das nossas culpas e nos arrependermos dos nossos pecados sinceramente. O arrependimento deve ser de tal natureza que nos leve ao perdão de Cristo. Esta experiência chamamos de justificação.

Aqueles que são justificados são como aqueles que encontraram um tesouro precioso. Não conseguem mais se calar diante daquilo que Deus fez por eles.

Se até hoje sua vida tem sido meramente religiosa, peça perdão, procure identificar os seus pecados. Os 10 mandamentos podem ajudá-lo nisso. Vá um a um e lembre-se de situações da sua vida que você possa ter cometido algum deles, se arrependa e creia no perdão de Jesus.

Um detalhe especial é a quantidade de pessoas hoje que não se importam mais em santificar o Dia do Senhor. Nos mandamentos a Palavra diz para guardarmos o Sábado de Deus. Na verdade, o judeu guarda literalmente o dia de Sábado, pois é o dia que ele dedica a sua consagração ao Senhor e o convívio familiar. Nós cristãos, guardamos o Domingo, pois é o Dia que o Senhor ressuscitou. A Palavra Sábado vem do hebraico, Sabbat, que significa Descanso.

Então na verdade, Deus está falando, guarde o meu Descanso. O Domingo está revestido de um significado especial para os cristãos no mundo inteiro, pois todas as aparições de Jesus ressuscitado se deram aos domingos e desde a Igreja

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primitiva, o dia em que os cristãos partiam o pão, ou seja celebravam a Ceia, historicamente eram os domingos.

Não existe dia melhor para dedicarmos ao culto de Deus e para estarmos com a família. Não devemos permitir que nossos domingos sejam tomados por atividades que não envolvam a comunhão familiar e o culto ao Senhor.

Trocar o culto dominical por atividades que podem ser feitas nos outros dias da semana também é pecar contra o Senhor e dar mau testemunho à família. Temos 6 dias para trabalhar mas no sétimo devemos descansar. Se não dermos o descanso semanal ao nosso corpo, mente e espírito naturalmente isso será requerido de nós.

Não precisamos nem citar aqui, mas talvez seja inevitável lembrarmos de experiências de pessoas que tanto trabalharam ininterruptamente e por conta disso passaram muito tempo acamadas, doentes sem poder se levantar.

Deixar as outras atividades e vir para a Igreja também é dar testemunho. É claro que com isso não ignoramos aqueles que trabalham nos serviços básicos da sociedade, tais como médicos, bombeiros, vigias e outras profissões que exigem o trabalho dominical, porém mesmo essas pessoas precisam durante a semana ter seu Sabbat com Deus.

Se você está em um serviço que não permite a você nenhum tipo de descanso semanal e te impede de se reunir com outros cristãos para ouvir a Palavra do Senhor mesmo durante a semana, saiba que Deus já te libertou da escravidão do Egito e tem algo melhor para sua vida. Creia, envie currículos para outros lugares, coloque este propósito diante de Deus e você verá.

Dentro de casa temos um foco de olhares em nossa direção.

Devemos ser exemplos dentro do nosso lar em tudo o que fazemos.

Pode acreditar que a uma atitude fala mais alto do que mil palavras.

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Capítulo 3

Vou te filmar qualquer dia em casa e entregar o arquivo ao pastor.

Como nossa vida família direciona nosso crescimento espiritual

Mateus 5:20

Momentos de tensão, conflito e embate podem acontecer em qualquer família. O que não podemos permitir é que esses momentos se tornem a regra e a paz vire exceção.

Temos que viver exatamente o contrário, a paz é a regra de ouro do lar, embates são exceções não planejadas que devem ser evitadas com dialogo e compreensão.

Quando os relacionamentos da família estão ajustados tudo mais na vida adquire cores diferentes, mais brilhantes.

