46
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE RESÍDUOS E CONTAMINANTES EM LEITE COM ÊNFASE EM ANTIBIÓTICOS Thaysa dos Santos Silva Orientador: Prof. Dr. Edmar Soares Nicolau GOIÂNIA 2009

ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE VETERINÁRIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS

ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE

CONTROLE DE RESÍDUOS E CONTAMINANTES EM LEITE COM

ÊNFASE EM ANTIBIÓTICOS

Thaysa dos Santos Silva

Orientador: Prof. Dr. Edmar Soares Nicolau

GOIÂNIA

2009

Page 2: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

ii

THAYSA DOS SANTOS SILVA

ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE

CONTROLE DE RESÍDUOS E CONTAMINANTES EM LEITE COM

ÊNFASE EM ANTIBIÓTICOS

Seminário apresentado junto à Disciplina Seminários Aplicados do

Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Escola de

Veterinária da Universidade Federal de Goiás.

Nível: Mestrado

Área de Concentração: Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos

Linha de Pesquisa:

Controle de Qualidade dos Alimentos

Orientador: Prof. Dr. Edmar Soares Nicolau - UFG

Comitê de Orientação:

Prof. Dr. Antônio Nonato de Oliveira - UFG Prof. Dr. Moacir Evandro Lage - UFG

GOIÂNIA

2009

Page 3: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

iii

SÚMARIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 1

2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................... 3

2.1 O leite e os resíduos de antibióticos ......................................................... 3

2.2 Danos causados à saúde do consumidor e os prejuízos econômicos às

indústrias de laticínio, produtores e governos pela presença de resíduos

de antibióticos no leite .............................................................................. 6

2.3 Brasil país agroexportador........................................................................ 9

2.4 Criação e objetivos do Plano Nacional de Controle de Resíduos e

Contaminantes ....................................................................................... 11

2.5 Metodologia do Programa Nacional de Controle de Resíduos e

Contaminantes em Leite e suas ações regulatórias ............................... 15

2.5.1 Subprograma de monitoramento ............................................................ 15

2.5.2 Subprograma de investigação ............................................................... 19

2.5.3 Ações regulatórias ................................................................................. 20

2.6 Limite máximo de resíduo, antibióticos a serem monitorados e

laboratórios de análises ........................................................................ 21

2.7 Resultados e impactos esperados .......................................................... 26

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 30

REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 33

Page 4: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

iv

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Alvéolo da glândula mamária de vaca .............................................. 5

Figura 2 Produção de leite em 2008/09 e expectativas no Brasil ................... 10

Figura 3 Exportações de Leite em 2008/09 e expectativas no Brasil ............ 10

Figura 4 Consumo de Leite em 2008/09 no Brasil e expectativas ................. 11

Figura 5 Brasil expectação do agronegócio por Bloco Econômico em 2006

(em US$ mil) ................................................................................... 13

Figura 6 Tanque de expansão da propriedade rural ..................................... 18

Figura 7 Mistura do leite cru para coleta ........................................................ 18

Figura 8 Coletor de amostra para PNCRCL .................................................. 18

Figura 9 Recipiente para a coleta de amostra de leite cru ............................. 18

Figura 10 Coleta de amostra para o PNCRCL ................................................. 18

Figura 11 Amostra lacrada e pronta para o envio ao laboratório ..................... 18

Figura 12 Farmácia da Fazenda visitada ......................................................... 19

Figura 13 Rede de Laboratórios do PNCRC de 2009 ...................................... 25

Page 5: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

v

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Antibióticos, outros resíduos e contaminantes a serem monitorados

pelo PNCRCL/2009............. ................................................................... 24

Quadro 2 Dados e resultados de 1999 a 2009 no Brasil com relação aos

antibióticos ............................................................................................. 27

Page 6: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

vi

LISTA DE ABREVIATURAS

APPCC Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle

AGE Assessoria de Gestão Estratégica

CCRC Coordenação de Controle de Resíduos e Contaminantes

CGAL Coordenação Geral de Apoio Laboratorial

CGPE Coordenação Geral de Programas Especiais

DFA Delegacia Federal de Agricultura

DIPOA Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal

DNA Ácido desoxirribonucléico

FAO Organização das Nações Unidas Para Agricultura e Alimentação

FFA Fiscal Federal Agropecuário

LANAGRO Laboratório Nacional Agropecuário

LMR’s Limites Máximos de Resíduos

MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

OMC Organização Mundial do Comércio

OMS Organização Mundial de Saúde

PNCR Plano Nacional de Controle de Resíduos

PCRC Programa de Controle de Resíduos em Carne

PCRL Programa de Controle de Resíduos em Leite

PCRM Programa de Controle de Resíduos em Mel

PCRP Programa de Controle de Resíduos em Pescado

PNCRB Plano Nacional de Controle de Resíduos Biológicos em Produtos de Origem Animal

PNCRC Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes

PNCRCC Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Carne

PNCRCL Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Leite

PNCRCM Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Mel

PNCRCP Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Pescado

Page 7: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

vii

ROA Requisição Oficial de Análise

SDA Secretaria de Defesa Agropecuária

SIF Serviço de Inspeção Federal

SIGSIF Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal

SIPA Secretaria de Inspeção de Produto Animal

SIPAG Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal

UE União Européia

Page 8: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

1

1 INTRODUÇÃO

Os consumidores de todo o mundo nos últimos tempos vêm

aumentando suas exigências quanto à qualidade e segurança alimentar, esta

última pode ser dita como um conjunto de normas de produção, transporte e

armazenamento de alimentos, com objetivo de oferecer segurança aos

consumidores. Segundo SPERS & KASSOUF (1996), o crescente interesse pelo

problema de segurança de alimentos pode ser atribuído a diferentes fatores, tais

como: aumento populacional, uso de pesticidas e medicamentos; novos hábitos

alimentares, maior conscientização sobre saúde e qualidade de vida; globalização

e o aparecimento de barreiras não-tarifárias.

O leite é um alimento completo, consumido pelo homem, sendo fonte

de proteína, gordura, carboidrato e sais minerais. A qualidade, inocuidade e

segurança do leite tornam-se, portanto tema de saúde publica, tendo relevância

devendo ser estudado e discutido. Levando em consideração a importância do

leite como um alimento tão nobre, o que se observa é que os esforços na busca

pela melhoria da qualidade estão focados apenas na questão microbiológica. A

contaminação do leite por medicamentos veterinários ainda não é investigada de

forma eficaz e adequada pelas autoridades sanitárias do país.

O leite produzido pela glândula mamária é obtido a partir de elementos

que passam da corrente sanguínea para as células especializadas desta

glândula, porém neste momento medicamentos veterinários, como os antibióticos,

que anteriormente tenham sido administrados no animal, em decorrência de

tratamento de doenças, podem passar para o leite. O tratamento da mastite,

infecção da glândula mamária, é considerado a principal causa da presença de

antibióticos no leite, visto que grande parte do rebanho leiteiro brasileiro é

acometido por essa doença (SANTOS, 2003).

A ocorrência de resíduos de antibióticos no leite tem se tornado um

grande problema em termos de saúde pública, para os consumidores, e

econômicos para as indústrias, produtores e governos. Uma vez contaminado

com substâncias químicas, o leite é considerado adulterado e impróprio para o

consumo, pois representa perigo para a saúde, devendo o mesmo ser

descartado.

Page 9: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

2

Pesquisas concluíram que a ingestão de leite com resíduos de

antibióticos pode ocasionar sérios problemas ao homem, estando relacionados a

reações toxicológicas, hipersensibilidade e possível choque anafilático em

indivíduos alérgicos a essas substâncias. Pode ainda causar seleção de cepas

bacterianas mais resistentes, no meio e no consumidor, desequilíbrio da flora

intestinal, discrasias sanguíneas e ação teratogênica. Assim a presença dos

resíduos de antibióticos no leite é um fator de risco para os consumidores

(ALBUQUERQUE et al., 1999; Costa 1996; NASCIMENTO et al., 2001).

Pesquisas realizadas no Brasil com o intuito de determinar a presença

de resíduos de antibióticos no leite foram feitas. Segundo NERO et al., 2007

concluíram de maneira geral que se tem uma alta prevalência de resíduos no leite

e que isso pode gerar problemas graves na saúde pública e prejuízos à indústria.

Por imposição de países importadores, o governo brasileiro criou em

1986 o Plano Nacional de Controle de Resíduos Biológicos em Produtos de

Origem Animal (PNCRB), que em 1999 passou a chamar de Plano Nacional de

Controle de Resíduos em Produtos de Origem Animal (PNCR) e a partir de 2007

começou a ser chamado de Plano Nacional de Controle de Resíduos e

Contaminantes (PNCRC). Segundo BRASIL (1999), tal ferramenta de controle

tem como objetivo, a busca pela produtividade e qualidade dos alimentos de

origem animal, destinados à exportação e consumo interno, conhecendo e

evitando a violação dos Limites Máximos de Resíduos (LMR’s) de substâncias

autorizadas, bem como a ocorrência de quaisquer níveis de resíduos de

compostos químicos de uso proibido no país.

Portanto, devido a importância do leite na dieta humana, do risco

representado à saúde pública frente à sua contaminação por resíduos de

antibióticos e perdas econômicas para o país; é que o presente trabalho se

mostra relevante. Nele objetiva-se descrever a importância de um dos programas

do PNCRC, o Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em

leite (PNCRCL), com ênfase em resíduos de antibióticos. Abordando sua

importância em saúde pública, sua criação, seus objetivos, metodologia,

resultados e impactos esperados para o controle dos resíduos de antibióticos no

leite.

