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Texto que explica do porque a língua guarani sobreviveu numa sociedade com civilização ocidental.
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Sobrevivência da língua guarani no Paraguai e na América do Sul: o despertar da
militância cultural
Mario Ramão Villalva Filho
A língua guarani é uma língua nativa viva majoritária na América do Sul, encontrada no
norte da Argentina, na região do Chaco boliviano e no sul do Brasil, especialmente no
Mato Grosso do Sul, no Paraná, nas aldeias indígenas do litoral Atlântico e na principal
capital econômica do Brasil, São Paulo.
Essa língua, própria deste continente, foi oficializada no Paraguai em 1992, na província
de Corrientes em 2004 e na cidade brasileira de Tacuru em 2010. Em 2006, foi
aprovada como língua oficial, junto com o português e espanhol, do bloco econômico
do Mercosul.
O senso de 2002 realizado no Paraguai apontou para os seguintes resultados referentes à
constituição linguística da população:
59% - são bilíngues (guarani e castelhano)
33% - possuem o guarani como primeira língua
26% - possuem o castelhano como primeira língua
27% - são monolíngues (guarani)
8% - são monolíngues (castelhano)
Depreendemos que 67% da população em 2002 era constituída por falantes de
castelhano, enquanto 86% era constituída por falantes de guarani. Podemos refletir
sobre estes itens e considerar que, na época, havia 4 milhões de habitantes no país, dos
quais 27% se declaravam falantes únicos de guarani; em contrapartida, apenas 8% dos
falantes declararam-se monolíngües em espanhol. Quase 60% da população declarou
que tinha o domínio das duas línguas. A pesquisa também apontou para outro aspecto
da constituição linguística da população paraguaia: 6% da população fala outros
idiomas, especialmente o português e demais línguas dos imigrantes, além de outras
línguas nativas dos povos originários.
El idioma que mayor cantidad de personas hablan es el guaraní (3.946.904
individuos), seguido del castellano (3.170.812 personas). Ambos presentan mayor
proporción entre los que residen en el área urbana: castellano 72,1% y guaraní
54,9%. El portugués es el idioma extranjero que mayor cantidad de personas hablan
(326.496 individuos). (ASUNCIÓN, 2002, p. 58).
A partir desses dados, resumimos que, no Paraguai, 90% da população utiliza no seu
dia-a-dia a única língua nativa originária destas terras e que é oficial de um estado
moderno: a língua guarani.
A difícil sobrevivência do guarani
A relação dos paraguaios com a língua sempre foi de amor e ódio, como indica o artigo
Dos siglos de amores y desamores al guarani, publicado pelo jornal Ultima Hora, em
que se descreve o uso e desuso que se fez da língua nos últimos dois séculos da história
do Paraguai, cujo poder político somente tirou proveito dessa língua nos momentos
difíceis. Segundo o artigo, somente em poucas oportunidades o poder político esteve ao
lado da sua língua nativa. Embora o uso da língua guarani tenha sido fundamental na
comunicação dos conspiradores contra a coroa espanhola no Paraguai durante o
processo de independência de 1811, Pedro Vicente Cañete – assessor das primeiras
formas de governo autônomo – proibiu o uso do guarani nas escolas. Porém, o ditador
José Gaspar Rodríguez de Francia foi contrário à proibição e apostou no guarani como
sinal de identidade.
O Dr. Francia, principal ideólogo da revolução de independência do Paraguai, governou
o país de 1814 a 1840, ano da sua morte. Durante esse período, o guarani teve a sua
máxima expressão de normalização. Foi durante seu governo que se institucionalizou o
Hino Nacional paraguaio em guarani. “No quiero en lengua de chapetones” reclamava o
Dr. Francia quando lhe foi apresentada a letra do hino em castelhano. “Escriban en la
lengua del pueblo”, sentenciou ele e, assim, o primeiro Hino Nacional paraguaio
recebeu o título de “Tetã Purahéi” (O Canto do Povo), escrito integralmente em guarani.
Essa língua foi a principal durante os seus 26 anos de mandato; a comunicação do
presidente com o povo era em guarani, assim como todas as comunicações oficiais.
