A TEORIA ANTICOLONIALISTA EM AMILCAR CABRAL Há cerca de dez anos atrás julgava eu seguir as pisadas da história antiga quando num seminário internacional Mário Liverani (prestigiado assirólogo da universidade La Sapienza) apresentou uma curiosa comunicação!"he tri#unal o$ histor%&mais tarde pu#licado na revista 'admoolvidos ma is de ** anos será poss+vel apresentar mo s um ju lg amen to em de $esa do anticolonialismo de ,milcar 'a#ral se #em vistas as coisasaos nossos olhos elas parecem-nos cru.ise de que viol/ncia só gera mais viol/ nciamas para isso deveremos nós entrar dentro do esp+rito da .poca deste autorou melhor deste teórico lusó$ono0azendo justiça 1s ideias de uma colega de mestrado no Seminário de 2deias 3ol+ticas que a$irmou numa aula4 !3ortugal nunca teve o seu grande teórico pol+tico&3ara podermos compreender melhor ,m+lcar 'a#ral achamos por #em seguir a sua própria vidacon$orme iremos $azer uma s+ntese das suas próprias ideiaspara tal decidimos propor a seguinte hipótese4 Será ,milcar 'a#ral o grande teórico portugu/s5 6u colocaremos a questão nesta tónica4 !0oi necessário ele ter $requentado a 'asa dos 7studantes do 2mp.rioem Lis#oapara despertar de uma longa noite colonizadora5 7 se esse am#iente não era mais se não um episódio de um conto tradicional a$ricano5 8 neste sentido que ,ntónio "omás a$irma !como compreender o apelo de ,m+lcar 'a#ral 1 viol/nciaquando eusendo de ,ngola vivi na peleao longo de vários anos de guerra civilo des$echo desta viol/ncia anti-colonial de que ,m+lcar 'a#ral $oi um dos iniciadores5 'omo com preender a le gi ti mi dade da gue rra desen cadeada por ,m +lcar 'a#r al e pelos seus companh eiros quando nósangolan osguineenses e moçam# icanossa#emos hoje o que ele não viveu o su$iciente para presenciar4 os golpes de 7stadoos $uzilamentos ar#itrários e as guerras civis como continuação da guerra colonial5 &9iante de uma área de estudos di$ere ntespoderemo s nós invocar um tri#u nal para ir em de$esa de ,m+lcar 'a#ral5 Seriam as suas ideias #en.$icas ou prejudiciais5 3oder-se-á perdoar o uso da viol/ncia como uso de estrat.gia ou não poderemos nós tentar entender um povo em que durante s.culos $oi su#jugado 1 posição de colonizador e colonizado5 ,s suas próprias ideias pol+ticas podem ou não trans$ormar ,m+lcar 'a#ral num herói ou num vilão5 :ão me conv.m aqui $azer a apologia do herói trágico ou $azer um levantamento de todos os autores a$ricanos para podercomparar ,m+lcar 'a#ral a um herói !pepeteliano&;uem . a$inal ,m+lcar 'a#ral diante destes meros resumos5 6nde estão as suas principais ideias pol+ticas que nós ouvimos ou decidimos investigar5 7m que moldes surge a teoria de 'a#ral5 3ermite-nos seguir as linhas essenciais5 3or seu lado:orrie Maqueen descreve ,m+lcar 'a#raldeste modo4 !Mestiço ca#o-verdianoem#ora nascido na <uin.'a#ral cursara ,gronomia em 3ortugal, sua pro$issão permitiu-lhe o#ter importantes conhecimentos tanto quanto 1s condiç=es das massas ruraiscomo do clima pol+tico em todo o imp.rio> estevepor e?emploem ,ngola nos meados da d.cada de @Aprecisamente no per+odo que antecedeu 1 $ormação do M3L,'a#ral $oi o teórico mais pro$undo dos dirigentes nacionalistas na B$r ica 3ortuguesa (C)& olvidos ma is de ** anos será poss+vel apresentar mo s um ju lg amen to em de $esa do anticolonialismo de ,milcar 'a#ral se #em vistas as coisasaos nossos olhos elas parecem-nos cru.ise de que viol/ncia só gera mais viol/ nciamas para isso deveremos nós entrar dentro do esp+rito da .poca deste autorou melhor deste teórico lusó$ono 0azendo justiças 1s ideias de uma colega de mestrado !3ortugal nunca teve o seu grande teórico pol+tico !0oi necessário ele