Page 10: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

3

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 O leite e os resíduos de antibióticos

O leite é um dos alimentos mais completos consumido pelo homem,

em decorrência de seu valor nutritivo e composição, sendo um dos constituintes

essenciais da dieta de recém-nascidos (FONSECA & SANTOS, 2000; OLIVEIRA

et al., 1999). Os critérios mais importantes para a definição do leite de boa

qualidade incluem o sabor agradável e característico, alto valor nutritivo, baixa

carga microbiana, inexistência de agentes patogênicos e outros contaminantes

como os resíduos de antibióticos, carrapaticidas, pesticidas, metais pesados e

desinfetantes (SANTOS, 2003).

Durante sua vida os animais podem ser tratados com medicamentos

veterinários para a prevenção ou a tratamento das doenças. Em animais

produtores de alimentos, tais como os bovinos, os suínos, as aves e os peixes,

estes medicamentos podem deixar resíduos nos produtos derivados destes

animais (UE, 2009).

Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e

Alimentação (FAO, s.d) a contaminação dos alimentos por substâncias químicas

perigosas é motivo de preocupação para a saúde pública em todo o mundo,

sendo, portanto, um dos principais problemas do comércio internacional. De

acordo com BRITO (2000), o consumidor deseja receber um produto de alto valor

nutritivo e livre de substâncias estranhas. Para que o leite seja considerado

seguro e nutritivo, deve estar livre de resíduos, contaminantes e microrganismos

patogênicos.

O critério da pesquisa de resíduos no leite é hoje um fator importante

na sua desclassificação, visto que torna a matéria-prima inadequada para a

indústria e consumo humano. Não existe tratamento tecnológico capaz de inativar

os resíduos do leite (SANTOS, 2003).

De acordo com BRITO (2000), os agentes antimicrobianos são

substâncias utilizadas para inibir o crescimento ou inativar os microrganismos que

se estabelecem em um organismo vivo. As substâncias antimicrobianas mais

Page 11: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

4

usadas são os antibióticos que são produzidos naturalmente, total ou

parcialmente por microrganismos.

Os antibióticos presentes no leite têm duas origens principais: a

primeira e mais importante proveniente do tratamento de mastite, infecção da

glândula mamaria, e a segunda se dá devido à adição de quimioterápicos no leite

por produtores, sendo dita como fraude (RUIZ et al., 1992; ALLISON, 1995). O

tratamento da mastite causa sérias implicações no que se refere à saúde pública.

Segundo FONSECA & SANTOS (2001), qualquer antibiótico utilizado

em vacas por qualquer via de aplicação, seja intramamária, intramuscular, intra-

uterina, oral, dieta ou pela pele pode resultar em resíduos no leite. No processo

de formação do leite elementos como: proteínas, carboidratos, gorduras, sais

minerais e água se integram ao sangue bem como os antibióticos administrados

aos animais. Os elementos do leite e os antibióticos são absorvidos da corrente

sanguínea pelas células de secreção do alvéolo da glândula mamária, produzindo

o leite contaminado. O alvéolo apresenta todas as estruturas necessárias para a

síntese e escoamento do leite, se houver antibiótico na corrente sanguínea, o

mesmo estará no leite. O esquema da anatomia do alvéolo da glândula mamária

de vaca está representado na Figura 1. Assim o tratamento de um único quarto

mamário com mastite resulta na passagem do antibiótico via sanguínea para o

leite presente nos outros quartos, o leite de todos os quartos deve ser descartado

durante o período em que houver a presença de resíduos da droga.

Para evitar a presença dos resíduos de antibióticos no leite deve-se

respeitar o período de carência dos medicamentos. Conforme SANTOS (2003),

entende-se por período de carência o período de tempo no qual o medicamento é

eliminado no leite, após a última aplicação da droga no animal, sendo que o leite

não deve ser consumido, pois apresenta níveis de resíduos acima do permitido

pela legislação vigente.

Page 12: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

5

FIGURA 1 - Alvéolo da glândula mamária de vaca

Fonte: http://www.delaval.com.br/Dairy_Knowledge/EfficientMilking/The_Mammary_Gland.htm

Segundo BRASIL (2009e), o tratamento da vaca seca é muito

importante para a redução da mastite subclínica do rebanho e para reduzir novas

infecções que venham a ocorrer nas primeiras semanas e no restante do período

seco. Ainda, BRASIL (2009e) ressaltou que as concentrações de antibióticos

maiores podem ser adotadas no período seco; o que além de aumentar a taxa de

cura da mastite subclínica, minimiza consideravelmente o risco da contaminação

do leite com resíduos de antibióticos.

Page 13: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

6

2.2 Danos causados à saúde do consumidor e os prejuízos econômicos às

indústrias de laticínio, produtores e governos pela presença de resíduos

de antibióticos no leite

Segundo o Codex Alimentarius (1993), diante dos resultados de

diversos estudos científicos há forte correlação entre a ingestão de produtos de

origem animal incluindo o leite, contendo resíduos de antibióticos e a indução de

resistência aos tratamentos antimicrobianos pela população e a indução de

formação de cepas de bactérias resistentes aos antibióticos de última geração.

Por isso as questões pertinentes à implementação de um PNCRC amplo e efetivo

por parte dos países a fim de garantir o fornecimento de alimentos seguros têm

sido consideradas como o principal fator de discussão no âmbito do próprio

Codex Alimentarius e outros fóruns de discussão técnica sobre a saúde da

população e a exposição ao risco pela mesma.

Conforme FONSECA & SANTOS (2000), SANTOS (2003), os perigos à

saúde impostos pela presença de resíduos de antibióticos nos alimentos em geral

e também no leite em particular, estão relacionados a reações toxicológicas,

hipersensibilidade e possível choque anafilático, resistência bacteriana e

transmissão para as gerações futuras, desequilíbrio da flora intestinal e discrasias

sanguíneas.

Os principais danos toxicológicos causados ao homem pelos resíduos

de antimicrobianos no leite são: carcinogênico, mutagênico e teratogênico. A ação

carcinogênica dos resíduos de antibióticos leva a danos irreversíveis ao DNA

(ácido desoxirribonucléico) contido nas células. De acordo com COSTA (1996) e

BRITO (2000) a ação carcinogênica está envolvida com a presença de resíduos

de cloranfenicol, sulfometazina e aos nitrofuranos no leite. Já os danos causados

aos componentes genéticos das células ou de organismos são chamados de ação

mutagênica.

RUIZ et al. (1992) e NASCIMENTO et al. (2001) afirmaram que o

consumo de antibióticos como: metronidazol, rifampicina, trimetropim,

estreptomicina, sulfonamidas, cloranfenicol e tetraciclina, por mulheres gestantes

pode causar ação teratogênica com efeitos tóxicos ao embrião ou feto.

Page 14: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

7

De todo o modo os riscos apresentados à saúde dos consumidores são

representados pelas reações alérgicas, freqüentemente relacionadas aos

antibióticos beta-lactâmicos (penicilinas), podendo desencadear choque

anafilático em indivíduos sensíveis conforme RUIZ et al. (1992) e COSTA (1996).

Além disso, os microrganismos do meio e da flora intestinal podem se tornar

resistentes aos antibióticos, em conseqüência da pressão seletiva (BRITO, 2000).

Pesquisas realizadas no Brasil com o intuito de determinar a presença

de resíduos de antibióticos no leite foram feitas como ALBURQUERQUE et al.

(1996) no Brasil, que analisaram leite comercializado na cidade de Fortaleza,

estado do Ceará, encontrando uma incidência de 69,7% das amostras contendo

resíduos de antibióticos.

BORGES et al. (2000) concluíram que das 533 amostras de leite

pasteurizado padronizado analisadas no Estado de Goiás, cerca de 9,95%

apresentaram resíduos de antibióticos, concluiu-se que a presença desses

resíduos comprovam que os procedimentos sanitários padronizados,

recomendados pelo Serviço de Inspeção Federal, não foram seguidos. Já

NASCIMENTO et al. (2001) observaram que das 96 amostras de leite analisadas

na cidade de Piracicaba-SP, cerca de 50% apresentaram resíduos de antibióticos.

BARROS et al. (2001) por meio de seus estudos encontraram cerca de

38,5% das amostras de leite pasteurizado tipo C coletadas na cidade de Salvador

apresentavam resíduos de antibióticos. TETZNER et al. (2005) observaram que a

prevalência de resíduos de antibióticos (beta-lactâmicos) em amostras de leite cru

na região do Triângulo Mineiro foi da ordem de 33%. NERO et al. (2007)

pesquisaram em 210 amostras de leite cru, em quatro regiões produtoras de leite

do Brasil: Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Detectando a

presença de resíduos de antibióticos em 11,4%. Concluíram em seu estudo, que

a presença de resíduos de antibióticos em leite produzido no Brasil pode ser

considerada preocupante, indicando perigo químico.

De modo geral o que se conclui das diversas pesquisas desenvolvidas

com o intuito de verificar a presença de resíduos de antibióticos no leite é que a

grande maioria encontrou alta prevalência de resíduos. Esta incidência recorrente

pode gerar a curto, médio e longo prazo, problemas graves na saúde pública e

prejuízos à indústria.

Page 15: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

8

De acordo com RUIZ et al. (1992), COSTA (1996), SANTOS (2003),

NUNES & D’ANGELINO (2007)Os efeitos negativos da presença dos resíduos de

antibióticos no leite foram identificados primeiramente pela indústria de laticínios,

uma vez que foi verificada que os fermentos, que são culturas lácteas, usadas na

fabricação de derivados, como iogurtes e queijos, não se desenvolvem bem no

leite que contenha resíduos de antibióticos, resultando em prejuízos e redução da

qualidade dos derivados. Segundo MEDEIROS et al. (1999) deve-se destacar que

a pasteurização, fervura e esterilização do leite não destroem os resíduos de

antibióticos, constituindo risco para a saúde do consumidor e problemas para a

indústria.

