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Sociedade Viva Cazuza
Cláudia Cotes
A voz da
Estrelal
Agradecemos aos parceiros que investem em nosso projeto.
"Ideologia, eu quero uma pra viver [...]."
CAZUZA
9 788576 941675
ISBN: 978-85-7694-167-5
mi hos,a e u
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A guin vamos s b r m pouco sob e a s
O q éue :
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Uma oen a ada e ír s H V, q e prov ca d inu ão das
d e as d co pa p oas
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ef s o r o, isto é, s ess ficam d ente com ais f il a e e,
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do s g s e f r un e f iz s u
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to s nó o tamos d ica j tos el e ns com s ou o .
16
S bre F ndaç o Educa DPasc oal
o a uã
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A F daç o Educar D a ch al – ve timen o o ial do rup DPaschoal – foi c iad 1 an s om o o jet o de
un ãP s o in s
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r a há 7 o cb iv
st ula pessoa a dotare a duc ção p r a cida an a como es raté ia de tr nsf r a o soc a e ec nômica
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E se e an s r ei do proj to "Leia Comi o ", á edit u 3 milhõ s de i o in a ti distrib dos
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g a uitame te a colas licas o gani açõ s s ciais e bib ot c s. Mis q isso, te proj to pre cupa- e
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com um onteúdo ue st mule o g s o la eitura, r force valor s e ncentive ati ud c adã.
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Sobre ociedade iva Cazuz
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Sete de julho de 1990; o B asi per ia Cazuza e Luc nha A aújo cri a a Socied e Viv az za.
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e essete anos depois, a sociedade mantém s firme esenvolve três projeto de gran e s cesso.
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Uma Casa de Ap io ara abrigar cri ças care tes o tado as o vírus da aids – São meninos e m ninas
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Ali, promove-se s de, diversão o , e, co u convênio com uma es ola parti ular do bairro,
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as crianças têm a oportuni ade de uma educação de qu idade.
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Mant m o ún co s t brasil ir – www.hiv. rg.br – com mecanismo de perguntas e respostas,
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que soluciona ma s de 400 úvi as por mê e tr uz informações cien íficas sobre aid
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para o portu uês, at ngi do a média de 20 mil ac ssos mensais.
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De envolve o proj t de adesão ao tratament de HIV/aids, volt do par acientes car ntes
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em tratamento ambulato ial em spitais públi s na cidad do io de Janeiro. Doando ma cesta
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básica ensal para at air os pacie tes o p ojeto, o atendime to co s guiu melhorar a adesão
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ao tratamen o, re uzir o númer de infecções por unistas e o índice de internações ospitalares
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H j , a S cied e Viv azuza tem m ito o que comemorar. A idé a que nasceu
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d um trauma já mudou cen enas de vidas. Lut do contra a disc iminação, a soci dade
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mantém vivo um pouco do pró rio Cazuza: u homem que most ou ao paí int iro que
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q and se t m co agem, é possível viver s m per er o si
u o er
ed a p e a.
Todos os livros da
Fundação Educar DPaschoal
são distribuídos gratuitamente a escolas
públicas, organizações sociais e bibliotecas.
Esta obra foi impressa na Gráfica Editora Modelo
Ltda. em papelcartão Art Premium Tech e papel
Couché Suzano Matte, ambos produzidos pela
Suzano Papel e Celulose a partir de florestas
renováveis de eucalipto. Cada árvore foi plantada
para este fim. Esta é a 1° edição, datada de 2007
com tiragem de 30.000 exemplares.
A tiragem e a prestação de contas referentes a esta
publicação foram conferidas pela Deloitte.
Autora
Cláudia Cotes
Coordenação editorial
Sílnia N. Martins Prado
Realização
Fundação Educar DPaschoalwww.educardpaschoal.org.br
F: (19) 3728-8129
Ilustrações eProjeto Gráfico
Pandora
Revisão
Katia Rossini
Cláudia Cotes
A voz da
Estrelal
Vitória é uma menina bonita.
Tem a pele clara e usa um laço
de fita vermelha no cabelo.
Gosta de correr, brincar e pular
como qualquer criança de 8 anos.
Vitória não tem pai nem mãe nem irmão.
Vive na rua e trabalha pra ganhar o pão.
— Ô, seu moço, me dá um trocado?
Fecha logo o vidro do carro, o pobre moço desconfiado...
Quando chega a noite, Vitória sente solidão.
Conta as estrelas. Faz um pedido.
3
Logo cedo, a menina bonita acorda com uma mulher que lhe estende a mão.