Imagine a família ideal. O marido realiza suas atividades no trabalho com muita tranqüilidade, mesmo diante de situações problemáticas. A esposa no lar faz tudo com prazer, quando trabalha fora também se sente feliz em saber que pode colaborar ou até mesmo manter seu lar financeiramente. Os filhos contam as novidades felizes do dia e mostram os boletins com notas todas azuis da escola. Os que já estão criados chegam com os netos abençoados invadindo a casa com alegria. Todos são amados, todos são aceitos. Não existem dívidas de nenhuma espécie e sempre que podem emprestam dinheiro sem cobrar juros a alguém que necessite na família.

Para muitos esta descrição acima não passa de um sonho praticamente impossível de se realizar. A realidade as vezes tem sido muito diferente de tudo isso acima descrito.

Brigas no lar, dívidas não pagas, empresas de cobrança ligando sem parar. Água, luz, telefone próximos do corte. Filhos com notas vermelhas no bimestre. Tudo o que se faz é com muita dificuldade. Sofrimento é presente em todas as empreitadas. O resultado final que o diabo deseja com tudo isso: desagregação da

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família. Filhos indo morar sozinhos porque não agüentam mais as “cobranças” e “brigas” dos pais. Maridos e esposas se separando porque já estavam em completo litígio dentro da própria casa.

Você pode ter certeza que a vida abundante que Jesus deseja dar passa por dentro de casa. Não podemos ser plenamente felizes quando o lar não vai bem.

Vale nesta hora repetirmos alguns conceitos do módulo I sobre as conseqüências de vivermos uma vida familiar que não desfruta da Paz de Cristo.

As orações são impedidas A palavra de Deus nos mostra de modo bem claro que quando o marido "briga" com sua mulher, algo acontece também na dimensão espiritual. O mesmo vale quando a mulher “briga” com o homem. Ambos deixam de prestar a honra devida um ao outro e se desonram com discussões e muitas vezes gritarias. I Pedro 3:7 As nossas ofertas não são aceitas A Bíblia diz que se temos algo contra nosso irmão devemos antes nos reconciliarmos com ele para depois levarmos nossa oferta até o altar, correndo o risco de sermos rejeitados como Caim o foi se assim não procedermos. Mateus 5:23,24 Tiram o prazer das realizações da vida Salomão, inspirado pelo Espírito Santo afirma, que é melhor comer um pouco de pão seco do que manjares em uma casa onde há brigas constantes. Provérbios 15:17 ; 17:1 ; 21:9

Quase 70% da nossa comunicação é não verbal, ou seja, é expressa

através de gestos, face e corpo. Por isso, as conversas não devem ser exaltadas

ou em tom de briga. Quando um dos cônjuges se perde numa explosão

emocional, é importante notar que a Bíblia não nos ensina a "jogar o mesmo

jogo" na tentativa de mostrar realmente agora quem manda de verdade. O que

lemos nas Escrituras é justamente o contrário:

"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira"

Provérbios 15:1

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"A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como

deveis responder a cada um".

Colossenses 4:6

Os maridos devem ter cuidados redobrados, pois por natureza são mais

racionais do que emocionais e suas palavras tendem a ser mais duras e

grosseiras. Por isto a Bíblia nos adverte:

"Maridos, amai a vossas esposas, e não as trateis com aspereza"

Colossenses 3:19

Há casais que alcançaram tudo o que queriam financeiramente, mas não

conseguem viver bem juntos. Eles, melhor do que ninguém, podem afirmar quão

verdadeiras são estas declarações bíblicas que citamos acima.

Não adianta ter outras realizações e deixar o relacionamento conjugal se

perder. Como alguém declarou: "Nenhum sucesso compensa o fracasso do lar".

Precisamos aprender a cultivar a unidade em nosso relacionamento. E isto

acontece quando aprendemos a lidar de forma simples e prática nas questões do

dia-a-dia.

Deus deseja levantar sua casa como um lugar de expressão da Glória

Dele. Dos sonhos de família perfeita, Deus tem os melhores para você e sua

casa. Não deixe que ninguém diga o contrário.

Não existe família tão ruim que não possa ser restaurada nem lar tão

bom que não possa ser melhorado. Sempre existe obra a fazer.