O leite contaminado por substâncias químicas, como o caso dos

antibióticos, é considerado adulterado e impróprio para o consumo, pois

representa um risco à saúde, e sua identificação constitui um dos principais

fundamentos da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC)

(FORSYTHE, 2002). Assim quando é detectada a presença de resíduos de

antibióticos no leite, acima do permitido pela legislação, o mesmo deve ser

descartado, ficando o produtor no prejuízo.

O Brasil, detentor de uma pecuária diversa, e um dos mais importantes

parceiros comerciais do mundo, necessita do controle de resíduos, dentre estes, o

de antibióticos, onde essa prática é quase uma imposição no contexto do

comércio internacional de produtos pecuários “in natura” e processados (BRASIL,

1999). Para o governo brasileiro ter o controle dos resíduos de antibióticos é de

suma importância, para manter e aumentar as exportações brasileiras e divisas,

evitando prejuízos econômicos e evitar problemas de saúde pública.

Page 16: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

9

2.3 Brasil país agroexportador

A história revela que o Brasil desde a sua colonização se caracteriza

por ser um país agroexportador, e até os dias atuais isso ocorre, sendo que o país

cada vez mais busca aumentar a sua produção. Conforme BRASIL (2009a), a

produção de grãos (soja, milho, trigo, arroz e feijão) deverá passar de 139,7

milhões de toneladas em 2007/08 para 180,0 milhões em 2018/19. Isso indica um

acréscimo de 40,0 milhões de toneladas à produção atual do Brasil. A produção

de carnes (bovina, suína e aves), deverá aumentar em 12,6 milhões de toneladas.

Isso representa um acréscimo de 51,0% em relação à produção de carnes de

2008. Três outros produtos com elevado crescimento previstos são açúcar, mais

14,5 milhões de toneladas, etanol, 37,0 bilhões de litros e leite, 9,0 bilhões de

litros.

Espera-se que ocorra aumento das exportações do Brasil no mercado

mundial. A relação entre exportações brasileiras e o comércio mundial, mostra

que em 2018/19, as exportações de carne bovina brasileira representarão 60,6%

do comércio mundial; a carne suína representará 21,0% do comércio, e a carne

de frango deverá representar 89,7% do comércio mundial. Esses resultados

indicam que o Brasil continuará a manter sua posição de primeiro exportador

mundial de carne bovina e de carne de frango. Os produtos mais dinâmicos do

agronegócio brasileiro deverão ser a soja, milho, trigo, carnes, etanol, farelo de

soja, óleo de soja e leite. O leite nas perspectivas do Ministério da Agricultura

Pecuária e Abastecimento (MAPA) para 2018 e 2019 terá crescimento de

produção, exportação e consumo interno, como pode ser visto nas Figuras 2, 3 e

4 (BRASIL, 2009a).

A busca pela consolidação do país como exportador de alimentos por

um lado o coloca em destaque e por outro o força a encarar a produção com

maior cuidado, visto que a segurança alimentar e qualidade dos produtos em

grande parte advêm de imposições dos países importadores. Este fato está

mudando práticas e também a população brasileira está se tornando cada vez

mais exigente.

Page 17: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

10

Segundo BRASIL (2009a), o mercado interno será um forte fator de

crescimento. Haverá, assim, uma dupla pressão sobre o aumento da produção

nacional, o crescimento do mercado interno e as exportações do país.

FIGURA 2 - Produção de leite em 2008/09 e expectativas no Brasil

Fonte: BRASIL (2009a)

FIGURA 3 - Exportação de Leite em 2008/09 e expectativas no Brasil

Fonte: BRASIL (2009a)

Exportação Leite-Brasil 2008/09 a 2018/19

1.052 1.076 1.177 1.278 1.379 1.481 1.582 1.683 1.784 1.885 1.986 2.087

2007

/08

2008

/09

2009

/10

2010

/11

2011/1

2

2012

/13

2013

/14

2014

/15

2015

/16

2016

/17

2017

/18

2018/1

9

Milhões de litros

27,399 28,104 28,982 29,859 30,737 31,614 32,492 33,369 34,247 35,124 36,002 36,879

Produção de Leite-Brasil 2008/09 a 2018/19

Milhões de litros

Page 18: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

11

FIGURA 4 - Consumo de Leite em 2008/09 no Brasil e expectativas

Fonte: BRASIL (2009a)

2.4 Criação e objetivos do Plano Nacional de Controle de Resíduos e

Contaminantes

A legislação relacionada à agropecuária, no Brasil é de

responsabilidade do MAPA, por intermédio da Secretaria de Defesa Agropecuária

(SDA) devendo: planejar, normatizar, coordenar e supervisionar as atividades de

defesa agropecuária; fiscalizar e inspecionar os produtos, derivados, subprodutos e

resíduos de origem animal e vegetal; fiscalizar insumos agropecuários; fiscalizar a

questão higiênico-sanitária dos serviços prestados na agricultura e na pecuária;

realizar análises laboratoriais como suporte às ações de defesa agropecuária e

emitir certificação sanitária animal e vegetal (BRASIL, 2007c).

Frente a esta questão, vários países e blocos econômicos vêm

implementando medidas restritivas e padrões de importações que visam

assegurar que suas populações tenham acesso a alimentos em quantidade,

qualidade e segurança, para que sejam seguros do ponto de vista de saúde

pública. Os padrões e requisitos restritivos vêm a cada dia sendo impostos a

países produtores e fornecedores de alimentos como o Brasil.

Page 19: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

12

É nesse contexto de exigência de segurança alimentar que se inserem

os demais países importadores dos produtos brasileiros. Esta postura obriga o

governo brasileiro a levar em consideração a imposição dos países importadores

dos produtos de origem animal, principalmente da União Européia (UE) que

atualmente é um dos maiores importadores do Brasil (como mostra o Figura 05),

e exige o cumprimento das regras do comércio internacional de alimentos,

preconizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e órgãos auxiliares,

e a busca pela produtividade e qualidade dos alimentos de origem animal

destinado ao consumo interno.

Em 1970, uma série de problemas ocorreu nos Estados Unidos da

América em relação a segurança dos produtos que estavam sendo consumidos,

originando o seguinte pergunta: “Como em 1969 os USA foram capazes de enviar

o homem à lua e em 1970 ainda temos incidentes que comprometem a segurança

dos nossos produtos?”. A resposta encontrada foi a necessidade de mudanças na

forma de desenvolver e produzir alimentos, tornando-a mais científica e

controlada (BENNET & STEED, 1999).

No mundo moderno, grande parte da segurança alimentar repousa no

controle de remanescentes residuais nos alimentos em decorrência do uso de

pesticidas e medicamentos veterinários, ou por acidentes envolvendo

contaminantes ambientais. Em razão destes riscos é que não se deve deixar o

consumidor a mercê da nocividade de resíduos e contaminantes. Deve ser feito o

controle e monitoramento dos resíduos e contaminantes presentes nos produtos

de origem animal (BRASIL, 1999). Neste contexto é que se criou em 1979 o Plano

Nacional de Controle de Resíduos Biológicos em Produtos de Origem Animal

(PNCRB).

O PNCRB foi instituído pela Portaria Ministerial n° 86 de 26 de janeiro

de 1979 e Portaria Ministerial n° 51 de 06 de fevereiro de 1986 (BRASIL, 1986).

Adequado pela Portaria Ministerial nº 527, de 15 de agosto de 1995 do MAPA,

sendo alterado pela Instrução Normativa n° 42 de 20 de dezembro de 1999 do

MAPA, que atualmente está sob revisão. Posteriormente o plano recebeu o nome

de Plano Nacional de Controle de Resíduos em Produtos de Origem Animal

(PNCR). Em 2007 passou a se chamar Plano Nacional de Controle de Resíduos e

Contaminantes (PNCRC) sendo que a cada ano são publicadas instruções

Page 20: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

13

normativas referentes às drogas a serem pesquisadas e seus respectivos Limites

Máximos de Resíduos (LMR) e resultados obtidos.

BRASIL (1995) atribuiu a Secretaria de Defesa Agropecuária a

responsabilidade de coordenar a execução do PNCRB. BRASIL (2007a)

estabeleceu os critérios para reconhecimento, extensão de escopo e

monitoramento de laboratórios no MAPA, dando maior suporte na área de

realização de análises.

FIGURA 5 - Brasil exportações do agronegócio por Bloco Econômico em 2006 (em US$ mil)

Fonte: BRASIL (2005/2006)

O PNCR dividiu-se em subprogramas de acordo com o produto de

origem animal, sendo os seguintes subplanos: Programa de Controle de Resíduos

em Carne (PCRC), Programa de Controle de Resíduos em Mel (PCRM),

Programa de Controle de Resíduos em Leite (PCRL) e Programa de Controle de

Resíduos em Pescado (PCRP) (BRASIL, 1999). Posteriormente acrescentou-se

no nome dos programas as palavras nacional e contaminante. O primeiro

Brasil exportações do agronegócio por Bloco

Econômico em 2006 (em US$ mil)

União Européia (30,7%)

Demais Países da Europa Ocidental (2,0%)

Demais ALADI (Excluindo MERCOSUL) (4,1%)

Demais Américas (1,5%)

Oriente Médio (8,4%)

Oceania (0,5%)Europa Oriental (Incluindo Rússia) (8,3%)

NAFTA (Excluindo Oriente Médio) (15,6%)

MERCOSUL (2,9%)

Ásia (Excluindo Oriente Médio) (2,9%)

África (19,0%)

Page 21: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

14

programa a ser consolidado foi o da carne, através da portaria da Secretaria de

Inspeção de Produto Animal (SIPA) n° 01, de 08 de junho de 1988, pois o Brasil

tinha um sistema de produção de carne voltado para a exportação na época da

criação da legislação, posteriormente os outros programas foram colocados em

prática, como no caso do leite.