Entretanto, no governo de Carlos Antonio Lopez, posterior ao de Dr. Francia, iniciou-se
um processo de discriminação oficial do guarani. Ele quis integrar-se culturalmente à
América hispânica valorizando o castelhano e excluindo a língua nativa. O hino, que era
originalmente em guarani, foi traduzido para o castelhano e, posteriormente, o uruguaio
Francisco Acuña de Figueroa foi contratado para elaborar a letra, que é utilizada até os
dias de hoje. Também os sobrenomes em guarani foram todos mudados para o espanhol.
Mas seu filho, Solano Lopez, que o substituiu depois de sua morte em 1862, deu nova
importância à língua nativa, especialmente por causa da Guerra de Tríplice Aliança a
partir de 1865; nesta época os jornais Cabichi’i e Cacique Lambare eram escritos em
guarani para informar e incentivar as tropas. Por causa da guerra, Solano Lopez foi um
incentivador da língua guarani; convocou o congresso para unificar a grafia a fim de
utilizá-la nos jornais que seriam distribuídos na frente de batalha.
Depois da guerra de1870, começa uma longa penúria para a língua guarani, considerada
como arma estratégica dos paraguaios. Bartolomé Mitre, General Chefe das Forças
Aliadas da Argentina, Uruguai e Brasil durante a guerra, perguntou a Domingo Faustino
Sarmiento como era possível destruir o Paraguai e este respondeu “Destruindo o
guarani”. O governo paraguaio, na época sob a ocupação dos aliados, determinou a
exclusão do guarani das escolas e outras instituições públicas e, assim, os seguintes
governos seguiram o mesmo rumo até o início do século XX. As crianças que falavam a
língua nos corredores das escolas eram severamente castigadas, assim como seus pais,
que eram responsáveis pela “falta de educação” dos seus filhos. Nessa época aparece a
expressão “guarango” que, segundo o Dicionário de la Lengua Española publicado
pela Real Academia Española significa “grosero”.
A partir de 1920 começam a aparecer os poetas e escritores considerados grandes
difusores da língua guarani. Narciso R. Colmán, Emiliano R. Fernandez, Darío Gómez
Serrato, Felix Fernandez e muitos outros. Pouco tempo depois, novamente o Paraguai se
envolve em outra guerra, desta vez com a Bolívia, chamada de Guerra do Chaco. E,
mais uma vez, o guarani volta a ser o protagonista dos paraguaios que lhe dão muita
importância na comunicação estratégica. O próprio Marechal José Felix Estigarribia,
principal condutor das tropas paraguaias, determinou o uso obrigatório da língua
guarani, já que se tratava de um código diferenciador e ininteligível para as tropas
inimigas:
Siendo necesario reglamentar el uso de los teléfonos del Ejército en campaña, el
comandante en jefe del Ejército resuelve; a) Las comunicaciones se harán
exclusivamente en guaraní y las secretas serán cifradas; b) Toda infracción a las
disposiciones sobre trafitelefónico, su secreto y las reglas para el uso del teléfono,
serán severamente sancionadas; para lo cual, los encargados de las Centrales o
Puestos telefónicos elevarán en cada caso, un Parte al Comando respectivo, dando
cuenta de La infracción y c) Comuníquese, circúlese y archívese. (GÓMEZ, 2007, p.
181).
Alguns poetas e músicos como Emiliano R. Fernandez e o teatrólogo Julio Correa,
criam músicas e peças teatrais em guarani para incentivar paraguaios a se alistarem para
a guerra. Mais tarde tais músicas e peças foram reconhecidas como instrumentos
fundamentais para que uma grande parte da população decidisse apoiar a contenda
contra os bolivianos.
Depois de terminada a guerra, mesmo com a vitória dos paraguaios, passaram-se muitos
anos sem que houvesse interesse oficial pela língua. Somente na constituição de 1967 o
idioma guarani foi declarado língua nacional, mas estava em condições inferiores em
relação ao castelhano, que continuaria sendo a única língua de uso oficial.
Finalmente, na Constituição de 1992, o Paraguai determina a oficialização da língua
guarani no artigo 140:
El Paraguay es un país pluricultural y bilingüe. Son idiomas oficiales el castellano y el
guaraní. La ley establecerá las modalidades de utilización del uno y el otro. Las
lenguas indígenas, así como las de otras minorías étnicas, forman parte del
patrimonio cultural de la nación. (PARAGUAY, 1992).
