A Suficiência da Morte de Cristo Para Nossa Salvação - João Calvino.pdf

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    A SUFICINCIA DA MORTE DE

    CRISTO PARA NOSSA SALVAO

    JOO CALVINO

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    Traduzido do Ingls

    Um sermo em Mateus 27:45-54, por Joo Calvino

    Via:Monergism.com

    Traduo por Camila Almeida

    Reviso e Capa por William Teixeira

    1 Edio: Fevereiro de 2015

    Salvo indicao em contrrio, as citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso Almeida

    Corrigida Fiel | ACFCopyright 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bblica Trinitariana do Brasil.

    Traduzido e publicado em Portugus pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licena Creative

    Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

    Voc est autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

    desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que tambm no altere o seu contedo

    nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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    A Suficincia da Morte de Cristo Para Nossa Salvao

    Por Joo Calvino

    E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, at hora nona. E perto da

    hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lam sabactni; isto ,

    Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? E alguns dos que ali estavam,

    ouvindo isto, diziam: Este chama por Elias, e logo um deles, correndo, tomou uma

    esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber. Os

    outros, porm, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem livr-lo. E Jesus, clamando

    outra vez com grande voz, rendeu o esprito. E eis que o vu do templo se rasgou

    em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; E abriram-se os

    sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; E, saindo

    dos sepulcros, depois da ressurreio dele, entraram na cidade santa, e

    apareceram a muitos. E o centurio e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o

    terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram:

    Verdadeiramente este era o Filho de Deus (Mateus 27:45-54)

    Vimos ontem que as zombarias e blasfmias dos inimigos de Deus no impediram a morte

    e a paixo de nosso Senhor Jesus de produzir e mostrar o Seu poder em meio a tanto des-

    prezo e ingratido do mundo. Por aqui vemos todos aqueles que eram de alguma reputaoe dignidade entre os judeus, que abertamente zombaram do Filho de Deus, mas isso no

    O impediu de ter compaixo de um pobre ladro e receb-lo para a vida eterna; todavia, de

    modo algum, necessrio que algum obscurea ou diminua a glria do Filho de Deus. Se

    argumentado que um pobre ladro no de modo algum comparvel com aqueles que

    governam a Igreja, que eram mestres da lei; no apropriado, quando falamos da salvao

    que foi adquirida por ns atravs da bondade gratuita de Deus; para buscar excelncia em

    qualquer de nossas pessoas, antes devemos voltar para o que So Paulo diz:

    Esta uma palavra fiel, e digna de toda a aceitao, que Cristo Jesus veio ao mundo, para

    salvar os pecadores (1 Timteo 1:15).

    Ento,quandoviermosaconsiderarofrutodapaixoemortedenossoSenhorJesus Cristo,

    todos os homens tm que ser humilhados, e ali tero que ser encontradas neles apenas a

    pobreza e vergonha, a fim de que Deus possa por este meio derramar sobre eles os tesou-

    ros da Sua misericrdia, no tendo outra considerao para fornecer para ns, a no ser

    na medida em que Ele v que estamos laados nas profundezas de todas as misrias. Des-

    de ento, esse ladro era um homem desaprovado por todos, e Deus o chamou assim re-

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    pentinamente, quando o nosso Senhor tornou eficaz a Sua morte e paixo que Ele sofreu

    e suportou [...], isso deve muitssimo nos confirmar. Isso no em absoluto, ento, uma

    questo da demonstrao de Deus como Ele estende a mo para aqueles que parecem

    ser dignos dela e que tm algum mrito em si, ou que eram respeitveis e de boa reputao

    entre os homens, mas quando Ele retira pobres almas condenadas das profundezas do in-

    ferno, quando Ele se compadece daqueles de quem toda a esperana de vida havia sido

    perdida, aqui onde a Sua bondade resplandece. Isso tambm o que deve nos dar a en-

    trada para a salvao. Pois os hipcritas, embora professem ser de alguma forma limitados

    pela graa de Deus, mas fecham a porta contra si mesmos, por sua arrogncia. Pois eles

    so to inflados com orgulho que no podem conformar-se ao nosso Senhor Jesus Cristo.

    Ento, primeiro, ns podemos estar muito certos de que Jesus Cristo chama a Si mesmo

    os miserveis pecadores que tm apenas confuso em suas pessoas, e que Ele estende

    osbraosparareceb-los.Porque,senotemoscerteza,nuncaseremoscapazesde tomar

    coragem para vir a Ele. Mas quando ns estamos bem convencidos de que para aquelesque so os mais miserveis que Ele envia a salvao que Ele adquiriu, desde que eles se

    reconheam como tais, e se humilhem, e estejam completamente confundidos, fazendo-se

    censurveis (como eles de fato o so), perante o julgamento de Deus; assim que devemos

    ser assegurados, assim que teremos fcil participao na justia que aqui nos oferecida,

    e pela qual ns obtemos a graa e favor diante de Deus.

    Ao que se diz, E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, at hora nona; em

    nossa lngua comum diramos das doze horas at s quinze horas. Mas o escritor do Evan-gelho seguiu a maneira comum de falar daquele tempo. Pois, quando diz a terceira hora,

    no est querendo dizer trs horas, mas que essa a primeira parte do dia. Em resumo,

    h aqui duas coisas a observar. Uma delas que eles contavam as horas de forma diferente

    do que fazemos hoje, pois eles contavam o dia de sol a sol, e havia as doze horas do dia,

    ao passo que ns medimos o dia por 24 horas, calculando a partir da meia-noite meia-

    noite seguinte. Os relgios tiveram que ser feitos de forma diferente, de modo que as horas

    eram mais longas no vero do que no inverno, e de acordo com isso os dias eram mais lon-

    gos ou mais curtos, por isso, as horas eram longas ou curtas. O outro ponto que eles divi-diam o dia em quatro quartos de trs horas, e cada parte foi nomeada pela primeira hora

    do quarto. Ento, desde o raiar do sol at segunda parte do dia foi chamado de a primeira

    hora. A segunda parte do dia comeava s nove horas e se estendia at ao meio-dia, esta

    era por eles chamada de a terceira hora. E a hora sexta, comeava a partir do meio dia e

    ia at s quinze horas. A ltima, durava at o pr do sol e o dia estava terminado. por

    isso que dito por um dos escritores do Evangelho que Jesus Cristo foi crucificado por volta

    da terceira hora. E aqui dito que isto aconteceu na sexta hora. O escritor do Evangelho

    quis dizer que a partir da sexta hora at a hora nona, houve trevas. Pois nosso Senhor