A execução de suas atividades está a cargo da Secretária de Defesa

Agropecuária, cabendo à Coordenação de Controle de Resíduos e

Contaminantes (CCRC) gerenciar o cumprimento das metas estabelecidas na

operacionalização do programa, o qual comporta ainda uma comissão técnica

com representantes do Departamento de Defesa Animal e do Departamento de

Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) e um Comitê Consultivo

constituído por Representantes de Órgãos Governamentais e Privados,

reconhecidamente envolvidos no contexto do PNCRC (BRASIL, 1999).

O PNCRC tem suas ações direcionadas para conhecer e evitar a

violação dos níveis de segurança ou dos Limites Máximos de Resíduos (LMR’s)

de substâncias autorizadas, bem como a ocorrência de quaisquer níveis de

resíduos de compostos químicos de uso proibido no país (BRASIL, 1999).

Um dos objetivos do PNCRC para todos os programas é tornar-se

parte integrante do esforço destinado à melhoria da produtividade e da qualidade

dos alimentos de origem animal colocados à disposição da população brasileira, e

secundariamente, proporcionar à nação, condições de se adequar do ponto de

vista sanitário, às regras do comércio internacional de alimentos, preconizadas

pela OMC, Codex Alimentarius e órgãos auxiliares. O objetivo em particular

PNCRCL é a garantia da produção e da produtividade leiteira no território

nacional, bem como o aporte dos produtos similares importados. Suas ações

estão direcionadas aos conhecimentos das violações em decorrência ao uso

indevido de medicamentos veterinários ou de contaminantes ambientais (BRASIL,

1999).

Ressalta-se que as metas principais do PNCRC caminham no sentido

da verificação do uso correto e seguro dos medicamentos veterinários, de acordo

com as práticas veterinárias recomendadas e das tecnologias utilizadas nos

processos de incrementação da produção e produtividade pecuária. O Plano

Page 22: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

15

comporta, pois, todo um esforço governamental, no sentido de ofertar aos

consumidores, alimentos seguros e com preços competitivos (BRASIL, 1999).

Além de toda a importância para a saúde publica o PNCRC vem sendo

utilizado como instrumento protecionista por parte dos países importadores, se

tornando uma das principais Barreiras Não-Tarifárias existentes hoje no mercado

internacional. Temos o exemplo do Mel de impactos negativos diretos, em 2006 a

União Européia baniu as exportações de mel do Brasil, tendo como justificativa

que o Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Mel

(PNCRCM) não era equivalente aos requisitos europeus e que o Estado brasileiro

não era capaz de chancelar que o mel exportado para a Europa era seguro

quimicamente aos consumidores europeus.

2.5 Metodologia do Programa Nacional de Controle de Resíduos e

Contaminantes em Leite e suas ações regulatórias

O PNCRCL tem a função regulamentar básica do controle e da

vigilância. Para isto, são colhidas amostras de leite de vacas, de derivados

industrializados e/ou beneficiados, destinados à alimentação humana, proveniente

dos estabelecimentos sob o Serviço de Inspeção Federal (SIF) (BRASIL, 1999).

Porém na prática somente as amostras de leite “in natura” tem sido coletadas

(FEIJÓ, 2009).

O PNCRCL é dividido em subprogramas para melhor execução, assim

temos o Subprograma de Monitoramento, Investigação e de Controle de Produtos

Importados (BRASIL, 1999). Porém na prática somente os Subprogramas de

Monitoramento e Investigação estão em vigor (FEIJÓ, 2009).

2.5.1 Subprograma de monitoramento

O Subprograma de Monitoramento gera as informações sobre a

freqüência, níveis e distribuição dos resíduos no país, ao longo do tempo. No

Page 23: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

16

controle das violações dos LMR’s das drogas de uso permitido e proibido, a

amostragem é aleatória, realizado na cadeia agroalimentar, anualmente, sendo

que para as drogas de uso proibido pode se realizar a amostragem sazonal, isso

vai depender do tipo de produto animal e resíduo considerado (BRASIL, 1999).

Os resíduos a serem pesquisados são selecionados com base no

potencial de risco e disponibilidade de metodologia analítica adequada aos

objetivos do monitoramento. O número de amostras a serem coletadas pelo SIF,

o LMR, a metodologia analítica, as matrizes e drogas a serem analisadas e os

laboratórios oficiais e credenciados constam na programação anual do PNCRCL

(BRASIL, 1999).

2.5.1.1 Coleta, preparo e envio de amostra para análise do subprograma de

monitoramento

Para a realização das coletas das amostras deve-se seguir protocolo.

De acordo com BRASIL (1999), as amostras a serem coletadas são leite “in

natura”, em pó e beneficiado. Porém, de acordo com FEIJÓ (2009) e BORGES

(2009), apenas as amostras de leite “in natura” tem sido coletadas. O

procedimento de coleta será apresentado a seguir.

2.5.1.2 Leite “in natura”

A coordenação do PNCRC sorteia aleatoriamente o número do SIF da

indústria de laticínio no qual a amostra será coletada. Publica-se no “site” do

Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF) o

número do SIF onde a amostra deverá ser coletada. O Fiscal Federal

Agropecuário (FFA) acessa o SIGSIF, e se caso o número do SIF for de sua

regional o mesmo tem acesso “on line” no site da Requisição Oficial de Análises

(ROA) (BORGES, 2009).

Page 24: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

17

A regional do MAPA de onde o SIF foi sorteado tem disponível no “site”

do SIGSIF com pelo menos 15 (dez) dias de antecedência o ROA, constituído de

seção principal, destinada à identificação da amostra, tendo o número do SIF e

nome do estabelecimento (BORGES, 2009).

A coleta é dita como fiscal, visto que quem a realiza é o FFA. No dia da

coleta, o FFA ao chegar à indústria de laticínio, procederá sorteio aleatório para a

escolha de qual propriedade fornecedora será fonte amostral. A amostra de leite

cru é coletada de latões ou tanques de expansão (Figura 6), utilizando recipientes

de coleta como mostra a Figura 9, sendo os mesmos fornecidos pela empresa

para onde o produtor vende o seu leite (BRASIL, 1999).

O procedimento de coleta costa das seguintes etapas: 1) Mistura-se o

leite de onde será coletada a amostra, podendo estar em latões ou Tanque de

expansão. Nos latões é feita com misturadores de aço inox higienizados, já nos

tanques e feita através dos misturadores do próprio tanque, Figura 6. A mistura

em tanques é no mínimo de 5 minutos para cada 5000L de leite, acima 5000L 10

minutos, Figura 7; 2) Coleta-se a amostra de leite com um coletador previamente

higienizado e seco, Figura 8; 3) Procede-se a coleta da amostra, Figura 10; 4)

Coloca-se a amostra de leite no recipiente (frasco de polietileno de 1° uso,

preferencialmente de boca larga com tampa lacre), sendo esta de 500 ml no

mínimo, Figura 9; 5) Coloca-se o recipiente dentro do saco lacre e lacrar

colocando a fita de indicação dentro do saco junto com a amostra, Figura 11.

O FFA preenche em três vias o termo de coleta, uma acompanha a

amostra coletada, a segunda fica com o produtor rural e a terceira é arquivada na

regional responsável pela fiscalização da empresa. Após a realização da coleta

da amostra de leite cru nas fazendas, a mesma deve ser congelada,

acondicionada de forma adequada em recipiente de transporte (caixa isotérmica

com gelo). Ficando a cargo da indústria que foi sorteada o envio da amostra para

laboratório credenciado no MAPA para a realização das análises que foram

indicadas. A partida produzida com o leite do produtor fica seqüestrada, até

liberação do MAPA (BRASIL, 1999).

Page 25: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

18

FIGURA 6 - Tanque de expansão da propriedade rural

Fonte: SILVA (2008)

FIGURA 8 - Coletor de amostra para o PNCRCL Fonte: SILVA (2008)

FIGURA 10 - Coleta de amostra para o PNCRCL

Fonte: SILVA (2008)

FIGURA 7 – Mistura do leite cru para coleta

Fonte: SILVA (2008)

FIGURA 9 – Recipiente para coleta de amostra de leite cru

Fonte: Arquivo pessoal (2009)

FIGURA 11 - Amostra lacrada e pronta para o envio ao laboratório

Fonte: Arquivo pessoal (2009)

Page 26: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

19

Nas propriedades são verificados e relacionados os medicamentos

existentes nas farmácias que são destinados ao tratamento dos bovinos

produtores de leite (Figura 12), levando-se em consideração o relato dos

funcionários sobre o modo habitual de uso dos mesmos nos animais dos plantéis.

Essas informações são importantes para que o FFA possa ponderar se há

indícios de que o rebanho em período de lactação possa estar carreando alguma

substância proibida para o leite. Atualmente essas informações são utilizadas pela

coordenação do PNCRCL, para serem utilizadas no aumento do escopo (FEIJÓ,

2009).

FIGURA 12 - Farmácia da Fazenda visitada

Fonte: SILVA (2008)

2.5.2 Subprograma de investigação

O Subprograma de Investigação tem como meta investigar e controlar

o movimento de produtos potencialmente adulterados. A amostragem é

tendenciosa e dirigida, em função de informações obtidas no Subprograma de

Monitoramento. As propriedades que violaram o LMR’s ou indicam o uso de

drogas proibidas, serão submetidas a uma investigação com coleta de amostra

para a análise laboratorial. A investigação, bem como a coleta de amostra é

procedimento exclusivo do Serviço da Sanidade Animal.