Isso acontece porque não somos perfeitos. Assumir que não somos

perfeitos é fácil, mas se não somos perfeitos isso significa que erramos e se

erramos quantas vezes pedimos perdão pelos nossos erros dentro de casa?

As vezes, declaramos com nossos lábios que não somos perfeitos, mas

vivemos como se fossemos, pois não temos coragem de nos retratar e pedir

perdão pelas nossas falhas.

Às vezes queremos provar nossa autoridade mandando os integrantes

do lar realizarem tarefas das mais diversas. É claro que existem diversas

atividades dentro de uma casa para serem realizadas e cada um pode receber

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uma delas por delegação a parte que lhe cabe. Porém, algumas pessoas

simplesmente fazem das atividades do lar mais um motivo de conflito. Chegam a

chutar as coisas no chão, mas não tem capacidade de ajudar pegando. Você

conhece alguém assim?

Apontar o defeito dos outros é muito fácil, difícil é tomarmos posição e

reconhecermos os nossos próprios. Isso só é possível se estivermos

completamente na dependência de Deus e tratados pelo seu Espírito.

Você já reparou como muitas brigas se iniciam pela nossa vontade de

provarmos que estamos certos ou que temos razão em determinado assunto.

Bom seria se quando surgissem situações de conflito pudéssemos orar cada um

a Deus e depois juntos pedir ao Senhor a direção correta.

Dizer a Deus: “-Senhor, eu acredito estar certo, minha esposa também.

Mas nossas vontades se contrariam nesta hora. Julgue então entre nós Senhor

quem tem a razão e nos mostre, ou então tire isso completamente dos nossos

pensamentos dando a nós uma nova direção.”

Esta oração com certeza resolverá muitos conflitos se for aplicada de

maneira corajosa dentro do lar, e também pode ser evangelística.

As vezes a casa passa por momentos difíceis que tem que ser

enfrentados em conjunto. Estas são boas oportunidades para você convidar

todos a orarem, independente das diferenças de credos.

Uma maneira simples de fazer isso é iniciar com uma declaração que

respeita a Fé de cada um mas gostaria que o lar estivesse mais próximo de Deus.

Expresse seu desejo de ter um período de oração em casa e veja as reações.

Vá com cautela, mas seja preciso e não permita a oportunidade passar.

As vezes situações tem acontecido dentro de casa e são eventos potencialmente

remidores da família que não podem ser desperdiçados por estarmos alheios ao

que Deus está fazendo.

Hoje existe um pensamento crescente na sociedade que todos os

caminhos conduzem a Deus, ou ainda que todas as religiões são boas. Ao

mesmo tempo que as pessoas começam a declarar que todas as religiões são

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boas, elas também começam paradoxalmente a dizer que nenhuma religião

presta.

As pessoas vêm nutrindo com o passar dos anos uma desconfiança das

religiões. Para muitos, ser religioso é ser manipulado por alguém que deseja

arrancar seu dinheiro.

Na família as vezes encontramos muitos com essa visão. Mostre para

essas pessoas que você não é religioso. Mas que sua Fé se baseia no

relacionamento com uma pessoa: Jesus Cristo de Nazaré.

Jesus disse: “-Se nossa Justiça não exceder aquela praticada pelos

fariseus e mestres da Lei, de maneira alguma entraremos no Reino dos Céus.”

Os mestres da Lei eram muito religiosos. Seria dificílimo para alguém

excede-los nisso, porém eles falhavam em se relacionarem com Deus vivendo

uma vida onde acreditavam que a aparência externa era suficiente para lhes

conferir autoridade divina e espiritual.

Devemos viver uma Fé muito além da religiosidade de freqüentar um

templo ou de ter meu nome arrolado num Rol de membros da Igreja. Uma Fé de

votar e ser votado para cargos, de cantar no coral, de fazer parte da liderança da

igreja. Se nossa justiça não exceder a essas coisas de maneira alguma

entraremos no Reino dos Céus.