    Jesus foi crucificado entre s nove horas e meio dia, Ele havia sido condenado acerca de

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    nove horas por Pilatos. E So Marcos que dizer o fim da terceira hora, no o comeo,

    quando ele descreveu o tempo em que Jesus Cristo foi levado ao Glgota. Agora, Ele ficou

    na cruz at a hora nona, quando j o final do dia estava se aproximando. Por isso, mais

    provvel que o nosso Senhor Jesus no permaneceu em agonia na cruz por mais de trs

    horas.

    Durante esse tempo, dito que houve trevas sobre toda a terra, isto , a Judia. Pois o

    eclipse no foi geral por todo o mundo. Na verdade, isto teria obscurecido o milagre que

    Deus quis mostrar. Porque eles, ento, poderiam ter atribudo este eclipse s foras da na-

    tureza. Por outro lado, no h muitas pessoas que falaram dele no sentido de que isso a-

    conteceu em outros pases. Na verdade, aqueles que fazem meno disso so justamente

    conjecturados. Mas eis que a terra da Judia que foi coberta pela escurido. E a que ho-

    ras? Por cerca de trs horas depois do meio-dia, quando o sol ainda no estava prestes a

    se por, como se costuma dizer. Mas, para alm das foras comuns da natureza devia haverescurido para causar medo e espanto a todos. Muitos consideram que isso foi feito, como

    sinal de repulsa, como se Deus quisesse chamar os judeus a prestarem contas, a fim de

    que eles pudessem ter algum sentimento em relao ao crime to hediondo que eles havi-

    am cometido, e como se Ele significasse para eles por este sinal visvel que at mesmo to-

    das as criaturas deveriam, como que esconderem-se de uma coisa to horrvel, quando

    Jesus Cristo foi, assim, entregue morte. Mas temos que observar que de uma maneira a

    morte de nosso Senhor Jesus Cristo teve que ser realizada como um crime terrvel, isto ,

    no que diz respeito aos judeus. Deus detestou tambm sua iniquidade e demasiada vilania,pois estas superaram a todos os outros. Na verdade, se ns odiamos o assassinato e essas

    coisas, o que isso ser quando chegamos pessoa do Filho de Deus? Em relao a Quem

    os homens foram to loucos a ponto de quererem aniquilar Aquele que era a Fonte da Vida,

    de modo que eles se levantaram para destruir a memria dAquele por Quem fomos criados,

    e no poder de Quem ns subsistimos!

    No entanto, a morte de nosso Senhor Jesus no permaneceu meramente como um sacrif-

    cio de cheiro suave. Pois devemos sempre lembrar que [esta ocorreu para] a reconciliaodo mundo, como j declarado anteriormente. Alm disso, a escurido veio a fim de que o

    sol desse testemunho da majestade Divina e celestial de nosso Senhor Jesus. Embora,

    ento, por esse minuto Ele no foi apenas humilhado e se tornou desprezvel diante dos

    homens, at mesmo esvaziando-Se de tudo, como diz So Paulo; ainda assim, mesmo o

    sol O homenageia, e como um sinal disso ele permaneceu escondido. J que assim, en-

    to, saibamos que Deus, para tornar o perverso ainda mais indesculpvel, quis que Jesus

    Cristo em Sua morte fosse declarado Rei soberano de todas as criaturas, e que este triunfo

    do qual fala So Paulo no segundo captulo de Colossenses j comeou, quando ele diz

    que Jesus Cristo triunfou na cruz (Colossenses 2:14-15). verdade que Ele aplica isso ao

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    fato de que Ele riscou a cdula que nos era contrria, e que Ele nos absolveu diante de

    Deus, e por causa disso Satans foi derrotado; o que foi mostrado por este eclipse do sol.

    No entanto, os judeus estavam convencidos de sua ignorncia, mesmo de sua ignorncia

    maliciosa e fantica, como se tivesse sido visto com seus olhos que Satans os possua, e

    que eles haviam, por assim dizer, se tornado monstros contrrios natureza. Isso, em resu-

    mo, o que temos que lembrar quando se fala da escurido que ocorreu.

    verdade que hoje estamos iluminados pela morte e paixo de nosso Senhor Jesus Cristo.

    Pois, como que o Evangelho nos mostra o caminho para a salvao? Como somos ilumi-

    nados para chegar a Deus, a no ser uma vez que o Filho de Deus nos apresentado com

    o fruto e do poder da Sua morte? Jesus Cristo realmente o Sol da Justia, porque Ele ad-

    quiriu para ns a vida, por Sua morte. Mas os judeus foram privados de tal benefcio. E, em

    que o sol foi obscurecido, eles foram convencidos que de todas as pessoas, eles eram re-

    provados, e a doutrina no mais lhes seria proveitosa, nem lhes seria til para a salvao,uma vez que por sua malcia haviam tentado extinguir e abolir tudo o que podia dar-lhes

    esperana, pois esta esperana estava inteiramente na Pessoa do Mediador, a quem

    tentaram destruir por sua malcia e ingratido. Era certo, ento, que eles estavam completa-

    mente destitudos de toda a luz da salvao, a fim de que a ira de Deus se declarasse de

    forma visvel sobre eles.