Page 27: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

20

2.5.3 Ações regulatórias

De acordo com BRASIL (2009e), os procedimentos a serem adotados

de acordo com o resultado do subprograma de monitoramento e subprograma de

investigação são:

1) Após a realização de análise do subprograma de monitoramento, o laboratório

emite o resultado. Se o resultado for negativo nenhuma providência é tomada,

sendo o resultado comunicado a regional responsável pela coleta, empresa e

produtor rural. Caso o resultado seja positivo as seguintes providências devem

ser tomadas pelo MAPA:

1.1) Comunicar a violação à direção do estabelecimento do qual a amostra foi

coletada.

1.2) Seqüestrar e inutilizar os produtos do lote que sofreu a violação, lembrando

que a partida produzida com o leite do produtor a ser analisado fica

seqüestrada, até a emissão do resultado.

1.3) A empresa deve levar a identificação da propriedade fornecedora de leite

envolvida na violação para a Coordenação Geral de Programas Especiais

(CGPE/MAPA) e Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal

(DIPOA/MAPA) com vistas de comunicação a CCRC.

1.4) A investigação será realizada pelo Serviço de Inspeção de Produtos

Agropecuários (SIPAG).

1.5) Estabelece-se o subprograma de investigação no âmbito de atuação do

DIPOA a partir da coleta de amostras de leite na propriedade envolvida na

violação ficando a produção oriunda do produtor rural seqüestrada.

1.6) Serão coletadas amostras de leite na propriedade até que cinco amostras

consecutivas, em cinco dias consecutivos, sejam negativas para antibiótico,

sendo em triplicata (amostra de contraprova da empresa, contraprova do

laboratório e para análise oficial). Caso o resultado das análises for negativo

nas cinco amostras coletadas seguidas a propriedade sai do subprograma e

o produto é liberado para a comercialização.

Page 28: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

21

2.6 Limite máximo de resíduo, antibióticos a serem monitorados e

laboratórios de análises

De acordo com SANTOS (2003) o uso de antibióticos e outros

medicamentos veterinários são amplamente justificáveis na produção leiteira,

pode-se apontar que é impraticável o limite zero (0) de resíduos de antibióticos no

leite, com exceção daqueles de uso proibido que não são permitidos.

Devido à importância econômica e de saúde pública a Organização

Mundial de Saúde (OMS) e Organização das Nações Unidas para a Alimentação

e Agricultura (FAO), através do Codex Alimentarius, estabeleceram LMR’s de

antibióticos e outros contaminantes nos alimentos, a partir de acurados estudos

toxicológicos, de curto, médio e longo prazo, realizados por pesquisadores em

animais de laboratórios, microrganismos e genomas celulares. Este LMR’s é

estabelecido como sendo a concentração máxima do resíduo que é legalmente

permitida. Para o leite, o LMR é igual a 1/10 do LMR da carne, pois se considera

que o leite é um alimento fundamental para crianças e idosos que são mais

sensíveis aos efeitos negativos dos resíduos (SANTOS, 2003).

Para garantir um nível elevado da proteção do consumidor, as

legislações requerem que a toxicidade de potenciais resíduos seja avaliada antes

que esteja autorizado o uso de um pesticida a campo ou de um medicamento

veterinário nos animais produtores de alimentos. Caso sejam necessários, são

estabelecidos os LMR’s e, em alguns casos, o uso das substâncias é proibido

(UE, 2009).

De acordo BRASIL (1999), de um modo geral, nos programas dos

diferentes países, os resíduos e contaminantes são incluídos no monitoramento

oficial considerando:

• se a substância deixa resíduo;

• a toxicidade do resíduo para a saúde do consumidor;

• o potencial de exposição da população ao resíduo, referenciado pelos hábitos

alimentares e poder aquisitivo das populações, pelos sistemas de criação e

de tecnologias utilizadas na produção de carne e alimentos para animais e,

pela poluição ambiental;

Page 29: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

22

• o potencial do mau emprego das drogas que resultam em resíduos, evitado

pela utilização de boas práticas agrícolas e pecuárias, especialmente quanto

ao uso correto de agrotóxicos e medicamentos veterinários (indicação, dose,

via de administração, tempo de carência e descarte das embalagens, entre

outras);

• disponibilidade de metodologias analíticas adequadas, confiáveis, exeqüíveis

e compatíveis com os recursos laboratoriais;

• superveniência de implicações do comércio internacional, participação do país

em blocos econômicos e problemas que tragam riscos à saúde pública;

• os resíduos que possam constituir barreiras às exportações de produtos de

origem animal.

A seleção das drogas objeto do PNCRCL, assim como para os outros

programas está baseada na observação dos seguintes itens:

• droga com probabilidade alta de exposição para os seres humanos.

Representa um perigo grave para a saúde;

• droga com probabilidade moderada de exposição a seres humanos. É um

perigo moderado para a saúde;

• droga com probabilidade baixa de exposição a seres humanos. Compreende

um baixo perigo para a saúde;

• droga com probabilidade mínima de exposição há seres humanos. Revela um

perigo mínimo para a saúde;

• droga com informação insuficiente para estimar a probabilidade de exposição.

Significa a designação de compostos para os quais não há informação

suficiente que permita utilizar uma avaliação toxicológica ou farmacológica

adequada.

Em virtude da diversidade dos tipos de resíduos e dos alimentos

passíveis de contaminação, é possível mais de um enfoque para estabelecer

planos de amostragem. Sem dúvida, na maioria dos planos conhecidos, relativos

aos resíduos de medicamentos veterinários ou agrotóxicos e contaminantes, são

feitas algumas suposições estatísticas básicas, sendo que o número de amostras

a serem analisadas nos Programas do PNCRC depende da classificação do risco

das substâncias a analisar (BRASIL, 1999).

Page 30: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

23

A cada ano as drogas, os LMR’s e o número de amostras a serem

coletadas são especificados nas instruções normativas que são publicadas. As

drogas a serem pesquisadas são atualizadas pela CCRC, onde algumas são

incluídas e outras são mantidas, isto ocorre, pois são levados em consideração os

dados obtidos do PNCRCL em anos anteriores, os LMR’s estabelecidos pelo

Codex Alimentarius e pesquisas internas do MAPA, onde são monitorados os

medicamentos veterinários mais utilizados nas propriedades rurais (FEIJÓ, 2009).

Os antibióticos a serem pesquisados no ano de 2009 são:

clortetraciclina, oxitetraciclina, tetraciclina, sulfatiazol, sulfametazina,

sulfatimetoxina e cloranfenicol (BRASIL, 2009b). O número de amostras de leite

“in natura” a serem coletadas no ano de 2009 para a realização das análises é de

150 para o grupo das tetraciclinas, 100 para sulfonamidas e 60 cloranfenicol,

totalizando 270 amostras coletadas em todo o Brasil. Os LMR’s para 2009 são de

100 µg/kg ou µg/L para o grupo das tetraciclinas e sulfonamidas. O cloranfenicol

que anos atrás tinha o seu uso proibido em vacas destinadas à produção leiteira,

hoje é permitido, porém o seu LMR é muito baixo, sendo da ordem de 0,30 µg/kg

ou µg/L. Todos estes dados podem ser observar no Quadro 1.

Levando em consideração que: estatística do número de amostras

coletadas; exigências da fiscalização que as indústrias devam realizar pelo menos

1 (uma) análise de resíduos de antibiótico em lotes não superiores a 25 mil litros

de leite; que a perspectiva de produção do leite no Brasil para 2009 seja de

28.000.000.000 bilhões de litros, sendo coletadas 270 amostras, conclui-se que

apenas 0,024% das amostras que deveriam ser coletadas são de fato coletadas.

Desta forma o número de amostras é muito inferior ao que deveria ser coletada.

Page 31: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

24

QUADRO 1 – Antibióticos, outros resíduos e contaminantes a serem monitoradas

pelo PNCRCL/2009

Fonte: BRASIL (2009b)

Page 32: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

25

As análises laboratoriais relativas aos PNCRCL para o exercício de

2009 estão sendo realizadas nos laboratórios oficiais ou credenciados

pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema

Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, ligados a Coordenação Geral de

Apoio Laboratorial (CGAL). Atualmente totalizando em 10 laboratórios, onde as

amostras de leite in natura serão analisadas, sendo estes: Laboratório Nacional

Agropecuário de Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo e Rio Grande do Sul, já

os particulares são: ANALYTICAL SOLUTIONS S.A, Rio de Janeiro/RJ;

LADETEC, Rio de Janeiro/RJ; MICROBIÓTICOS ANÁLISES LABORATORIAL

S/C LTDA, Campinas/SP; PLANTEC PLANEJAMENTO E TECNOLOGIA

AGRICOLA LTDA, Iracemápolis/SP; TASQA, Paulínea/SP e AGROSAFETY

MONITORAMENTO AGRÍCOLA LTDA, Piracicaba/SP, como pode ser visto na

Figura 13 (BRASIL, 2009b).

FIGURA 13 - Rede de Laboratórios do PNCRC de 2009 Fonte: BRASIL (2009b)

Como se pode ver, os laboratórios se concentram na área litorânea do

Brasil, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. O que pode causar

Page 33: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

26

problemas no envio de amostras de regiões centrais do país, onde se produz

muito leite, prejudicando a realização das análises PNCRCL.