— Vem cá, menina bonita! Eu vou te ajudar. — A mulher põe Vitória em seu
colo e ajeita a fita, que também é bonita. — Sabia que criança não pode nem
deve trabalhar? Criança tem que ir para a escola. E também deve se
alimentar bem e viver num lugar onde exista muito amor e carinho.
4
A menina bonita logo entendeu o que Lucinha,
sua nova e, agora, melhor amiga, lhe dizia.
Elas foram juntas até uma casa azul e amarela.
Parecia até um castelo.
— Minha querida, agora aqui é o seu lar.
Vitória olhou, olhou... O azul era da cor do céu
e era amarelo, porque lá era quente.
Tinha calor de gente!
Pela primeira vez, a menina se sentiu feliz!
E assim foi por muito tempo...
Lucinha ensinou à menina que é muito importante cuidar do
nosso corpo, ter disciplina para viver com saúde. Sempre!
Por isso, todos os dias, Vitória:
recebia a visita dos médicos;
tomava os remédios nas doses e nas horas certas;
usava agasalho sempre que fazia frio;
comia toda a comida sem deixar um grãozinho no prato;
deixava o seu corpo bem limpinho e cheiroso.
6
Vitória foi crescendo e aprendeu também
que os amigos são muito importantes na
vida da gente, porque são eles que, muitas
vezes, nos ensinam o que é o Amor, aliás, o
melhor remédio do mundo. Vitória amou
Lucinha, que amava viver.
A menina bonita tinha vários amigos na
escola, dentre eles o Victor, seu amiguinho
com Down. Sempre que esfriava, Vitória
emprestava sua blusa para o amigo não
ficar resfriado.
O melhor amigo de Vitória era o Luizinho! Ele
usava óculos e tinha o cabelo todo enroladinho.
Um dia, na hora do lanche, Luizinho falou:
— Vitória, você sabe que, ontem, eu estava
conversando com a minha mãe... Ela me disse o que
as crianças que têm algum tipo de doença podem
fazer para viver mais e melhor. Por exemplo, se uma
criança tiver um problema e se cuidar direitinho,
pode viver muitos anos, casar, ter filhos e fazer
várias coisas legais na vida! Não é ótimo?
A menina bonita ficou muito feliz ao saber disso.
Ela gostava muito do Luizinho e queria continuar
sendo sua amiga, mesmo depois de adulta.
Logo depois do recreio, a aluna
Beatriz começou a entregar os
convites do seu aniversário.
Só que Beatriz não entregou o
convite nem pra Vitória, nem
pro Victor.
Claro que a Vitória ficou muito
triste... e chorou.
Naquele dia, a menina bonita
entendeu o que era
PRECONCEITO.
É quando a gente não aceita as
diferenças dos outros e mostra
isso desprezando quem não é
igual. As pessoas podem ser
diferentes na cor da pele, dos
cabelos, na raça. Aliás, no
mundo, somos TODOS
diferentes uns dos outros...
8
Vitória contou para a amiga
Lucinha que não tinha sido
convidada para a festa.
Então Lucinha explicou à
menina que nós podemos mudar
as tristezas que acontecem com
a gente e, assim, vamos tornar o
mundo melhor e mais alegre.
Foi neste momento que as duas
se abraçaram e tiveram uma
ótima idéia!
10
Espertas, elas logo organizaram
uma festa de arromba na casa
azul! Convidaram não só os amigos
da escola, mas também os vizinhos
da rua, as crianças e todos que
quisessem ajudar!
E prepararam um bolo de
chocolate bem grande,
brigadeiros, salgadinhos,
sanduíches; e colocaram bexigas
coloridas enfeitando toda a casa.
Ficou uma beleza!
Ah! Também convidaram o
médico, que quis ser palhaço para
alegrar a garotada; o bombeiro,
que quis ser garçom pra servir
todo mundo; o enfermeiro, que
decidiu ser cozinheiro; e o
jardineiro, que virou porteiro!
Que animação!
11
Para entrar na festa, as pessoas tinham
que usar um lacinho vermelho na blusa
e doar um brinquedo e um livro.
13
E foi no meio dessa festança, com muita
música, que Vitória se revelou!
De repente, a menina bonita pegou o
microfone e, grata por sua vida, cantou:
Dias sim, dias não, eu vou
sobrevivendo sem um arranhão...
O tempo não pára, não
pára — não, não pára!
14
Todos bateram palmas pela linda voz da
estrela e gritaram:
— VIVA!
15