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��Programa Interunidades de Pós-Graduação em EnergiaInstituto de Eletrotécnica e Energia - IEE
Universidade de São Paulo – USP
A TRANSIÇÃO DO CORTE DE CANAA TRANSIÇÃO DO CORTE DE CANAA TRANSIÇÃO DO CORTE DE CANAA TRANSIÇÃO DO CORTE DE CANA----DEDEDEDE----AÇÚCAR MANUAL PARA O MECANIZADO: AÇÚCAR MANUAL PARA O MECANIZADO: AÇÚCAR MANUAL PARA O MECANIZADO: AÇÚCAR MANUAL PARA O MECANIZADO: SUAS CARACTERÍSTICAS E IMPLICAÇÕESSUAS CARACTERÍSTICAS E IMPLICAÇÕESSUAS CARACTERÍSTICAS E IMPLICAÇÕESSUAS CARACTERÍSTICAS E IMPLICAÇÕES
Luis Marcelo Moreno
Setembro 2009
Questão central do trabalho
A mecanização é um progresso A mecanização é um progresso
para o setor sucroalcooleiro?
Quais são suas barreiras?
Caracterização das formas de corte
• Corte manual após
queima da palha
• Corte manual sem
queima previa da palha
• Corte mecânio com
cana crua
• Corte mecânico com
cana queimada
O s grupos podem trabalhar em conjunto ou separadamente, na forma em que for mais conveniente. Tais variáveis deixam uma flexibilidade para o setor sucroálcooleiro
Caracterização dos cortadores de cana-de-açúcar
• Trabalhadores safristas Fonte: Terce 2006Fonte: Terce 2006
• Trabalhadores contratados o ano todoFonte: Selegatto, 2006
Nível de emprego e mecanização
• Na safra trabalhamos com 1.250
trabalhadores e na entressafra ficamos com
1.200. Fonte Resende 2008, Usina São João.
• Para a manutenção de uma máquina • Para a manutenção de uma máquina
trabalhando no seu rendimento máximo são
necessários 20 homens (bombeiros,
eletricistas, borracheiros etc.) Resende 2008, Usina São João.
Apoio operacional as colhedoras
Fonte: Elaboração do autor
Nível de Emprego e mecanização
• Uma máquina pode substituir 80 homens;• Fonte: Ometto, L. 2009
• Salário de um operador de colhedeira de cana da
Usina São João é de R$1.300,00; Usina São João é de R$1.300,00; Fonte: Ometto L. 2009
• A colheita mecanizada ameniza questões sociais de
falta de infra-estrutura de pequenas cidades. Fonte: Coelho, 2006
O corte de cana-de-açúcar feito manualmente
• Entre as justificativas para a queima da cana
estão;
• Facilidade de acesso aos canaviais;
• Diminuição dos riscos com as folhas e palhas • Diminuição dos riscos com as folhas e palhas
da cana nos cortadores;
• Prevenção dos animais peçonhentos.Fonte: Romanelli, 2009
Acesso a cana-de-açúcar após o corte da cana-de-açúcar
Descrição do trabalho dos cortadores de cana
• Os movimentos para o corte da cana-açúcar são repetitivos da seguinte forma;
– Abraçar o feixe;
– Curvar-se;– Curvar-se;
– Golpear com o facão rente a base;
– Levantar o feixe e leirar.
• Os acidentes mais comuns acontecem com o uso do facão e a palha da cana;
– Nas pernas e dedos da mão;
Fonte:Albertini 2006, Alves 2008
Corte feito rente a raiz
Vida do cortador de cana no corte manual
• Um ônibus apanha os cortadores em suas
casas por volta das 6h;
• São feitas paradas de 10 minutos tanto pela
manha como pela tarde;manha como pela tarde;
• Almoço se dá entre 10h e 11h;
• Término do serviço às 15 h.Fonte: Reporter Brasil, Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis, 2008
Heterogeneidade das usinas no Estado de São Paulo
• Com o novo modelo do setor canavieiro, em
especial após o impulso dado aos
biocombustíveis, os investidores passaram a
colocar em pauta a preocupação referente a colocar em pauta a preocupação referente a
imagem das usinas.