2.7 Resultados e impactos esperados

Todo ano são publicadas instruções normativas com o intuito de tornar

público os resultados obtidos com a realização do PNCRC. Na Instrução

Normativa n° 42 de 20 de dezembro de 1999 do MAPA, já estava previsto o

programa de controle de resíduos para leite, porém o mesmo não foi colocado em

prática. No ano de 2002 teve seu inicio com a coleta de produtos industrializados,

como o leite pasteurizado e UHT (Ultra Higth Temperature). Em 2003 o programa

foi paralisado e em 2004 retornou com o seu escopo de medicamentos ampliado

(BORGES, 2009).

O controle de antibióticos no leite no Brasil começou a pouco tempo,

cerca de 4 anos. O que se observa nos resultados presentes nas instruções

normativas é que os antibióticos só começaram a ser pesquisados de fato no leite

em 2005, com o grupo das tetraciclinas. A pesquisa ampliou-se em 2006 para as

sulfonamidas e em 2008 para o cloranfenicol (Quadro 2).

Para o PNCRCL o que se observa nos resultados é que desde 2005

até 2008 nenhum antibiótico pesquisado nas amostras coletadas pelos FFA’s

apresentou-se acima do LMR. Contudo, a pesquisa evidencia-se que nas

instruções normativas não foram especificados quais as drogas que foram

pesquisadas, apresentando somente as classes de antibióticos. Os LMR’s para as

tetraciclinas e sulfonamidas não estão variando muito de um ano para o outro se

mantendo constante de 2005 até 2008 (Quadro 2).

Page 34: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

27

QUADRO 2 - Dados e resultado do PNCRCL de 1999 a 2009 no Brasil com

relação aos antibióticos.

Anos

Número de

Amostras

programadas

para serem

coletadas

Número de

Amostras

analisadas

Grupos de Drogas contidas no

Programa

Limite

Maximo de

Resíduo

(µg/kg ou

µg/L)

Drogas

Avaliadas Violação

1999’ 2000’ 2001’ 2002’

400

Penicilina Estreptomicina

Tetraciclina Eritromicina Neomicina

Oxitetraciclina Clortetraciclina

Ampicilina Amoxicilina

Ceftiofur

4 200 100 40 500 100 100 4 4

100

Sulfatiazol Sulfametazina Sulfatimetoxina

100

Cloranfenicol 0

٭ ٭ ٭ ٭ ٭ ٭ 2003

٭ ٭ ٭ ٭ ٭ ٭ 2004

2005

60

73

Tetraciclinas

Clortetraciclina Oxitetraciclina

Tetraciclina 100

Antibióticos

-

2006

280

99

Tetraciclinas

Clortetraciclina Oxitetraciclina

Tetraciclina 100

Antibióticos

-

Sulfonamidas Sulfatiazol

Sulfametazina Sulfatimetoxina

100

2007

180

183

Tetraciclinas Clortetraciclina Oxitetraciclina

Tetraciclina 100

Tetraciclinas Sulfonamidas

-

Sulfonamidas Sulfatiazol

Sulfametazina Sulfatimetoxina

100

2008

240

136

Tetraciclinas Clortetraciclina Oxitetraciclina

Tetraciclina 100

Tetraciclinas Sulfonamidas

- Sulfonamidas

Sulfatiazol Sulfametazina Sulfatimetoxina

100

Cloranfenicol 0,3

2009

270

Tetraciclinas

Clortetraciclina Oxitetraciclina

Tetraciclina 100

-

Sulfonamidas

Sulfatiazol Sulfametazina Sulfatimetoxina

100

Cloranfenicol 0,30

Total 1030 - - - - -

.O Programa de Controle de Resíduo e Contaminante em Leite de 2004 não previa a detecção de antibióticos٭

‘ O Programa de Controle de Resíduos e Contaminantes em Leite não estava funcionado.

� Dado ainda não divulgado pelo MAPA.

Fonte: BRASIL (1999, 2002, 2004a, 2004b, 2005a, 2005b, 2006a, 2006b, 2007b, 2007d, 2008a,

2008b, 2009b e 2009d)

Page 35: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

28

As amostras programadas para serem coletadas diferem e muito das

amostras analisadas com exceção de 2005 e 2007. A quantidade de amostras

analisadas vêm aumentando gradativamente, saindo de 73 amostras em 2005

para 136 em 2008, tendo uma previsão para 2009 de 270 amostras. Somando as

amostras de leite ‘in natura” coletadas nos anos de 2005, 2006, 2007 e 2008

foram cerca de 1030 amostras destinadas a realização de pesquisas de

antibióticos, pode se considerar um número pequeno de amostras levando em

consideração o tamanho da produção de leite do Brasil (Quadro 2).

O cloranfenicol antes proibido, no ano de 2008 pode ser utilizado em

vacas produtoras de leite, porém apresentando um LMR baixo. Após a liberação

do cloranfenicol no ano de 2008 não foi pesquisado em nenhuma das 136

amostras coletadas para verificar a sua presença no leite. Adverte-se que esta

pesquisa deveria ter sido feita para se ter a informação exata se os produtores

rurais estão utilizando está droga nos animais de forma correta, e se estão

respeitando o período de carência.

As metas do plano para leite vêm sendo atingidas, considerando que o

setor produtivo nacional de leite vem ampliando seus controles quanto à

qualidade do leite recebido para processamento. A tendência atual, é que as

empresas instituam nos seus programas de autocontrole análises de resíduos de

antibióticos (FEIJÓ, 2009).

Nos últimos anos vem sendo cobrado por parte do MAPA, através das

fiscalizações periódicas dos FFA’s, por meio de Lista de Verificação, que as

empresas tenham programa/sistema estabelecido e efetivamente funcionando

para o controle dos resíduos de antibióticos e que seja feita pelo menos uma

análise para lotes não superiores a cada 25 mil (vinte cinco) litros de leite

recebido e que em caso de positividade, se o destino dado ao leite contaminado

seja adequado não contaminando animais e nem o meio ambiente. Segundo

FEIJÓ (2009), uma das perspectivas do PNCRCL é que as empresas de laticínios

não utilizem somente “kits” de triagem, mas que elas encaminhem amostras

suspeitas ou positivas nestes kits para laboratório, sendo realizadas análises com

métodos confirmativos. Além disso, os resultados do PNCRCL têm ativado junto

às empresas fiscalizadas um trabalho de fomento (educação sanitária) para que o

Page 36: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

29

produtor seja educado e saiba os conceitos do uso racional do medicamento

veterinário, respeitando o período de carência.

As novas perspectivas para o PNCRC diz respeito à ampliação do

escopo analítico, ou seja, das drogas. Um amplo levantamento acerca dos

principais medicamentos veterinários que são atualmente utilizados em vacas

leiteiras. Estas informações estão servido de base para a ampliação do escopo

(FEIJÓ, 2009).

Page 37: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

30

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O controle de resíduos de antibióticos em produtos de origem animal,

principalmente o leite, alimento muito consumido por crianças e idosos, torna-se

uma exigência fundamental. Visto que os danos causados pela ingestão de leite

contendo resíduos de antibióticos (acima do LMR permitido pela legislação

vigente) à saúde do consumidor são graves, indo desde ação carcinogênica até

mortes fetais. Por isso é papel do governo brasileiro, por meio de suas agências

reguladoras e fiscalizadoras, continuar a investir neste programa cada vez mais,

para que ele possa ser continuamente aperfeiçoado. É sua função melhorá-lo,

especialmente no que se refere ao treinamento do pessoal técnico e nos métodos

de análise, para que ele possa desempenhar o seu papel de forma adequada,

evitando assim possíveis transtornos para os consumidores.

Observa-se ao analisar toda a legislação relacionada ao PNCRC, que o

mesmo surgiu apenas por imposição e pressão dos países importadores dos

produtos brasileiros, como a União Européia, Estados Unidos da América e

outros, que já em 1970 exigiram padrões de controle de qualidade e segurança

alimentar.

Como o Brasil desde a sua colonização até os dias de hoje é um país

agroexportador, teve que se adequar rapidamente a esta nova visão dos países

importadores, criando o PNCRC para comprovar que têm sim controle dos

resíduos e contaminantes dos produtos fabricados no país. Atualmente vivencia-

se uma situação bem parecida com o PNCRC, também no setor da carne que é a

questão da rastreabilidade bovina.

Porém, nos últimos anos os consumidores brasileiros estão

consumindo mais e se tornando mais exigentes com relação à qualidade e

segurança dos alimentos consumidos. Observa-se então que a priori os objetivos

do PNCRC estavam voltados para as questões das exportações ficando em

segundo plano os consumidores brasileiros. Atualmente o PNCRC permanece

voltado para as exportações. Desta forma, o PNCRCL deve ser uma função

intransferível do Governo brasileiro, sendo o principal responsável por prover

segurança alimentar à sua população. Devendo este ainda, assumir sua

responsabilidade, podendo é claro contar com a participação de outros agentes

Page 38: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

31

co-responsáveis neste processo, como as empresas que têm os seus próprios

controles de resíduos de antibióticos.

Finalmente destaco que se deve investir em laboratórios, fomento e em

profissionais envolvidos com o PNCRCL para que os controles efetivos dos

resíduos e contaminantes sejam feitos de forma adequada e que os seus

resultados sejam reais e seguros. Porém, estas correções e inovações devem

acontecer de forma mais acelerada para evitar que leite contaminado com resíduo

de antibiótico seja consumido pela população.

O PNCRCL demanda regulamentação específica e implementação

plena, por se tratar de um plano importante para a saúde pública, oficial e técnico,

baseando em parâmetros científicos que requer conhecimento acurado no tema,

coleta de amostras e rede laboratorial implementada e capacitação técnica e

ética. Por exemplo, vários pontos que devem ser corrigidos e melhorados estando

estes relacionados a: número de amostras coletadas; produtos analisados;

laboratórios; controle dos resíduos pela empresa e parte de fomento nas

empresas.