    Segue-se que o nosso Senhor Jesus clamou, dizendo: Deus meu, Deus meu, por que me

    desamparaste?. So Mateus e So Marcos recitam em lngua Siraca estas palavras denosso Senhor Jesus, que so extradas de Salmo 22. E as palavras no so assim pronun-

    ciadas por todos os escritores dos Evangelhos como o texto do Salmo apresenta. Mesmo

    nesta palavra Eli, que Meu Deus, vemos que So Marcos diz: Elo (Marcos 15:34).

    Mas isso uma distoro da linguagem, como vimos antes; pois os judeus que retornaram

    da Babilnia nunca tiveram uma lngua totalmente pura, como antes. Ademais esta excla-

    mao tirada do Salmo 22:1. Deus quis especialmente que isto fosse recitado em duas

    lnguas, para mostrar que era algo importante, e para o qual devemos atentar. Na verdade,

    a menos que queiramos imaginar (como fazem muitas pessoas irracionais) que o nosso

    Senhor Jesus falou de acordo com a opinio de homens e no de acordo com Seu sentido

    e Seu sentimento, ns certamente devemos ser movidos por isto, e os nossos sentidos

    devem maravilharem-se, quando Jesus Cristo queixa-se de ser desamparado e abandona-

    do por Deus Seu Pai. Pois uma coisa muito sem graa e muito tola, dizer que o nosso

    Senhor Jesus no foi de todo tocado com a angstia e ansiedade em Seu corao, mas

    que Ele houvesse simplesmente dito: Eles dizem que estou abandonado. Isso mostra que

    aqueles que olham para tais glosas, no so apenas ignorantes, mas so totalmente zom-

    badores. Alm disso, eles nunca deixam de blasfemar, como ces mastim, contra Deus. E

    todos aqueles que falam assim, certo que eles no tm mais religio do que os ces e os

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    animais irracionais, pois eles no sabem o quanto a sua salvao custou ao Filho de Deus.

    E o que pior, eles zombam dEle apenas como os viles que so.

    Ento, temos que manter como um fato conclusivo que o nosso Senhor Jesus, que est

    sendo trazido para tal extremo e angstia, clamou com grande voz: (sim, como aqueles que

    so atormentados ao extremo), Deus meu, Deusmeu, por que que me desamparaste?

    Na verdade, ns j dissemos que seria uma declarao fria a partir da histria de Sua morte,

    se no considerarmos a obedincia que Ele prestou a Deus, o Pai. Esta, ento, a principal

    coisa que temos que considerar se quisermos ter certeza de nossa salvao. que, se co-

    metemos muitas faltas e rebelies e iniquidades contra Deus, tudo isso ser enterrado, na

    medida em que o nosso Senhor Jesus por Sua obedincia nos justificou e nos tornou acei-

    tveis a Deus, Seu Pai. Agora esta obedincia, no que consiste, a menos que Jesus Cristo,

    embora a morte fora difcil e terrvel a Ele, ainda assim, no recusou estar sujeito a ela?

    Pois se Ele no tivesse experimentado nisto nenhuma dificuldade ou contradio, isto noteria sido obedincia. Mas, apesar de que nosso Senhor Jesus, por natureza, morreu em

    horror, de fato foi um fardo terrvel para Ele o ser encontrado diante do tribunal de Deus,

    em nome [...] dos miserveis pecadores (pois Ele estava ali, como se tivesse que sustentar

    todos os nossos fardos), no entanto, Ele no deixou de humilhar-Se a tal condenao por

    nossa causa, ns sabemos que houve nEle uma obedincia perfeita, e nisto ns temos

    boas razes para glorific-lO, como diz o Apstolo na Epstola aos Hebreus,

    Nosso Senhor Jesus foi ouvido quanto ao que temia (Hebreus 5:7).

    Embora isto tenha sido assim, ainda que Ele teve que suportar algo to duro e penoso, de

    fato, totalmente contrrio a todo o afeto humano, isto era necessrio, pois:

    Ainda que era Filho, aprendeu a obedincia, por aquilo que padeceu (Hebreus 5:8).

    Vemos, ento, o Apstolo, que especifica particularmente que o nosso Senhor Jesus teve

    que ser assombrado pelo medo; pois, sem isto ns no saberamos quo precioso foi essesacrifcio pelo qual fomos reconciliados. Na verdade, So Pedro tambm mostra que o nos-

    so Senhor Jesus sofreu no s em Seu corpo, mas na alma, quando Ele diz que Ele lutou

    contra as dores da morte.

    verdade que a Escritura muitas vezes diz que ns somos redimidos pelo sangue de Jesus

    Cristo, na medida em que Ele ofereceu Seu corpo como um sacrifcio. tambm por isso

    que se diz que a Sua carne para ns comida e Seu sangue para ns bebida espiritual.

    Mas isso dito concernente nossa insensatez. Porque somos rudes, o Esprito Santo nos

    traz de volta ao que visvel na morte de Jesus Cristo, a fim de que possamos ter uma cer-

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    teza absoluta do penhor de nossa salvao. No entanto, no devemos rejeitar o que mos-

    trado em todas as outras passagens, para no invalidarmos o fato de que a morte e a paixo

    de nosso Senhor Jesus no serviriam para tirar as iniquidades do mundo, exceto na medida

    em que Ele obedeceu verdadeiramente humilhando-Se at uma morte assustadora. E Ele

    obedeceu, e no em tudo o que Seus sentidos foram levados, mas, apesar de que Ele tives-

    se que sofrer terrores e extremos terrores, ainda assim Ele colocou a nossa salvao acima

    de qualquer outra considerao. Isso, ento, o que temos que observar nesta passagem,

    isto , que o Filho de Deus no somente suportou em Seu corpo uma morte to cruel, mas

    que Ele foi comovido imediatamente, tendo que suportar terrveis assombros como se Deus

    O tivesse abandonado. Pois, na verdade, Ele tambm sofreu por nossa causa, e teve que

    experimentar a condenao que era devida aos pobres pecadores.