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Capítulo 4

Ah! Ele é Crente? Nossa, não sabia.. Depois do testemunho é necessário comunicar o

evangelho.

Atos 18:26

Sem dúvida a maior dificuldade ao comunicarmos o evangelho aos nossos familiares é que eles conhecem as nossas virtudes e as nossas falhas com clareza.

Como seres humanos que são eles terão a tendência de ver o ponto preto no lençol branco e não o lençol branco ao redor do ponto preto.

Talvez todos nós tenhamos nossos pontos pretos no lençol. Devemos portanto sempre destacar as virtudes daqueles que convivem conosco, assim criaremos um ambiente onde todos poderão perceber o lado bom de cada um.

Quando falamos de evangelização contexto familiar podemos resumir seus objetivos em quatro grupos distintos de pessoas que compõe a família: Filhos, cônjuge, pais e demais parentes

Existem algumas maneiras básicas e gerais para que sejamos bem sucedidos na evangelização dos nossos queridos. Através desta aula, procuraremos apresentar cada uma delas. Lembre-se, nosso objetivo não é apresentar receitas prontas para conversão da sua casa, até porque se fizermos isso essas receitas poderão falhar. Contudo, os princípios espirituais são válidos para todas as pessoas em todas as circunstâncias e é neles que vamos nos deter.

Orar intensamente e regularmente (Tg 5:16b)

Filhos

Ser pai é uma das mais importantes tarefas a nós delegadas por Deus. Devemos orar objetivamente. Devemos interceder pelos motivos ligados à rotina diária e também pelo resultado mais amplo da ação de Deus nas suas vidas. Cônjuge (1 Pedro 3;7)

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Embora direcionado inicialmente ao marido este texto pode ser aplicado à esposa no sentido de fazer todo o possível para que haja um relacionamento sadio que não venha a intervir na comunhão com Deus. Orações que fazem diferença brotam de um coração ligado ao coração de Deus.

Pais e outros parentes

Devemos orar para que Deus os proteja de crentes fracos que possam criar barreiras ao evangelho devido ao seu mau testemunho. Devemos pedir que crentes genuínos venham a conviver com eles para que ao observarem o seu testemunho encontrem confirmação do que tem visto no relacionamento familiar.

Respeitar as "estações da vida" das pessoas

Durante a sua vida todo ser humano experimentará diversas estações. Conforme estas estações se alternam, ele estará mais receptivo ou resistente ao evangelho. Estações de alta receptividade normalmente estão vinculadas a chegada da idade da razão para as crianças, mudanças como adolescência, casamento, chegada de filhos, aposentadoria, desemprego, luto, etc.

As estações de resistência ocorrem com freqüência durante os períodos de estabilidade emocional, social e financeira. Devemos pedir ao Espírito de Deus que nos dê a percepção correta do momento para percebermos se é um momento de "dar linha" ou de "puxarmos a linha" como fazem os pescadores.

Sensíveis ao momento da vida em que os nossos queridos se encontram devemos estar sempre prontos para falar da razão da esperança que há em nós (1 Pedro 3:15-16).

Testemunho de vida

Seremos sempre pecadores e pessoas que convivem conosco sempre verão inconsistências em nossas vidas. Algumas delas terão a expectativa de que por sermos crentes seremos perfeitos. Não precisamos aceitar esta imposição de ser perfeito mas, pelo contrário, devemos demonstrar a nossa humanidade convertida através de demonstrações de arrependimento, pedidos de perdão, reconhecimento dos nossos erros e demonstração clara de que Jesus tem poder para mudar todo aquele que nele crê! Isto é ser o bom cheiro de Cristo (2 Coríntios 2:14-15).

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O que fará a diferença não é fingir "santidade e perfeição" mas vivermos uma vida que demonstre consistência e perseverança no compromisso assumido com Cristo. Existem também algumas maneiras bem específicas de compartilharmos a nossa fé com os quatro grupos citados.

Quando pensamos em compartilhar a nossa fé com os nossos filhos temos que refletir no significado de Deuteronômio 6:6-8.

