A viagem de navio dos imigrantes italianos. Viajando em trens, carroças e até mesmo a pé, milhares de famílias abandonavam suas casas e percorriam enormes distâncias até os portos de embarque para o Brasil. Os principais portos de embarque na Itália eram: Nápoles e Gênova. A norma estabelecida pelo Governo do Estado de São Paulo concedia passagens gratuitas apenas às famílias que viessem de terceira classe. Sem recursos para custear a própria passagem, a maioria dos imigrantes tinha a sua passagem paga pelo Estado. Eram então embarcados na terceira classe, que além, de estar localizada nos porões dos navios, quase sempre vinha com uma lotação acima da capacidade. O grande número de passageiros e as precárias condições sanitárias favoreciam a proliferação de doenças contagiosas, pois os porões eram escuros, úmidos e muito pouco ventilados. Era o pior lugar do navio. Não eram raras as ocorrências de mortes e mesmo de nascimentos durante a viagem. Além dos surtos de piolho, as doenças mais comuns eram o sarampo e a cólera. Quando alguém morria, o corpo era colocado dentro de um saco de lona juntamente com algumas pedras de carvão mineral para fazer peso. Costurava-se o saco que, após uma rápida cerimônia religiosa, era lançado ao mar. Sem possibilidade de manter o corpo a bordo, esse procedimento era necessário para evitar o contágio dos demais passageiros. No início do processo imigratório a rota Europa - Brasil era realizada por navios a vela. Sujeitos a variações climáticas e calmarias, chegavam a levar até 60 dias para completar a viagem. Com o desenvolvimento dos navios a vapor, a partir do final do século 19 as viagens tornavam-se mais rápidas. Passaram a levar de 13 a 30 dias quando vinham da Europa. Ao desembarcar, os imigrantes eram imediatamente colocados em um trem que parava no próprio porto. Esse trem transportava- os até a estação da Hospedaria dos Imigrantes, na cidade de São Paulo. Quando não era possível viajar no mesmo dia, permaneciam uma noite na desconfortável hospedaria existente na cidade de Santos.
Resumo das condições de viagem dos imigrantes italianos
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A viagem de navio dos imigrantes italianos.Viajando em trens,
carroas e at mesmo a p, milhares de famlias abandonavam suas casas
e percorriam enormes distncias at os portos de embarque para o
Brasil. Os principais portos de embarque na Itlia eram: Npoles e
Gnova.A norma estabelecida pelo Governo do Estado de So Paulo
concedia passagens gratuitas apenas s famlias que viessem de
terceira classe. Sem recursos para custear a prpria passagem, a
maioria dos imigrantes tinha a sua passagem paga pelo Estado. Eram
ento embarcados na terceira classe, que alm, de estar localizada
nos pores dos navios, quase sempre vinha com uma lotao acima da
capacidade.O grande nmero de passageiros e as precrias condies
sanitrias favoreciam a proliferao de doenas contagiosas, pois os
pores eram escuros, midos e muito pouco ventilados. Era o pior
lugar do navio. No eram raras as ocorrncias de mortes e mesmo de
nascimentos durante a viagem.Alm dos surtos de piolho, as doenas
mais comuns eram o sarampo e a clera. Quando algum morria, o corpo
era colocado dentro de um saco de lona juntamente com algumas
pedras de carvo mineral para fazer peso. Costurava-se o saco que,
aps uma rpida cerimnia religiosa, era lanado ao mar. Sem
possibilidade de manter o corpo a bordo, esse procedimento era
necessrio para evitar o contgio dos demais passageiros.No incio do
processo imigratrio a rota Europa - Brasil era realizada por navios
a vela. Sujeitos a variaes climticas e calmarias, chegavam a levar
at 60 dias para completar a viagem. Com o desenvolvimento dos
navios a vapor, a partir do final do sculo 19 as viagens
tornavam-se mais rpidas. Passaram a levar de 13 a 30 dias quando
vinham da Europa.Ao desembarcar, os imigrantes eram imediatamente
colocados em um trem que parava no prprio porto. Esse trem
transportava-os at a estao da Hospedaria dos Imigrantes, na cidade
de So Paulo. Quando no era possvel viajar no mesmo dia, permaneciam
uma noite na desconfortvel hospedaria existente na cidade de
Santos.
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