Este estudo evidenciou que: as amostras coletadas são poucas em

relação à quantidade de leite produzido no país, em cada Estado e número de

empresas produtoras de leite, lembrando que no momento o programa contempla

apenas o leite destinado as indústrias com SIF. O Brasil em 2007/2008 produziu

aproximadamente de 28.000 bilhões de litros de leite, sendo feita análise em 136

amostras no país de estabelecimentos com SIF. As amostras são sorteadas

aleatoriamente em cada Estado e nas empresas, não levando em consideração a

produção.

Causa estranheza o fato de que em 4 anos de resultados do PNCRCL

nenhuma amostra de leite “in natura” apresentou resíduo de antibiótico. Mas ao

se comparar com as pesquisas realizadas em alguns Estados com o objetivo de

detectar resíduos de antibióticos em leite “in natura” e produto acabado, as

porcentagens encontradas variaram entre 9,95 % em Goiás (estudo realizado por

BORGES et al., 2000) de 33% em Salvador (estudo realizado por TETZNER et

al., 2005) e 69,7% em Fortaleza (estudo realizado por ALBURQUEQUE et al.,

1996). Paradoxalmente, sabe-se que os antibióticos são largamente utilizados no

tratamento dos bovinos leiteiros na fase de lactação, o que não é recomendado.

Page 39: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

32

Os produtos que deveriam ser analisados pelo PNCRCL são: leite “in

natura” produzido no país (porém o mesmo deve ser representativo) e os

produtos importados pelo Brasil. O que se observa na prática é que os produtos

importados como o caso do leite em pó, as análises de resíduos de antibióticos

devem ser feitas pelas indústrias que adquirem esse produto, porém o governo

brasileiro deve realizar a sua fiscalização.

Os laboratórios credenciados pelo MAPA para a realização das

análises do PNCRCL são 10 em todo o Brasil. Sendo que todos eles se

encontram na região litorânea do país, o que dificulta o envio das amostras dos

locais centrais, que são grandes produtores de leite, como é o caso do Estado de

Goiás. Seria necessário ter mais laboratórios e em locais estratégicos. A rede de

laboratórios do MAPA ainda se encontra em processo de acreditação na Norma

NBR ISO/IEC 17025:2005, sendo assim grande parte dos laboratórios que

realizam as análises para o PNCRC são particulares e credenciados no MAPA.

O PNCRCL deveria realizar validação dos testes de antibióticos rápidos

(“kits de antibióticos”) existente no mercado para que as empresas possam

realizar os seus controles internos de forma precisa e correta e evitar que leite

contaminado com resíduos possa ser consumidos pela população, sem esquecer

é claro que o papel da fiscalização cabe ao Governo do Brasil. O PNCRC de

maneira geral deveria ter um programa especifico para a área de fomento no

campo onde o problema dos resíduos de antibióticos no leite tem sua origem,

conscientizando e informando o produtor rural sobre o respeito do período de

carência.

Assim, com a implementação do PNCRCL de forma ampla e eficaz no

Brasil, com a ajuda de ferramentas como a Instrução Normativa n° 51 de 2002.

Os prejuízos à saúde pública e econômicos podem ser previstos e evitados.

Nesse sentido o esforço empreendido aqui não pretendeu esgotar a questão e

sim iniciar uma discussão sobre a temática e trazer à baila, as fragilidades a que a

saúde pública no Brasil ainda está exposta e quais direções e aspectos que ela

precisa superar.

Page 40: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

33

REFERÊNCIAS

1. ALBUQUERQUE, L.M.B.; MELO, V.M.M.; MARTINS, S.C.S. Investigação sobre a presença de resíduos de antibióticos em leite comercializado em Fortaleza-CE-Brasil. Higiene Alimentar, São Paulo, v. 10, n. 41, p. 29-32, 1996. 2. ALLISON, J.R.D. Antibiotics residues in milk. British Veterinary Journal [online], v.14, p.9-16, 1995. Disponível em: http://www.science-direct.com/science/journal. Acessado em: 4 ago. 2009. 3. BARROS, G.M.S.; JESUS, N.M.; SILVA, M.H. Pesquisa de resíduos de antibióticos em leite pasteurizado tipo C, comercializado na cidade de Salvador. Revista Brasileira de Saúde e Produção [online], v. 2, n. 3, p. 69-73, 2001. Disponível em: http://www.rbspa.ufba.br/printarticle.php?id=63&layout=html. Acessado em: 9 ago. 2009. 4. BENNET, W.L.; STEED, L.L. An Integrated Approach to Food Safety. Quality Press, vol. 32, no 2, february, 1999. Disponível em: http://www.asq.org/qic/display-item/index.html?item=13376. Acessado em: 23 de set. 2009. 5. BORGES, G.T.; SANTANA, A.P.; MESQUITA, A.J. MESQUITA, S.Q.P.; SILVA, L.A.F.; NUNES, V.Q. Ocorrência de resíduos de antibióticos em leite pasteurizado integral e padronizado produzido e comercializado no Estado de Goiás. Ciência Animal Brasileira [online], v. 1, n. 1, p. 59-63, 2000. Disponível em: http://www.revista.ufg.br/index.php/vet/article/view/236/200. Acessado em: 26 ago. 2009. 6. BORGES, G.T. ([email protected]). Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes: Controle de Resíduos de Antibióticos em Leite. Informações sobre o PNCRC. Mensagem recebida por SILVA, T.S. ([email protected]). Acesso em: 24 set. 2009. 7. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Portaria Ministerial nº. 51, de 06 de fevereiro de 1986. Dispõe sobre a instituição do Plano Nacional de Controle de Resíduos Biológicos em Produtos de Origem Animal -PNCRB. Diário Oficial da União, Brasília, 07 fev. 1986. Seção 1, p. 2228. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=2631 . Acessado em: 15 de ago. de 2009. 8. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Portaria Ministerial nº. 527, de 15 de agosto de 1995. Dispõe sobre Atribuição ao Secretário de Defesa Agropecuária a responsabilidade de coordenar a execução do PNCRC, as incubências que cita. Diário Oficial da União, Brasília, 16 ago. 1995. Seção 2, p. 6048. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-

Page 41: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

34

consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=16313. Acessado em: 15 de set. de 2009. 9. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº. 42, de 20 de dezembro de 1999. Dispõe sobre a Alteração do Plano Nacional de Controle de Resíduos em Produtos de Origem Animal - PNCR e os Programas de Controle de Resíduos em Carne - PCRC, Mel – PCRM, Leite – PCRL e Pescado – PCRP. Diário Oficial da União, Brasília, 22 dez. 1999. Seção 1, p.213. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=16717. Acessado em: 15 de set. de 2009. 10. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Portaria nº. 78, de 19 de dezembro de 2002. Dispõe sobre aprovação dos programas para o Controle de Resíduos em Carne, Mel, Leite e Pescado para o exercício de 2003, em conformidade aos ANEXOS da presente Portaria. Diário Oficial da União, Brasília, 06 jan. 2002. Seção 1, p.6. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=1085. Acessado em: 15 de set. de 2009. 11. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Portaria nº. 21, de 05 de abril de 2004. Dispõe sobre a divulgação do sumário das atividades do Programa de Controle de Resíduos em Carne e o Programa Piloto de Pescado executados em 2003, em conformidade com os ANEXOS da presente Portaria. Diário Oficial da União, Brasília, 07 abr. 2004a. Seção 1, p.5. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=6816 . Acessado em: 15 de set. de 2009 12. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Portaria nº. 11, de 29 de janeiro de 2004. Dispõe sobre aprovação dos programas para o Controle de Resíduos em Carne, Leite e Pescado para o exercício de 2004. Diário Oficial da União, Brasília, 02 fev. 2004b. Seção 1, p.8. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=6836. Acessado em: 15 de set. de 2009 13. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Portaria nº. 77, de 17 de julho de 2005. Dispõe sobre os resultados do acompanhamento dos Programas de Controle de Resíduos em Carne, Leite e Pescado do exercício de 2004. Diário Oficial da União, Brasília, 19 jul. 2005a. Seção 1, p.9. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=12512. Acessado em: 15 de set. de 2009 14. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Portaria nº. 01, de 07 de janeiro de 2005. Dispõe sobre aprova os Programas de Controle de Resíduos em Carne, Leite e Pescado para o exercício de 2005. Diário Oficial da

Page 42: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

35

União, Brasília, 24 jan. 2005b. Seção 1, p.16. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=11023. Acessado em: 15 de set. de 2009 15. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Portaria nº. 154, de 13 de junho de 2006. Dispõe sobre os resultados do monitoramento dos Programas de Controle de Resíduos em Carne (Bovina, Aves, Suínas e Eqüinas), Leite, Mel, Ovos e Pescado - PNCR - do exercício de 2005. . Diário Oficial da União, Brasília, 22 jun. 2006a. Seção 1, p.15. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=19839. Acessado em: 15 de set. de 2009 16. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Portaria nº. 50, de 20 de fevereiro de 2006. Dispõe sobre aprovação dos Programas de Controle de Resíduos em Carne (Bovina, Aves, Suína e Eqüina), Leite, Mel, Ovos e Pescado do exercício de 2006. Diário Oficial da União, Brasília, 03 mar. 2006b. Seção 1, p.15. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=16693. Acessado em: 15 de set. de 2009. 17. BRASIL. Análise das Informações de Comércio Exterior (ALICE). Balança Comercial Agronegócio. 2005-2006. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/pls/portal/url/ITEM/2CA7D34E3B4753B9E040A8C075020715. Acessado em: 19 de set. 2009. 18. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº. 01, de 16 de jan de 2007. Dispõe sobre Critérios para reconhecimento, extensão de escopo e monitoramento de laboratórios no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, de forma integrarem a Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária. Diário Oficial da União, Brasília, 17 jan. 2007a. Seção 1, p. 1. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=17577. Acessado em: 15 de set. de 2009. 19. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº. 08, de 30 de março de 2007. Dispõe sobre os resultados do acompanhamento dos Programas de Controle de Resíduos e Contaminantes em Carnes (Bovina, Suína, Aves e Eqüina), Leite, Ovos, Mel e Pescado do exercício de 2006, na forma do anexo à presente Instrução Normativa, em conformidade com a Portaria nº 50, de 20 de Fevereiro de 2006. Diário Oficial da União, Brasília, 03 abr. 2007b. Seção 1, p.2. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=17710. Acessado em 15 de set. de 2009