    Por nossos pecados ns estamos, por assim dizer, alienados de Deus, e Ele deve apartar-

    Se de ns, e ns temos que saber que Ele tem, por assim dizer, nos rejeitado. Essa a coi-sa certa para os pecadores. certo que Jesus Cristo nunca foi rejeitado por Deus, Seu Pai.

    No entanto, Ele teve de sofrer essas angstias e Ele teve que lutar bravamente para repeli-

    las, a fim de que hoje o fruto da vitria pudesse ser nosso. Portanto, devemos lembrar que,

    quando o Senhor Jesus foi colocado em tal situao, como se Deus Seu Pai tivesse tirado

    dEle toda a esperana de vida, na medida em que Ele estava ali em nossa pessoa, supor-

    tando a maldio de nossos pecados que nos separavam de Deus. Pois onde repousa a

    nossa felicidade, a no ser no fato de que somos vivificados pela graa de Deus e ilumi-

    nados pela Sua luz? Ele a fonte da vida e de todo o bem, e os nossos pecados colocam,por assim dizer, uma longa distncia entre Ele e ns. Jesus Cristo, ento, teve que experi-

    mentar isso. Vejamos agora o que algum poderia dizer. possvel que Jesus Cristo tenha

    experimentado esses terrores, uma vez que nEle h somente perfeio completa? Pois

    parece que isso afasta a f de que Ele deveria ter e de tudo o que ns devemos crer sobre

    Ele. Isto , Ele era totalmente imaculado. Ora, a resposta para isso muito fcil, pois quan-

    do Ele foi tentado por Satans, certo que Ele tinha que ter essa apreenso de que Ele

    estava, por assim dizer, em cima de uma torre e que Ele estava sujeito a tal iluso de acordo

    com a Sua natureza humana. No entanto, isso no tirou nada de Seu poder Divino. Em vezdisso, temos a oportunidade de magnificar Sua bondade para conosco, na medida em que

    Ele assim humilhou-se a Si mesmo por nossa salvao.

    Agora, dito que clamou: Deus meu, por que me desamparaste?. Em primeiro lugar,

    muito certo que Jesus Cristo, na medida em que Ele era Deus, no poderia ter tal apreen-

    so. No, no. Mas quando Ele sofria, Sua Divindade teve que dar lugar Sua morte e pai-

    xo, as quais Ele teve que suportar. Isso, ento, o poder de nosso Senhor Jesus que foi

    mantido, por assim dizer, oculto por um tempo, at que Ele tivesse obtido tudo o que era

    necessrio para a nossa redeno. Ainda de acordo com o homem, notemos que esta quei-

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    xa, e esse sentimento de terror dos quais falamos agora, de maneira nenhuma prejudicaram

    a f de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois uma vez que Ele era homem Ele tinha toda a Sua

    confiana em Deus, como j vimos, e ontem isso foi suficientemente tratado. Isto foi ento

    um o verdadeiro padro de verdade, perfeio e inteira confiana. Diz-se agora que Ele

    estava em tal angstia que Ele parecia estar abandonado por Deus, Seu Pai. No entanto

    Sua f sempre foi perfeita, no foi nem abatida nem abalada de qualquer forma que seja.

    Como, ento, Ele diz: Por que me desamparaste?. Isso foi por apreenso natural. Eis, en-

    to, o nosso Senhor Jesus Cristo, que de acordo com a fraqueza da Sua carne, foi, por as-

    sim dizer, abandonado por Deus, e ainda assim no deixou de confiar nEle. Como, de fato,

    vemos duas partes nestas palavras que so superficialmente contrrias, ainda que, de fato,

    concordem muito bem. Quando Ele diz: Deus meu, Deus meu, e Ele repete a palavra de

    tal forma a demonstrar a constncia de Sua f. Ele no diz: Onde est Deus? Como que

    Ele pode ter me deixado?, Mas se dirige a Ele. Ele devia estar inteiramente persuadido e

    certo de que Ele sempre encontraria acesso favorvel, a Deus Seu Pai. Eis aqui (digo eu)um certo e infalvel testemunho da f de nosso Senhor Jesus Cristo. Quando no meio da

    calamidade e angstia em que Ele se encontrava, Ele no deixou de clamar a Deus seu

    Pai, e no de forma presunosa, mas porque Ele estava certo de que iria encontr-lO prop-

    cio ao invoca-lO. Eis no que (digo eu) a f de nosso Senhor Jesus Cristo suficientemente

    declarada. No entanto, Ele repete a palavra, porque esta luta difcil, como se Ele desa-

    fiasse todas as tentaes que Satans preparou para Ele, e Ele procurou a confirmao da

    f para que Ele pudesse sempre persistir clamando a Deus.

    Agora Ele disse ainda: Por que me desamparaste?, Claro que isto estava de acordo com

    o que Ele poderia conceber como homem. Porque Ele deveria passar por esta experincia,

    sem, contudo, ser vencido por ela. Pois So Pedro diz:

    Soltas as nsias da morte, pois no era possvel que fosse retido por ela (Atos 2:24).