Esta lei é complementada no artigo 77:
La enseñanza en los comienzos del proceso escolar se realizará en la lengua oficial
materna del educando. Se instruirá, asimismo, en el conocimiento y en el empleo de
ambos idiomas oficiales de la República. En el caso de las minorías étnicas cuya
lengua materna no sea el guaraní, se podrá elegir uno de los dos idiomas oficiales.
(PARAGUAY, 1992).
Em outra parte da lei é estabelecida também a obrigatoriedade do ensino das duas
línguas oficiais, espanhol e guarani, em todos os níveis do sistema educativo do
Paraguai: básico, secundário e universitário. E, em 1998, é sancionada a lei que
determina que o ensino se realize na língua materna do educando desde o começo do
processo escolar e a outra língua oficial deverá ser ensinada também desde o início da
educação básica, com o tratamento didático próprio de uma segunda língua.
Somente em dezembro de 2010, 18 anos após a promulgação da oficialização do
guarani, foi sancionada a Lei de Línguas que regulamenta o uso das línguas oficiais e
possibilita a criação da Academia de Língua Guarani. A concretização desse fato
inaugurará um marco histórico em que uma língua nativa deste continente passará a ter
status de prestígio, permitindo assim que outras línguas como o Quéchua e o Aimara
também ganhem mais força como línguas nativas que foram subjugadas por mais de
500 anos de história americana.
O papel da mulher na sobrevivência da língua
Segundo Romero (1992), as mulheres tinham nomes que representavam os mais belos
adornos da natureza: yvoty (flor), yvaga (céu), panambi (borboleta), mburukuja poty
(flor de maracujá), arasa poty (flor de goiaba), mainumby (beija-flor), ysapy (orvalho),
yrupe (vitória-régia), pykasú (pomba), mbyju’i (andorinha). Na organização política dos
guaranis, as mulheres tinham direitos que lhes permitiam ser caciques, o que
demonstrava uma forte valorização da mulher naquela sociedade.
Porém, para os espanhóis, as concubinas índias eram “criadas”, “cuidadoras” ou
“servidoras” e, portanto, vistas como seres inferiores. Desse modo, deveriam ter nomes
somente em castelhano. A hispanização dos nomes das mulheres gerou um processo de
perda de sua própria identidade e culminou em movimentos de revolta contra os
colonizadores. Em 1539, depois da primeira rebelião guarani que fora reprimida
violentamente e cujos chefes nativos foram eliminados, houve a sublevação das
mulheres guaranis contra a dominação dos espanhóis, dirigida pela índia Juliana:
Una noche, en una conspiración de mujeres guaraníes, la india Juliana mató a su
marido el español Nuño Cabrera y salió a la calle a incitar a las nativas que hicieran lo
mismo con sus esposos europeos. Días después, Juliana era condenada y ejecutada
por la orden del adelantado Alvar Nuñez Cabeza de Vaca. (PASTORE, 19721 apud
GALEANO BAEZ, 2011, p. 7).
1 PASTORE, Carlos. La lucha por la tierra en el Paraguay. Montevideo: Ed. Antequera, 1972.
A partir desse contexto histórico, podemos compreender a mulher como a chave da
fusão entre a cultura espanhola e indígena no processo de mestiçagem. Os paraguaios
tiveram mães guaranis e pais espanhóis. Os filhos aprendiam a língua da mãe no seu lar
para mais tarde aprenderem a língua do colonizador nas escolas. Além disso, somente
os homens tinham acesso à educação naquela época, ficando a mulher com a sua
primeira língua que, por sua vez, era repassada aos seus filhos, e assim passaram mais
de 400 anos.
Durante a guerra da Tríplice Aliança (guerra do Paraguai), as mulheres que assumiram
posições de participação foram denominadas las Residentas:
As “residentas” acompanharam os homens durante toda a guerra. No final,
transformadas em soldadas, combatiam duramente e ainda atendiam feridos e
recolhiam mortos. Em muitas batalhas como Avaí e Acosta Ñu, foram lanceadas e
queimadas pelos aliados, junto com os sobreviventes, muitos deles seus próprios
filhos, “niños combatientes”. Algumas chegaram a receber a patente de sargento e no
final do conflito exerciam todas as funções de um soldado: cavando trincheiras,
cortando lenha, fabricando pólvora, abastecendo o acampamento. (PASCAL, p.146,
s.d.).
Depois da guerra, essas “residentas” tiveram papel fundamental na reconstrução do país.
