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A Silabinha e os ovos da Paulina
Desde manhã cedo que a Paulina, a galinha, não para de se queixar à sua grande amiga e confidente Silabinha que tinha assim uma maneira muito estranha de falar, falava a silabar:
- Silabinha, todos os dias ponho um ovo fresquinho e todos os dias ele desaparece do ninho.
- Deixa la Silabinha, ainda te metes em sarilhos…
A Silabinha, no entanto, está disposta a meter-se em sarilhos para saber o que acontece aos ovos da sua amiga. Por isso sobe para a carroça que parte para o mercado.
E de repente chega a uma grande praça:
Já não lhe apetece meter-se em sarilhos. Mas como encontrará o caminho para casa neste emaranhado de ruas e ruelas?
Sric…Scrac, range o galo em cima da torre, virando-lhe as costas.
Mal a Silabinha dá dois passos na direção indicada depara-se com uma montra cheiinha de
ovos! Ovos de muitas cores, enfeitados com lindas fitas coloridas.
Scric… faz o galo no alto da sua torre. E a Silabinha dá mais alguns passos e…a sua boca abre-se de espanto.
Mas que susto apanha a Silabinha! A loja está cheia de pessoas, que cacarejam mais alto do que mil galinhas juntas:
- Quero duas dúzias de ovos de chocolate!
- Dê-me um ovo de chocolate gigante.
- Papa quero uma galinha verdadeira.
- A avó já tem muitas galinhas
verdadeiras e aqui só vende de
chocolate.
Resolveu esconder-se e quando finalmente o silêncio se instalou, a Silabinha saiu do seu esconderijo.
Determinada, decide observar aqueles ovos mais de perto. Ovos de muitas cores enfeitados com lindas fitas coloridas.
Como a noite chegara, a Silabinha adormecera no meio daqueles lindos ovos.
É já de manhã quando sente qualquer coisa a mexer-se debaixo de si…
Quando olha à sua volta vê que muitos ovos estão esmagados. E no fundo da cesta tem um ovo partido, mas nem mesmo desse sai um pintainho… apenas uma pasta muito cheirosa.
Pouco a pouco começa a surgir uma dúvida na sua cabeça.
De repente, a porta abre-se e a Silabinha foge como uma seta daquele galinheiro a fingir. Quando chega à rua, vira-se para a torre. O galo continua lá em cima.
Mas de repente, a dúvida volta à sua cabeça.
Então resolve descobrir se também existem galos a fingir. Ao chegar ao topo, todas as dúvidas se desfazem: o galo é ferro ferrugento e move-se conforme sopra o vento.
Embora surpresa, a Silabinha nem tem tempo para pensar no que acaba de descobrir porque do alto da torre consegue ver a sua quinta.
E por hoje chega de aventuras, vou para casa. Talvez regresse um
dia, porque gostava muito de descobrir o que acontece aos ovos
da minha amiga Paulina…