    Ou seja, que Ele fosse apreendido como um homem pobre que foi totalmente entregue e

    esmagado, Era impossvel, diz So Pedro. E assim, a vitria estava no meio da luta. E is-so para glorificar ainda mais o nosso Senhor Jesus Cristo. Davi tinha experimentado isso

    em parte. Pois certo que, no meio de suas aflies, por maiores que fossem, ele insistiu

    em clamar a Deus, de fato esperando nEle. Mas desde que ele era um homem frgil, a sua

    f foi abalada, muitas vezes, como ele confessa. Mas em nosso Senhor Jesus, houve uma

    considerao especial (que foi tratada no ltimo Dia do Senhor), isto , que Ele tinha todas

    as Suas emoes bem controladas, por causa da integridade que havia nEle e por que no

    havia nEle nenhuma corrupo natural. Como s vezes acontecer conosco que nossas

    dores prosseguiro a partir de um motivo justo, na verdade, os nossos medos e nossas an-

    siedades. Mas, mesmo assim sempre haver vcios misturados nisso, uma vez que a cor-

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    rupo est em todas as nossas paixes. Mas em nosso Senhor Jesus no havia nada de

    problemtico ou desordenado. Segue-se, ento, que Ele no estava to tomado de angus-

    tia, que Ele sempre teve sua esperana posta corretamente em Deus, que Ele clamou ape-

    nas por Ele e permaneceu firme e constante nisso, sabendo muito bem que Ele seria o

    Salvador at o fim.

    Ao que se diz que alguns dos que estavam perto dEle O zombavam. Ele chama por Elias,

    deixa, vejamos se Elias vem livr-lo. Algum sups que os guardas, como ignorantes da

    Lei, falaram assim. Mas isso muito abuso e tolice, pois eles no sabiam quem era Elias.

    No h dvida, portanto, que esta blasfmia foi pronunciada por nenhuns outros alm dos

    sacerdotes que eram versados na Lei. E eles mesmos no estavam enganados no que

    Jesus disse? Nem um pouco. Pois o profeta a quem chamavam de Elias no assim pro-

    nunciado. O nome, ento, no os havia enganado. Pois no h dvida implcita, uma vez

    que a palavra Elias pronunciada de forma completamente diferente da palavra Eli, isto, Meu Deus. Isso nopode causar qualquer ambiguidade. Isso ocorreu, ento, por certa

    malcia e ousadia por meio da acusao de que Ele chama Elias fora colocada sobre o

    nosso Senhor Jesus Cristo. E se ns achamos isso estranho, quisera Deus que no hou-

    vesse tais exemplos hoje. Pois algum ver hoje os papistas que pervertem e depravam,

    por meio de suas calnias, o que ns ensinamos, isto , o que extrado da pura verdade

    de Deus, e eles conscientemente blasfemam para tornar nossa doutrina odiosa para muitas

    pessoas ignorantes e pessoas que no ouvem o que pregamos todos os dias. Eles depra-

    vam, ento, falsamente aquilo que dizemos e o levam totalmente para o lado errado, a fimde dar plausibilidade sua mentira e entreter as pobres pessoas ignorantes com isso.

    assim foi que os inimigos de Deus, possudos por Satans, perverteram por malcia as pala-

    vras de nosso Senhor Jesus Cristo, e hoje entre os papistas se v a mesma coisa. E isso

    no apenas percebido no Papado, mas mesmo entre ns h beligerantes que diro que

    queremos fazer crer que Jesus Cristo foi desprovido de toda a esperana quando vemos

    que Ele sofreu a angstia da morte, como se Ele tivesse sido lanado para as profundezas,

    na medida em que Ele estava ali em nosso nome e Ele sofreu o peso de nossos pecados.

    Mas isso de maneira alguma tira a constncia da Sua f, que esta possa no ter perma-necido sempre em sua totalidade. E esses tratantes que fazem profisso do Evangelho,

    nunca deixam de blasfemar com conhecimento de causa, por que eles mostram que eles

    so piores do que aqueles de quem se fala aqui. Havendo, pois, o diabo hoje aguado as

    lnguas dos seus agentes, e que cada um por tal atrevimento brutal trata de vomitar seu

    veneno contra a pureza da doutrina, no achemos estranho que o nosso Senhor Jesus

    tenha sido caluniado assim. Mas podemos suportar com pacincia essas blasfmias, oran-

    do a Deus (como se diz no dcimo segundo Salmo) para que Ele possa destruir essas ln-

    guas lisonjeiras (Salmos 12:3), que so to cheias de vilania e de execrao, e as quais

    tendem a blasfemar do Seu Nome e obscurecer a Sua verdade.

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    Diante disso, os registros do escritor do Evangelho dizem que havia ali um vaso cheio de

    vinagre (de fato, como j vimos, que foi misturado com fel), e que eles levaram uma cana,

    ou melhor, (como diz So Joo) um hissopo, a fim ter uma longa vara, e no fim de tudo isso

    eles colocaram uma esponja para faz-la chegar boca do nosso Senhor Jesus. So Joo

    fala aqui mais claramente, pois ele diz que Jesus Cristo, sabendo que todas as coisas foram

    cumpridas, disse que ele estava com sede, e por isso Ele declarou mais uma vez Est con-

    sumado. Isso, ento, o que temos que observar aqui, quando esta bebida foi dada ao

    Filho de Deus, a saber, que Ele no pediu para beber porque Ele estava com sede, pois

    Ele se recusou, como j vimos acima. Ento, por qu? Por que esta bebida foi dada a fim

    de encurtar a vida. Ora, nosso Senhor Jesus desejou em tudo e por tudo esperar pela hora

    de Deus Seu Pai em pacincia e descanso. Isso, ento, o motivo pelo que Ele no queria

    apressar a Sua morte, mas tornara-Se pacfico e obediente, at que tudo fosse cumprido

    embora, de fato, Ele ainda no houvesse entregado o esprito e nem ressuscitado dentre

    os mortos. Pois Ele quer dizer que at esta hora Ele tinha mostrado uma obedincia com-pleta, de modo que nada agora O impedia de entregar a Sua alma a Deus, Seu Pai. Isso,

    ento, como devemos abordar esta passagem: que o nosso Senhor Jesus declarou

    que nada mais faltava para a nossa redeno, exceto o afastar-Se do mundo, o que Ele es-

    tava pronto e preparado para fazer, e entregar a Sua alma a Deus. Vendo, ento, que Ele

    mesmo havia cumprido todo o Seu dever como Mediador, e que Ele havia feito tudo o que

    era necessrio para apaziguar a ira de Deus em relao a ns, e que a satisfao pelos

    nossos pecados fora cumprida, Ele estava disposto a pedir por esta bebida.

