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A verdadeira face de um façante! Às vezes convivemos com animais com fama de bonzinho, mas na ausência dos seus líderes, revelam-se sua verdadeira face. Um bom exemplo é o caso do cachorro que vive com a minha família (recuso-me em dizer “é o caso do meu cachorro...”). Estou falando do Dino, este é o nome da figura. Começo dizendo que, já de início, quando o animal foi adquirido, posicionei-me contra a sua presença, pressentindo problemas pela frente. O cãozinho não tinha pedigree e isso já o colocaria numa roleta da sorte, pois poderíamos estar levando para casa um mala sem alça, o que de fato se confirmou ao longo do tempo. Um cãozinho desmilinguido, mas com cara de sonso, que buscou enganar os demais membros da família, e que acabou conseguindo. Mas, diz o ditado: mentiras têm pernas curtas. O tempo inteiro procurei convencer os meus filhos e a minha mulher do seu caráter - em vão! A ilusão, por ele implantada, acabou cegando a todos, e dessa situação tirou todo tipo de proveito: carinho, alimentação industrializada, casa, banho, proteção, duas caminhas, vôos de avião, hospedagem em hotéis, cuidadores dedicados (Batista), passeios de carro, e por fim, o direito de dormir no quarto do casal, desfrutando de ar condicionado e televisão. Ao me reconhecer como um inimigo, capaz de atrapalhar os seus planos, usou de suas

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A verdadeira face de um faante!

s vezes convivemos com animais com fama de bonzinho, mas na ausncia dos seus lderes, revelam-se sua verdadeira face. Um bom exemplo o caso do cachorro que vive com a minha famlia (recuso-me em dizer o caso do meu cachorro...). Estou falando do Dino, este o nome da figura. Comeo dizendo que, j de incio, quando o animal foi adquirido, posicionei-me contra a sua presena, pressentindo problemas pela frente. O cozinho no tinha pedigree e isso j o colocaria numa roleta da sorte, pois poderamos estar levando para casa um mala sem ala, o que de fato se confirmou ao longo do tempo. Um cozinho desmilinguido, mas com cara de sonso, que buscou enganar os demais membros da famlia, e que acabou conseguindo. Mas, diz o ditado: mentiras tm pernas curtas. O tempo inteiro procurei convencer os meus filhos e a minha mulher do seu carter - em vo! A iluso, por ele implantada, acabou cegando a todos, e dessa situao tirou todo tipo de proveito: carinho, alimentao industrializada, casa, banho, proteo, duas caminhas, vos de avio, hospedagem em hotis, cuidadores dedicados (Batista), passeios de carro, e por fim, o direito de dormir no quarto do casal, desfrutando de ar condicionado e televiso. Ao me reconhecer como um inimigo, capaz de atrapalhar os seus planos, usou de suas habilidades do mal e a sua desfaatez para me excluir da famlia, colocando-me em segundo plano, ao ponto de ser o centro das preocupaes e saudades de todos.Mas o que tenho a dizer agora bastante revelador e ir, certamente, mudar o curso dessa histria de mentiras e falsidade. E assim aconteceu: - O dito Dino, diante das pessoas fracas que ele est acostumado a enganar, utiliza-se do artifcio de cachorro espertinho e leva a sua caminha, arrastada pela boca, at o quarto do casal, ganhando a admirao de todos (exceto a minha) e at mesmo dos internautas, quando num pico mximo de enganao, deixou-se filmar e este filme foi postado no Youtube.Bem, vamos aos fatos recentes que colocar por terra o mala sem ala:Semana passada, Patrcia teve a necessidade de dormir em Petrolina, para no dia seguinte, cedo, ir ao mdico. Fiquei em Sobradinho, s eu e a mala. Cansado, aps um dia atribulado de trabalho e de retorno de Petrolina, pois fui ainda deixar Patricia por l, me preparei para dormir. Mas o bicho ruim, avaliou a situao e armou uma situao para me pisar, para me ferrar. Pelo olhar dele, ao apagar as luzes da sala, j percebi que vinha coisa por a. Bebi gua e me dirigi para o quarto. Precisava, por segurana, fechar as duas portas do corredor, portanto, era necessrio que o animal por ali passasse e fizesse o seu teatrinho de arrastar a caminha. Fui vestindo a pijama, dando tempo ao tempo, esperando que ele aparecesse. Depois de um tempo maior do que o habitual, o animal apareceu, andando lentamente, e olhando nos meus olhos, foi em cmara lenta se deitar na sua outra caminha. Bem! At a deu pr levar. Entendi o desdm, mas o ignorei. Andei, ento, at o final do corredor, fechei a porta e passei a chave, voltei at o quarto e fechei a outra porta e passei a chave. Liguei a televiso, apaguei a luz e me ajeitei na cama para curtir este momento de descanso. Mas, de pronto, o dito Dino, levantou da sua caminha e comeou a arranhar a porta (sua forma de dizer que queria voltar pr sala). A j fiquei puto da vida. Pensei que ele pudesse ter esquecido de beber gua e que se eu no o desse a chance, ficaria a noite toda arranhando aquela porta. Levantei, cansado e irritado, abri a porta do quarto, andei at o final do corredor e abri a outra porta que dava para a sala e o acompanhei para o bebesse a sua gua. Mas, para a minha surpresa, o desgramado passou direto e calmamente, deitou na sua outra cama, mal olhando pr mim. Perplexo e com a ira dos Deuses, reavaliei a situao, e disse pr mim mesmo: ele deve ter mudado o seu comportamento, exatamente, hoje. Voltei, fechei a porta do corredor, passando a chave; andei at o quarto e fechei a porta do quarto, passando a chave, apaguei a luz e deitei buscando a paz que havia perdido h um minuto atrs. No passaram-se dois minutos, um som irritante, distante e insistente, vindo l da porta do corredor, e que d na sala, chegava aos meus ouvidos, como se fosse arreia arranhando os meus tmpanos. Era o dito Dino, realizando o seu plano de me ferrar, de me destruir, de no me deixar relaxar. Refm dessa situao da arranhar de porta, me levantei, acendi a luz, abri a porta do quarto, andei at o final do corredor, abri a porta do corredor, e o animal, passou por mim, em patadas lentas, me ignorando completamente, em direo ao quarto. Neste momento, eu estava por um fio e puta que pariu foi o que de menos passou pela minha cabea. Fechei a porta do corredor, andei at o quarto, fechei a porta do quarto e passei a chave. Apaguei a luz e deitei na cama. Olhei para o animal, certamente desfigurado de raiva e ele percebeu, pois, covardemente, no tentou mais a sua ttica de me irritar. Prometi para mim mesmo que se houvesse outra tentativa de arranhar a porta, haveria uma tentativa de homicdio, pois a porrada iria cair no centro. Ento, este o fato que mostra a verdadeira face desse animal, que longe dos olhares dos bestes, desenvolve a sua capacidade do mal.