Apesar da proibição imposta pelo novo governo sob comando dos aliados, as
“residentas” falavam em guarani, se incentivavam em guarani, manifestavam ao povo
ferido as esperanças em guarani e viam um futuro melhor a partir do ponto da
comunicação do povo, a sua língua. Essas mulheres tiveram uma tarefa muito difícil
porque continuavam sendo perseguidas pelo símbolo que elas representavam e,
principalmente, pela língua que elas utilizavam.
Ya dijimos que Sarmiento fue el encargado de revisar el programa escolar, de
manera que “la lengua salvaje” quede fuera de él y Paraguay pueda incorporarse de
nuevo a la civilización. Podemos decir, sin miedo a equivocarnos, que Sarmiento ha
sido, en gran medida, el gran responsable de que muchos campesinos paraguayos
sintieran asco hacia un modelo educativo que pregonaba lo ajeno como nuestro.
(SILVERO, 2009, p.116).
Mesmo com as proibições e castigos prometidos, a mulheres paraguaias continuavam
educando os seus filhos na língua nativa fazendo sobreviver a cultura e a língua guarani.
Enquanto isso, os homens e o poder político apenas reconheciam a importância da sua
língua como parte principal de sua identidade quando mais um inimigo se aproximava...
A língua guarani no Mercosul representada numa grafia única
Como dissemos no início deste texto, a língua guarani se estende desde o norte da
Bolívia, passa por todo o Paraguai e pelas várias províncias ao norte da Argentina e
inclui vários estados brasileiros. Por essa razão, podemos afirmar que a língua guarani
ultrapassa as várias fronteiras nacionais porque é anterior a todas essas nações atuais.
Fundamentalmente, essa é uma das razões pelas quais vários grupos de “militantes” da
língua e da cultura guarani se reuniram no IV Congreso Internacional "Guarani Idioma
Oficial del Mercosur", que ocorreu na cidade de Ytusaingo (Corrientes, Argentina) no
dia 29 de outubro de 2011. Especificamente, o que os guaranis (povos originários ou
não) reivindicam é que sua língua tenha a mesma consideração que as línguas de origem
européia que, respeitando os regionalismos, sotaques e individualidades, são
denominados com uma só palavra: português, espanhol, inglês, etc. A outra
reivindicação feita em relação à cultura guarani é principalmente em relação a
unificação da grafia e que esta seja válida para o todo o bloco do Mercosul. Cabe
lembrar que o bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai durante a 17ª
Sessão Plenária do processo de integração realizada em Assunção em 2009 aprovou o
Guarani como a terceira língua oficial, junto com o português e o espanhol.
A nova grafia já utilizada oficialmente pelo Paraguai, pela província de Corrientes
(Argentina) e pelos estados de Paraná e Mato Grosso do Sul (Brasil), sofre uma
resistência entre os guarani-falantes nos Estados do sul do país, principalmente em São
Paulo e no Rio de Janeiro. A “militância” guarani acredita que uma grafia única – mas
respeitando os regionalismos comuns a qualquer língua moderna – poderá viabilizar a
maior comunicação entre os guarani-falantes, que, ainda hoje, encontram-se separados
por fronteiras de países, etnias, famílias, e outras formas de divisões que impedem a sua
própria valorização e formas de luta.
Conclusão
A língua guarani foi oficializada em 1992 no Paraguai tornando-se, assim, a primeira
língua originária deste continente a ter esse status. Desde a independência, os
paraguaios têm utilizado a língua autóctone como ferramenta de resistência contra o
colonizador a princípio e, depois, contra outros inimigos que teve de enfrentar.
Embora quase 100% da população falasse Guarani, o preconceito acompanhou sempre
os adeptos dessa língua, que chegavam a sofrer castigos físicos e psicológicos
simplesmente por usarem o idioma. Depois da oficialização da língua e de sua inclusão
obrigatória nas escolas, passou-se a reconhecer seu valor como símbolo de identidade
nacional e, fundamentalmente, como arma política utilizada desde antes da
independência do país.
Para além das fronteiras das nações, hoje, em épocas de fortalecimento dos blocos
econômicos e, ao mesmo tempo, de discursos sobre “sustentabilidade”, é mais oportuno
pensar o idioma guarani como um instrumento de comunicação e de resistência entre os
povos latino-americanos, possibilitando seu resgate cultural e identitário em um
processo constante de reconstituição de sua memória na/pela língua.
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