Page 43: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

36

20. BRASIL – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regimento Interno da Secretaria de Defesa Agropecuária. Portaria Nº 45, de 22 de março de 2007c. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/servlet/VisualizarAnexo?id=13106. Acessado em: 19 de set. 2009. 21. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº. 09, de 30 de março de 2007. Dispõe sobre aprovação dos Programas de Controle de Resíduos e Contaminantes em Carne (Bovina, Aves, Suína e Eqüina), Leite, Mel, Ovos e Pescado do exercício de 2007. Diário Oficial da União, Brasília, 04 abr. 2007d. Seção 1, p.7. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=17711. Acessado em: 15 de set. de 2009 22. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº. 09, de 10 de abril de 2008. Dispõe sobre os resultados do acompanhamento dos Programas de Controle de Resíduos e Contaminantes em Carnes (Bovina, Suína, Aves e Eqüina), Leite, Ovos, Mel e Pescado do exercício de 2007, na forma do Anexo à presente Instrução Normativa, em conformidade com a Instrução Normativa nº 9, de 30/03/2007. Diário Oficial da União, Brasília, 17 abr. 2008a. Seção 1, p.29. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=18585. Acessado em: 15 de set. de 2009. 23. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº. 10, de 14 de abril de 2008. Dispõe sobre a Aprovação do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Carne (Bovina, Aves, Suína e Eqüina), Leite, Mel, Ovos e Pescado do exercício de 2008. Diário Oficial da União, Brasília, 17 abr. 2008b. Seção 1, p.29. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=18586. Acessado em: 15 de set. de 2009. 24. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regimento Interno da Secretaria de Defesa Agropecuário-Acessória de Gestões Estratégicas. Projeções do Agronegócio Brasil - 2008/2009 a 2018/2019. Brasília, fev. 2009a. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/MAPA/MENU_LATERAL/AGRICULTURA_PECUARIA/PROJECOES_AGRONEGOCIO/PROJE%C7%D5ES%20DO%20AGRONEG%D3CIO%202008-2019%20%20RESUMO.PDF. Acessado em: 17 de set. 2009. 25. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº. 14, de 25 de maio de 2009. Dispõe sobre Aprovação dos Programas de Controle de Resíduos e Contaminantes em Carnes (Bovina, Aves, Suína e Equina), Leite, Mel, Ovos e Pescado para o exercício de 2009. Diário Oficial da União, Brasília, 28 mai. 2009b. Seção 1, p.28. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-

Page 44: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

37

consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=20141. Acessado em: 23 de set. de 2009. 26. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Memorando interno do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) n° 46 de 2009. Brasília, 10 de fev. 2009c. 27. BRASIL, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº. 15, de 25 de maio de 2009. Publica os resultados do monitoramento dos Programas de Controle de Resíduos e Contaminantes em Carnes (Bovina, Suína, Aves e Equina), Leite, Ovos, Mel e Pescado do exercício de 2008. Diário Oficial da União, Brasília, 28 mai. 2009d. Seção 1, p.28. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=20142. Acessado em: 23 de set. de 2009. 28. BRASIL, Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (EMBRAPA). Tratamento à Secagem. 2009e. Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/arvore/AG01_206_21720039247.html. Acessado em: 29 de set. 2009. 28. BRITO, M.A.V.P. Resíduos de antimicrobianos no leite. Juiz de Fora: EMBRAPA Gado de leite. 2000. 28 p. (Circular técnico). 29. CODEX ALIMENTARIUS – FAO/WHO Food Standards. Codex Guidelines for the Establishment of a Regulatory Programme for Control of Veterinary Drug Residues in Foods. CAC/GL 16, 1993. Disponível em: http://www.codexalimentarius.net/download/standards/47/CXG_016e.pdf. Acessado em: 19 set. 2009. 31. COSTA, E.O. Uso de antimicrobianos na mastite. In: SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S.L.; BERNARDI, M.M. Farmacologia aplicada à Medicina Veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A., 1996, 442-455 p. 32. DELAVAL. Glândula Mamária. Disponível em: http://www.delaval.com.br/Dairy_Knowledge/EfficientMilking/The_Mammary_Gland.htm. Acessado em: 15 de set. 2009. 33. FAO – Fundação das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura. Chemicals in food. [s.d]. Disponível em: http://www.fao.org/ag/AGN/agns/chemicals_en.asp. Acesso em: 4 abr. 2009. 34. FEIJÓ, L.D. ([email protected]). Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes: Controle de Resíduos de Antibióticos em Leite. Informações sobre o PNCRC. Mensagem recebida por SILVA, T.S. ([email protected]). Acesso em: 23 set. 2009.

Page 45: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

38

35. FONSYTHE, S.J. Microbiologia da Segurança Alimentar. Porto Alegre: Artmed, 2002. 424p. 36. FONSECA, L.F.L. SANTOS, M.V. Qualidade do leite e Controle de Mastite. São Paulo: Lemos, 2000.175 p. 37. FONSECA, L.F.L. SANTOS, M.V. Qualidade do leite e Controle de Mastite. 2. ed. São Paulo: Lemos, 2001. 169-174 p. 38. MEDEIROS, N.G.A.; CARVALHO, M.G.X.; LEITE, E.O.; PEREIRA, J.M.; PONTES, M.P.S. Detecção de antibióticos no leite “in natura” consumido no município de Patos-PB. In: CONGRESSO PERNAMBUCANO DE MEDICINA VETERINÁRIA, 4, 1999, Recife. Anais... Recife: SPEMVE, 1999. p. 225-226. 39. NASCIMENTO, G.G.F.; MAESTRO, V.; CAMPOS, M.S.P. Ocorrência de resíduos de antibióticos no leite comercializado em Piracicaba, SP. Revista de Nutrição [online], v. 14, n. 2, p. 119-124, 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732001000200005. Acessado: em: 4 abr. 2009. 40. NATZKE, R.P. Elements Of Mastitis Control. Journal of Diary Science, 64: 1431-42, 1971. 41. NERO, L.A.; MATTOS, M.R.; BELOTI, V.; BARROS, M.A.F.; FRANCO, B. D. G. M. Resíduos de antibióticos em leite cru de quatro regiões leiteiras no Brasil. Ciência e Tecnologia de Alimentos [online], v. 27, n. 2, p. 787-792, 2007. Disponível em: http://www.infocentral.com.br/cta/revista/vol027/nr_2/6_finalizad_v27n2a1836.pdf. Acesso em: 10 abr. 2009. 42. NUNES, M.T.; D’ ANGELINO, J.L. Ocorrência de resíduos de antibióticos no leite, em fazendas produtoras e no leite pronto para consumo. Revista Higiene Alimentar. São Paulo. v. 21, p. 57-61, mar. 2007. 43. OLIVEIRA, C.A.F.; FONSECA, L.; GERMANO, P.M.L. Aspectos relacionados à produção, que influenciam a qualidade do leite. Higiene Alimentar [online], v. 13, n. 62, p.10-16, 1999. Disponível em: http://www.bichoonline.com.br/artigos/ha0012.htm. Acessado em: 03 abr. 2009. 44. OMS. Organização Mundial da Saúde. Disponível em: http://www.who.int/countries/bra/en/. Acessado em: 25 de set. 2009. 45. RUIZ, R.L.; AFERRI, G.; CORRÊA, C. Microbiologia do leite. In: RUIZ, R, L. Microbiologia Zootécnica. São Paulo: Roca, 1992, 215-250 p. 46. SANTOS, M.V. Antibióticos: como não deixar resíduos no leite. Balde Branco [online], v. 460, p. 54-57, 2003. Disponível em: http://www.cbql.com.br/files/Legislacao/Antibiotico%20como%20nao%20deixar%20residuos%20no%20leite.pdf. Acessado em: 4 abr. 2009.

Page 46: ABORDAGEM CRÍTICA SOBRE O PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DE ...portais.ufg.br/up/67/o/Thaysa_Santos_1c.pdf · Sanidade Animal, Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa:

39

47. SPERS, E. E.; KASSOUF, A. L. A segurança dos alimentos: uma preocupação crescente. Higiene Alimentar. São Paulo. v.10, n.44, p.18, jul.-ago. 1996. 48. SILVA, T.S. Relatório de Estágio Curricular Supervisionado. 2008. 71f. Trabalho Final de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) – Escola de Veterinária, Universidade Federal de Goiás, Goiânia. 49. TETZNER, T.A.D.; BENETTI, E.; GUIMARÃES, E.C.; PERES, R.F.G. Prevalência de resíduos de antibióticos em amostras de leite cru na região do Triângulo Mineiro, MG. Revista Higiene Alimentar, São Paulo, v.19, n.130, p. 69-72, abril. 2005. 50. UE – União Européia. Residues of Veterinary Medicinal Products –Introduction. 2009. Disponível em: http://ec.europa.eu/food/food/chemicalsafety/residues/index_en.htm e http://ec.europa.eu/food/food/chemicalsafety/index_en.htm. Acessado em 19 de set. 2009.