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A vingança do pássaro- A vingança do pássaro- de-mel de-mel Zulu folktale Wiehan de Jager Priscilla Freitas de Oliveira Portuguese Level 4

A vingança do pássaro-de-mel - storybookscanada.ca · nenhuma abelha olhando debaixo da árvore, mas confiava em Ngede. 3. Então Gingile colocou sua lança de caça embaixo da

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A vingança do pássaro-A vingança do pássaro-de-melde-mel

Zulu folktale Wiehan de Jager Priscilla Freitas de Oliveira Portuguese Level 4

Esta é a história do Ngede, o pássaro-de-mel, e um jovem gananciosochamado Gingile. Um dia enquantoGingile estava caçando, ouviu ochamado de Ngede. A boca do Gingilecomeçou a salivar só de pensar no mel.Ele parou e escutou atentamente,observando até que ele viu o pássaronos galhos acima de sua cabeça.“Chitik-chitik-chitik,” o passarinhosacudiu-se, voando para próximaárvore e, depois, para outra. “Chitik-chitik-chitik,” ele chamou, parando devez em quando para ver se Gingile oseguia.

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Meia hora depois, chegaram até umaenorme figueira selvagem. Ngedesaltou enlouquecido entre os galhos.Ele sentou num galho e inclinou suacabeça na direção de Gingile como seestivesse dizendo, “Aqui está! Venhaagora! Por que está demorandotanto?” Gingile não conseguia vernenhuma abelha olhando debaixo daárvore, mas confiava em Ngede.

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Então Gingile colocou sua lança de caçaembaixo da árvore, recolheu algunsgalhos secos e fez uma fogueirinha.Quando o fogo estava queimando bem,colocou uma vara seca e comprida nocentro da fogueira. Esta madeira eraespecialmente conhecida por fazermuita fumaça enquanto queimava. Elecomeçou a subir, segurando a pontafria da vara com seus dentes.

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Logo ele pode ouvir o zumbido dasabelhas ocupadas. Elas estavamentrando e saindo de uma brecha notronco da árvore – sua colméia. QuandoGingile alcançou a colméia, eleempurrou a ponta enfumaçada da varana brecha do tronco. As abelhas saíramapressadas, zangadas e malvadas. Elasvoaram para longe porque nãogostaram da fumaça – mas não antesde darem ferroadas dolorosas emGingile.

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Quando as abelhas estavam fora dacolméia, Gingile empurou suas mãospara dentro do ninho. Pegou punhadospesados do favo, pingando de rico mele cheio de larvas brancas e gordas. Elecolocou o favo de mel cuidadosamentena bolsa que levava no seu ombro ecomeçou a descer da árvore.

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Ngede observou tudo o que Gingileestava fazendo. Estava esperando queele deixasse um pedaço grande de favode mel como uma oferta deagradecimento para o pássaro-de-mel.Ngede esvoaçou de galho em galho,cada vez mais perto do chão.Finalmente Gingile chegou no pé daárvore. Ngede pousou em uma rochaperto do menino e esperou por suarecompensa.

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Mas, Gingile apagou o fogo, pegou sualança e começou a caminhar para casa,ignorando o pássaro. Ngede gritouenfurecido, “VIC-torr! VIC-torrr!”Gingile parou, olhou fixamente para opássaro e riu alto. “Você quer umpouco de mel, quer, meu amigo? Ah!Mas fiz todo o trabalho e levei todas asferroadas. Por que dividiria parte desseadorável mel com você?” Então foiembora. Ngede estava furioso! Issonão era maneira de ser tratado. Masele se vingaria.

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Um dia, várias semanas depois, Gingileouviu o chamado de mel do Ngede.Lembrou-se do delicioso mel eansiosamente seguiu o pássaro maisuma vez. Depois de guiar Gingile aolongo da borda da floresta, Ngedeparou para descansar em um grandeguarda-chuva espinho. “Ahh,” pensouGingile. “A colméia deve estar nessaárvore.” Ele rapidamente fez umafogueirinha e começou a subir a árvorecom a vara esfumaçada entre seusdentes. Ngede sentou e observou.

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Gingile escalou, imaginando por quenão tinha ouvido o habitual zumbido.“Talvez a colméia esteja no fundo daárvore,” pensou. Ele subiu mais umgalho. Mas ao invés de uma colméia,ele estava olhando para um leopardo!O leopardo estava muito zangado porter tido seu sono indelicadamenteinterrompido. Ele estreitou os olhos,abriu a boca e mostrou seus grandes eafiados dentes.

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Antes que o leopardo pudesse dar umgolpe, Gingile desceu da árvorecorrendo. Na pressa ele não viu umgalho e aterrizou com um baque fortee torceu seu tornozelo. Afastou-se omais rápido que pôde. Com sorte, oleopardo estava ainda muito sonolentopara perseguí-lo. Ngede, o pássaro-de-mel, teve a sua vingança e Gingileaprendeu sua lição.

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Assim, quando as crianças de Gingileouvem a história de Ngede, elas têmrespeito pelo passarinho. Sempre quecolhem mel, deixam a maior parte dofavo para o pássaro-de-mel.

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A vingança do pássaro-de-melA vingança do pássaro-de-melWritten by: Zulu folktale

Illustrated by: Wiehan de JagerTranslated by: Priscilla Freitas de Oliveira

This story originates from the African Storybook (africanstorybook.org) andis brought to you by Storybooks Canada in an effort to provide children’sstories in Canada’s many languages.

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 3.0 International License.

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