Conversar sobre Deus

Se eles são pequenos podemos comentar sobre o fato de que Deus fez a chuva ou aquela borboleta que pousou na flor do caminho. Quando já estão maiores deveremos interpretar a ação de Deus naquela notícia sobre a fome na África ou porque oramos antes de fazer aquela viagem de férias.

Uma das maiores heranças que podemos deixar para os nossos filhos é ajudá-los a viver com a consciência de que "Deus não mora no prédio da igreja". Culto doméstico

Nestes momentos toda a família pára para dar atenção a alguém muito importante para todos - Deus! Não interessa se este será uma parada de 5 minutos ou de 1 hora. O mais importante é a regularidade e a valorização deste momento.

Igreja

Nossos filhos precisam aprender conosco que a fé cristã é uma fé vivida em comunidade, porém é uma grande ilusão pensarmos que podemos entregar a educação cristã dos nossos filhos para a Escola Dominical ou para a igreja. Esta tarefa é dos pais e a igreja pode apenas complementar o que se faz no lar!

Quando pensamos em compartilhar a nossa fé com os cônjuges e pais é sábio comunicarmos:

Dando evidência da ação de Deus em nossas vidas

Mencione as coisas grandes e pequenas que Deus tem feito por você. Eles estão vendo a sua vida na intimidade e por isto você deve ter muito cuidado para não "fantasiar" a atuação de Deus além da realidade. (1 Tessalonicenses 1:2-3)

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Sem dizer palavra (1 Pedro 3:1-2)

Após algum tempo podemos chegar à situação em que a pessoa já ouviu todas as explicações possíveis. Este é o momento de orar e esperar para que eles nos façam perguntas e observem o poder de Deus se manifestando no nosso viver diário. Mas lembre-se, isso só deve ser feito depois que eles tiveram a oportunidade de ouvir.

Quando pensamos em compartilhar a nossa fé com os demais familiares é importante:

Cultivar amizade genuína

Convide-os para a sua casa e compartilhe suas experiências de vida. Jogue bola com ele, vá ao shopping com ela, vá ao cinema ou a um parque, etc. Conviva com eles pois a fé cristã é muito mais vivida do que aprendida (2 Coríntios 6:6). Dar evidência da ação de Deus em nossas vidas

Quando você fala com um não-crente você usa expressões como "Deus me abençoou!", "Eu ouvi Deus falar comigo.", "Não foi sorte mas foi a mão de Deus me dirigindo!", etc? Muitos de nós contamos a mesma experiência com duas versões, a evangélica e a não evangélica diante daqueles que não desfrutam da mesma espiritualidade que nós.

Dar evidência é ser usado para aumentar a percepção da presença de Deus nas grandes e pequenas coisas da vida. Deus deseja usar a sua vida para que seus familiares aumentem a percepção espiritual da vida. Vivendo assim você acabará agindo como os discípulos que afirmaram em Atos 4:20: "não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido”.

Praticar ações de amor (Tiago 2:14-18)

Procurar perceber algumas das suas necessidades da família e tentar satisfaze-las por amor a Cristo. Isto vai desde cuidar do filho de alguém até ir pagar uma conta no banco. Algo concreto que confirme que esta história de amar ao próximo existe mesmo.

Não existe nada mais gratificante do que ver famílias inteiras sendo salvas por Cristo. Vale à pena perseverar!

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Historiadores contam que George Mueller, fundador de orfanatos na Inglaterra do século passado, orou durante 60 anos por um amigo não crente. Ele veio a falecer e no seu funeral aquele amigo finalmente fez a sua decisão por Cristo.

Imagine a surpresa agradável que ele terá no dia do juízo final quando encontrar o seu amigo com as suas vestes mais brancas do que a neve por terem sido lavadas pelo sangue do Cordeiro de Deus (Salmo 51:7).

Como você pode melhorar o seu evangelizar no contexto familiar?

Peça a Deus a capacidade para ser um instrumento útil para a salvação da sua família.