Fonte: Relatórios COOPERSUCAR, diversos
Região Ano Menor
(T)
Maior Médio Moda Mediana
Araraquara 2000 5 11, 8,08 10 8,00
Araraquara 2008 4 12, 7,75 8 7,50
Bauru 2000 4 15, 7,71 6 6,00
Bauru 2008 4 12, 7,17 4 7,00
Catanduva 2000 6 8,0 7,00 7 7,00
Catanduva 2008 6 12 8,8 8 10,00
Jaú 2000 6 12 7,58 7 7,00
Produtividade por cortadorde cana-de-açúcar
Jaú 2000 6 12 7,58 7 7,00
Jaú 2008 7 10 7,75 7 7,00
Limeira 2000 5 15 8,25 8 8,00
Limeira 2008 5 14 8,06 8 8,00
Piracicaba 2000 4 10 8,00 10 10,00
Piracicaba 2008 6 12 8,86 8 8,00
Ribeirão
Preto
2000 6 10 7,71 8 8,00
Ribeirão
Preto
2008 6 12 8,86 8 8,00
Fonte: Instituto de Economia Agrícola, 2008
Colhedoras de cana-de-açúcaraçúcar
Um retrato de seu desempenho e
custos
Introdução das colhedeiras
• Os primeiros testes com as colhedeiras se
deram na década de 50;
• Na década de 70 se tem o início da
mecanizaçãomecanização
• Nos anos 80 a mecanização passa a ser uma
estratégia do usineiro
Fonte: Ometto L.2009 , Molin 2009
Comparativo das colhedorasCase
7700
Case
7000
John
Deere
3510
John
Deere
3520
Star
CC 701
Santal
Amazon
Santal
Tandem
Motor 335 cv 335 cv 332 cv 342 cv 234 cv 320 cv 336 cv
Velocidade
transporte
9 Km/h 20
Km/h
24,6Km/h 9 Km/h 17
Km/r
24 Km/h 24 Km/h
Capacidad
e
produção
70
Ton /hr
50
Ton/hr
38
Ton/hr
60
Ton/hr
40
ton / hr
42
Ton/hr
51
Ton/hr
Tanque de
combustíve
l
480 litros 480
litros
568 litors 568 litros 550
litros
600 litros 570 litros
Tração Esteira Pneu
(4)
Pneu (4) Esteira Pneu
(4)
Pneu (4) Pneu (6)
Peso 18,5 Ton 15,7
Ton
15,4 Ton 19,05 Ton 12,0To
n
13,92 Ton 16,o Ton
Fonte: visita a empresas e e-mails recebidos, 2008 e 2009
Custos de uma colhedora de grande porte
• Valor R$800.000,00;
• Regime de operação médio de 20 horas por dia;
• Consumo 50 litros diesel / hr 342 hp;
• Custo total por hectare de R$ 680 – R$ 700; • Custo total por hectare de R$ 680 – R$ 700;
• Possibilidade de financiamento através do FINAME;
• Manutenção – R$ 150.000,00 a.a.Fonte: John Deere 2008
Custos de uma colhedora de pequeno porte
• Valor- R$ 580.000,00;
• Regime de operação contínuo;
• Consumo 27 litros / hora (240hp);
• Manutenção R$ 75.000;• Manutenção R$ 75.000;
• Possibilidade de financiamento através do
FINAME.• Fonte: Star máquinas agrícolas
Funcionamento da colhedora
Detalhes da colhedora
Fonte: elaboração do autor 2009
Colhedoras em operação
Fonte: elaboração do autor 2009
Colhedora em operação e alguns do fatores de limitação na produtividade
Fonte: Elaboração do autor 2009
Colhedora em operação com cana após a queimada
Aspectos legais
Legislação
• Com a introdução da Lei estadual N°°°° 11.241
de 19/12/2002 posteriormente
regulamentada pelo Decreto N°°°° 47.700 de
2003, o estado de São Paulo passava a 2003, o estado de São Paulo passava a
estabelecer metas para a eliminação total das
queimadas até 2031 nos canaviais paulistas.
A legislação e as queimadas
• O artigo 4° dispõe que não se fará queimada a menos de– Linhas de transmissão: 1 Km do perímetro da área urbana
e das áreas tradicionalmente ocupadas por indígenas;
– Subestação de energia elétrica; 100 metros do limite da área de domínio;área de domínio;
– Estação Ecológica, parques, etc...;
– Rodovias e ferrovias: 15 metros ao longo dos limites da faixa de domínio;
– Entre outros...
Decreto Número 47.700, de MARÇO de 2003
Legislação
Legislação
• Entre os artigos estabelecidos na Lei estão:• Art.7 – A autoridade ambiental determinará a suspensão da queima quando:
• II - a qualidade do ar atingir comprovadamente índices prejudiciais à saúde humana, constatados segundo
o fixado no ordenamento legal vigente;
• Art. 10- O Poder Executivo, com a participação e colaboração dos Municípios onde se localizam as
agroindústrias canavieiras e dos sindicatos rurais, criarão programas visando: agroindústrias canavieiras e dos sindicatos rurais, criarão programas visando:
• I - à requalificação profissional dos trabalhadores, desenvolvida de forma conjunta com os respectivos
sindicatos das categorias envolvidas, em estreita parceria de metas e custos;
• II - à apresentação de alternativas aos impactos sócio-político-econômico-culturais, decorrentes da
eliminação da queima da palha da cana-de-açúcar;
• III - ao desenvolvimento de novos equipamentos que não impliquem dispensa de elevado número de
trabalhadores para a colheita da cana-de-açúcar;
• IV -ao aproveitamento energético da queima da palha da cana-de-açúcar, de modo a possibilitar a venda
do excedente
Bibliografia
• Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis
• ARBEX, A. M; Avaliação dos Efeitos do material particulado proveniente da queima de plantação de cana-de-açúcar sobre a morbidade respiratória na população de Araraquara – sp. (Dissertação de Doutorado). Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo São Paulo 2001.
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• FRANCO, H.B.G. O desafio brasileiro – Ensaios sobre desenvolvimento, globalização e moeda Editora 34. 1999• FRANCO, H.B.G. O desafio brasileiro – Ensaios sobre desenvolvimento, globalização e moeda Editora 34. 1999
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• ENTRE OUTROS
Bibliografia.
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• MORAES. M.A. Trabalho e Trabalhadores na Região do “Mar de cana e rio de álcool”. Agrária, São Paulo, Num 2. 2005
• NOVAES, J.R.P.Campeoes de produtividade: dores e febres nos canaviais paulistas. Estudos Avançados 21, 2007
• RESENDE, I.C. CARRARA, H. Entrevista no globo rural. Homem versus Máquina 26/08/2007 Gerente • RESENDE, I.C. CARRARA, H. Entrevista no globo rural. Homem versus Máquina 26/08/2007 Gerente de Recursos Humanos Usina Usina São João de Araras.
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SCARAMUZZO, M. Valor Econômico, ano 8 N°1857. 02/10.2007. Agronegócio
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• CASE AGRICULTURE; Entrevistas diversas; folhetos Informativos. 2008.
• John Deere COLHEITADEIRAS; Entrevistas diversas; folhetos informativos. 2008
• STARMAG; Entrevistas diversas; folhetos informativos. 2008