    Agora temos aqui uma frase muito notvel e excelente, quando se diz: Est consumado.

    Pois certo que o Senhor Jesus no fala em absoluto de quaisquer coisas pequenas ou

    comuns. Mas Ele intenciona que pela Sua morte, temos tudo o que precisamos para ter

    acesso a Deus e obter a graa dEle. No que Sua ressurreio seja excluda por isso, mas

    como se Ele dissesse que Ele realizou Seu ofcio fielmente, e que Ele no veio a ser um

    Salvador parcial, mas que at o ltimo momento Ele executou o fardo que Lhe fora comis-

    sionado, e que Ele no havia omitido nada de acordo com a vontade de Deus, Seu Pai.

    Desde que assim, ns somos instrudos a fixar totalmente a nossa confiana em nossoSenhor Jesus Cristo, sabendo que todas as partes da nossa salvao so cumpridas no

    que Ele fez e sofreu por amor a ns. tambm por isso que a Sua morte chamada de

    sacrifcio perptuo, pelo qual os crentes e os eleitos de Deus so santificados. No que-

    remos, ento, ter certeza de que Deus um Pai para ns? No queremos ter liberdade de

    clamar por Ele? No queremos ter descanso em nossas conscincias? No queremos ser

    mais totalmente seguros de que somos considerados justos, a fim de sermos aceitveis a

    Deus? Permaneamos em Jesus Cristo e no andemos aqui ou ali, e reconheamos que

    nEle que repousa toda a perfeio. Aqueles, pois, que desejam outros adereos, e quem

    olham de um lado para o outro para suprir o que deve faltar na morte e paixo de nosso

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    Senhor Jesus Cristo, renunciam inteiramente o poder de que estamos falando agora. Resu-

    midamente eles pisoteiam o sangue de Jesus Cristo, pois eles O desonram. Agora, em todo

    o Papado, o que h ali exceto a renncia da morte e paixo de nosso Senhor Jesus Cristo?

    Por que eles pensam em fazer boas obras, porque eles as chamam de mritos, pelo que

    eles confiam adquirir graa diante de Deus, certo que eles repudiam o que foi declarado

    por nosso Senhor Jesus Cristo: Est consumado. E uma vez que assim, quando eles

    pensam obter a salvao diante de Deus, e eles desejam ter a remisso dos seus pecados,

    para onde vo, a no ser para as suas tolas devoes? Pois cada um realizar o seu peque-

    no dever em seu posto, de modo que todas as chamadas devoes no Papado tanto blasfe-

    mam quanto anulam o que foi pronunciado quando o nosso Senhor Jesus disse: Est con-

    sumado. O que se segue, ento? Que saibamos que no h uma nica partcula de virtude

    ou mrito em ns, a menos que nos apossemos desta Fonte onde est toda a plenitude

    dos mritos.

    Assim, ento, como a nossa f deve ser fixada em nosso Senhor Jesus Cristo. Alm dis-

    so, que conheamos acima de tudo, quando Ele foi oferecido como um sacrifcio isso foi

    para nos absolver para sempre e para nos santificar perpetuamente, como diz a Escritura

    (Apocalipse 13:8). Que possamos, ento, no ter outro sacrifcio alm deste. verdade

    que, no Papado, essa abominao diablica da missa chamada de sacrifcio dirio; e eles

    dizem que Jesus Cristo certamente uma vez Se ofereceu como sacrifcio para obter para

    ns a remisso de nossos pecados, mas que ainda necessrio que Ele seja oferecido di-

    ariamente, o que blasfmia plenamente manifesta, na medida em que usurpa o ofcio quefoi dado ao nosso Senhor Jesus Cristo, quando Ele foi ordenado nico Sacrifcio eterno, de

    fato, com um juramento que Deus jura que seria perptuo. Quando, ento, os homens mor-

    tais encarregam-se ainda de vir a apresentar e oferecer Jesus Cristo a Deus, ser que eles

    no roubam a honra que Deus reserva para Si mesmo, e que no pode ser atribuda a

    qualquer criatura? J que assim, ento, vemos como estes pobres cegos, supondo man-

    terem a designao de Deus, provocam a Sua ira e Sua vingana, renunciando a morte e

    a paixo de nosso Senhor Jesus Cristo. E muito mais nos convm ampliar a graa de Deus,

    pela qual Ele nos retirou de tal abismo, que quando afirmamos nos aproximarmos dEle, para desafi-lO abertamente. Pois, nos privamos dEle e do fruto de Sua morte e paixo

    quando buscamos outro sacrifcio alm daquele que Ele ofereceu em Sua pessoa. Isso,

    ento, o que temos que lembrar.

    Agora dito: E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o esprito. E este grito

    foi: Pai, nas tuas mos entrego o meu esprito [Lucas 23:46]. Nisto ns vemos como o

    nosso Senhor Jesus Cristo tanto lutou contra as dores da morte, e que a partir de ento Ele

    foi vencedor sobre ela e Ele poderia ganhar Seus triunfos como tendo superado o que era

    o mais difcil. E isso diz respeito a ns, ou seja, devemos aplic-lo para o nosso uso. Pois

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    temos a certeza no somente que o Filho de Deus lutou por ns, mas que a vitria que Ele

    adquiriu para ns nos pertence, e que hoje no devemos estar em qualquer juzo assus-

    tados com a morte, sabendo que a maldio de Deus, que era terrvel para ns, abolida,

    e que a morte, em vez de ser capaz de ferir-nos como uma praga fatal, nos serve como

    remdio para nos dar passagem para a vida. Agora, como anteriormente com o exemplo

    de Davi, Ele disse:

    Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Salmo 22:1)

    Assim, agora, Ele toma a orao feita por Davi, no trigsimo primeiro Salmo,

    Nas tuas mos encomendo o meu esprito (Salmo 31:5).

    verdade que Davi disse isso estando em meio a perigos. Como se ele dissesse: Senhor,sustenta-me na Tua proteo; pois a minha alma como se estivesse entre as minhas

    mos; ela est ali como que trmula. Pois eu me vejo exposto a todos os perigos; minha

    vida como se estivesse pendurada em um fio. Ela no permanecer, ento, a menos que

    Tu me tomes em Tua proteo. assim que Davi, por esta orao, constituiu a Deus como

    o seu protetor. No entanto, ele no a usa para clamar a Deus at [chegar o momento de

    Sua] prpria morte, e para ter certeza de que Deus sempre o Salvador dos Seus eleitos,

    no somente ao mant-los e guard-los neste mundo, mas tambm quando Ele os toma

    para Si mesmo. Pois, a principal proteo que Deus mantm sobre ns que, sendo retira-dos deste mundo, somos escondidos debaixo das Suas asas para nos alegrarmos em Sua

    presena, como So Paulo fala disto em 2 Corntios 4:3. E o nosso Senhor Jesus tambm

    pronunciando esta orao declara que Ele morre pacificamente, tendo conquistado em to-

    dos os combates o que Ele teve de sustentar para ns, e j alcana Seus triunfos em nosso

    nome e para nosso proveito e salvao. Ele declara totalmente por este mesmo meio que

    Deus o Seu Salvador e que Ele guarda a Sua alma com uma firme confiana. A isso

    que implica este pedido que Ele faz a Ele, quando Ele diz: Meu Deus, s Tu o guardio da

    Minha alma, mesmo aps a morte.

    Quando nosso Senhor Jesus fala assim, como se Ele assegurasse a ns todos que no

    podemos deixar de nos comprometer com o nosso Deus, pois Ele certamente condescende

    em se encarregar conosco, a fim de sustentar-nos, e que ns jamais pereceremos, estando

    assim sob a Sua mo. Agora, especialmente devemos notar que Jesus Cristo ao dizer:

    Meu Deus, nas tuas mos encomendo o meu esprito, adquiriu o privilgio que atribudo

    a Ele por So Estevo em Atos 7. Isso que Ele foi constitudo Guardio de todas as nos-

    sas almas. Pois como que so Estvo fala em sua morte?

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    Senhor Jesus, recebe o meu esprito (Atos 7:59).

    Assim, ento, como so Estevo mostra o fruto desse pedido que foi feito por Jesus

    Cristo: a saber, que agora podemos nos dirigir a Ele, e devemos faz-lo, declarando que

    uma vez que Ele nos foi dado como Pastor por Deus Pai, ns no precisamos ter dvidas,

    mas, sim, estarmos em paz, tanto na vida como na morte, sabendo que tudo nos beneficiar

    e ser voltado para nosso proveito. Como diz so Paulo, que com Jesus Cristo, ele encon-

    trar ganho em tudo, que ele no carecer de nada na vida ou na morte, pois tudo ser til

    para ele (Filipenses 1:20-24).

    Ento, aprendamos agora, quando formos assediados pela morte, que Jesus Cristo tirou o

    ferro que poderia nos ferir fatalmente no corao, e que a morte no ser mais prejudicial

    para ns, e que quando o nosso Senhor Jesus entregou a Sua alma a Deus, Seu Pai, isso

    no foi apenas para ser preservado em Sua Pessoa, mas, a fim de adquirir esse privilgioque inteiramente preservado para ns em virtude deste pedido; na verdade, quando ns

    teremos os nossos recursos nEle, como Aquele sob a proteo de Quem no podemos

    perecer, pois Ele o declara. H ainda este triunfo do que fizemos meno, que j nos bene-

    ficia. Pois nosso Senhor Jesus mostra quo preciosa a Sua morte, quando Ele parte com

    tanta confiana para Deus, Seu Pai, para nos conduzir a Ele e para nos mostrar o caminho

    para Ele. Mas a coisa principal que podemos saber que o fruto disso vem at ns, na

    medida em que Ele riscou a cdula que nos era contrria, enquanto Ele adquiriu para ns

    a plena satisfao pelos nossos pecados, para que possamos comparecer diante de Deus,Seu Pai, de tal forma que at mesmo a morte j no mais far qualquer mal ou dano a ns.

    Embora ainda vemos em ns muitas coisas que podem nos assombrar, e ns experimen-

    tamos a nossa pobreza e misria, ainda assim, no deixemos de nos gloriar nAquele que

    foi assim humilhado por ns, a fim de elevar-nos com Ele.

    Na verdade, embora do lado humano s exista a completa vergonha, no entanto, quando

    Jesus Cristo foi pendurado ali na cruz, Deus j desejava naquele momento, pela boca de

    Pilatos que Ele fosse declarado Rei. Assim, embora o reino de nosso Senhor Jesus Cristoseja difamado perante o mundo, ns no podemos, contudo, deixar de mant-lo como a

    base de toda a nossa glria, e que possamos saber que estando em oprbrio sob Sua dire-

    o, temos, no entanto, do que nos alegrar; posto que a que a nossa condio sempre ser

    abenoada, porque todas as misrias, aflies e ignomnias que ns suportamos so mais

    honrosas e preciosas diante de Deus do que so todos os cetros, toda a pompa e coisas

    honrosas, com que os homens esto viciados. Isso, ento, como devemos chegar ao

    nosso Senhor Jesus Cristo, e nos apegar de tal modo a Ele que possamos conhecer que a

    riqueza que Ele traz para ns preciosa, e acima de tudo, quando Ele nos conduz por Seu

    Evangelho, que ns possamos rejeitar todas as convenincias e confortos deste mundo; de

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    fato, que os mantenhamos em dio quando eles nos desviam do bom caminho. Resumida-

    mente, que o nosso Senhor Jesus obtenha a honra que Ele merece, e de nossa parte que

    no sejamos como canas agitadas por cada vento, mas que estejamos fundamentados

    nEle, que clamemos a Deus, e na vida e na morte que a vitria seja dada a ns visto que

    Ele j triunfou. E enquanto ns ainda estamos aqui abaixo que possamos dar-Lhe honra ao

    reconhecer que Ele Quem nos sustenta. Isto o que Ele far quando realmente tivermos

    o nosso refgio nEle: Ele far isso, eu digo, no de uma forma comum, mas milagrosamen-

    te. Pois, quando formos lanados at o fundo do abismo da morte, o Seu ofcio retirar-

    nos dali e nos levar herana celestial que Ele adquiriu com tanta afeio para ns.

    Agora, prostremo-nos em reverncia humilde diante da majestade do nosso Deus.

    ORE PARA QUE O ESPRITO SANTO use este sermo para trazer muitos

    Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

    Sola Scriptura!

    Sola Gratia!

    Sola Fide!

    Solus Christus!

    Soli Deo Gloria!

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    10 Sermes R. M. MCheyne

    Adorao A. W. Pink

    Agonia de Cristo J. Edwards

    Batismo, O John Gill

    Batismo de Crentes por Imerso, Um DistintivoNeotestamentrio e Batista William R. Downing

    Bnos do Pacto C. H. Spurgeon

    Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse

    Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

    Doutrina da Eleio

    Cessacionismo, Provando que os Dons Carismticos

    Cessaram Peter Masters

    Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepo da

    Eleio A. W. Pink

    Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer

    Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida

    pelos Arminianos J. Owen

    Confisso de F Batista de 1689

    Converso John Gill

    Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs

    Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel

    Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon

    Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards

    Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins Doutrina da Eleio, A A. W. Pink

    Eleio & Vocao R. M. MCheyne

    Eleio Particular C. H. Spurgeon

    Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A

    J. Owen

    Evangelismo Moderno A. W. Pink

    Excelncia de Cristo, A J. Edwards

    Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon

    Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. Pink

    Igrejas do Novo Testamento A. W. Pink

    In Memoriam, a Cano dos Suspiros Susannah

    Spurgeon

    Incomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A

    Jeremiah Burroughs

    Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvao

    dos Pecadores, A A. W. Pink

    Jesus! C. H. Spurgeon

    Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon

    Livre Graa, A C. H. Spurgeon Marcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield

    Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry

    Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill

    OUTR S LEITUR S QUE RECOMEND MOS

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    Sola Fide Sola Scriptura Sola Gratia Solus Christus Soli Deo Gloria

    Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a

    John Flavel

    Necessrio Vos Nascer de Novo Thomas Boston

    Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A C. H.

    Spurgeon Objees Soberania de Deus Respondidas A. W.

    Pink

    Orao Thomas Watson

    Pacto da Graa, O Mike Renihan

    Paixo de Cristo, A Thomas Adams

    Pecadores nas Mos de Um Deus Irado J. Edwards

    Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural

    Thomas Boston

    Plenitude do Mediador, A John Gill

    Poro do mpios, A J. Edwards

    Pregao Chocante Paul Washer

    Prerrogativa Real, A C. H. Spurgeon

    Queda, a Depravao Total do Homem em seu Estado

    Natural..., A, Edio Comemorativa de N 200

    Quem Deve Ser Batizado? C. H. Spurgeon

    Quem So Os Eleitos? C. H. Spurgeon

    Reformao Pessoal & na Orao Secreta R. M.

    M'Cheyne

    Regenerao ou Decisionismo? Paul Washer Salvao Pertence Ao Senhor, A C. H. Spurgeon

    Sangue, O C. H. Spurgeon

    Semper Idem Thomas Adams

    Sermes de Pscoa Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

    Owen e Charnock

    Sermes Graciosos (15 Sermes sobre a Graa de

    Deus) C. H. Spurgeon

    Soberania da Deus na Salvao dos Homens, A J.

    Edwards

    Sobre a Nossa Converso a Deus e Como Essa Doutrina Totalmente Corrompida Pelos Arminianos J. Owen

    Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

    Propsitos de Cristo na Instituio de Sua Igreja J.

    Owen

    Supremacia e o Poder de Deus, A A. W. Pink

    Teologia Pactual e Dispensacionalismo William R.

    Downing

    Tratado Sobre a Orao, Um John Bunyan

    Tratado Sobre o Amor de Deus, Um Bernardo deClaraval

    Um Cordo de Prolas Soltas, Uma Jornada Teolgica

    no Batismo de Crentes Fred Malone

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    2 Corntios 4

    1Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos;

    2Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem

    falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem,

    na presena de Deus, pela manifestao da verdade.3Mas, se ainda o nosso evangelho est

    encoberto, para os que se perdem est encoberto.4

    Nos quais o deus deste sculo cegou osentendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria

    de Cristo, que a imagem de Deus.5Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo

    Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.6Porque Deus,

    que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes,

    para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo.7Temos, porm,

    este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns.8 Em tudo somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados.

    9Perseguidos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos;

    10Trazendo sempre

    por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesusse manifeste tambm nos nossos corpos;

    11E assim ns, que vivemos, estamos sempre

    entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na

    nossa carne mortal.12

    De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida.13

    E temosportanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm,

    por isso tambm falamos.14

    Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar

    tambm por Jesus, e nos apresentar convosco.15

    Porque tudo isto por amor de vs, paraque a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de

    Deus.

    16

    Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, ointerior, contudo, se renova de dia em dia.17

    Porque a nossa leve e momentnea tribulao

    produz para ns um peso eterno de glria mui excelente;18

    No atentando ns nas coisasque se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se

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